Ilustração: Divaldo Pereira Franco, no início de sua tarefa com o verbo espírita, falando em público (Fonte: blogdobrunotavares.wordpress)


ELEMENTOS-CHAVE PARA
UMA BOA COMUNICAÇÃO ORAL


SUMÁRIO
      - Apresentação
     - 1 - A COMUNICAÇÃO
          ♦ Conceito de comunicação
          
Não dá para não comunicar

          O real significado da comunicação
          O esquema da comunicação
          A energia mental: pensamento, sentimento, vontade
     - 2 - UM CASO PARADIGMÁTICO
     - 3 - FALAR EM PÚBLICO

               Notas importantes
            4.1 - Preparação, ensaio
                  Palestra Falar em público
                  Eslaide 1 - Preparação, ensaio
          4.2 - Aspectos visuais
                
  Eslaide 2 - Aspectos visuais
         4.3 – Conhecimento do ambiente físico e do público
                    
 Eslaide 3 - Ambiente físico e público
          4.4 – A primeira impressão é a que fica
                      
Eslaide 4 - Impressões iniciais
          4.5 – Trajes
                      
Eslaide 5 - Trajes
          4.6 - Expressão corporal
                    
Eslaide 6 - O corpo fala
         4.7 - A voz
         4.8 – ORIGINALIDADE e FORÇA da Introdução
                   
Eslaide 7 - A Introdução
         4.9 - CONSISTÊNCIA do Desenvolvimento
                     Eslaide 8 - O Desenvolvimento
          4.10 - FORÇA DO Remate
                     Eslaide - 9 - A Conclusão     
         
4.11 - A DIFERENÇA ENTRE "Fala" e "Comunicação" 
                     Pontos recomendados
                     Pontos não recomendados
                     Cuidados com palavras e nomes
                         ♦ Outras técnicas
                         ♦ Preparando o improviso

     - Quem foi quem
      - Mapas mentais
      - Ver também
     - Referências


Apresentação

 Instrutor Guima


Cara(o),

Como se sabe, a exposição e o ensino na casa espírita, e assim também a divulgação doutrinária fora da casa espírita, fazem da palavra falada uma ferramenta de importância fundamental. 
 
Daí a razão deste texto sobre o
Falar em público. Com ele, damos uma visão de todos os elementos-chave para uma boa comunicação oral. E, assim, esperamos contribuir para melhora da qualidade das exposições na Casa Espírita. 
 
Na exposição da matéria, tomamos por base a apresentação de um professor e escritor russo, em sua aula inaugural de Literatura Comparada numa universidade americana – e dela extraímos os elementos essenciais de uma excelente exposição oral. 
 
Vamos em frente! 

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1 - A COMUNICAÇÃO


Precisamos falar com realidade, clareza, simplicidade e sentimento, tocar os corações das criaturas, chegar mais perto dos pacientes, mostrar os caminhos da doutrina espírita. Falemos com os corações em diálogos simples e singelos, mas que sejam espelhos do amor que vibra em cada um. 
HUMBERTO DE CAMPOS, Mensagem ditada em 1988 


Conceito de comunicação

 Instrutor Guima


Caro(a), 
 
A palavra comunicação significa  
 

 “tornar comum”
 trocar informações,
 (com)partilhar ideias, sentimentos, experiências, crenças e valores 

 
por meio de gestos, atos, palavras, figuras, imagens, símbolos, etc.  
 
Comunicar tem o sentido de participar e estabelecer contato com alguém num intercâmbio dinâmico e interativo. 

Esse conceito inclui também a persuasão e a influência sobre as outras pessoas.

1 Eunice Mendes & L. A. Costacurta Junqueira. Comunicação sem medo
 

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Não dá para não comunicar

Viver é estar comunicando, emitindo sinais, demonstrando participar do mundo. Todos têm de se comunicar, sem comunicação não há vida, tudo tem de ser repassado, transmitido, revelado. Todos querem emitir, falar, publicar, comunicar, seduzir, convencer, manipular, o mundo está repleto de divulgadores de todos os tipos.

2 Ciro Marcondes Filho. Para entender a comunicação. 
 

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O real significado da comunicação

A comunicação é o processo pelo qual acontece a transferência, de uma pessoa para outra, de informação e significado, permitindo que haja a compreensão daquilo que foi expresso. 
 
Para ocorrer, é necessário que um significado seja compreendido tanto por quem fala, quanto por quem ouve. Se dissermos algo que não é compreendido pelo receptor, apenas verbalizamos alguma coisa, mas não nos comunicamos.
3

3 Alyrio Cerqueira Filho. A essência da comunicação 
 

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O esquema da comunicação


Ideias e imagens são representações mentais verbalizadas, traduzidas em palavras. É muito sutil a distinção entre ideias e imaginação: a ideia é a palavra, a imaginação, o desenho, a reprodução pictórica. 
JOSÉ ROBERTO WHITAKER PENTEADO 

 



Código é um conjunto de signos relacionados capaz de formar e transmitir a mensagem.  
 
Codificação é o ato de transformar a mensagem numa linguagem. 
 
Linguagem é qualquer sistema de signos (vocais, escritos, visuais, fisionômicos, sonos, gestuais) que serve de meio de comunicação entre indivíduos. 

 
O esquema acima também se aplica à comunicação oral. Assim, o emissor imagina (pensa por imagens) e surge a imagem = ideia imaginada.

 
Essa imagem deve sair da mente do emissor para a mente do receptor por meio de

Palavras e expressões que criem facilmente imagens e ideias visuais na mente dos receptores.  



4  MATOS, Gustavo Gomes de. Comunicação empresarial sem complicação. 
5 OLIVEIRA, J. B. Falar bem é bem fácil. 
 

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A energia mental: Pensamento, sentimento e vontade



Fonte: CERQUEIRA FILHO, Alyrio. Energia mental e autocura. 

 


2 - UM CASO PARADIGMÁTICO
A palavra é a mais poderosa droga estimulante  usada pela humanidade.  
RUDIARD KIPLING 


 

 Instrutor Guima


Caro(a), 

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Em 1940, o escritor russo Vladimir Nabokov chegou aos EUA, fugindo da guerra na Alemanha. Nesse país, ganhou inicialmente a vida dando aulas de literatura comparada no Wesley College. Suas palestras eram inimitáveis, divertidas e espirituosas, e seus cursos ganharam muita popularidade. 
 
Pois bem, de um caso ocorrido com Nabokov por essa época e descrito a seguir, o qual foi emprestado de Antonio Abujamra, que o contou num programa de entrevista – o Sem Censura, da TV Cultura de São Paulo, em 2004 – pode-se visualizar todo um processo de comunicação oral.  
 
A seguir, vejamos o caso, aqui recriado com as nossas palavras. Leia o texto em voz alta, atenta e enfaticamente, anote os pontos principais, isso vai ajudá-lo no entendimento da matéria que será explicada mais à frente.


Conta-se que o escritor russo Nabokov, ao dar sua aula inicial de literatura russa numa faculdade americana, fez assim:  
 
Chegou, vestido com elegância, caminhando lentamente e de forma solene, e sem olhar para ninguém, dirigiu-se para três grandes janelas que havia na sala de aula e fechou as cortinas, deixando o ambiente na penumbra.  
 
Aí, voltou à primeira janela, abriu uma fresta na cortina e, num tom normal de voz, disse: 
 
- ISTO É PUSCHKIN! 
 
Foi, lentamente, até a segunda janela, abriu a cortina até a metade e, elevando um pouco a voz, disse: 
 
- ISTO É GÓGOL!!  
 
