"Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz" - Sl 19.3
Não é o que fazemos, mas como fazemos. O homem perdeu a sua sensibilidade, emoção, empatia, percepção e delicadeza. Não consegue mais apreciar a beleza de ver o nascer de um novo dia, o fim da tarde e o nascer da noite, pois está preocupado com o que vai fazer, para onde vai e de manhã não consegue se levantar. Os dias passam muito rápido, a vida passa rápido, tudo passa muito rápido, e, quando percebemos já foi, assim como os dias, as semanas, os meses e os anos.
Davi era homem de guerra, sua mão era pesada, ele era temido por seus inimigos, mas sabia a quem servia e quando tinha que se humilhar, se humilhava, pois era sensível, muito sensível, suas palavras mostram o quanto Davi era emotivo, solidário, receptivo e delicado - "Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz" - Sl 19.3. Diga-me: Quando a rusticidade nos permitiria ver e perceber Deus em todas a linguagens e falas?
"Os céus declaram a glória de Deus" - com certeza este servo estava olhando para os céus e contemplando a beleza da Glória de Deus, algo que é impossível de não se ver, quando acordamos cedo e somos presenteados por uma visão sobrenatural da lua e dos céus.
"...o firmamento anuncia a obra das suas mãos" - a fundação,o alicerce, ou seja, Davi consegue ver que este mundo é sustentado pelo Senhor. Um mundo caído, que se entregou aos seus pecados, permitindo que os seus deuses interiores se tornassem reis e senhores de suas vidas, uma geração sem voz, inconstante, vazia e cheia de medos não pode conseguir ser sensível ao que Deus criou.
Mas, saibam que Davi conseguiu ver mais uma coisa, e por isso disse: "A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo", ou seja, ninguém é inocente.
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"Minhas palavras, meu púlpito"