MARIA, MÃE DE JESUS
SÉRIE OS EVANGELHOS - LUCAS 2 - MARIA, MÃE DE JESUS
“Maria, porém, guardava todas essas coisas e sobre elas refletia em seu coração.”
Lucas 2:19
“Então foi com eles para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém, guardava todas essas coisas em seu coração.” Lucas 2:51
OS EVANGELHOS
Eu estou escrevendo essa série baseada nos Evangelhos, com o intuito que seja uma palavra que nos lembre os fatos da Bíblia. Lendo os capítulos, sempre algo nos chama a atenção. Tentando vos falar sobre os Evangelhos, conforme vou indo e sendo tocado pelo Espírito Santo, vou escrevendo o que estiver no meu coração. A cada leitura da Bíblia, toda leitura da Bíblia, algo nos fala mais ao coração do que outras coisas. Se todos os dias eu ler o mesmo capítulo da Bíblia, invariavelmente eu terei um entendimento, ou um vislumbre das verdades de forma diferente. E mesmo lendo todos os dias os mesmos versículos, a Bíblia é escrita de tal forma que teremos sempre uma nova percepção. Agora, em junho de 2018, é essa a percepção que estou tendo dos Evangelhos e que quero compartilhar com vocês.
MARIA, MÃE DE JESUS
A ideia que me vem à mente, ao tentar falar sobre a irmã Maria, mãe de Jesus, é rastrear, não exaustivamente, os passos de Maria, o que fez, em que lugares aparece nos Evangelhos, que fatos foram mais marcantes. Eu já escrevi anteriormente sobre Maria.
Todos os personagens da Bíblia, e toda a Bíblia, são uma alegoria (uma forma de dizer algo, de forma figurada). O grande intuito de Deus e da Bíblia, é nos abençoar com fatos, estórias, ensinamentos, parábolas, doutrinas, fatos históricos, revelações e leis, para o nosso bem. Deus quer com a Bíblia nos chamar a atenção de todas as formas para a salvação e o viver uma vida santa e pacifica.
Maria, a mãe de Jesus é um personagem bíblico tão importante, que a Igreja Católica a monopolizou para si. Mas Maria, na verdade é uma pessoa bíblica, histórica, alegórica, real, a mãe de nosso Salvador. Que oportunidade de se estudar e pensar Jesus, a partir do coração de sua mãe. Maria, não é um personagem da Igreja Católica, não é exclusiva dessa Igreja – mas também não há problema algum que eles falem de Maria. Maria é um personagem bíblico importante e então devemos pregar os ensinos que Deus nos revelar a respeito de toda a Bíblia e dela também.
MARIA NA BÍBLIA
Tem-se afirmado com frequência que o Evangelho mariano (aquele que mais fala de Maria), por excelência é o de Lucas. Em Lucas encontramos nos seus dois primeiros capítulos, a maior parte das informações sobre a infância e a vida oculta de Jesus. No entanto, não sem razão, pensam que o Evangelho de João é o que penetra com maior profundidade no mistério de Maria.
Em João, não temos referências à vida de Cristo antes do seu Ministério. Prestando bastante atenção, vamos notar que João só faz duas principais referências a Maria, mas que são momentos de grande siginificação. A primeira delas é na transformação da água em vinho, que foi o primeiro milagre de Jesus, assim como notamos que Maria ao interceder pelas pessoas da festa, assume um papel grandioso: a mãe de todos. O papel de Maria na Bíblia é um só: ser mãe e no casamento em Caná, ao interceder por outros, simboliza a mãe de todos, ou todas as mães. Maria, a mãe de Jesus está presente na missão redentora de Jesus.
Na segunda passagem Maria aparece no momento da crucificação de Jesus, onde ele lhe dá um novo filho: João, a e João dá uma nova mãe: Maria. Ao mesmo tempo que Maria é cuidada por João, que acredito fez isso até o fim da vida de Maria, é adotado por ela e aceito como filho querido. Lembre-se que a Bíblia dá a entender que João era o mais novo dos Evangelistas, praticamente um adolescente.
João compreendeu e quer fazer com que entendamos também, a importância atribuida por Deus à colaboração de Maria em etapas decisivas do ministério de Jesus. Durante três anos e pouco, Jesus gasta todo o seu tempo e energia, na obra redentora dos necessitados: anunciando-lhes que o Reino de Deus está próximo e atraindo-os para a Luz da Verdade, assim como entregando-se na Cruz para o seu resgate.
Duas importantes cenas marianas emolduram, como intensos pontos de luz, o começo e o final da vida pública de Cristo no Evangelho de São João: o milagre das bodas de Caná, e as palavras dirigidas por Jesus a Maria e ao discípulo amado do alto da Cruz.
João não era um biógrafo da vida de Jesus, mas um profundo analista do seu ministério terreno.
MARIA, MÃE DE JESUS, MEDITAVA
Temos, na narração de Maria, uma fato totalmente diferenciado e sumido nos nossos dias de amor liquido, consciência liquida, amigos liquidos, compreensão liquida do mundo, conforme o filósofo Baumann nos ensina que é o amor em épocas de comunicação social instantanea e superficial. Meditar é diferente de contemplar. Contemplar é olhar para fora, ser bucólico, observar o campo, as flores, estar num lugar silencioso e afastado de tudo e de todos. Pensamos que meditar é contemplar, até que parece, mas não é. Meditar é olhar para dentro de si, fazer as devidas sinapses necessárias, os ajuntamentos de fragmentos de pensamento, é juntar os pedaços, analisar, concluir, extrair algo daquilo. Maria meditava. Ela observava os fatos que aconteciam e pensava, gastava tempo analisando, concluindo, chegando a algum lugar, dentro de si própria. Como nos ensina a Monja Coen, do Zen Budismo. E “pensar é complexo”, como diz o pensador e professor Leandro Karnal.
