A LIBERDADE... A VONTADE... "Em BUCARESTE a ginasta romena NADIA COMÃNECI é famosa, o advogado romeno GRIGORE AVRAM VALERIU é ainda desconhecido, e, a IURD, não chia, não mia e nem pia".

A LIBERDADE... A VONTADE... “Em BUCARESTE a ginasta romena NADIA COMÃNECI é famosa, o advogado romeno GRIGORE AVRAM VALERIU é ainda desconhecido, e, a IURD, não chia, não mia e nem pia”.

Observação inicial - Atenção especial deve ser dedicada à religiosidade do país, que merecem estudos mais aprofundados por parte de historiadores e de verdadeiros religiosos e teólogos. Não é o meu caso.

ROMÊNIA.

Origem: - Wikipédia, a enciclopédia livre.

Romênia ou Roménia (em romeno: - România é uma República Unitária Semipresidencialista localizada no centro-sudeste da Europa, no norte da Península dos Bálcãs e na costa ocidental do Mar Negro.

O país faz fronteira com Hungria, Sérvia, Ucrânia, Moldávia e Bulgária, abrangendo um território de 238.391 quilômetros quadrados com um clima predominantemente temperado-continental.

Com 20,1 milhões de habitantes, é o sétimo membro mais populoso da União Europeia (UE).

Sua capital e maior cidade, Bucareste, é a sexta maior cidade da UE.

Cerca de 90% da população identificam-se como praticantes da Ortodoxia Oriental e são falantes nativos do romeno, uma língua românica.

Com uma rica história cultural, a Romênia tem sido o lar de artistas, músicos e inventores influentes e apresenta uma variedade de atrações turísticas, como o "Castelo do Drácula".

A Romênia surge no interior dos territórios da antiga Dácia, uma província do Império Romano, assim como dos principados da Moldávia e Valáquia, formados em uma união pessoal em 1859.

A nação conquistou a independência do Império Otomano em 1877 e, no final da Primeira Guerra Mundial, Transilvânia, Bucovina e Bessarábia uniram-se como o soberano Reino da Romênia.

No final da Segunda Guerra Mundial, os territórios que hoje correspondem aproximadamente à Moldávia foram ocupados pela União Soviética e o país tornou-se uma República Socialista e membro do Pacto de Varsóvia.

Após a Revolução Romena de 1989, a nação começou uma transição para a Democracia e a Economia de Mercado Capitalista.

Desde então, os padrões de vida da população têm tido uma grande melhoria, e, atualmente, a Romênia é um país de renda média-alta com um alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

É membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 2004 e faz parte da União Europeia desde 2007.

Após um rápido crescimento econômico na década de 2000, o país tem uma economia predominantemente baseada em serviços e é um produtor e exportador de máquinas e de energia elétrica, com empresas como a Automobile Dacia.

ETIMOLOGIA.

O nome Romênia deriva do termo latino romanus, que significa "cidadão de Roma".

O primeiro uso conhecido desta denominação foi atestado no século XVI por humanistas italianos que viajam por Transilvânia, Moldávia e Valáquia.

O documento sobrevivente mais antigo escrito em romeno é uma carta de 1521 conhecida como a "Carta de Neacsu de Câmpulung", que também é notável por incluir a primeira ocorrência documentada do nome do país: - A Valáquia é mencionada como Țeara Rumâneasca (ortografia antiga para "terra do romenos", teara do latim terra. Ortografia atual: - Țara Româneasca).

Duas formas de ortografias - român e rumân - eram usadas indistintamente até desenvolvimentos sociolinguísticos no final do século XVII levarem a uma diferenciação semântica das duas formas: - Rumân passou a significar "fiador", enquanto român manteve o significado etnolinguístico original.

Depois da abolição da servidão em 1746, a palavra rumân gradualmente caiu em desuso e a ortografia estabilizou-se na forma român.

Tudor Vladimirescu, um líder revolucionário do início do século XIX, usou o termo Rumânia para se referir exclusivamente ao principado da Valáquia.

