PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,1-4)(10/10/18).
 
Caríssimos, o dom da oração sempre foi o meio mais eficaz do nosso encontro com Deus, pois é um dom do Espírito Santo que nos une diretamente a Ele. Todavia, esse encontro com o Senhor se dá no coração de nossa alma, isto é, em nossa mente, em nossa consciência livre de todos os vãos pensamentos, onde Deus responde às nossas súplicas e as nossas boas intenções. 
 
Por isso, se pôr em oração, é se pôr em comunhão com o Senhor, é fazer o encontro espiritual mais significativo de nossa vida, pois nele nossa alma em estado de graça ou não se entrega ao nosso Pai criador num profundo diálogo de amor e comunhão na espectativa de receber suas graças e bênçãos. 
 
Desse modo, entendemos que a oração é um relacionamento interpessoal e não uma lista interminável de pedidos. Aliás, quando a oração não é um encontro que resulta num diálogo que tudo transforma, ela é só um emaranhado de palavras ou quem sabe uma prática espiritual cansativa, uma espécie de obrigação, e não uma iluminação do Espírito Santo que nos leva à perfeita comunhão com o Senhor. 
 
No Evangelho de hoje Jesus ensina os Apóstolos como exercitar o dom da oração rezando com eles o Pai nosso. Primeiro aproximar-se de Deus como Pai amoroso que sempre nos ouve e nos atende; honra-lo com profundo respeito revelando quão santificado é o seu nome pela prática de nossa fé; pedir a vinda de Seu Reino; querer sempre o que é do seu agrado; suplicar para todos o necessário, livrando-nos do acúmulo indevido; pedir perdão pelas ofensas pessoais cometidas, perdoando as praticadas contra nós; pedir a graça de não cometê-las mais, e a proteção contra as investidas do mal. Eis a mais perfeita oração que brota do coração em nosso encontro e diálogo com Deus. 
 
Paz e Bem!
 
Frei Fernando Maria OFMConv.