Paz do Espirito e não ataraxia.
Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. (Rom 15:13). Aqui nesta passagem que faz parte de uma admoestação que Paulo faz aos hebreus e aos gentios, chega a nós como uma viva a atual verdade na afirmação que se faz neste versículo.
1 – A esperança; é fácil, à luz das situações e acontecimentos da vida diária, no desesperarmos. É fácil perdermos a esperança, à luz dos atos e atitudes que vemos no mundo. É fácil cair na cínica aceitação de uma situação sem esperança, ou em uma derrotada resignação e pensar que nem humanidade e nem o mundo poderão torna-se melhores. Ao ponto de pensarmos que tudo tem que piorar mesmo. Mas há algo de lindo na esperança cristã algo que nada pode matar, que nem todas as trevas podem obscurecer; e esse algo é a convicção de que Deus está ainda vivo. Não podemos desesperar e nem se desesperançar de ninguém enquanto houver em nossos corações uma fagulha de vida e de fé no amor e na graça de Jesus Cristo; pois nenhuma situação é final para aquele que crê no amor. Pois uma coisa é certa não há situação por demais desesperadoras, mas pessoas desesperançadas e meios as situações.
2 – A paz; os filósofos antigos buscavam o que chamavam ataraxia (Quietude absoluta da alma), ou vida sem inquietação. Ou seja, queriam sobretudo uma vida de serenidade, sem vicissitudes. Sem perceber que teriam também uma vida sem aprendizado. Hoje em dia podemos dizer quase dizer que tal serenidade é uma possessão perdida. Pois quando a buscamos somente com o nosso intelecto ela fica cada vez mais distante, por dois motivos. Primeiro; Existe a tensão interna nós somos uma guerra civil ambulante, na medida em que batalhamos com nós mesmos, e porque se há uma que nós não conhecemos somos a nós. Pois não entendemos como as emoções trafegam dentro de nós. Há uma só maneira para sair disso, é deixamos que o Espírito Santo governe o nosso interior. A segunda; Existe a preocupação pelas coisas externas. Há muitos que estão acossados pelas oportunidades e as mudanças da vida. É difícil não preocupar-se, porque o ser humano é caracteristicamente uma criatura que olha para frente para conjeturar e temer. O único fim para esta preocupação é a total convicção de que, seja o que for que aconteça, a mão amorosa de Deus nunca provocará a seu filho um pesar inútil. Acontecerão coisas que não poderemos compreender, mas se estivermos suficientemente seguros do amor, podemos aceitar com serenidade até aquelas coisas que ferem o coração e aturdem a mente.
E o que aprendemos aqui? Que a real esperança não está nas coisas que nos cercam, e que os problemas podem mostrar-se gigantes, mas sempre serão pequenos e de fácil solução diante do Amor de Deus. Que a paz não advém e uma falsa serenidade ou de uma ataraxia, mas sim de um interior que se deixa governar pelo amor e pela virtude do Espírito Santo. Pois quando o ímpeto do poder de Cristo enche a fraqueza humana, começamos a governar a vida como ela deve ser governada. E que em Cristo e com Cristo todas as coisas são possíveis. Pois seu gracioso amor banha a tudo e a todos sem impropérios ou cobranças. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
Bom dia!
(Molivars).