Dirigiu-se, a passo contado, até a terceira janela, e, de supetão, abriu toda a cortina, iluminando a sala de aula, e disse em voz bem alta, num tom enfático e mais elevado do que as falas anteriores: 
 
- ISTO É TOLSTÓI!!! 
 
Esperou alguns segundos, olhou fixamente para os seus ouvintes, e rematou, em voz alta, sentenciosamente: 
 
- VAMOS ESTUDAR A LITERATURA RUSSA! 

Pouco depois, Nabokov, se expressando de forma natural e num inglês perfeito – a sua segunda língua e na qual escreveu alguns de seus livros – prosseguiu a sua apresentação, para um público, inicialmente, surpreso e assustado, mas que a seguir, embevecido, o ouviu discorrer brilhantemente acerca da fantástica literatura dos russos, esse grande patrimônio cultural da humanidade. 


Quem foi quem: PUSCHKIN, GÓGOL, TOLSTÓI, NABOKOV - aqui
 

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3 - FALAR EM PÚBLICO

 Instrutor Guima


Caro(a),

No texto acima, que narra a abertura de uma aula feita por Nabokov, acreditem, está um belo resumo de um processo de comunicação oral. 

De fato, nessa passagem podem ser observados todos os elementos-chave de uma boa comunicação oral:
  

 a preparação, 
 a importância do visual, 
 o conhecimento do ambiente físico e do público-alvo, 
 a primeira impressão, 
 o traje, 
 as expressões corporais, 
 o uso da voz   
 e a estrutura do discurso:
 

♦ a ORIGINALIDADE e força da introdução,

♦ a CONSISTÊNCIA do desenvolvimento e 

♦ a FORÇA do remate.

 
Vejamos, agora, cada um desses pontos. 

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Notas importantes

Para bom aproveitamento deste FALAR EM PÚBLICO, é importante que você tenha lido os e-books da COLETÂNEA APRENDIZADO ESPÍRITA indicados abaixo, que tratam da confecção de uma boa palestra. 
 
E assim também consulte os mapas mentais indicados no final deste e-book (aqui).


 E-book: Ferramentas eletrônicas para estudar e divulgar o Espiritismo  Disponível: AQUI

 E-book: Pesquisa bibliográfica espírita  Disponível:  AQUI

 E-book: Planificação e elaboração de palestras espíritas  Disponível: AQUI 

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4.1 - PREPARAÇÃO, ENSAIO

 

O cérebro humano é uma coisa maravilhosa. Começa a funcionar quando nós nascemos e  só para de funcionar quando nos encontramos
   diante de um microfone.   
RENAN BERNARD 


   Instrutor Guima


Você acha que Nabokov chegou e  
 

 “falou de improviso”? ou  
 “se preparou” para fazer a  apresentação? 

 
Ao analisarmos o conjunto da sua apresentação, podemos estar certos de que ele a preparou cuidadosamente, além de demonstrar ter experiências anteriores e um preparo geral muito bom para falar em público. 
 
Há uma regra em comunicação oral que diz que  
 

“se você não estiver preparado, não fale.” 7   


E daí decorre este mandamento: falar bem é preparação, preparação, preparação. 
 
Porque ”todos podemos falar corretamente: é uma questão de habilidade e prática. Não é dom, capacidade inata nem arte; é treino.” 
 
Você tem receio?  
 
“O medo é natural. Enfrente-o. Todos somos tímidos em alguma ocasião em nossas vidas. Não conheço ninguém que nunca tenha se sentido tímido numa ou outra ocasião. ”  
 
O nervosismo é comum a todo mundo. Somente 7% das pessoas nascem “prontas”. Para o restante: treino, treino, treino... 
 
Tenha, pois, os seguintes passos em mente e pratique-os com frequência, para ter sucesso nas apresentações orais: 
 

OS SETE PASSOS PARA FALAR EM PÚBLICO 
 
 Saiba o que vai falar
 Conheça o terreno em que vai pisar
 Seja breve
 Aprenda a se relacionar
 Seja você mesmo
 Treine, treine, treine
 Vá em frente, mesmo com um friozinho na barriga  Faça com medo, mas faça       

(Fonte: Revista Você s.a. – maio-99)


7 Muitas vezes, ocorre a necessidade de se “falar de improviso”. Mas esse “improviso”, na verdade, é um “improviso preparado”, como veremos mais à frente no tópico Preparando o improviso.   

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A palestra Falar em público

A partir deste ponto, ao final de cada tópico, inserimos cópias dos eslaides da palestra
FALAR EM PÚBLICO, efetuada no 1º. Encontro sobre a Comunicação na Casa Espírita, promovido pela Casa Espírita Francisco de Paula Vítor e Seara Espírita Bezerra de Menezes, ambas de Lambari, MG, em 2014. 
 
Essa palestra
FALAR EM PÚBLICO é que deu origem a este estudo. Daí porque vamos comentar brevemente alguns de seus pontos principais, como complemento ao conteúdo deste texto. 
 
A Apresentação PPT da palestra está disponível em: 

 
https://goo.gl/Cpvuty

 


ESLAIDE 1 -  PREPARO - ENSAIO


 

 Falar bem é performance, isto é, treinar repetidamente e ir melhorando a cada dia a habilidade de FALAR EM PÚBLICO.  

 O medo é natural, e assim temos de enfrentá-lo. E ele não ocorre somente com os iniciantes, como também com pessoas experimentadas.  

Paulo Autran, por exemplo, confessou que se sentia inseguro nos momentos iniciais de um monólogo teatral que ele já encenara 500 vezes. E à primeira reação do público, ele se acalmava. 

A cantora Maria Alcina – brincalhona, extrovertida, desembaraçada – diz que o medo, aquele friozinho na barriga, é acompanhamento do artista. Está presente em qualquer apresentação que ele faz. 

 


Confira no e-book 8 – Planificação e elaboração de palestras espíritas o tópico 6.2 – Detalhamento do processo de planificação da palestra, p. 23. 


E também o tópico 7.4 – Examinando os elementos da etapa de elaboração da palestra, na pag. 42. 




Visão Geral do Desenvolvimento do Esquema de Pesquisa e Composição da Palestra 
 

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4.2 - ASPECTOS VISUAIS


Comunique-se vividamente.... As palavras têm poder especial quando são vívidas – quando criam imagens mentais estimulantes, atraentes, dramáticas, realistas e bem-definidas.  
 DEAN SPTIZER 


 Instrutor Guima


Em comunicação oral, o visual possui grande força, pois toca os sentidos e impressiona o ouvinte.  
 
Toda a apresentação de Nabokov passa isso à sua plateia: 
 

 a sua personalidade, 
 os trajes, 
 os movimentos, 
 a gesticulação,
 a voz, 

 
ou seja, um conjunto visual forte, elegante, determinado, de grande alcance e eficácia em comunicação oral. 
 
Pesquisas feitas por uma universidade da Califórnia (EUA) mostram o percentual dos fatores que contribuem para a eficácia de uma apresentação: 

 

 55% - Aspectos fisiológicos – O corpo fala
 38% - A voz
 7% - O conteúdo (palavras) 

 
Outro dado importante refere-se à utilização de material visual e impresso, seja numa palestra pública de divulgação doutrinária, seja num grupo de estudos.  
 
Assim, tenha em mente a seguinte informação: 

 


ESLAIDE 2 -  ASPECTOS VISUAIS 



 

 Como se viu, as diferentes formas que Nabokov usou para abrir as “cortinas” simbolizam o estilo de cada autor: suave, simples, lírico em Pushkin; vivo, claro, pictórico em Gógol; grandioso, passional, estrondoso, em Tolstói
 
 Com esse recurso, Nabokov usou a linguagem visual associada à verbal para transmitir sua mensagem, ligando a abertura da cortina (visual) ao nome dos autores (verbal). E, claro, ajunte-se a isso a linguagem corporal: os gestos, o caminhar, as expressões fisionômicas. Todo esse conjunto impressionou e comunicou muito bem sua mensagem. 

