PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 9,2-10)(06/8/18).
 
Festa da Transfiguração do Senhor
 
Caríssimos, depois do pecado a situação da humanidade tornou-se frágil e insustentável de tal forma que pouco ou nada poderíamos fazer por nós mesmos. Todavia, ciente dessa nossa realidade o Senhor veio até nós para nos dá a conhecer que, assumindo nossa finitude, Ele nos faz participantes de sua natureza divina e do Grande Mistério que há de se revelar na plenitude dos tempos, o Reino de Deus e a sua Justiça.
 
Ter todo poder sobre o céu e sobre a terra e mesmo assim se deixar sacrificar numa cruz, como se não tivesse nenhum poder, demonstra verdadeiramente o amor com que Deus nos ama à ponto de dar seu Filho único em resgate para a nossa salvação. Por isso, a Transfiguração do Senhor é tão importante para a vivência da fé, porque ela é a garantia de que Deus está no comando mesmo quando aparentemente se mostra frágil como um de nós no patíbulo da cruz. 
 
A Transfiguração do Senhor é o céu que se encontra com a terra, é uma visão antecipada do que seremos eternamente, é também a certeza de que Deus nos acompanha nessa trajetória até que cheguemos ao infinito do seu amor, seguindo o mesmo caminho de obediência seguido por Cristo. A princípio os Apóstolos não compreenderam o significado da palavra "ressuscitar dos mortos," como vimos no Evangelho de hoje, pois esta faz parte do vocabulário divino, e só depois da ressurreção do Senhor, é que compreenderam a grandeza da missão que de Deus receberam.
 
Conclusão: Antes de qualquer decisão tomada, seja esta baseada no amor de Deus, pois Ele nos criou por amor, e quando tudo parecia perdido por causa do pecado, nos resgatou pelo sacrifício de Seu Filho amado, a fim de que Nele tivéssemos a vida eterna. Portanto, sigamos fielmente o mesmo conselho que os Apóstolos ouviram no Monte Sagrado: "Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; escutai o que Ele diz."
 
Paz e Bem! 
 
Frei Fernando Maria OFMConv.