Liturgia – Aula 1

Texto de Victor da Silva Pinheiro

Liturgia – Aula 1

Escola de Teologia Discípulos Missionários da Igreja Santa Júlia, do bairro da Torre, da cidade de João Pessoa, capital do estado da Paraíba, Brasil.

Liturgia lembra a palavra de Deus, o mistério pascal, sacramentos... Porém, a liturgia não se reduz só aos sacramentos. A palavra liturgia significa, no aspecto semântico, é uma palavra de origem grega, e é o composto de duas palavras: povo e obra (ou ação); então liturgia é toda obra ou ação em favor do povo, da coletividade. Seja iniciativa de um grupo, ou de um rei, imperador... Os gregos eram politeístas, e as obras que eles faziam ao sagrado, eles começaram a chamar de liturgia. Liturgia tem vários significados, não é só relacionado à missa, ou os sacramentos, mas também está ligada a caridade, dentre outras coisas dedicadas ao sagrado. Temos que ter em mãos a bíblia ao falar de liturgia. Os magistrados são, por natureza, segundo São Paulo, ministros de Deus. Pelos menos deveriam ser. Os hebreus também têm uma expressão bem próxima à expressão grega para a liturgia. Mas, herdamos dos gregos o significado e o rito litúrgico. A vontade de Deus é a nossa salvação através com a comunhão com Ele. Deus escolheu um povo, o povo hebreu (judeu) para serem sinal e instrumentos Dele, para que depois todos os povos pudessem conhecer a Deus. Israel faz a experiência pessoal com Deus. A compreensão primeira do povo de Israel com Deus foi uma experiência de libertação, quando Deus libertou os hebreus da escravidão no Egito. Mas Abraão não é anterior a escravidão no Egito? A Bíblia começou a ser escrita só na época de Moisés, segundo os judeus. A cultura hebraica só se formou na época de Moisés, depois da libertação no Egito. Por isso passaram cerca de 40 anos no deserto antes de chegar à terra prometida; 40 anos formando uma cultura. Só há um Deus. Porém, as religiões ditas politeístas, também tinham conhecimento desse Deus único das religiões monoteístas, só que consideravam um Deus tão abstrato, metafísico e elevado, que até evitavam falar Dele. Chamavam esse Deus de “Deus desconhecido”. Enquanto com relação às potencialidades humanas e forças da natureza, as religiões politeístas cultuavam essas forças a chamando de Deuses, porém, saiba que eles tinham conhecimento desse Deus único. Deus tem um projeto, uma promessa, que é Jesus Cristo, que é o grande liturgista do Pai. A história da humanidade caminha para uma promessa de Deus que é a volta de Jesus Cristo. Inclusive, o islamismo, a religião do povo árabe, que é monoteísta, também acredita na volta de Jesus Cristo, e eles consideram Jesus Cristo como um profeta, mas não considera ele um Deus, como o cristianismo considera. O islã chama Jesus de Isa. Jesus é o novo cordeiro; com Jesus aconteceu o último sacrifício, o sacrifício mais significativo para os cristãos. Liturgia é o exercício da missão sacerdotal de Cristo. Jesus é o sacerdote, o altar, o templo, e a vítima desse último sacrifício. Toda ação litúrgica deve acontecer à glorificação de Deus e a santificação do homem. Pois, como diz no Evangelho Segundo João, “Deus é amor”. Quando nos tornamos cristãos, a primeira condição é reconhecer Deus como nosso Pai. O Pai celeste. Toda ação litúrgica vai acontecer esse duplo movimento: glorificação do Pai, e santificação do homem. A ação de Deus para com nós e de nós para com Deus é uma experiência interior. Porém, ao Jesus dizer que: “Se dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”, ao Jesus dizer isso, é para incentivar a oração coletiva. Mas saiba que você rezando sozinho no seu quarto em nome de Jesus, Jesus também estará presente, ao seu lado. Nessa mediação entre o homem e Deus, onde Jesus é o intermediador, os santos só intercedem por causa da mediação de Cristo. A única mediação de Cristo não é excludente, mas inclusiva. E a mediação dos santos só se dar por meio de Cristo. E os santos continuam existindo e trabalhando em favor do ser humano, mesmo depois de morrerem. Por isso os católicos têm orações a vários santos da igreja católica. E os católicos não adoram imagens, mas tem as imagens como referência, como um ícone. Como uma fotografia que você tem da sua família ao qual você considera simbólica aquela fotografia. E também as imagens nos ajudam a nos

concentrar melhor nas orações, por isso os católicos rezam olhando para imagens que consideram sagradas.

Autor: Victor Da Silva Pinheiro

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Vitor da Silva Pinheiro
Enviado por Vitor da Silva Pinheiro em 07/11/2018
Reeditado em 15/01/2019
Código do texto: T6496917
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