Devemos ter essa lição de Nabokov em mente na preparação/execução de uma palestra, isto é: usar mais de um recurso ou meio para passar a mensagem 
 
De fato, as pessoas recebem informações mediante diferentes canais sensoriais (visão, audição, sensação).

 
Algumas pessoas preferem ver a matéria em folhetos, flip-charts, cartazes, vídeos, etc.  Esses se lembram daquilo que veem. 
 
Outras são mais auditivas e gostam de ouvir a matéria: focam no discurso (palavras), nas perguntas e nas respostas. Essas se lembram daquilo que foi discutido, verbalizado. 
 
Há ainda as pessoas cinestésicas: aquelas que se impressionam com movimentos e emoções. Numa palestra, o orador passa emoção pelo modo como fala, gesticula, muda o semblante, conta histórias.  
 
Os cinestésicos lembram da intensidade da emoção que sentem. Numa aula ou treinamento, gostam de fazer exercícios e desempenhar papéis. Eles aprendem fazendo. 
 
 Os olhos dos ouvintes são os primeiros órgãos a perceber o orador. Daí a força da imagem que esse pode – ou não – passar, daí os cuidados com o “visual” – roupas, andar, comportamento – e com a expressão corporal. 

 Não ponha as mãos no bolso nem às costas, e não se apoie na mesa ou na tribuna. 
 
 Use técnicas apropriadas para falar e recursos físicos ou tecnológicos para apresentar sua fala, mas não se esconda atrás deles. Isso é, você – o orador – deve aparecer mais do que as técnicas. 
 
 Em tudo, busque o equilíbrio, tipo água com fubá – nem só uma coisa nem outra, mas uma boa mistura. 


O’CONNOR & SEYMOUR, Joseph; John. Treinando com a PNL. 

 

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4.3 – CONHECIMENTO DO AMBIENTE FÍSICO E DO PÚBLICO


O verdadeiro orador é aquele que ouve seus ouvintes antes que o ouçam.  
 MIKHAIL NAIMY 


 Instrutor Guima


A apresentação de Nabokov mostra que ele conhecia – e bem – o público para o qual ia falar e o local de sua apresentação, e planejou cada passo de sua fala com base nessas informações. 
 
Conhecer o público para o qual se vai falar – para adequar a linguagem e as técnicas de comunicação – é fundamental na apresentação oral.  
 
O mesmo ocorre com relação ao ambiente físico. Informar-se sobre o local da palestra, chegar mais cedo, percorrer o recinto, cumprimentar as pessoas, fazer contato visual com o público, conhecer a composição da mesa, testar equipamentos, ter alguns cuidados na saída/despedida, todos esses são pontos a serem observados para o sucesso da comunicação oral. 


ESLAIDE 3 - AMBIENTE FÍSICO E PÚBLICO 


 

 Se você quer ser bem recebido e bem atendido, chegue mais cedo, caminhe pelo ambiente da palestra, cumprimente as pessoas. Isso vai um criar um clima amistoso para sua apresentação. 
 
 Se você quer ser novamente convidado para falar, despeça-se atenciosamente das pessoas que o convidaram e saia pela frente – e não pelos fundos – da instituição. Assim poderá fazer contato, conversar e eventualmente responder questões da sua audiência.


 Confira no e-book 8 – Planificação e elaboração de palestras espíritas o tópico Passo a passo da Planificação, pág. 28, que auxilia o orador quanto às providências para conhecer o ambiente físico e o público ouvinte da palestra. 
 

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4.4 - A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA


Em comunicação, tudo é associação. (...)
As mensagens frias comunicam, mas não emocionam. 
E sem emoção não há motivação. 
 ANDRÉA MONTEIRO DE BARROS MACHADO 


 Instrutor Guima


Numa exposição oral você tem uma única oportunidade para “prender o ouvinte”.  
 
De fato, como diz um jargão da comunicação:  
 

 Você nunca tem uma segunda chance, quando se trata de primeira impressão.  

 
Portanto, não desperdice a sua: procure causar sempre uma boa primeira impressão.  
 
A “calculada” abertura de Nabokov cumpriu muito bem esse papel. 
 
E lembre-se que a aura chega antes, isto é, a energia que vibramos nos antecede e pode abrir – ou obstruir caminhos.  
 

 Isso é empatia --> sentir o que o outro sente, aproximação instintiva.


Assim, chegue mais cedo e com humildade e suavidade cumprimente as pessoas. Vibre alegria, simpatia e afeto, seja confiante, mas modesto, que tudo isso retorna e vai ajudá-lo no seu desempenho. 


ESLAIDE 4 - IMPRESSÕES INICIAIS

 

 Não abra sua apresentação se desculpando com isso e aquilo. Isso gera desconfiança na sua plateia. Se tiver algum problema com atrasos, cordas vocais, materiais ou equipamento, informe assertivamente ao público no início da palestra e não volte mais ao assunto. 
 
 Falhas podem acontecer durante uma apresentação. Quando ocorrerem, desculpese humildemente, mas não perca muito tempo em explicações, pois as pessoas podem prestar mais atenção a isso do que no conteúdo da palestra. 
 
 Note que alguns pequenos erros, às vezes, nem são percebidos pela audiência. 
 
 Equipamentos eletrônicos podem deixá-lo em dificuldade. Por isso, é importante testar cada um deles, antes de iniciar a fala. Mas problemas dessa natureza podem ocorrer durante a apresentação, por isso é bom ter à mão cópias dos eslaides ou um roteiro escrito da palestra

 

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4.5 - TRAJES


A melhor palestra do mundo possui apenas dois conteúdos: Um bom tema e um bom palestrante. 
 M. MIGUEL 


 Instrutor Guima


Cara(o), 
 
O pensamento acima está, no fundo, correto, mas um bom palestrante preocupa-se também com os trajes.  
 
E recorde-se que elegância não se trata de roupas caras e sofisticadas. A elegância é pessoal – tem a ver com a personalidade, com a presença, com o carisma, com a simplicidade. 
 
Assim, os trajes e a elegância de Nabokov funcionaram adequadamente na sua apresentação, como se viu.  
 
É regra fundamental em apresentações orais:  
 

 “Antes de ser ouvido, você é visto”,  

 
pois o aspecto externo do expositor influi muito sobre o público. 

A apresentação pessoal do orador deve causar boa impressão no seu público, o que vai facilitar a exposição como um todo. Por isso: higiene, cabelo, barba, trajes devem estar bem cuidados. 
 
Mas atenção às roupas: vista-se de forma elegante, mas discreta, pois  
 

 “os trajes não devem falar mais alto do que suas palavras”. 

 
O excesso de adornos, como broches, brincos, colares, pulseiras, relógios, também são prejudiciais a uma apresentação. Assim, cuidado com eles e com os ruídos que provocam, pois podem distrair os seus ouvintes, que não prestarão a atenção devida à sua fala. 
 
E guarde desde já este mandamento importante em comunicação oral:  
 

 Você é o centro, é a estrela,  

 
não ceda espaço a objetos exteriores, como roupa, joias, adornos, como também aos recursos audiovisuais que eventualmente você utiliza nas suas apresentações. 
 
Nas mãos, discretamente: giz, pincel ou apontador, evitando-se movimentá-los, pois isso distrai a atenção do auditório.  Bolsos lotados de canetas, anotações, papéis causam má impressão e dividem a atenção das pessoas. 

