A diferença entre a esperteza e a sabedoria.

E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do SENHOR, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se um do outro. (Gênesis 13:10,11). Aqui vemos um desfecho de uma situação da qual se diferencia um líder guiado pelo Esprito de um guiado pelo próprio ego.

No interesse da paz e harmonia, Abrão fez uma generosa sugestão a Ló, dizendo: Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda, irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda. (Gen 13:9). A natureza egoísta e gananciosa de Ló manifestou-se imediatamente; ele escolheu o vale do Jordão que era bem suprido de água. Ali, a vegetação tropical abundava junto às águas pródigas do rio. Tudo agradava ao olhar materialista, eis aqui a diferença entre o esperto e o sábio; o esperto vê somente o que está a um palmo de seu nariz enquanto o sábio perscruta a distancia que o Espirito pode lhe guiar. Pois foi isso que a história nos ensinou com os frutos que Ló colheu com a sua escolha.

Mas Abrão mesmo que parecendo ter ficado com a pior parte Ele prosperará: E disse o SENHOR a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. (Gen 13:14,16). Aqui se mostra a beleza de quem é guiado pelo amor de Deus, Ló e Abrão são colocados em contraste direto. O pecador fraco, egoísta e ganancioso escolheu para si aquilo que considerou de mais valor. Mas o Deus Pai em seu amor escolheu para Abrão. Como recompensa por sua despretensiosa liderança, a terra de Canaã. Deus lhe deu o título de propriedade da terra e convidou-o a abrir bem os olhos e apreciar os tesouros que se estendiam diante dele em todas as direções. Da colina perto de Betel, ele pôde descortinar lindos panoramas de beleza incomum.

E mais a frente veremos que Abrão socorrera Ló. E mais uma vez a nobreza de Abrão se mostrará. Em todo desfecho do capítulo quatorze de Gênesis vemos Abrão sendo guiado por Deus e nos final quando ele por direito podia tomar os despojos de guerra ele não o fez: Jurando que desde um fio até a correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão; Salvo tão-somente o que os jovens comeram, e a parte que toca aos homens que comigo foram, Aner, Escol e Manre; estes que tomem a sua parte. (Gen 14:23,24). Ao falar com o rei de Sodoma, o patriarca recusou aceitar parte dos despojos ganhos na batalha. Ele não empreendera a guerra com o intuito de se enriquecer, mas para garantir o livramento de Ló. Ele não buscou lucrar de maneira nenhuma, somente assegurou que seus aliados recebessem uma quantia razoável para pagamento de suas despesas. Evidentemente não havia nada mesquinho, egoísta ou ganancioso em seu caráter. Este deve ser o caráter de real de um líder Cristão.

Que neste dia entendamos que cabe a cada um escolher ser Ló que age pela ganância e pelo ganho imediato, ou ser como Abrão que escolhe deixar-se ser guiado pelo Espírito. Que sempre nos guia a pensar em um bem maior a todos. Num servir constante em amor e verdade. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).