A VERDADEIRA ORIGEM DO CRISTIANISMO

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Quem pensa que Jesus tivesse a intenção de fundar uma nova religião pode estar enganado. São as própras palavras de Cristo que iluminam a sua posição em realação à lei mosaica: “Não penseis que vim destruir a Lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.” (Mateus 5:17); “É, porém, mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da Lei.” (Lucas 16:17). A absoluta ortodoxia de Jesus é confirmada pelo Evangelho no versículo seguinte: “e rogaram-lhe que apenas os deixasse tocar a orla do seu manto; e todos os que a tocaram ficaram curados” (Mateus 14:36). A interpretação desse passo confirma a vontade do Mestre de cumprir o mandamento de Moisés expresso nas prescrições do Antigo Testamento: “Disse mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que façam para si franjas nas bordas das suas vestes, pelas suas gerações; e que ponham nas franjas das bordas um cordão azul. Tê-lo-eis nas franjas, para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os observeis; e para que não vos deixeis arrastar à infidelidade pelo vosso coração ou pela vossa vista, como antes o fazíeis; para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os observeis, e sejais santos para com o vosso Deus.” (Números 37:40). Consequentemente, a pequena comunidade fundada por Jesus não pretendia ser a base de um movimento completamente novo, mas apenas uma corrente reformadora do Hebraísmo da época, que aguardava o advento do Reino de Deus, ou seja, a libertação política de Israel do invasor romano e a instauração de um reino terreno de paz, fraternidade e justiça social, conforme à vontade de Javé. Destarte, os discípulos de Jerusalém, mesmo depois da morte de seu líder, jamais tentaram se afastar dos preceitos mosaicos e, até o fim da Guerra Judaica (70 d.C.) continuaram se considerando israelitas ligados às tradições e ignorando totalmente o significado da palavra “cristão”, pelo menos no sentido de nova religião.

O Prof. H. A. Wolfson, prestigioso historiador da universidade de Harvard e primeiro presidente do Centro de Estudos Judaicos, explica que o Cristianismo inicial, fora da Palestina, sofreu um grande influxo de “gentios de formação filosófica” e que “por trás da despretensiosa linguagem que as Escrituras gostam de usar, estão ocultos os ensinamentos dos filósofos enunciados nos obscuros termos técnicos cunhados em suas Academias”. Isso não é novidade, e já no fim do III século o filósofo neoplatônico Porfírio de Tiro, discípulo de Plotino e opositor do cristianismo, afirmava que o monoteísmo cristão era um politeísmo disfarçado porque, ao lado de Deus, havia os anjos (que Platão chamava de daimónios), que são seres imortais e, portanto, divinos. Quanto à encarnação do filho de Deus era igualmente absurda: objetivamente, se os cristãos acusavam os pagãos de acreditar que as divindades viviam nas estátuas, era tolice pensar que a divindade morasse no ventre da virgem Maria. E como admitir que um filho de Deus pudesse sofrer? Entre outras, Porfírio suscitou a seguinte pergunta “Baseia-se a fé cristã na pregação de Jesus ou nos conceitos forjados por seus discípulos nas gerações posteriores à sua morte?” observando que “Foram seus seguidores que abandonaram seus ensinamentos e introduziram por conta própria um novo modo, em que Jesus (não o Deus único) era objeto de adoração e de culto”. Porfírio tocou fundo numa questão perturbadora para a liderança cristã quando publicou essa sua tese no livro “Contra os Cristãos” composto por 15 volumes que foi sucessivamente queimado publicamente na metade do IV século a mando do Imperador; todas as cópias desse texto foram aniquiladas e o pouco que hoje se sabe é oriundo de citações de outros Autores. Antes de tentar dar uma resposta à pergunta de Porfírio, é oportuno analisar os elementos estranhos à legítima mensagem de Cristo, em particular o batismo e a confissão.

Muitos estudiosos repararam como o batismo, primeiro sacramento de iniciação ao cristianismo, fosse totalmente desconhecido pela tradição judaica anterior. É verdade que tanto os Fariseus como os Essênios -em conformidade com seus preceitos de pureza rigorosa, por sua vez derivados do sacerdócio babilônico- realizavam diariamente inúmeros ritos de abluções purificadoras. Entretanto, não se pode admitir que se tratasse de uma forma de iniciação como o batismo cristão que, sendo praticado apenas uma vez na vida, tinha um significado de renascimento. Realmente nada semelhante é encontrado no Judaísmo que, quando muito, conhecia complexos rituais de purificação lustral repetidos frequentemente, mas sem propósitos iniciáticos. Vice-versa é amplamente comprovada a utilização de imersões rituais em piscinas como ato de regeneração em ritos de iniciação nos templos do Antigo Egito. A imersão na água representava a descida de Osíris para o abismo enquanto a saída da água constituía o renascimento real. Nos “Textos dos Sarcófagos” lemos: "no lago, recebi a coroa", sendo ela, nos antigos Mistérios, símbolo quase universal do renascimento iniciático. Então de onde João Batista tirou esse conhecimento? Decerto não da tradição bíblica mas, mais provavelmente, dos ensinamento dos Essênios, grupo ao qual havia pertencido.