E quando perdemos a atenção do ouvinte, dá um trabalho danado retomá-la. 


ESLAIDE 5 - TRAJES


 

 Vista-se de acordo com o evento e o público para o qual vai falar. Eventos formais ou comemorativos pedem roupa formal: terno e gravata e o equivalente social para mulheres. Se for o caso, tire o paletó ou gravata, mas evite tirar os dois ao mesmo tempo. Falar para jovens, por outro lado, podem roupas mais descontraídas.  
 
 Nas palestras e exposições rotineiras na casa espírita, use roupas sociais mais leves e simples. 

 Evite trajes vistosos ou mal combinados, e cores berrantes. Isso tira a atenção da plateia. 
 
 Especialistas recomendam o uso de roupas discretas. Assim: 
 

♦Evitar: roupa xadrez, com estampas ou desenhos fortes (geram confusão)
♦ Evitar cor vermelha (estressante); cor branca (confusão mental) 

 
 Evitar broches, brincos, colares, relógios que possam distrair ou fazer ruídos. 
 
 Não se esqueça dos cuidados com sapatos e cintos cintos.


4.6 - A EXPRESSÃO CORPORAL


Aprende-se a ler os pensamentos dos outros por meio de seus gestos e a deleitar-se em simplesmente assistir a seus rituais de linguagem corporal! 
VIJAYA KUMAR,  Segredos da linguagem corporal 


 Instrutor Guima


Cara(o), 
 
Sabemos muito bem que “o corpo fala”, por isso, a comunicação gestual deve ser coerente com a comunicação verbal.  
 
É preciso integrar gesto e fala, pois o  
 

 “corpo precisa contar bem a história daquilo que você diz.”  

 
As expressões faciais (boca, sobrancelhas, testa, olhar) devem acompanhar as expressões verbais de alegria, tristeza, espanto, etc. 
 
Lembre-se que a fisionomia é a parte mais observada do corpo, e mantenha o semblante livre e calmo. E saiba que o sorriso quebra resistências.  
 

 Mas, cuidado com os extremos: caretas x impassividade. 


Nada de olhar para o horizonte. Nem para o chão. Nem para o teto. Olhe diretamente para os olhos dos seus ouvintes. Veja que Nabokov usou muito bem esse recurso quando foi finalizar a sua abertura. 
 
Com as mãos, faça gestos expressivos, no espaço entre a cintura e a cabeça, mas não exagere e evite gesticulação teatral.  
 
Utilize bem suas pernas: não fique todo o tempo parado, não ande apressado. Quando parar, apoie-se em ambas as pernas e mantenha uma pequena abertura entre elas. 
 
Durante sua apresentação, acostume-se, também, a olhar o comportamento corporal dos seus ouvintes, o modo como reagem à sua palestra. Isso lhe dará um feedback de como o público está “sentindo” e “reagindo” à sua fala. 



ESLAIDE 6 - O CORPO FALA
 


 

 Que gestos você faria para: pedir atenção; acusar; recolher; pedir; dividir; demonstrar força? 
 
Ensaie esses gestos, isso pode ajudá-lo a ser mais expressivo. 
 
 Como vimos, as pessoas percebem basicamente por meio da visão, audição e sensação. Um auditório é composto de pessoas sensíveis a diferentes canais. O bom palestrante sabe disso e procura atingir sua audiência por mais de um canal sensorial. 
 
 Pense bem nesse ponto quando for preparar/executar sua palestra. Escolha um bom tema, escreva (quadro, flip-chart, PPT) os tópicos e ideias principais, mostre figuras, imagens, conte histórias e, sobretudo, se expresse – verbal e não-verbalmente – com emoção. 
 
 Lembre-se: os canais sensoriais de sua audiência estarão sintonizados em você. O visual para analisá-lo e pontuar sua apresentação; o auditivo para registrar sua voz e o conteúdo de sua fala; o cinestésico para medir a intensidade da emoção de sua mensagem.
9 
 
 E não se esqueça o que Sócrates dizia: “Fale para que eu te veja”. 


9 OLIVEIRA, J. B. op. cit.

 

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4.7 - A VOZ


Acostume-se a falar “com” os ouvintes e não “para” os ouvintes. Isto quer dizer que para falar em público é melhor deixar o tom acadêmico, que dá a impressão de ter decorado um discurso. O orador tem de falar espontaneamente. Um discurso pronunciado com desânimo, com voz monótona, cansa a plateia, enquanto que um discurso vivo e empolgante cria interesse.  
ISABEL FURINI – A arte de falar em público


 Instrutor Guima


Vimos como Nabokov usa diferentes tons, volumes e ritmos de voz para impressionar a plateia e passar sua mensagem. 
 
Os grandes oradores sabem como fazer isso, mas nós também podemos aprender, mediante algumas técnicas e treinamento.  
 
Abaixo, vão algumas recomendações sobre a voz: 
 

  OUVINDO A PRÓPRIA VOZ. Nossa voz não é exatamente como ela soa aos nossos ouvidos. Se você fizer um exercício simples vai perceber isso: ponha as mãos em concha nas orelhas e fale. Sua voz soará diferente do que você costuma ouvir. Assim, uma boa técnica para conhecer como é a nossa voz é gravála. Ouvindo o som da própria voz, aprendemos sobre tom, ritmo e velocidade da fala. 
 
A VOZ DURANTE A EXPOSIÇÃO. Na preleção, regule o tom, o volume e o ritmo da fala. Ajuste o timbre, a potência e a velocidade da voz à mensagem que está transmitindo. Faça pequenas pausas durante a apresentação, respire equilibradamente (nunca pela boca) conforme o ritmo da fala. 
 
CUIDE DA VOZ. A voz é o instrumento de trabalho do orador, e precisa ser cuidada. Assim, evite álcool, fumo, ar condicionado e alimentos ou líquidos muito quentes ou muito frios. Não grite nem use por muito tempo a voz em alto volume.  
 
TREINE SUA VOZ. Pratique exercícios para corrigir defeitos de articulação e dicção. Treine sua voz, alternando intensidade, velocidade e ritmo. Isso vai aumentar sua expressividade e conferir ênfase e energia à fala. 
 
EXERCÍCIOS DE DICÇÃO – SÍLVIO LUZARDO - Exercícios de dicção para quem tem dificuldades de expressão e deseja melhorar a voz.
Por Sílvio Luzardo – Autor do livro Eu! Falando em público? Editora Paulus.  Aqui: http://goo.gl/qkx7xf

Canal de Sílvio Luzardo no Youtube: http://www.youtube.com/user/silvioluzardo 

 
EXERCÍCIOS PARA FALAR MELHOR EM PÚBLICO - Luciane Sagrette. Aqui: http://goo.gl/voXQoR  

 

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4.8 - ORIGINALIDADE e FORÇA da Introdução


Jesus, como Platão, apresentava histórias e imagens poéticas para assinalar certos pontos que não pudessem ser completamente provados, ou que só se tornassem acessíveis pela emoção. 
 GILBERT HIGUET, A Arte de Ensinar 


 Instrutor Guima


Na fala de Nabokov a entrada, a movimentação pela sala, o uso das cortinas, todos esses lances revelam originalidade e uma grande força. 
 
Mas um registro importante:  
 

 para “abrir uma apresentação” dessa forma tão incomum, é necessário ser um orador experimentado e seguro, sob risco de transformar a apresentação num desastre.  

 
Assim, procure sempre ser original em suas aberturas e fazer uma introdução forte. Isso é garantia de que você vai prender o seu público e terá apoio psicológico para desenvolver sua palestra.

