Cavalheiro no amor, cavaleiro de Deus.
Rogo Vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. (Efésios 4:1-3). Aqui vemo Paulo admoestar para vibre no coração dos da época e isso serve para hoje, as qualidades do fruto do Espírito. Hoje discorreremos sobre um deles: πρᾳΰτης; prautés: gentileza ou mansidão.
A segunda das grandes virtudes Cristã é a mansidão e que nós. O substantivo grego é praotes e o adjetivo praus. Estes termos segundo os linguistas não se podem traduzir com uma só palavra, praus segue duas linhas principais em seu significado.
1 – Primeira: teremos que estudar o que Aristóteles diz sobre a praotés. Ele costumava definir cada virtude como o meio entre dois extremos. Num extremo havia excesso de desta qualidade e no outro extremo havia falta; no meio a qualidade estava em sua proporção justa. Ou seja, um equilíbrio no agir, entre a cólera excessiva e a mansidão excessiva; é a linha tênue entre encolerizar-se muito e nunca encolerizar-se. A pessoa praus se encoleriza sempre no momento oportuno e nunca fora do mesmo. Sendo assim entendemos que um Cristão não é um cidadão que nunca se ira, mas sim é alguém que se ira na medida certa, no momento certo e pelo motivo certo.
2 – E há outro lado que ilumina o significado desta palavra. Segundo os linguistas praus é o termo grego usado para o animal adestrado a obedecer a guia ou a voz de comando. Então entendemos que no contexto onde Paulo usa esta palavra a ira é um animal que esta sob o comando daquele que a sente. Por isso o Cristão manso (praus) é aquele que com a ajuda do Espírito Santo tem sob controle cada instinto, cada paixão, cada moção que povoa a sua mente e o seu coração, tendo como consequência o controle de sua língua do seu corpo e de seus desejos. Sozinho ser humano dificilmente será capaz de possuir um perfeito e completo domínio de si mesmo, ou seja, a maturidade emocional, porque esse domínio está fora do poder humano; pois a cara verdade se faz que aquele que se entrega ao amor de Cristo Jesus está dominado por Deus; e no leme da nau de suas emoções está a mão de Deus.
Aqui temos, pois a segunda grande virtude cristã e a segunda característica importante do verdadeiro membro da Igreja. É a alguém tão dominado pelo amor Deus que se ira sempre no momento oportuno e jamais fora de tempo; é um tipo de pessoa que morreu para eu egoísta para que toda a sua vida seja dirigida e dominada por Deus, ou seja, é um cavalheiro de Deus. E por fim é bom lembrar a máxima de Aristóteles: “Qualquer um pode zangar-se, isso é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil.” Eis o real desafio Cristão. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).