O uso do nome da Romênia para se referir à pátria comum de todos os romenos foi documentado pela primeira vez no início do século XIX. O nome foi adotado oficialmente em 11 de dezembro de 1861.

HISTÓRIA.

Ver artigo principal: - História da Romênia.

Ver também: - Lista de Reis da Romênia.

ANTIGUIDADE.

Ver artigos principais: - Dácia e Dácia (província romana).

“Foto: - Província romana de Dácia Feliz”.

Os restos humanos encontrados em Pestera cu Oase ("A Caverna com Ossos"), datados como sendo de cerca de 40 mil anos atrás, representam os mais antigos registros conhecidos do Homo sapiens na Europa.

No período Neolítico, a região de Cucuteni, no nordeste do país, era o lar da mais antiga civilização europeia, conhecida como a Cultura de Cucuteni.

Também o mais antigo conhecido trabalho com sal no mundo está em Poiana Slatinei, perto da aldeia de Lunca: - Foi usado pela primeira vez no início do Neolítico, por volta de 6 050 a.C., pela Cultura Starcevo-Criş e mais tarde pela Cultura de Cucuteni.

Antes da conquista romana da Dácia, os territórios entre os rios Danúbio e Dniester eram habitados por vários povos trácios, como os dácios e os getas.

Heródoto, em sua obra Histórias, observa a diferença religiosa entre os getas e os outros trácios, no entanto, de acordo com Estrabão, dácios e getas falavam a mesma língua.

Dião Cássio chama a atenção para as semelhanças culturais entre os dois povos.

Ainda há uma disputa acadêmica sobre se os dácios e os getas eram o mesmo povo.

Incursões romanas durante o regime do imperador Trajano (R. 98–117), entre 101-102 e 105-106, tornaram metade do reino da Dácia uma província do Império Romano chamada Dácia Feliz.

O domínio romano durou 165 anos. Durante este período, a província foi totalmente integrada ao restante do império e uma parte considerável da população era recém-chegada de outras províncias.

Os colonos romanos introduziram a língua latina na região. De acordo com os seguidores da teoria da continuidade, a romanização intensa da região teve como consequência o surgimento da língua protorromena.

A província era rica em depósitos de minério (principalmente ouro e prata em lugares como Alburnus Maior). As tropas romanas saíram da Dácia por volta do ano 271.

O território foi posteriormente invadido por vários povos migrantes. Burebista (R. 82–44 a.C.), Decébalo (R. 87–106) e Trajano são considerados antepassados dos romenos na historiografia do país.

IDADE MÉDIA.

Ver artigo principal: - Romênia na Idade Média.

“Foto: - Os três principados romenos da Moldávia, Valáquia e Transilvânia durante o regime de Miguel, o Valente

Na Idade Média, os romenos viviam em três principados: Valáquia (em romeno: - Tara Româneasca - "Terra Romena"), Moldávia (em romeno: - Moldova) e Transilvânia.

A existência de voivodatos romenos independentes na Transilvânia no século IX é mencionada em Feitos dos Húngaros, mas por volta do século XII, a região tinha se tornado em grande parte autônoma do Reino da Hungria.

Em outras áreas, Estados locais muito pequenos e com diferentes graus de independência desenvolveram-se, mas apenas sob o regime de Bassarabe I e Bodano I que os principados maiores da Valáquia e da Moldávia surgiram, no século IV, para combater a ameaça do Império Otomano.

Em 1541, toda a península dos Bálcãs, além de Hungria, Moldávia, Valáquia e Transilvânia, estava sob suserania otomana, preservando autonomia interna parcial ou total até meados do século XIX (a Transilvânia até 1711).

Este período é caracterizado por vários governantes proeminentes, tais como: - Estêvão, o Grande, Basílio, o Lobo, Alexandre, o Bom e Demétrio Cantemiro na Moldávia, Vlad, o Empalador, Mircea, o Velho, Mateus Bassarabe, Neagoe Bassarabe e Constantino Brancovano na Valáquia e Gabriel Bethlen no Principado da Transilvânia, assim como João Corvino e Matias Corvino na Transilvânia, enquanto ela ainda era parte do Reino da Hungria.