 

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ESLAIDE 7 - A INTRODUÇÃO


 

 Seja para aprender mais sobre falar em público, seja para ilustrar uma apresentação, seja para motivar pessoas, o comunicador precisa de boas histórias, de bons pensamentos, de conhecer e citar bons autores. 
 
 Claro, não se deve buscar tudo num dicionário ou coletânea já prontos, e ficar apenas nisso. Deve-se sempre aumentar a cultura geral, motivacional, espírita e evangélica. 
 
 Uma boa história, ou uma citação, adequada, bem narrada, bem-posta, torna eficiente o discurso – falado ou escrito – e dá eficácia à comunicação. E é sempre bom, também, anotar as histórias da própria experiência – e contá-las quando for oportuno e adequado. 
 
 No fechamento de uma apresentação, por exemplo, uma história bem contada – com emoção, sobretudo – pode ser um ótimo complemento.



CASOS E CRÔNICAS - LINKS

 A casa do Espiritismo (Aba “Causos”) - aqui

 Caminhos da Luz - aqui


4.9 - A CONSISTÊNCIA do Desenvolvimento

 

Comunicação não é o que a gente fala ou escreve. É o que as pessoas entendem. 
CORREIO DO SUL, Varginha, MG 


 Instrutor Guima


Para desenvolver sua palestra, faça o seguinte: 
 
A ideia principal deve ser fundamentada, conforme ensina Reinaldo Polito, obedecendo aos seguintes princípios: 
 

Repetição: Procure transmitir as ideias e argumentos mais importantes, sob diversas formas e exemplos. 
 
Atenção: Mantenha a atenção da maioria nos pontos fundamentais da sua exposição, fazendo pequenas pausas, não desviando o assunto, criando um clima crescente de interesse. 
 
Emoção: Ponha sentimento adequado a cada assunto, mas varie o tom emotivo da palestra. 
  
  Interesse: Esforce-se por renovar o interesse da maioria dos ouvintes. A cada novo enfoque, abordagem ou argumentação. 
 
Associação: não se esqueça de “amarrar” suas ideias, demonstrando que elas se completam e conduzem a um mesmo objetivo.


ESLAIDE 8 - O DESENVOLVIMENTO



 

 Veja um texto interessante, intitulado SUPERAPRESENTAÇÕES, com boas ideias para você melhorar a qualidade de sua palestra. 
 

Disponível neste link: http://www.soap.com.br/livro/ 

 

 Veja também o site PRIMEIRO ENCONTRO DE EXPOSITORES ESPÍRITAS (AQUI) no qual estão disponíveis diversas informações sobre o evento e boas dicas sobre exposição didática e apresentação de palestras: 
 

♦ PASSO A PASSO PARA DEIXAR SUA APRESENTAÇÃO MAIS EFICIENTE - https://goo.gl/nGARzU 
♦ NOVE SINAIS DE QUE SUA PALESTRA NÃO ESTÁ INDO BEM - https://goo.gl/HsV3dB  
♦ CINCO ERROS QUE VOCÊ DEVE EVITAR AO FALAR EM PÚBLICO - https://goo.gl/kZqWr7  
♦ SEIS PROBLEMAS DE LINGUAGEM CORPORAL QUE O PALESTRANTE DEVE EVITAR - https://goo.gl/txtg7r  
♦ SETE TRUQUES PARA FALAR MUITO MELHOR EM PÚBLICO - https://goo.gl/k9CNfD  
♦ COMO FAZER UMA PALESTRA COM CONFIANÇA - https://goo.gl/JVeE1b  
♦ COMO ILUSTRAR SUA PALESTRA NO POWERPOINT - https://goo.gl/vwp9Sy 

 

 


NOTA 4 - PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PALESTRAS

 Veja no e-book 8 – Planejamento e elaboração de palestras espíritas o tópico 7.4 – Examinando os elementos da etapa de elaboração da palestra, pag. 46. 

Pontos a observar no desenvolvimento da exposição

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4.10 - FORÇA DO Remate

 

Não podemos nos deixar iludir, procurando realizar reuniões, encontros e palestras que deixem todos satisfeitos, mas que ao sair da sala o assunto já foi esquecido.  Melhor é deixar muitos intrigados e até alguns descontentes, pois estarão mostrando que se incomodaram com os pensamentos exteriorizados e estão meditando sobre eles. Quanto mais as informações recebidas forem trabalhadas pela mente de quem as recebe, mais utilidade terão, mesmo quando refutadas. 
 IVAN RENÉ FRANZOLIN 


 Instrutor Guima


Cara(o), 
 

– “Vamos estudar a literatura russa!” 

 
Foi essa a expressão utilizada por Nabokov para fechar sua fala inicial na universidade americana. Uma síntese forte e de grande efeito, em face do modo como abriu sua aula. 
 
Assim devem ser os fechos de uma exposição oral: expressivos, marcantes.  
 
Podemos frisar aspectos morais, éticos, filosóficos, evangélicos da nossa fala, por exemplo. Ou reafirmar pontos ou valores, sobre os quais tenhamos comentado. Ou ainda dizer alguma frase de efeito ou um pensamento que resuma a mensagem que queremos fixar. E mesmo deixar “perguntas no ar”  – perguntas que possam levar o ouvinte a reflexões e estudos posteriores.


ESLAIDE 9 - A CONCLUSÃO

 

 Alguns oradores experimentados costumam “assinar” o encerramento de suas palestras. Divaldo Franco, por exemplo, às vezes, declama lindo poemas. E costuma ser imitado. 
 
 Cada de um de nós, claro, pode criar um modo de fechar as palestras: uma prece, um poema, uma citação, um agradecimento. Mas em tudo devemos ser simples e originais. 


NOTA 5 - PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE PALESTRAS

 Veja no e-book 8 – Planejamento e elaboração de palestras, o 
 

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4.11 - A DIFERENÇA ENTRE "Fala" e "Comunicação" ou entre "Falar" e "Falar bem"

 

Toda comunicação para ter credibilidade e poder instigar os ouvintes a agirem em favor das ideias, deve ser íntegra, bem estruturada, além de clara e objetiva. Não basta comunicar coisas boas, é preciso comunicar bem!  
 IVAN RENÉ FRANZOLIN 


 Instrutor Guima


J. B. Oliveira, na introdução do seu livro sobre oratória, pergunta: 
 

- E qual a diferença entre FALAR e FALAR BEM? 10

 
E ele próprio responde: 
 

- É simples. A primeira – a fala –  qualquer um faz. A segunda – a comunicação - apenas uns poucos.  

 
Esses últimos são os que não usam meramente a fala – que é um recurso – mas a comunicação – que é um conjunto harmônico e sinérgico de recursos! 
 
E o autor conclui que, em síntese, FALAR BEM é: 
 

 Falar e ser ouvido
 Falar e ser bem recebido.
 Falar e ser entendido.
 Falar e ser atendido.
 Falar e obter o resultado desejado. 

 
Assim, com treino, persistência e alguma técnica, todos podemos FALAR BEM.  
 
Para encerrar este nosso estudo, observe os pontos abaixo, são dicas importantes para quem precisa
FALAR EM PÚBLICO.


10 Falar bem é bem fácil – Método J. B. Oliveira de Comunicação Integral,
São Paulo, Madras, 2000. 


PONTOS RECOMENDADOS

 SEJA MOTIVADOR. Ser capaz de incentivar os ouvintes e prendê-los durante a preleção é a chave do sucesso do orador.  
 
Desse modo, mediante boa dicção, pronunciando claramente as palavras e infletindo corretamente a voz, transmita entusiasmo, conhecimento do tema e sobretudo convicção acerca do que está falando. 
 