Karnal nos fala que pensar é fazer um processo hermeneutico, calmo, paciente, demorado, dos textos, das situações que nos cabem, que nos acontecem. O cristão é um analisador dos fatos por natureza. Nós temos um livro texto: A Bíblia, e não só o lemos, mas vivemos por ele. Nós analisamos, todos os dias, na Palavra da Bíblia e tentamos extrair dai verdades para as nossas vidas. E pode crer, elas estão lá.
A MENTE DE CRISTO
“Nós, porém, temos a mente de Cristo.” 1 Coríntios 2:16
O homem natural não pode ter a mente de Cristo. Só o homem espiritual a pode ter. E só o cristão cheio do Espírito a pode ter. A Bíblia falado homem natural, que não foi iluminado pelo Espírito, o homem espiritual, que está cheio do Espírito, e o homem carnal, que é o cristão desviado, ou desobediente, desligado do Espírito Santo, apesar de se chamar Igreja.
Pa nossa fácil compreensão, do que seja a mentede Cristo em nós, ou como podemos obte-la e usufruir dela, vamos pensar em termos tecnológicos. A Internet é uma rede de computadores, onde milhares de milhares de computadores estão ligados nela, linkados, ou conectatos nela. Um computador sem rede, não tem acesso à Internet. Entre outras coisas ter a mente de Cristo é estar conectado no Reino de Deus. Isso só é possível no Espírito Santo, Ele é quem nos conecta ao Reino. No Reino vamos entender as coisas pela ótica do Céu, do mundo espiritual. Nós ao aceitarmos a Jesus, e o verdadeiro inicio é a renuncia do mundo, através do batismo nas águas, pelo Espírito, somos engajados num enorme exército celestial, onde todos estarão caminhando na mesma direção. O Reino caminha rumo ao futuro desejado por Deus. O Reino caminha em direção em prol da transformação do homem e da sua restauração, onde a partir dela o universo criado por Deus será restaurado. Portanto, nós no Reino caminhamos em direção à nossa salvação e a salvação é individual. Nós falamos desse amor aos outros, pois de tão bom, queremos que outros também compartilhem.
A Igreja é uma para todo mundo. A lógica do Reino é igual a todos. Para Maria não era diferente. Apesar dela ser a mãe do nosso Salvador, o caminho para ela é igual ao nosso: arrrepender-se, batizar-se, encher-se do Espírito, cada vez negar mais o reino das trevas, o pecado em nós e no mundo. Efésios 2 fala que Cristo no sacrificio da Cruz destruiu a inimizade que havia, e juntou na Igreja os que estavam longe e os que estavam perto, criando um novo homem, a Igreja. Israel não é um povo que terá uma salvação diferente daIgreja, como algumas doutrinas escatológicas falam errado. Israel terá que seguir o mesmo caminho de arrependimento, batismo e enchimento, para ser salva. Tudo converge para Cristo e em Cristo tudo converge para ser Igreja. O unico diferente é Jesus, o primogênito, o nosso irmão mais velho. Maria teve um ministério glorioso e sofrido, em ser mãe de Jesus. Jesus foi perseguido desde criança e mais ainda quando entrou no ministério, com trinta anos, a partir do batismo nas águas. Tai outro assunto porque a Igreja Evangélica não batiza crianças, pois batismo é inicio do ministério.
Maria meditava em todas as coisas, analisando, juntando os pedaços. Não é de se estranhar que ela foi quem empurrou Jesus para o primeiro milagre, ela o conhecia bem e sabia do potencial dele. Apesar dela interceder ali, pelas pessoas da festa, é um erro bobo, orar a Maria. Isso é falta de Bíblia. E sequeremos que Deus nos abençoe, devemos fazer conforme a Bíblia orienta e não homens, sejam quais forem.
“Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus.” 1 Timóteo 2:5
Eu não sei quem inventou esse negócio de orar para Maria, para Pedro, para João, ou para quem quer que seja que não seja Jesus. A Bíblia é clara ao dizer que quando oramos emm nome de Jesus, se orarmos nadireção dele, pedindo coisas que são do Reino de
Eus, pois Deus nunca iria nos dar o que nos faria mau, então devemos acreditar que receberemos. Somos orientados a orara Deus e a Jesus, pela Bíblia. Podemos orar diretamente a Deus Pai e a Jesus. Alguns oram a o Espírito Santo (eu oro) mas nem a Ele é dito orar, mas a Deus e a Jesus. É aquele negócio, você que quer receber de Deus pode fazer do seu jeito e nada vai acontecer, ou pode fazer do jeito de Deus e as coisas funcionarem. Por isso o cristão ora em nome de Jesus todas as vezes. Orar à Trindade é esperar acontecer, mas orar a qualquer outro não tem base biblica e nem devemos esperar acontecer.
Alguém aqui pode dizer, mas tudo é pela fé. Sim, mas tem a fé correta e a fé equivocada. Quando não sabemos e fazemos errado, temos a desculpa de não saber, mas saber e fazer errado é indesculpável e pior: inócuo, dessa oração não devemos esperar nada. Ore, ore muito, mas ore em nome de Jesus.
Amém.
Paulo Sérgio Lários