Em 1600, os três principados eram governados simultaneamente pelo príncipe Miguel, o Valente (Mihai Viteazul), da Valáquia, que foi considerado, posteriormente, o precursor da Romênia moderna e tornou-se um ponto de referência para os nacionalistas, bem como um catalisador para a criação de um Estado romeno unificado.

INDEPENDÊNCIA e MONARQUIA.

Ver artigos principais: - Principados Unidos, Guerra de Independência da Romênia e Reino da Romênia.

“Foto: - Mudanças no território da Romênia desde 1859”.

Durante o período do domínio do Império Austro-Húngaro na Transilvânia e da suserania otomana sobre a Valáquia e a Moldávia, a maioria dos romenos tinham poucos direitos num território onde eles eram a maioria da população.

Temas nacionalistas tornaram-se populares durante a revolta da Valáquia em 1821 e nas revoluções de 1848 na Moldávia e na Valáquia.

A bandeira adotada pelos revolucionários valáquios era um tricolor horizontal azul-amarelo-vermelho (com azul acima, em linha com o sentido de "liberdade, justiça, fraternidade"), enquanto os estudantes romenos em Paris saudaram o novo governo com a mesma bandeira "como um símbolo de união entre moldávios e valáquios".

A mesma bandeira, com o tricolor a ser montado verticalmente, viria a ser oficialmente adotada como a bandeira nacional da Romênia.

Após as fracassadas revoluções de 1848, nem todas as grandes potências apoiavam o desejo expresso dos romenos de se unir oficialmente em um único Estado.

Mas em 1859, depois da Guerra da Criméia, os eleitores moldávios e valáquios votaram no mesmo líder, Alexandre João Cuza, como Domnitor ("príncipe governante" em romeno) e os dois principados tornaram-se uma união pessoal formalmente sob a suserania do Império Otomano.

Após um golpe de Estado em 1866, Cuza foi exilado e substituído pelo príncipe Carlos I da Romênia da Casa de Hohenzollern-Sigmaringen.

Durante a Guerra Russo-Turca de 1877-1878, os romenos lutaram do lado russo, e, na sequência, o país foi reconhecido como um Estado independente tanto pelo Império Otomano quanto pelas grandes potências através do Tratado de San Stefano e do Tratado de Berlim.

O novo Reino da Romênia passou por um período de estabilidade e progresso até 1914, sendo que também anexou a Dobruja do sul da Bulgária após a Segunda Guerra Balcânica.

GUERRAS MUNDIAIS e GRANDE ROMÊNIA.

Ver artigos principais: - Campanha Romena, Romênia Maior e Romênia durante a Segunda Guerra Mundial.

“Foto: - Mapa britânico de 1917 mostrando territórios com populações de maioria romena”.

O país se manteve neutro durante os dois primeiros anos da Primeira Guerra Mundial.

No entanto, após a assinatura do Tratado de Bucareste, segundo o qual a Romênia iria adquirir territórios com maioria romena da Áustria-Hungria, o governo fez um acordo de paz com Tríplice Entente e declarou guerra contra a Tríplice Aliança, em 27 de agosto de 1916.

Depois de conseguir alguns avanços iniciais, a campanha militar romena rapidamente se transformou em um desastre para o país, assim como para as Potências Centrais, que ocupariam dois terços do território romeno dentro de alguns meses, antes de chegar a um impasse em 1917.

As perdas militares e civis totais no período entre 1916 e 1918, dentro de fronteiras contemporâneas romenas, foram estimados em 748 mil mortos.

Depois da guerra, a transferência da Bucovina da Áustria foi reconhecida pelo Tratado de Saint-Germain-en-Laye de 1919, do Banato e da Transilvânia da Hungria pelo Tratado de Trianon de 1920 e da Bessarábia do domínio russo pelo Tratado de Paris, em 1920.

Durante o período entre-guerras, conhecido como Grande Romênia, o país alcançou sua maior extensão territorial (quase 300 mil quilômetros quadrados).