 SEJA CONFIANTE. As pessoas do auditório estão, a princípio, receptivas. Assim, acredite em si mesmo. Seja modesto, não tímido. Transmita sua mensagem com fé, entusiasmo e interesse. Isso contagia. 
 
 HAJA COM NATURALIDADE. Seja natural. Seja você mesmo. Não imite gestos, voz, fraseado ou estilo de outro orador. Crie seu próprio estilo. Passe a sua mensagem da melhor maneira possível. 
 
 DESPERTE SIMPATIA. Ganhe o público. Seja fraterno. Desperte simpatia. Vibre bondade. 
 
 APRENDA SEMPRE. Mesmo os mais experimentados podem estar sempre aprendendo.  
 

D. Hélder Câmara, que fez discursos e pregações a vida inteira com o seu “eloquente fiozinho de voz”, iniciou um curso de foniatria aos 60 anos...


PONTOS NÃO RECOMENDADOS

 NÃO PERSONALIZE O DISCURSO. Mas podem-se contar, eventualmente, as próprias histórias, pois “as boas histórias são para serem contadas”. Mas não se envaideça, nem se torne o centro da palestra. 
 
 NÃO REPITA FATOS OU PASSAGENS JÁ DEMASIADO CONHECIDOS. Mas pode-se falar o “lugar-comum”, contar a “piada velha”, utilizar a “imagem desgastada” – não “por inteiro”, e sim en passant, apenas lembrando a piada/fato: 
 

 

Água mole...
As uvas estão verdes, já se pode ver...
É o patinho feio da história...
Lembrem-se: Gavião que se cria como galinha não voa...
Usando uma analogia “fora de moda”, imaginemos a seguinte situação... 

 
Como se vê, recordando levemente a “moral” da história, que é, muitas vezes, a melhor forma de “dar o recado” e de atingir “modelos mentais” receptivos a essa modalidade de comunicação. 
 

“Os lugares-comuns são cômodos como sapatos velhos. Facilitam relações, evitam desconfianças e desentendimentos...” (MÁRIO QUINTANA) 

 
 NÃO CONTE PIADAS. A não ser que você seja do “ramo”, domine muito bem essa competência e o tema e o auditório sejam propícios.  
 
Mas não abuse. É melhor ser bem-humorado, divertido. Transmita alegria, contagie, entusiasme. 
 
 NÃO SEJA VULGAR OU SIMPLÓRIO. Seja simples, claro, mas elegante, preciso. Como Jesus, que se dirigia ao povo e era compreendido por todos, mesmo pelos enfatuados discutidores do seu tempo. 
 
 NÃO SEJA AFETADO. Não seja genérico, impreciso, superficial, exagerado, erudito, falso, prepotente, detalhista. Esses vícios diminuem a credibilidade de sua fala e faz você perder a atenção dos ouvintes – e isso é o pesadelo do orador. 
 
Cuidado com o tom “professoral” e a “falsa cultura” 
 
Petulância, afetação, arrogância, ostentação torna o público refratário, e, às vezes, hostil 


CUIDADOS COM NOMES E PALAVRAS

 EXPRESSÕES E PALAVRAS A EVITAR. Há uma série de palavras e expressões cujo uso não se recomenda na linguagem oral ou escrita, e que você pode conferir no e-book REDIGIR MELHOR – Palavras e expressões a evitar, por Antônio Carlos Guimarães, disponível neste link: https://goo.gl/hGzqMB  
 
 PRONÚNCIA DAS PALAVRAS. Deve-se também ter cuidado com a pronúncia das palavras, e, na dúvida, consultar um dicionário ou o VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA A.B.L. (VOLP), neste link: https://goo.gl/CSDXMb
 
Sobre esse tema e tendo em vista a nova versão do VOLP de 2008, o confrade Astolfo O. de Oliveira Filho escreveu o seguinte: 
 
Pronúncia com som aberto – Nos vocábulos a seguir, o som da sílaba tônica é aberto: antolhos, aposta, apostos, canapé, cassetete, coevo, corcova, corcovos, corvos, desportos, destroços, doesto, dolo, escolta, escolhos, estreptococo, estro, fogos, fornos, incesto, inodoro, lesa, leso (paralítico, lesado, idiota), lesto, libelo (exposição acusatória), molho (feixe), morna, mornos, opa (vestimenta), pecha, pego (voragem, abismo), piloro, portos, probo, reforços, relé, servo, sesta (repouso), sestro (canhoto), socorros, Tejo, tijolos, tornos, torta, tortos, tremoços, virtuosa, virtuosos. 
 
Pronúncia com som fechado – Nos vocábulos a seguir, o som da sílaba tônica é fechado: adrede, alcova, antolho, aposto, arroto, avessas (da loc. às avessas), boda, bodas, bolo, bolos, bolsos, cesta, cocos, corça, corcovo, corno, coro, corsa, corvo, crosta, desporto, destroço, encosto, encostos, endosso, endossos, enseja, escolho, esposos, estojos, fecho, ferrolhos, forno, forro, gafanhotos, ginete, globos, golfos, gostos, gozos, ledo, libelo (trave), logros, molho (tempero), morno, odre, olmo, opa (interjeição), pego (macho da pega), pese (em que pese a), piolhos, polvos, reforço, relampeja, repolhos, rogo, rogos, rostos, sexta, socos, sogros, soldos, soros, toldos, torno, torto, tremoço, troco, virtuose, virtuoso.  
 
Dupla pronúncia – Nos vocábulos abaixo, o VOLP admite dupla pronúncia, som fechado ou aberto na sílaba tônica: acervo (ê ou é), algoz (ô ou ó), blefe (ê ou é), bofete (ê ou é), cervo (veado) (ê ou é), coeso (ê ou é), cornos (ô ou ó), destra (ê ou é), destro (ê ou é), escaravelho (ê ou é), forros (ô ou ó), grumete (ê ou é), obeso (ê ou é), obsoleto (ê ou é), poça (ô ou ó), suor (ô ou ó), topete (ê ou é), trocos (ô ou ó).

 

Fonte: Site O CONSOLADOR, seção Questões vernáculas.

 

PALAVRAS ESTRANGEIRAS. Esteja atento tanto à grafia como à pronúncia corretas de palavras e nomes estrangeiros, especialmente de nomes de obras e autores espíritas, como também de filósofos e cientistas conhecidos, que geralmente são citados numa palestra. 
 
Nota: O nome civil de Allan Kardec – HYPPOLITE LÉON DENIZARD RIVAIL – é objeto de controvérsias, como se sabe. Na certidão de nascimento está grafado deste modo: DENISARD HYPOLITE LÉON RIVAIL, havendo, no entanto, um documento oficial que o grafa assim: DENISARD HIPPOLYTE LÉON RIVAIL (troca-se apenas a posição do i e do y no segundo nome, como se vê). 

 

Sobre isso, veja o texto O verdadeiro nome civil de Allan Kardec, de Paulo Neto, disponível aqui 


OUTRAS TÉCNICAS

Instrução demais é pior do que instrução de menos. 
 MARIA MONTESSORI 


 Instrutor Guima


Cara(o), 
 
Antes de terminar, quero deixar dicas importantes para quem precisa FALAR EM PÚBLICO. Dicas sobre tecnologia, execução da palestra e uma Linkoteca de textos e vídeos sobre comunicação e oratória. 
 
Confiram: 
 

USO DO POWERPOINT 
 
Apresentações PowerPoint já foram recurso de ensino-aprendizagem de ponta, mas com o passar do tempo — e em razão dos abusos cometidos — tornaram-se uma praga, e hoje há quem recomende — ou mesmo proíba — a sua utilização. 
 
