Jesus nos ensinou a sentir mais e melhor.
Jesus chorou. (João 11:35). Este versículo com somente duas palavras faz parte do desfecho da passagem que narra a ressurreição de Lázaro. Vemos aqui mais uma vez imagem de um Jesus invadido pela angústia ao compartilhar a tristeza do coração humano. Jesus jamais se mostrou ou se portou como um super-humano. Ele não escondeu o que sentia, chorou quando tinha que chorar; irritou-se quando tinha que se irritar; amou e demonstrou respeito as limitações de quem cruzou o seu caminho. Ou seja, Ele sendo Deus limitou-se a si mesmo e respeitou a fragilidade do sentir humano.
E fazendo isso Jesus foi um mestre inesquecível em todos os aspectos. Pois de forma vívida e vivida Ele treinou seus discípulos, não apenas a falar para o mundo, mas a falar do seu próprio mundo. Ele não queria que seus discípulos fossem fortes na oratória, e de aço por fora e doentes por dentro. Porque sempre corremos um grande perigo de orgulho santo de nos colocarmos acima dos outros ou então se isolar e não saber mais falar das pequenas coisas e dos nossos conflitos interiores.
Muitos de nós pessoas comuns ou padres, pastores, rabinos, líderes à medida que são respeitados, se isolam dentro de si mesmos. Não conseguem mais falar das suas inquietações e discorrer sobre seus sofrimentos. E aos poucos vão matando a alma com os entulhos das emoções não resolvidas. Jesus não quis tornar seus discípulos pessoas frias sem sentimento ou santarrões que esconde dentro de leões prontos para os devorar.
Jesus invés de desumanizar os seus discípulos Ele os humanizou. Não desejava formar pessoas que fossem desejosas de um sucesso próprio, e que se colocassem acima dos mortais. Ele buscou fazer com que a humildade fosse permeada na personalidade de cada um. Queria gerar discípulos que fossem capazes de dizer: “Eu errei, me desculpe”. Que não tivessem medo de falar: '‘eu preciso de você". Que não temessem solicitar a ajuda de outrem dizendo: “Eu estou sofrendo, preciso de ajuda”. E mais de dizer a outrem com a alma enternecida, “eu te amo”. E este ensinamento chega até nós de forma nova e vivaz, até porque Jesus nos chamou para um eterno discipulado em seu amor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações
(Molivars).