No amor Cristão não há maiores ou menores, só há seres em aperfeiçoamento.

Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. (Mateus 21:31). Aqui vemos Jesus findar uma lição com uma pergunta desafiadora. E por que está indagação se faz desafiadora? Porque Ele a faz aos príncipes ortodoxos da época.

Todos nós conhecemos estes tipos de pessoas, aqueles cuja ação está muito longe da piedade santarrona que expressam suas palavras, e aqueles cuja ação está muito acima das afirmações às vezes cínicas e às vezes quase irreligiosas que fazem. O verdadeiro objetivo da parábola é assinalar que, se deve preferir segunda classe de pessoas, mas nenhuma das duas se aproxima nem remotamente da perfeição. O ser humano bom, em todo o sentido da palavra, é aquele cujas palavras e cuja ação estão de acordo.

Aqui também vemos que na escola do amor de Cristo não há reis, políticos, intelectuais, iletrados, moralistas e imorais. Todos são apenas o que sempre foram, ou seja, seres humanos. Ninguém está um milímetro acima ou abaixo de ninguém. Todos possuem uma relação fraternal de igualdade. Os ensinamentos de Jesus evidenciam de forma clara e contundentemente que Ele põe de lado qualquer tipo de discriminação. Para Jesus Cristo todos possuem a mesma dignidade, pois não há hierarquia no mundo da imperfeição, porque todos estão em aperfeiçoamento.

Infelizmente ainda hoje é raríssimo haver um lugar onde as pessoas não sejam classificadas, seja pela condição financeira, intelectual, estética, fama ou qualquer outro tipo de parâmetro. O ser humano facilmente se deixa levar pela ditadura do preconceito. Uma das mais drásticas e destrutivas doenças da humanidade é o preconceito. Ela engessa a inteligência e gera toda sorte de discriminação. A discriminação já arrancou lágrimas, cultivou a injustiça, distorceu o direito, fomentou o genocídio e muitas outras formas de violação dos direitos humanos.

Para o mestre dos mestres, ninguém é indigno e desclassificado por qualquer condição ou situação. Por maior que fosse seu erro Ele os chamavam para a luz do amor que tudo muda. Jesus era tão contra a discriminação que fazia com que os moralistas da sua época tivessem calafrios diante das suas palavras. Os coletores de impostos eram odiados e as prostitutas eram apedrejadas na época, mas para Jesus eram seres que podiam melhorar. E até mesmo os segregacionistas preconceituoso da ortodoxia, eram chamados para luz do amor.

Todavia, o plano transcendental de Cristo arrebata a psicologia humanista, porque invés de relegá-los ao desprezo Ele dava atenção. NEle todos se tornam indistintamente seres humanos. Nunca alguém considerou tão dignas pessoas tão indignas. Nunca alguém exaltou tanto pessoas tão desprezadas. Nunca alguém incluiu tanto pessoas tão excluídas, lição que deveria ser seguida por todo aquele que se denomina Cristão. Triste que ainda hoje muitos crentes ainda pensam que castigando ou desprezando os que erram são melhores, mas a verdade é que são crentes e ainda não se converteram em Cristãos. Pois um discípulo de Cristo entende que deve buscar incessantemente ser igual ao seu mestre que é Cristo Jesus. Que cada um de nós decida o que seguir. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 07/11/2018
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