Não queremos chegar a esse extremo, mas é ledo engano imaginar que o desfolhar sonolento de transparências PowerPoint coloridas e sonoras, cheias de truques de luzes e apitos, sobrecarregadas de informação, e comentadas monotonamente no "escurinho" dos auditórios (...) comunicam/ensinam efetivamente alguma coisa e representam o "ensinotreinamento do futuro". 

Com efeito, é possível medir a qualidade de uma apresentação (ou aula) pela quantidade de eslaides que se desfia... Quanto mais eslaides, mais monotonia, menos participação, menos aprendizagem. 
 
Mas, então, o que fazer? Vamos ver se encontramos um ponto de equilíbrio. 


COMO ELABORAR UMA BOA APRESENTAÇÃO 
 

 Boas apresentações são bem elaboradas, e isso significa: poucos eslaides, informações sintéticas, letras grandes, cores discretas, (quase) nenhum efeito especial

 Faça uma lista dos eslaides e assinale os considerados fundamentais: conceitos, tópicos que possam gerar questionamentos etc. Isso ajuda a localizar pontos que geram discussão e necessitam ser mais bem esclarecidos 

 
ESLAIDES PARA PASSAR CONTEÚDOS: SÍNTESE E ANÁLISE 
 

 Não utilize o PowerPoint como livro texto, ou com longas transcrições de livros, artigos, etc.

 Se quiser utilizar o PowerPoint para passar conteúdos mais extensos, elabore eslaides de síntese (para apresentação) e eslaides de análise (para leitura e/ou desenvolvimento posterior)

 Se precisar consultar anotações durante a exposição/aula, utilize os eslaides de análise ou o recurso de inserir anotações do PowerPoint (essas anotações também podem ser impressas e distribuídas juntamente com os eslaides) 

 

PARA MELHORAR A QUALIDADE DAS APRESENTAÇÕES 

 
Use as dicas abaixo, disponíveis AQUI, para melhorar a qualidade de suas apresentações:

  • 14 dicas  para construir uma boa apresentação em PowerPoint
    Dez dicas: como NÃO fazer uma excelente apresentação
    Como fazer uma apresentação em 10 minutos
    Como fazer e apresentar uma palestra com PowerPoint
    Como criar boas apresentações [espíritas] em PowerPoint
    A era do PPS - Artigo Marcus Vinícios de A. Braga

Veja também as dicas do PRIMEIRO ENCONTRO DE EXPOSITORES ESPÍRITAS, neste link: 
 

https://goo.gl/623bKS 


PERGUNTAS RETÓRICAS 
 
Durante uma exposição ou aula, é sempre importante encorajar as pessoas a se manifestar e incentivar os mais tímidos à participação. Mas é preciso alguns cuidados — e sobretudo não adotar tom ameaçador. 

Um bom recurso são as perguntas retóricas, isto é, aquelas que são feitas como meio de chamar a atenção das pessoas, de despertá-las, as quais o próprio expositor se apressa a responder, visto que o efeito desejado é apenas conduzir os assistentes à reflexão do assunto ou entrar em sintonia com a plateia. 
 
Outro expediente adequado é fazer perguntas que possam ser respondidas por meio de gestos (balançar a cabeça, levantar as mãos, por exemplos); ou fazer afirmativas e perguntar se todos concordam; ou, ainda, deixar uma frase incompleta no ar (três pontinhos...) — e esperar que alguém espontaneamente a complete. 
 
Adotam-se, também, perguntas como estratégia de provocação do grupo, ou para iniciar um ponto de discussão, ou, ainda, para conferir humor ou dinâmica à apresentação 
 
Como se sabe, na literatura sobre falar em público há a figura do auditório hostil, mas em contraste há também o apresentador hostil — aquele que quando passeia o olhar inquisidor pela plateia faz com que todos se encolham e sintam um frio na barriga... 
 
E, há, finalmente, aqueles que têm o costume desagradável de fazer perguntas para as quais somente eles têm a resposta, seja porque pesquisaram com antecedência, seja porque adotam uma abordagem pessoal para o tema, seja porque a decoraram, à força de repeti-las... 
 
E ficam a dizer: Não, não é isso! Não, está errado! Quem sabe me dizer? Fulano, você sabe a resposta? Alguém quer arriscar um palpite? 
 
Motivar a assistência com perguntas é recurso enormemente válido, mas é preciso saber quando e como utilizá-lo — para não constranger as pessoas, bloquear a comunicação e dar parte de tolo.  


LINKOTECA DE TEXTOS E VÍDEOS SOBRE ORATÓRIA 
 
Arquivo com Linkoteca de textos e vídeos sobre comunicação e oratória. 
 

 Aqui: https://goo.gl/pzraFm  

 

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PREPARANDO O IMPROVISO


Nunca se deite com o mesmo vocabulário do dia anterior: procure enriquecer o seu mundo de palavras a cada dia, a cada momento.  
AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA 


 Instrutor Guima


Cara(o), 
 
Como dissemos, há uma regra de ouro quanto à atividade de falar em público: ─ Não fale sem estar preparado! 
 
No entanto, há ocasiões em que somos convidados a “dizer umas palavrinhas”, seja na abertura de um evento, seja numa reunião, seja numa festa. 
 
O que fazer? Aqui, evidentemente, não se pode dogmatizar e dar como desculpa a “lei” supracitada. Bem, aí o jeito é uma “breve apresentação improvisada”. Ou “preparar o improviso”. 
 
Na verdade, os oradores sabem de antemão que podem, às vezes, ser chamados a falar em certas oportunidades, e, por isso, entre as suas habilidades está o “improviso planejado”, isto é, o estar sempre mais ou menos preparado para falar – sem ter preparado o que falar. 

Nesses casos, teremos de buscar no nosso CHA – aquele conjunto de competências (conhecimento, habilidades, atitudes) que todos devemos desenvolver e atualizar constantemente – os elementos para, rapidamente, “planejar, preparar e executar o improviso.” 
 
Para facilitar o improviso, nós utilizamos o Esquema em Cruz – assim chamado em razão de sua disposição gráfica. Esse modelo pode também ser adotado como “ficha-resumo”, uma espécie de roteiro, para qualquer tipo apresentação. A ficha pode ser discretamente consultada durante a palestra. Ela ajuda a dar confiança ao orador e também previne possível esquecimento de partes (ou ordem) da fala.



Pois bem, é disso que trata o e-book FALAR MELHOR – Preparando o improviso, de Antônio Carlos Guimarães, que tem o seguinte SUMÁRIO: 
 

1. APRESENTAÇÃO
2. O ESQUEMA EM CRUZ
3. ORIENTAÇÃO BÁSICA PARA O USO DO ESQUEMA EM CRUZ
4. PROCEDIMENTOS PARA RAPIDAMENTE “ESQUEMATIZAR O IMPROVISO”
5. CASOS, HISTÓRIAS, CITAÇÕES, METÁFORAS
6. PONTOS (NÃO) RECOMENDADOS
7. GUARDE OS SETE PASSOS PARA FALAR EM PÚBLICO
8. LER É MAIS DO QUE SOMENTE LER
9. INDICAÇÃO DE LIVROS BEM ESCRITOS
10. REFERÊNCIAS 


Esse e-book está disponível aqui: https://goo.gl/7PdcVK 

 

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Quem foi quem

 Instrutor Guima


Caro(a), 

Abaixo vão algumas informações sobre os escritores russos citados,  que nos ajudam a contextualizar e compreender bem a apresentação de Nabokov. 
 
