O propósito da salvação
O propósito da salvação
"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo."
(I Coríntios 11:1)
É-nos possível, em poucas linhas, expor a essência do Evangelho: que Jesus morreu na cruz em nosso lugar; que foi ressuscitado dentre os mortos; que fomos resgatados por alto preço; que tomou sobre si a Ira de Deus que a nós estava destinada, reconciliando-nos com Deus, única e exclusivamente, pelos seus méritos, e tornado sumo-sacerdote e único mediador nosso diante de Deus (cf. Hebreus 2:17; 4:14).
No entanto, para quê fomos resgatos quando ainda mortos em delitos e pecados (Efésios 2:5)? Qual o propósito do nosso resgate, da nossa salvação?
Poucos consideram esse ponto crucial.
Uns enfatizam que precisamos "aceitar Jesus" para sermos salvos da ira divina, a qual todos estávamos destinados (cf. Rm 1:18).
Outros aliam o "aceitar a Jesus" a promessas de recompensas em um mundo vindouro a ser conhecido no céu depois da morte, ou numa terra restaurada após o armagedom.
Ainda outros defendem ser a terra o lugar onde as bênçãos oriundas da salvação se concretizam.
Em todos esses casos, a "fé do salvo" é uma espécie de moeda de troca para obter as promessas. Contudo, promessas não esclarecem o propósito, mas apontam às bênçãos obtidas por meio da salvação.
O problema permanece: qual o propósito da salvação? Paulo, escrevendo aos Romanos, esclarece o ponto:
"aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos" (Romanos 8:29).
Eis, pois, o propósito da salvação: sermos "conformes à imagem de seu Filho". Noutras palavras, andarmos segundo a vontade de Deus: "considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus."
(Romanos 6:11)
(Osvaldino Marra Rodrigues)