A batalha interior.
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. (Rom 7 14,15). Aqui nesta passagem que se estende até o versículo vinte cinco. Vemos Paulo descrever a real batalha que travamos na vida do ser Cristão. E, está tem como campo de combate o nosso interior. Paulo aqui desnuda a sua própria alma; fala de uma experiência que é da essência e da situação humana. Ele sabia o que era o bem; desejava fazer o bem; e entretanto era levado a fazer o que não era bom. Eis a dura natureza que habita em todos nós. E abaixo veremos o porquê disso.
1 – vemos que o conhecer teórico se ostra ineficaz e inadequado. Se conhecer teoricamente bem fosse fazê-lo, a vida seria fácil. Mas a teoria por si mesma não faz de uma pessoa uma boa pessoa. O mesmo é em todos os aspectos da vida. Podemos saber com exatidão a teoria de como dirigir um carro — mas isto está muito longe de sermos capazes de dirigi-lo. Podemos saber como se deve escrever um indriso — mas isto está muito longe de podermos escrevê-lo. Esta é a diferença entre ser Cristão e a moralidade. Moralidade é o conhecimento do que se deve fazer; ser Cristão é buscar a cada instante ser íntimo com Cristo. Moralidade é o conhecimento de um código; ser Cristão é conhecer e amar o amor de Cristo; e somente quando conhecemos Cristo é que somos capazes de amar e amando o conhecemos.
2 – A decisão baseada em nossas forças se mostra inadequada. Decidir fazer algo está muito longe de fazê-lo. Há na natureza humana uma fraqueza essencial da vontade. A vontade se defronta com os atos, os problemas, as dificuldades, as circunstancias e as suas imposições. E no caminhar do amor somente o Espirito Santo pode nos capacitar, quando esquecemos disto fracassamos. Uma vez Pedro fez uma grande resolução: “Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei” (Mateus 26:35). E fracassou, aqui entendemos que vontade humana sem a fortaleza de Cristo está destinada a fracassar.
3 – E por fim a diagnose advinda do intelecto humano é limitada. Paulo sabia com toda clareza o que era mau; mas era totalmente incapaz de corrigi-lo. Era como o médico que pode diagnosticar com exatidão uma enfermidade, mas que é totalmente impotente para prescrever uma cura. Jesus é a única pessoa que não só sabe o que é o mal, mas também pode corrigir o mal. Ele não oferece uma crítica, mas uma ajuda. Jesus não apontou os erros ele trouxe a cura e as ferramentas para o conserto. Jesus quebrou a barreira entre o pecador e o concerto com o amor de Deus.
E que aprendemos aqui? Aprendemos que na batalha viva na busca do praticar do amor, a mais dura batalha será travada em nosso interior. Aprendemos que sozinho fracassaremos, mas também aprendemos que temos Cristo Jesus como nosso capacitador e com Ele sairemos vitoriosos. E a beleza disto tudo e que cada vitória individual torna o mundo a nossa volta melhor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).