Analogamente às considerações expostas sobre o batismo, também a instituição sacramental da confissão cristã não encontra nenhum antecedente específico na religião judaica. Visando encontrar uma possível raiz desse rito, mais uma vez temos que investigar os rituais nos templos do Egito onde era praticada a “Justificação” durante a qual o adepto confessava suas culpas e recebia a absolvição pelos sacerdotes do Templo de Osíris sendo, esse, o primeiro passo do percurso iniciático. O arqueólogo Ahmed Osman, especialista em religiões, com base nos impressionantes paralelos entre o mito de Jesus e as histórias da antiga religião egípcia -em particular o mito de Osíris- chegou à conclusão que os Evangelhos propõem a representação de um Mistério que remonta ao Egito dos faraós.

Outros elementos que apontam para cerimoniais iniciáticos relativos aos antigos Mistérios pagãos, podem ser encontrados, disfarçados, em versículos do Evangelho. Por exemplo, quando a Madalena entra no sepulcro vazio de Cristo e se depara com dois anjos vestidos de branco perguntando-lhe o motivo do choro, responde: “Porque tiraram o meu Senhor, e não sei onde o puseram” (João 20:13). Pois bem, essas palavras são mais ou menos as mesmas proferidas por Ísis a respeito do esposo Osíris que havia sido assassinado pelo irmão Set. Lamentações análogas eram pronunciadas nos Mistérios de Átis, deus da vegetação que, com sua automutilação, morte e ressurreição, representava os frutos da terra, que morrem no inverno para brotar novamente na primavera.

Até na liturgia católica há um elemento, o báculo, derivado do cajado (hekat) de Osíris e do faraó, e a imagem original de Jesus como pastor nada teria a ver com o aspecto moralístico de sua pregação, sendo, na verdade, uma representação tanto de Osíris como de Orfeu e até de Mitra. Vale também a pena lembrar a praxe de inumar os papas (e só eles!) dentro de quatro revestimentos feitos com materiais diferentes correspondentes aos quatro corpos subtis da tradição dos Egípcios que, oportunamente, sepultavam seus faraós em quatro sarcófagos, um dentro do outro. Com efeito, a mais importante comunidade cristã dos primeiros séculos não foi Roma, mas Alexandria -no Egito- e isso reforça a tese que a mensagem original de Jesus foi profundamente adulterada por elementos extraídos das antigas religiões egípcias. No Egito foram encontrados Evangelhos muito antigos, como os de Ossirinco, localidade relacionada com o mito do peixe que havia engolido o falo de Osíris e, estranha coincidência, o primeiro símbolo do cristianismo foi justamente um peixe.

Surge, agora, outra pergunta bastante intrigante: será que Jesus foi iniciado no Egito? Afinal as Escrituras narram que ele e seus pais fugiram pra lá onde permaneceram um tempo até a morte de Herodes. E depois? Onde Jesus transcorreu os seus primeiros 30 anos? Será que ele voltou ao Egito outras vezes? Pois é evidente que lá devia ter algum ponto de apoio (parentes, uma comunidade, etc.). Inclusive, as tradições apócrifas da Igreja copta e os Evangelhos da Infância falam em muitas localidades relacionadas à vida de Cristo no vale do rio Nilo, sugerindo que a sagrada família teria passado um longo período em vários lugares no Egito. Se a permanência do Mestre naquela região fosse comprovada, teríamos uma possível explicação acerca dos ritos cristãos que não constam na antiga religião hebraica.

Outro elemento que sustenta a tese da influência egípcia sobre o nascente cristianismo é chrismon, um símbolo não mais usado mas que todos conhecem. Trata-se do famoso monograma formado pelas letras gregas X (chi) e P (ro), e que deve ser lido CR, as duas letras iniciais do nome Cristo; isso segundo a tradição. Entretanto, poderia também derivar do Ankh, a cruz usada pelo culto egípcio para simbolizar a vida, e é interessante notar que existem achados arqueológicos do II século mostrando o monograma de Cristo apoiado sobre o barco solar do deus Râ bem ao lado dum Ankh (Museu Copto do Cairo, estela n. 7.730). Além disso, o discípulo de São Pacômio, fundador do monasticismo cenobita, foi batizado com o nome Horsaesi que significa Hórus, filho de Ísis. Isso não deve nos surpreender, pois no cemitério paleocristão de Terenuthis (70 km ao norte de Cairo) foi achada uma estela mostrando um cristão entre Hórus e Anúbis. Lembramos, enfim, que junto às Igrejas Ortodoxa e Coptíca, São Cristóvão é retratado como sendo um homem cinocéfalo, ou seja, com a cabeça de cão, igual a do deus Anúbis.

