ABORTO NÃO...
Aos Senhores(as) Ministros(as) do Supremo Tribunal Federal
Caríssimos, qualquer argumento que atenta contra vidas inocentes é falso. Por exemplo, o argumento de dizer que o aborto se justifica pelo fato de ser uma questão de saúde pública, porque muitas mulheres pobres morrem por causa dos abortos crandestinos, não se sustententa, pois, todo aborto provocado é assassinato de um ser inocente, por isso, tal argumento cruel é falso, porque é acobertamento de um crime.
Outro argumento comumente usado para justificar o aborto provocado é dizer que, aqueles que são contra a legalização do aborto o são por terem como pano de fundo os valores morais da religião; e como nem todos têm religião, então, quem a tem não pode se intrometer em tal decisão. Ora, mas o aborto provocado vai além da questão moral da religião, trata-se da ética da vida, da eliminação da existência humana, da crueldade contra um ser inocente que foi gerado e agora é eliminado legalmente sem nenhum chance de defesa.
Ainda um outro argumento é ter como exemplo a legalização do aborto nos países desenvolvidos e também nos países de orientação socialista ou comunista; ora, mas estes maus exemplos não justifica a eliminação da vida em nosso país, não somos um país submisso ao pensamento ou a orientação de tais países, porque somos um país livre e nesse sentido não devemos submeter nossas decisões às más decisões de outros países, pois todo exemplo mal é mal, e não pode e nem deve servir de argumento para se agir do mesmo modo.
Por fim, dentre outros argumentos ainda, se nomeia o direito da mulher abortar legalmente; ora, não chamem agressão e morte de direito, pois os direitos são iguais para todos, tanto para a mãe, quanto para o nascituro. Dizer que a mãe tem direito e o nascituro não tem, é condenar um ser humano à morrer sem nenhum direito de se defender; ora, não existe nada de justiça nisso, mas sim sacrifício maléfico, cruel e abominável. De fato, isso é inaceitável.
Portanto, quando o ser humano chega ao ponto de querer legalizar o aborto provocado, dizendo não ser crime, torna-se inimigo de si mesmo, pois criar leis para matar um outro ser humano só porque foi gerado e dizer que não é crime; tal atitude é uma aberração, é o cúmulo do absurdo, é a total falta de bom senso. E o pior é o uso indevido do poder judiciário para isso, pois não é sua função legislar, mas fiscalizar as leis criadas pelo legislativo; assim legislar sem ter tal atribuição é se intrometer e agir como se fosse legislador, ou seja, é um poder se impondo sobre o outro, e isso se chama intromissão indevida.
Com efeito, no Brasil já não se tem democracia como antes, e depois dessa decisão, já não mais existirá respeito algum entre os poderes, pois manda mais, quem se intrometer mais.
Senhores Juízes Supremo Tribunal Federal, não ajam com a mentalidade abominável daqueles que fizeram da morte sua Lei, mas como pessoas sensatas que veem a vida como um dom Supremo e não como um objeto que pode ser descartado legalmente. Pois a vida não termina com a morte natural, creiam nisso ou não; o fato é, que independente de crença, haverá um juízo final, e quem julgou, no dia eterno será julgado conforme os próprios atos, e também terá uma sentença definitiva, a partir das próprias decisões tomadas.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.