PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 16,16-20)(10/5/18).
Caríssimos, a mensagem de vida eterna comunicada por Jesus e continuada pelo Espírito Santo, tem nos pregadores escolhidos, ungidos e enviados para comunicarem essa mensagem, a clareza inconfundível de que essa é a vontade de Deus para a salvação dos homens. De certo, a vida natural é só um sopro, isso sabemos, todavia, a vida humana se encontra, não apenas no sopro natural que temporariamente a mantém aqui, mas sim na alma imortal que a contém para além do tempo, pois é "imagem e semelhança de Deus."
A Palavra de Jesus sustenta todas as coisas, Ele é o Messias enviado por Deus Pai para nos comunicar a vida divina que recebemos quando nascemos da água e do Espírito Santo no batismo. Este é o primeiro Sacramento que recebemos; ele contém em si a vida da graça anunciada por Jesus, ou seja, a filiação divina; aliás todo Sacramento é uma "Teofania" divina, isto é, uma manifest(ação) direta de Deus, que age e realiza sensivelmente a graça anunciada e dada nos demais Sacramentos por nós recebidos.
No salmo de hoje cantamos as maravilhas realizadas pelo Senhor para além das fronteiras do seu povo escolhido, para assim se cumprir a promessa feita à Abraão e à sua descendência para sempre, como meditamos nesse salmo: "Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!"
Caríssimos, não existe alegria maior do que a alegria que o Senhor nos dá de vivermos em Sua Presença, fazendo em tudo a Sua Vontade; pois, isto é que nos ensinou São João na sua primeira carta: "O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos têm apalpado no tocante ao Verbo da vida - porque a vida se manifestou, e nós a temos visto; damos testemunho e vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e que se nos manifestou -, o que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. Escrevemo-vos estas coisas para que a vossa alegria seja completa."
Conclusão: “O que significa este pouco tempo? Não entendemos o que ele quer dizer”. Caríssimos, com a morte e ressurreição de Cristo, o tempo já não é mais, pois desde que ressuscitamos com Ele no batismo, a eternidade se encontra em nossas almas pela presença permanente do Espírito do Senhor que em nós habita segundo a Sua Santa Vontade.
Paz e Bem!
Frei Fernando Maria OFMConv.