A aplicação de reformas agrícolas radicais e a aprovação de uma nova Constituição criaram um quadro democrático e permitiu um rápido crescimento econômico.

Com uma produção de petróleo de 7,2 milhões toneladas em 1937, a Romênia era o segundo maior exportador da Europa e o sétimo no mundo, além de também ser o segundo maior produtor de alimentos do continente europeu.

No entanto, o início dos anos 1930 foram marcados por agitação social, elevado desemprego e greves, sendo que houve mais de 25 governos seguidos ao longo desta década.

Em várias ocasiões nos últimos anos antes da Segunda Guerra Mundial, os partidos democráticos foram espremidos por conflitos com a Guarda de Ferro fascista e chauvinista e pelas tendências autoritárias do rei Carlos II.

“Foto: - Ditador romeno Ion Antonescu em reunião com Adolf Hitler em junho de 1941.

O regime fascista de Ion Antonescu desempenhou um papel importante no Holocausto na Romênia e copiou as políticas nazistas de opressão e genocídio de judeus e ciganos, principalmente nos territórios do leste que foram retomados pelos romenos da União Soviética.

No total, entre 280 mil e 380 mil judeus romenos (dos governados da Bessarábia, Bucovina e Transnístria) foram assassinados durante a guerra e, pelo menos, 11 mil ciganos romenos também foram mortos.

Antonescu foi condenado por crimes de guerra e executado em 09 de outubro, data que agora é o Dia Nacional de Comemoração do Holocausto na Romênia.

Durante a Segunda Guerra, a Romênia tentou novamente permanecer neutra, mas em 28 de junho de 1940, o país recebeu um ultimato soviético com uma ameaça implícita de invasão em caso de não cumprimento.

Novamente, as potências estrangeiras criaram uma forte pressão sobre a Romênia, por meio do Pacto Molotov-Ribbentrop de não agressão, firmado em 23 de agosto de 1939 entre União Soviética e a Alemanha Nazista.

Como resultado, o governo e o exército romenos foram forçados a recuar da Bessarábia, bem como do norte da Bucovina, para assim evitar uma guerra com os soviéticos.

O rei foi obrigado a abdicar e a nomear o general Ion Antonescu como o novo primeiro-ministro, com plenos poderes para governar o país por decreto real.

A Romênia solicitou então a sua participação na campanha militar das Potências do Eixo.

Posteriormente, o sul da Dobruja foi cedido à Bulgária, enquanto a Hungria recebeu o norte Transilvânia como resultado da arbitragem do Eixo.

A contribuição romena para a Operação Barbarossa foi enorme, sendo que o exército nacional contribuiu com 1,2 milhão de soldados no verão de 1944, atrás apenas da Alemanha nazista.

O país era a principal fonte de petróleo do Terceiro Reich e, portanto, tornou-se alvo de intensos bombardeios promovidos pelos Aliados.

O crescente descontentamento entre a população finalmente atingiu o auge em agosto de 1944 com o golpe do Rei Miguel, quando o país mudou de lado para se juntar aos Aliados.

Estima-se que o golpe encurtou a guerra em até seis meses.

Apesar de o exército romeno ter sofrido 170 mil baixas depois de alternar entre os lados do conflito, o papel da Romênia na derrota dos nazistas não foi reconhecido pela Conferência de Paz de Paris de 1947, quando a União Soviética anexou a Bessarábia e outros territórios que correspondem aproximadamente ao atual território da República da Moldávia.

REGIME SOCIALISTA.

Ver artigos principais: - Ocupação soviética da Romênia e República Socialista da Romênia.

“Foto: - Nicolae Ceaușescu governou o país entre 1965 e 1989”.

Durante a ocupação soviética da Romênia, o governo, dominado pelo Partido Comunista Romeno, convocou novas eleições em 1946, que foram fraudulentamente vencidas, com uma maioria fabricada de 70% dos votos.

