SIDDARTHA GAUTAMA (BUDA)
Nair Lúcia de Britto   


Siddartha Gautama nasceu cerca de 563 a.C, em Lumbini, ao sul do Himalaia, em uma região que hoje pertence ao Nepal. Foi um aristocrata, da casta Ksatrya, da qual seu pai, Shudodhama era o rei.
Com apenas sete dias de vida Siddartha perdeu sua mãe, a rainha Maya; e, assim, ficou aos cuidados do pai e de uma tia, que lhe deram uma educação primorosa, preparando-o para ser um guerreiro e um líder político.
Vivia num Palácio, com toda segurança , luxo e riqueza. Porém não lhe permitiam sair do Palácio, para que não tivesse contato com a pobreza que existia lá fora.
Quando Siddartaha descobriu a miséria que existia ao seu redor, em contraste com seu mundo de comodidades,  percebeu o grande sofrimento pelo qual passava a maior parte da população. Ciente afinal da real situação em que o povo vivia, decidiu mudar de vida. 
Aos 29 anos, abandonou a família e seu Palácio, em busca de uma resposta para tanto sofrimento e de uma solução para tanta tristeza.
Primeiramente, seguiu a linha do ascetismo, jejuando, mas viu que era algo inútil e seguiu buscando. Estudou junto aos filósofos do seu tempo durante sete anos, mas esse estudo também não o satisfez.
Prosseguiu viajando, até chegar a Bodh Gaya, onde se deparou com uma grande figueira. Sentou-se à sombra dessa árvore, em meditação. Ali permaneceu durante 49 dias, passando por todos os estágios  da mente até chegar à iluminação; o ápice de um estado espiritual, denominado “Nirvana”.  Foi a partir daí, Siddarthha passou a ser chamado de Buda, que significava o Iluminado (aquele que despertou).
Depois dessa iluminação, seus ensinamentos ficaram conhecidos como o “Caminho do Meio” ou “Dharma” (a lei).
Dos 35 aos  oitenta anos, Buda viajou por toda Índia ensinando o que aprendeu.  Suas últimas palavras foram:
“A decadência é inerente a todas as coisas compostas. Vivei fazendo de vós mesmos a vossa ilha, convertendo-vos no vosso refúgio. Trabalhai com diligência para alcançar a vossa iluminação.”
Recomendou a seus discípulos que ensinassem essa Filosofia em seus próprios idiomas e, dessa forma, suas ideias se espalharam por vários países.
O princípio básico do Budismo é libertar-se  do apego ecessivo aos bens materiais como meio de exterminar o sofrimento. Ao mesmo tempo, desenvolver ações e sentimentos positivos. A essência dos ensinamentos budistas encontra-se no Dharma, um livro de 28 capítulos, chamado Sutra de Lotus.
O Budismo é um sistema que determina um comportamento ético e filosófico. Buda é, portanto, um guia espiritual. Portanto, nada impede uma pessoa que siga os preceitos éticos dos budistas de seguir, simultaneamente, uma outra religião.
A Filosofia Budista tem como base o pensamento de que o ser humano pode reencarnar infinitamente. O que a pessoa fez na sua última vida terrena será considerado numa próxima vida. O que aprendeu através do sofrimento é o caminho para que o espírito evolua a cada reencarnação a fim de alcançar o “Nirvana” (a pureza espiritual).
A reencarnação também ocorre com os animais, muito respeitados pelos budistas, motivo pelo qual adotam uma dieta vegetariana.   
Para Buda a origem da dor é a ignorância e os desejos materiais. A meditação é muito importante, assim como os oito comportamentos morais a seguir:
Não maltratar os seres vivos; não roubar; ter uma conduta sexual respeitosa; não mentir, não enganar, não difamar: evitar qualquer tipo de drogas ou estimulantes.
Seguindo esses preceitos básicos o ser humano pode evoluir e melhorar o carma da vida seguinte.
                 
                
        PENSAMENTOS DE BUDA


“Se o telhado não for bem construído ou estiver em mau estado, a chuva entrará em casa; assim a cobiça entra facilmente na mente, se ela for mal-treinada ou fora de controle.”

“A pessoa que protege sua mente da cobiça e da raiva desfruta da verdadeira e duradoura paz.”
Dominar-se a si próprio é uma vitória muito maior do que vencer milhares, em uma batalha.”

Fazer o bem, abster-se do mal e limpar seus pensamentos são os mandamentos de todo iluminado.”


“Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente.”

“Guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com a intenção de atirá-lo em alguém; mas é você quem se queima.”

“A mente é tudo o que você pensa. O que você pensa, você se torna.”

“Não acredite em nada, não importa onde você leia ou quem o diga, a menos que esteja de acordo com sua própria razão”


Siddartha Gautama
Pintura do artista plástico Vivaldo Lima
Feira de Santana (Bahia)
 

 
Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 31/08/2018
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