A liberdade advinda do fruto do Espírito. 💥💥💥
Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. (Gal 5:18). Aqui nesta passagem que se estende até o versículo vinte e três do presente capítulo. Vemos o apóstolo Paulo contrastar as obras da carne, ou seja, a nossa natureza animal, com a beleza divina e a unicidade do fruto do Espírito.
Primeiro ele relaciona a s obras da carne e a sua confusão que causa em nossa alma. Ele começa com erros relacionados a sexualidade; prostituição é um termo geral para imoralidade sexual, ou seja, o ato sexual que deveria ser praticado com amor e respeito, sendo praticado somente para satisfazer a nossa parte animal. Impureza inclui toda sorte de corrupção sexual. Lascívia indica audácia descarada nesse tipo de vida, e seu uso para estimular a mente de outrem.
Depois vêm os pecados ligados a religiosidade. Idolatria é a devoção aos ídolos. A palavra grega que foi traduzida para feitiçarias é; pharmakeia: o uso de medicamentos, drogas ou feitiços, significa basicamente a administração de drogas ou poções mágicas, e então dentro do contexto passou a representar todo o tipo de prática de feitiçaria. Pois eles faziam uso de drogas alucinógena para entrar em transe. E veremos isto ser citado novamente em: Ap. 9:21; 18:23.
O terceiro grupo abrange os defeitos de temperamento. Esses passam por toda a escala desde inimizades, que é algo latente, passando pelas porfias, que é algo operante nas disputas advindas do egoísmo, que leva dissensões, causam divisões e se fomentam nas facções, ou exibições. E a inveja faz parte viva disto, pois é ela que leva sempre ao erro. E o final deste trágico quadro é o homicídio seja ele de forma literal ou indireta.
E por fim os que estão ligados a degradação de nosso corpo bebedices e glutonarias. A lista poderia ser ampliada com coisas semelhantes. E ele finda dizendo: Aqueles que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus (Gal 5:21).
E então ele mostra o contraste do Fruto do Espírito que todo Cristão orar e pedir para que nasça dentro de si. Tudo aqui está em contraste com o precedente: fruto em lugar de obras; o Espírito em lugar de carne; e uma lista de virtudes grandemente atraentes e desejáveis em lugar das coisas feias que acabaram de ser citadas. A palavra fruto, no singular, como se apresenta nas cartas de Paulo, tende a enfatizar a unidade e coerência da vida no Espírito oposta à desorganização e instabilidade da vida sob os ditames da carne.
À luz da preferência de Paulo pela forma singular de fruto, não se toma necessário recorrer ao expediente de colocar um travessão depois da palavra amor para indicar que todos os outros itens dependem deste. O amor é decisivo. Gozo é o que Cristo concede aos seus seguidores através do Espírito. Paz é um dom de Cristo em nós nas nossas reações ante ao mundo num harmonioso agir para com os outros. Longanimidade relaciona-se com capacidade de revidar ou se vingar do mal recebido; literalmente é paciência. Benignidade é melhor traduzida para amabilidade. É a benevolência nas atitudes, uma virtude visivelmente de âmbito social. Bondade é uma probidade da alma de aborrecer-se com mal, é a capacidade de sempre fazer o bem. Fidelidade está ligada a lealdade como podemos ver em: Tito 2:10. Mansidão baseia-se na humildade e indica uma atitude para com os outros, mantendo a devida negação do ego. Domínio próprio controle da vida do ego por meio do Espírito.
E ele finda dizendo: Contra estas coisas não há lei (Gal 5:23). A Lei foi dada ao ser humano como balizamento do agir e com o propósito de refrear seus insanos atos. Mas o agir do fruto do Espírito em nós, nos traz liberdade e não existe restrição. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
Bom dia!
(Molivars).