Mas se esses elementos iniciáticos não foram introduzidos por Jesus, então de onde surgiram? Os Apóstolos eram pessoas humildes, ignorantes e, talvez com a exceção de Mateus e de Judas Iscariotes, basicamente analfabetos. O único “apóstolo” culto foi Paulo de Tarso e toda a sua pregação foi fortemente caracterizada por doutrinas de tipo helenístico que lhe permitiram de reinterpretar a mensagem original de Jesus. Nesse sentido fica inadequado considerar Paulo como sendo o prosseguidor do movimento messiânico inicial devendo, ao contrário, ser tido como o inventor do futuro Cristianismo. São Paulo continuou sim pregando o Reino de Deus e a parúsia, mas num contexto totalmente diferente, universal, escatológico e completamente desligado do problema da libertação política do povo de Israel. Embora os Atos tentem mostrar um relacionamento pacífico entre Paulo de Tarso e os outros Apóstolos, uma leitura atenta das Epístolas revela uma realidade tensa e dramática gerada pela tentativa (bem sucedida) de São Paulo de se afastar da Lei de Moisés e transformar Jesus num ser divino, entrando em colisão com o conceito judaico de Messias. O embate com Tiago, líder da comunidade hierosolimitana foi se acirrando progressivamente e acabou com a tentativa de linchamento de Paulo no Templo de Jerusalém e a sua fuga definitiva da Palestina.

Paulo era oriundo da cidade de Tarso, importante centro comercial e intelectual cosmopolita. Em suas Epístolas, ele mostra ter um profundo conhecimento da filosofia estoica e é extremamente provável que conhecesse a fonte mais importante e evidente da conexão entre a antiga doutrina filosófica grega e a sapiência mistérica do Egito e da Mesopotâmia: o Orfismo. A existência de uma alma individual e a sua imortalidade, a ideia de um pecado original que determina o sofrimento de todos os seres humanos, a expectativa da recompensa para os justos e da punição para os ímpios após a morte –todos elementos basilares da doutrina cristã- são antecipados de vários séculos pelos Mistérios, em particular os do Orfismo.

Nos anos ’30 do século passado o estudioso católico italiano Vittorio Macchioro, depois de uma aprofundada análise do Orfismo, suas origens, manifestações e difusão, atestou a sua influência sobre o pitagorismo, as filosofias heraclitiana e platônica e, principalmente, o cristianismo paulino que, na visão do Macchioro, teria o mesmo substrato mítico e teológico. Deve ser lembrado que Orfeu foi uma das poucas, talvez a única, divindade pagã a não ser varrida pelo ódio propagandístico dos Padres da Igreja, que adoravam exercitar suas habilidades dialéticas zombando das divindades anteriores. De fato, muitos Padres indicaram em Orfeu uma prefiguração de Cristo que vence a morte; veja-se, por exemplo, Eusébio (Laudes Constantini). Nem se pode esquecer de mencionar São Clemente, que elaborou uma exegese do mito de Orfeu como símbolo do Logos crístico. Macchioro mostrou, de um lado, a clara descontinuidade entre o Cristianismo e o Hebraísmo ortodoxo do Antigo Testamento e, do outro, a derivação órfico-mistérica da cristologia paulina. Isso não seria novidade, pois o filósofo judeo-helenista Fílon de Alexandria já no I século da nossa era apontou a origem pitagórica dos Essênios e, de consequência, a conexão entre essa seita e o Orfismo. Objetivamente, o movimento dos Essênios nunca pertenceu legitimamente ao Hebraísmo tradicional -que desconhecia os fenômenos religiosos de tipo monástico- sendo mais próximo às ágapes dos Mistérios de Dioniso/Zagreu e à organização sectária dos pitagóricos que, como se sabe, levavam uma austera vida em comum. Agora, se assumirmos que o Cristianismo possa ter sido, mesmo que não completamente, originado nesses ambientes esotéricos judaicos dedicados a alguma forma local de Orfismo, também encontraremos a explicação de porque os Ofitas (uma seita gnóstica, iniciatíca, do II século que combinava elementos do culto à deusa Ísis, conceitos da mitologia oriental e aspectos da doutrina cristã) já estavam presentes no cristianismo primitivo e se confundiam com ele.

