No amor de Deus há esperança e não condenação.
E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações; Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus; (1João 3:19-21). Em nossa vida haverá momentos cujo a pressão do mundo poderá colocar dúvidas em nossos corações, se estamos ou não vendo as coisas com o olhar do amor ou com o olhar do preconceito, cheio de eitos e preceitos. Aqui João nos dá uma solução para tal dilema.
A comprovação que propõe João é simples e fácil de realizar. Trata-se de pôr tudo diante da lente reveladora do amor. Se sentirmos que o amor por nosso próximo flui em nossos corações, podemos estar seguros de que o sentir de Cristo está em nós. Podemos estar conscientes de muitos pecados, mas se tivermos consciência desse amor, não estamos longe de Cristo. E mais coração que mesmo em meio a dificuldades e que parece menos ortodoxo se transbordasse amor e estivesse embelezado pelo serviço, certamente estaria mais perto de Cristo que alguém impecavelmente ortodoxo, friamente correto, mas imensamente afastado das necessidades dos demais.
Mas se mesmo assim a dúvida continuar a nos cutucar devemos levar tudo a luz reveladora do Espírito Santo que é Deus agindo em nós. Porque o amor de Deus é infinitamente maior que as nossas dúvidas e medos. Se o interpretarmos assim, não fica mais que a respeitosa obediência aos amorosos andamentos de Deus, e já não haverá uma condenação impiedosa, mas sim o gracioso e amoroso arbítrio de Deus, e a doce certeza de dizer ao final de uma oração: Seja feita a vossa vontade.
E aqui fica a doce certeza de que Deus é maior que as dúvidas de nossos corações; ele sabe todas as coisas. Não só conhece os nossos pecados, mas também nosso amor, nossos desejos veementes, a nobreza que nunca se expressa totalmente, nosso arrependimento e nossos sonhos; e a amplitude de seu conhecimento lhe dá a simpatia para compreender e aceitar não só o que fizemos, mas também o que queremos fazer. Pois as pessoas nos julgam segundo nossas obras, e não podem fazer outra coisa, porque eles só veem em parte e só conhece em parte. Mas Deus nos julga conforme as profundezas de nossos corações, porque Ele nos vê e nos conhece como um todo, e Ele somente Ele sabe se em nossa vida há amor, se os nossos atos são dirigidos pelo amor.
Sendo assim podemos entrar confiantemente na presença de Deus, mesmo quando esse amor pareça fraco, imperfeito e impotente. O conhecimento perfeito pertence a Deus, e somente a Deus, pois Deus não é o nosso terror, mas sim nossa esperança de vida e vida além da vida. Está é a certeza que deve permear os nossos dias neste mundo. Que o amor de Cristo Jesus seja o árbitro de nossos corações.
Bom-dia!
(Molivars).