Homilia do 25°Dom do tempo comum (Mc 9,30-37)(23/9/18).
Caríssimos, nas atuais circunstâncias, este mundo é um abismo profundo de perdição em ebulição, prestes à explodir. Falando à esse respeito, assim escreveu São Paulo: "Nota bem o seguinte: nos últimos dias haverá um período difícil. Os homens se tornarão egoístas, avarentos, fanfarrões, soberbos, rebeldes aos pais, ingratos, malvados, desalmados, desleais, caluniadores, devassos, cruéis, inimigos dos bons, traidores, insolentes, cegos de orgulho, amigos dos prazeres e não de Deus, ostentarão a aparência de piedade, mas desdenharão a realidade. Dessa gente, afasta-te!"
Caríssimos, por que me refiro a isso? Porque é essa a atual realidade cruel que estamos enfrentando, por isso, precisamos urgentemente usar as armas certas nesta luta espiritual que travamos. Com efeito, para vencer essa guerra é preciso manter o nosso encontro permanente com o Senhor, participando da Santa Missa, e comungando em estado de graça o Seu Corpo e Sangue, alimento espiritual que nos faz viver Nele.
Segundo, meditar com a Sagrada Escritura, em especial a liturgia diária, porque nela Deus nos fala diretamente; terceiro, rezar o santo terço diariamente, porque nele encontramos Maria Santíssima e meditamos com ela os mistérios da nossa salvação; quarto, confessar-se sempre que cometer faltas graves ou mesmo leves, sabendo que a confissão é o encontro sacramental com o perdão que Deus nos dá por sua Divina Misericórdia. Por fim, "orar sem cessar" e se possível jejuar e fazer penitência em reparação pelos pecados cometidos neste mundo.
Caríssimos, todo tempo que temos é tempo de Deus, por isso, precisamos dá a Deus o nosso tempo que é Dele, pois se não o fizermos estaremos desperdiçando com coisas e vãs preocupações esse dom tão precioso de Deus em nossa vida.
No Evangelho de hoje, Jesus nos ensina que a prática da fé requer o auxílio da humildade e da inocência no serviço que à Ele prestamos para o bem das almas que assistimos. Servir aos irmãos humildemente é servir ao Senhor prontamente, acolher os pequeninos é acolher o Senhor na inocência deles, pois, quem quiser ser o maior, disse o Senhor, seja o servo de todos, seja o último.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.