O médium e a mediunidade

A mediunidade já nasceu com o aparecimento do ser humano no universo, porque aquele que ainda acredita que só existe vida inteligente nesse pequeno planeta denominado Terra, ainda engatinha no desenvolvimento da sua reles inteligência, não conseguiu ainda desenvolvê-la a contento. Não que eu queira chamar a grande maioria de pobres de inteligência, longe de mim está e estará esse pensamento.

Mas ao longo da vida convivendo com pessoas dita das mais altas culturas, detentores de títulos que os elevam aos demais, me envergonho às vezes ao ouvir de suas bocas asneiras que não convém com as suas posições hierárquicas. É sinceramente de doer nos ouvidos certos absurdos advindos de suas bocas.

Já nos primórdios da humanidade enxergamos médiuns de altíssima capacidade em usar este Dom com a maestria de um humano voltado para o seu devido fim. Fazer o bem sem olhar a quem e em nenhuma hipótese cobrar por sua colaboração no restabelecimento da saúde dos seus assistidos, amparado pelos Espíritos Superiores que os auxiliam neste ato.

O maior médium que já habitou a Terra, Jesus, foi bem enfático ao dizer: dê de graça o que de graça recebestes. Há mais de dois mil anos que vários detentores desse maravilhoso Dom, vem pagando muito caro por explorar e cobrar por esse serviço Divino. Não estou crucificando quem cobra de alguém o uso da mediunidade para auxiliar alguém na cura de uma doença ou para resolver um problema que as vezes precisa e muito da ajuda dos desencarnados honestos e dispostos a assessorar estes médiuns, é a própria vida mundana que mostra todos os seus efeitos, bons ou ruins.

Mas tenho presenciado e até mesmo conhecido médiuns que se enricaram nessa prática de cobrança pelos serviços prestados e depois morrerem na miséria e sofrendo horrores.

Vivo a mais de quatros décadas ao lado de uma companheira amável, esposa dedicada, mãe esmerada, amiga para todos os momentos, sejam eles bons ou ruis e uma médium admirável, no entanto o que temos foi fruto único de nossos trabalhos braçais, o que ela sempre recebeu e, quando ainda recebe quando consegue ajudar a alguém se livrar de uma doença, ela simplesmente doa para a casa Espírita que frequenta quase que diariamente levando os seus conhecimentos espíritas e utilizando o Dom por Deus recebido apenas por amor ao próximo. Isso tem um nome, CARIDADE.

Mais uma vez que me perdoem os que pensam o contrário, pois tem muitos que ainda utilizam deste Dom para benefícios próprios e a esses eu só posso dizer, que Deus apiede dos teus espíritos, pois se não pagarem enquanto encarnados, com certeza pagarão depois de desencarnarem. Que Deus nos abençoe hoje, amanhã e sempre.