O Orfismo era, sem dúvidas, uma religião soteriológica apta a consolar as pessoas humildes e oprimidas em busca duma felicidade ultraterrena mas, por outro lado, respondia à necessidade de experimentar um ascetismo ético que levava à libertação do mal: esses dois elementos tornaram o Orfismo extremamente parecido ao Cristianismo. Seria todavia correto objetar que no Cristianismo falta totalmente o conceito de metempsicose que está à base de todas as religiões mistéricas mencionadas até agora. Na verdade a ideia de reencarnação (já elaborada na Índia nos Upanishads) não era completamente estranha ao Judaísmo, embora não tenha sido um artigo de fé obrigatório. Em âmbito cristão o próprio São Clemente (Stromata 4:160) fala de vidas "que se sucedem até nos levar à imortalidade" e acha que esta doutrina foi revelada diretamente por via mística a São Paulo. Na visão desse “apóstolo dos gentios” Judaísmo e o Orfismo convergem no sentido que o primeiro ensina que o pecado traz a morte, enquanto o Orfismo ensina que este pecado, ou seja a morte, se encontra na carne e que, graças à comunhão com Deus, a morte pode ser vencida. A concordância entre Orfismo e paulinismo não poderia ser mais perfeita: ao Dioniso/Zagreu morto e ressuscitado por Zeus, corresponde o Cristo morto e ressuscitado pelo Pai.

Além das referências citadas e das hipóteses eruditas, existe algo de mais “concreto” comprovando a existência de um link entre Cristianismo primitivo e Orfismo? A resposta é positiva. Trata-se da "gema de Berlim", parte da coleção Gerhard, encontrada no final do século XIX. É um objeto único, uma gema representando um crucifixo encimado por uma lua crescente e sete estrelas com a inscrição "Orpheos Bakchikos", provavelmente remontando ao II século. A autenticidade do objeto é claramente demonstrada pelos sólidos argumentos do acadêmico Prof. Attilio Mastrocinque o qual explica que o manufato é cristão sendo que o artista reconhecia no Cristo crucificado uma manifestação de Orfeu.

A estratégia apologética com a qual os cristãos enfrentaram o Orfismo consistia em mostrar como a tradição grega apresentava continuidade com a tradição judaica e cristã segundo a qual Orfeu, que é o mais antigo poeta, tornou-se estudante de Moisés através do poeta Museu. Acrescentamos, ainda, que a construção mítica da história de Jesus histórico espelha o clichê das religiões mistéricas, onde um divino Soter (salvador) derrota a morte. Este tema é típico das religiões pertencentes à tradição atlântica ocidental (veja-se Julius Evola e René Guénon), cujas epifanias são Osíris, Adonis, Dioniso/Zagreus e o próprio Jesus dos relatos evangélicos, principalmente os de Lucas e de João. A característica mais marcante destas divindades mediterrâneas é a de replicar o ciclo de nascimento e morte do ano, com a ressurreição coincidindo com o equinócio de primavera.

A partir do III século e justamente em âmbito cristão, aparecem alguns detalhes do desmembramento de Dioniso que favorecem uma leitura "sacrificial" do mito levando a uma óbvia analogia com a morte de Jesus. Portanto, assim como o homem devia libertar-se da corrupção reunindo a sua natureza dionisíaca em Dioniso/Zagreus, para Paulo de Tarso –em virtude do dualismo entre carne (Adão) e espírito- o homem podia libertar-se renascendo de novo em Cristo. Destarte, como o cristão, de acordo com a palavra do Evangelho, acredita na verdade histórica da paixão e ressurreição de Jesus e, realizando-a em si mesmo obtém a vida eterna, da mesma forma o órfico atesta a realidade histórica do mito de Zagreus e, morrendo e renascendo nele, atinge a beatitude. Outro elemento considerável nos permite assimilar Jesus com Dioniso: esse último é o deus dos ciclos vitais, das festas, do vinho e, sobretudo, da intoxicação que funde o bebedor com a deidade. E Cristo não afirma que: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o viticultor” (João 15:1)? Logo, o poder do vinho é central em ambos os cultos e, assim como o Salvador irá instituir um sacramento no qual o pão e o vinho se tornam o seu próprio corpo, no mito dionisíaco, o deus dará a duas de suas irmãs a faculdade de transformar tudo em pão e vinho. Miguel de Jáuregui, professor de filologia grega da Universidade de Madrid, resume o conceito com essa simples afirmação: “We can indeed suppose a direct influence of Orphism on Christianity as the most probable explanation of some parallels, for which it is not necessary to postulate an intermediary. The clearest case is that of the images about the fate of the soul after the death”. Palavras que, por sua vez, podem ser condensadas pela valiosa consideração de Macchioro: “O Cristianismo, do ponto de vista moral é judaico, mas do ponto de vista religioso é grego”.

O presente texto se encontra também no meu E-book intitulado: "Viagem ao Centro do Cristianismo" que pode ser baixado grátis na seção E-livros da minha escrivaninha.

Richard Foxe
Enviado por Richard Foxe em 07/07/2018
Reeditado em 20/12/2019
Código do texto: T6383740
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