O imensurável amor de Deus
Como um Deus tão grande se relaciona com seres tão pequenos como nós? De todas as galáxias, planetas e estrelas que estão diante dele, Ele resolve se relacionar logo com nós, homens, preocupados com coisas tão pequenas. Chega a ser ousado da parte do homem imaginar ser digno da atenção do Deus Todo Poderoso. Como pode isso? Estaria Deus perdendo tempo dando atenção a homens maus numa terra má? Na verdade, vemos a explicação a partir do entendimento deste versículo: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito…” (João 3:16). O amor de Deus manifestado no Filho quando veio à terra é o que nos faz acreditar que podemos nos aproximar dEle. Vemos na realidade que esse amor de Deus por nós ocorreu antes mesmo da Criação: “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor.” (Efésios 1:4). E para viabilizar esse amor de um Deus santo com homens que teriam a desobediência a Ele como opção, o sacrifício do Cordeiro fora estabelecido a acontecer por nós: “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós.” (1 Pedro 1:19,20).
O amor de Deus é a única coisa que pode explicar essa atração dEle por nós. Não há explicações lógicas, Ele nos ouve e se importa com a gente porque nos ama. E esse amor surgiu antes mesmo de tudo ser criado, um projeto de amor viabilizado pelo Cordeiro. E a partir do conhecimento desse amor por nós, creio que nada mais é importante. O que poderia se comparar a sermos amados por um Deus tão poderoso e grande? O que nos resta então é conhecê-Lo mais dia após dia. Jó se humilhou no pó e na cinza quando ouviu coisas inefáveis do Senhor que ele não conhecia. Os olhos dele se abriram quando o Senhor lhe revelou sua grandeza e seu poder sobre todas as coisas (Jó 42:3-6). Deus é maior daquilo que achamos que Ele é, sempre maior. Sentir que já o conhecemos o bastante significa na verdade que diminuímos Deus a nossa visão, e fazemos dele uma religião. Por isso que mensurar o Senhor é um grande equívoco. Se ainda vivemos, significa que há mais do Senhor para conhecer. Sobre Deus, nunca estamos satisfeitos, há sempre fome e sede.