Confira: 


PUSCHKIN (Alexandre Serguievitch – 1799-1837) – Na literatura russa, nada de realmente valioso como contribuição original aparece antes do movimento romântico no começo do século XIX. É então que surge a figura genial de Puschkin. Natural de Moscou, natureza ardente e impetuosa, desapareceu em plena mocidade, morto em duelo com um oficial emigrado francês. PUCHKIN unia a extraordinária força de imaginação poética, com que foi o primeiro a sentir e interpretar a complexidade da alma russa, uma inteligência forte e clara, exprimindo-se em formas tão simples, que um crítico assinala como principal característica das obras do poeta o parecerem feitas de nada. Além de numerosas líricas e algumas narrativas épicas, deixou um grande poema, Eugênio Oneguin, sua obra-prima, o drama Boris Godunof e alguns volumes de novas, entre as quais sobressai A Filha do Capitão.

GÓGOL (Nikolai 1809-52) – A obra de Gógol marca o início do realismo na Rússia e inaugura a literatura de intenção social, tão característica do romance russo. A sua obra-prima, As Almas Mortais, é um vasto quadro da vida de província, pintado com minucioso senso de observação cômica. Gogol escreveu uma excelente comédia – O Revisor – e numerosos contos, entre os quais se destaca o que se intitula “A capa”.

TOLSTÓI, (Conde Leão Nikolaevitch – 18281910) fez os seus estudos na Universidade de Kasan, entrou em seguida para o exército. Demitindo-se das armas, frequenta a sociedade de Petersburgo e Moscou, mas não tarda a enfarar-se da vida mundana e visita duas vezes o Ocidente. De regresso à Rússia, confina-se até o fim da vida em sua propriedade natal, perto de Tula. Célebre desde 52, ano de publicação de Infância, livro de reminiscência, a que se seguiram Adolescência e Mocidade. Escreveu grandes romances, como Guerra e Paz, pintura da sociedade russa ao tempo das guerras napoleônicas, livro que participa da epopeia, da história e do romance, e Ana Karenina, que descreve a sociedade do seu tempo e estuda o drama de uma paixão adúltera. 
 
Depois disso, sofre uma crise moral que o leva a buscar apoio na religião, numa religião pessoal, derivada de uma interpretação própria dos Evangelhos. Converte-se, então, numa espécie de apóstolo, pregando a resistência passiva, já que Cristo proibira opor violência a violência. Mesmo depois dessa crise, escreveu dois romances A Morte de Ivan Iliitch e Ressurreição, e uma novela A Sonata a Kreutzer.  
 
Boa parte da obra de Tolstói está hoje bastante esquecida, mas Guerra e Paz e Ana Karenina permanecem como duas das maiores obras-primas do romance em todos os tempos. 

VLADIMIR NABOKOV – Escritor russo, de origem aristocrática, que se radicou nos EUA. Nabokov nasceu em 1899, no mesmo dia do nascimento de Shakespeare — 22 de abril.  
 
Trilíngue, falava inglês e francês com a mesma facilidade com que se exprimia em russo. Depois da Revolução de Outubro em 1917, foge com a família para Londres. Estuda em Cambridge e mais tarde junta-se à família, agora em Berlim. É lá que o seu pai é assassinado, por alegadamente, conspirar contra os comunistas.  

Entre 1923 e 1940, escreve contos, romances, peças de teatro, poemas em russo, não obtendo, porém, grande reconhecimento público, porque a sua obra é proibida na Rússia (foram 9 romances, mais de 300 poemas e cerca de 50 contos). 
 
Fugindo do Nazismo, emigra para os Estados Unidos em 1940 com a sua mulher e o seu filho, e a partir daí escreve (magistralmente) apenas em inglês, abandonando definitivamente a língua russa, pelo menos no que toca ao seu trabalho criativo, visto que continua a traduzir várias obras para o russo. Nesse país, ganhou a vida dando aulas de literatura comparada no Wesley College. Suas palestras eram inimitáveis, divertidas e espirituosas, e seus cursos ganharam muita popularidade. Mais tarde, entre 1948 a 1959, deu aulas de literatura russa na Universidade de Cornell. 
 
Nabokov foi um mestre da prosa, cujo romance mais famoso é, sem dúvida, Lolita, história de um acadêmico de meia idade que se apaixona por uma adolescente. Livro controvertido, foi rejeitado anteriormente à sua publicação por vários editores, mas acabou se tornando um best-seller nos anos 60.  
 
Morre em Montreux, na Suíça, em 1977. Entre as suas obras, contam-se ainda (dos livros traduzidos para português) Pnin, Fogo Pálido, Desespero, Transparências e a autobiografia Na Outra Margem da Memória.  
 
Em 2013, o seu livro Contos reunidos (Ed. Alfaguara, 832 págs), foi considerado o lançamento editorial mais importante do ano, no Brasil. São 68 primorosos contos, originalmente escritos em russo, francês e inglês, entre 1920 e 1951. Muitos deles traduzidos pela primeira vez no Brasil. 
 

Fontes: Noções de História das Literaturas – Vol. 2 - Manuel Bandeira – Editora Fundo de Cultura, RJ, 1960; 501 grandes escritores – Julian Patrick [editor] – Editora Sextante, RJ, 2009; e  Site:  http://www.criticanarede.com/lds_lolita.html. Imagens: Wikipedia 


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Mapas mentais


♦ O PROCESSO DE PLANIFICAÇÃO DE PALESTRAS
♦ ESQUEMA DE PESQUISA E COMPOSIÇÃO DE PALESTRAS 

 

Disponíveis em:      
https://goo.gl/rNuyJb  e
https://goo.gl/qivTrE 

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Ver também

Veja neste Site APRENDIZADO ESPÍRITA, no lado esquerdo da página, links para os textos abaixo:


Obras de Espíritas de Referência
Planificação e Elaboração de Palestras
Orientações a Trabalhadores e Atividades Espíritas
Ferramentas para estudar e divulgar o Espiritismo
Coletânea APRENDIZADO ESPÍRITA - E-book 9 - Falar em público


Referências

www.polito.com.br  
Revista Você s.a. – São Paulo : Editora Abril, maio/1999. 
CUNHA, Abdon de Morais. “Fala para que eu te veja”. Goiânia, Ed. Coleção dos Manuais 
MATOS, Gustavo Gomes de. Comunicação empresarial sem complicação. São Paulo : Manole, 2009. 
O’CONNOR & SEYMOUR, Joseph; John. Treinando com a PNL. São Paulo : Summuys, 1996. 
KUMAR, VIJAYA. Segredos da linguagem corporal. São Paulo : Universo dos livros, 2011. 
MIGUEL, M. A fórmula da palestra perfeita [e-book], Amazon. 
CERQUEIRA FILHO, Alyrio. Energia mental e autocura. Santo André, SP: EBM Editora, 2010. 
CERQUEIRA FILHO, Alyrio. A essência da comunicação. Cuiabá : Editora Espiritizar, 2012. 
MARCONDES FILHO, Ciro. Para entender a comunicação. São Paulo : Ed. Paulus, 2004. 
MENDES & JUNQUEIRA. Eunice & L. A. Costacurta. Comunicação sem medo. São Paulo : Editora Gente, 1999. 
OLIVEIRA, J. B. Falar bem é bem fácil. São Paulo : Madras, 2000. 
POLITO, Reinaldo. Como falar corretamente e sem inibições. São Paulo : Saraiva, 1986. 
OLIVEIRA, J. R. Falar bem é bem fácil. São Paulo : Madras, 2000. 
MOHANA, João. Como ser um bom pregador. São Paulo : Loyola, 1993. 
LUZARDO, Sílvio. Eu! Falando em Público? São Paulo : Paulus, 2010. 

 

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ALGuimaraes
Enviado por ALGuimaraes em 03/07/2018
Reeditado em 28/12/2022
Código do texto: T6380168
Classificação de conteúdo: seguro