Dessa maneira, os comunistas romenos rapidamente se estabeleceram como a força política dominante do país e, em 1947, forçaram o rei Miguel I a abdicar e exilar-se, quando então foi proclamada uma República Popular.

A Romênia permaneceu sob a ocupação militar e controle econômico direto da União Soviética até o final dos anos 1950.

Durante este período, os vastos recursos naturais do país foram continuamente drenados por empresas mistas soviéticas-romenas (SovRoms), criadas para fins de exploração unilaterais.

Em 1948, o Estado começou a nacionalizar empresas privadas e a coletivizar a agricultura.

Até o início dos anos 1960, o governo havia reduzido drasticamente as liberdades políticas e suprimido vigorosamente qualquer dissidência com a ajuda da Securitate (a polícia secreta romena).

Durante este período, o regime lançou várias campanhas de expurgos em que vários "inimigos do Estado" e "elementos parasitas" (entre eles muitos ativistas sionistas judeus) foram punidos de diferentes formas, como a deportação, o exílio interno e a internação em campos de trabalho forçado e prisões, às vezes por toda a vida, além da execução extrajudicial.

Não obstante, a resistência anticomunista romena foi uma das mais duradouras do Bloco de Leste.

Uma comissão de 2006 estimou o número de vítimas diretas da repressão comunista em dois milhões de pessoas.

“Foto: - Revolução Romena de 1989”.

Em 1965, Nicolae Ceaușescu chegou ao poder e começou a conduzir uma política externa mais independente dos soviéticos. Dessa maneira, a Romênia comunista tornou-se o único país do Pacto de Varsóvia que se recusou a participar da invasão de 1968 da Tchecoslováquia (Ceaușescu ainda condenou publicamente a ação como "um grande erro e um perigo grave para a paz na Europa e para o destino do comunismo no mundo").

O país também foi o único Estado comunista a manter relações diplomáticas com Israel após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, além de ter estabelecido relações com a Alemanha Ocidental no mesmo ano.

Ao mesmo tempo, laços estreitos com os países árabes (e a OLP), fizeram com que a Romênia pudesse desempenhar um papel fundamental nas negociações de paz entre Israel e Egito e entre Israel e OLP.

Como a dívida externa romena aumentou acentuadamente entre 1977 e 1981 (de 03 bilhões para 10 bilhões de dólares), a influência das organizações financeiras internacionais (como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial) cresceu, em conflito gradual com o governo autocrático de Ceaușescu, que então iniciou uma política de reembolso total da dívida externa através da imposição de medidas de austeridade que empobreceram a população e esgotaram a economia.

Ao mesmo tempo, Ceaușescu aumentou grandemente a autoridade da polícia secreta e impôs um severo culto de personalidade, o que levou a uma diminuição dramática na popularidade do ditador e culminou na sua queda e execução, juntamente com sua esposa, na violenta Revolução Romena de 1989.

DEMOCRACIA e INTEGRAÇÃO EUROPEIA.

Ver também: - Alargamento da União Europeia.

“Foto: - Nota de 10 euros.

“Foto: - A Romênia entrou para a OTAN em 2003 e sediou a cúpula de 2008 em Bucareste”.

Após a revolução, a Frente de Salvação Nacional (FSN), conduzida por Ion Iliescu, fez reformas democráticas e econômicas parciais.

Em abril de 1990, um protesto que contestava os resultados das eleições e acusava a FSN, incluindo Iliescu, de ser composta por ex-comunistas e membros da Securitate, rapidamente cresceu para se tornar o que foi chamado de Golaniad.

As manifestações pacíficas acabaram em violência, o que instigou a intervenção de mineiros de carvão convocados por Iliescu.

Este episódio foi amplamente documentado por meios de comunicação locais e estrangeiros.

A subseqüente desintegração da Frente de Salvação culminou na criação de vários partidos políticos, incluindo o Partido Social-Democrata e o Partido Democrata.

O governo anterior comandou a Romênia de 1990 até 1996, através de várias coalizões que tinham Ion Iliescu como chefe de Estado.

Desde então, houve várias transições democráticas: - Em 1996, Emil Constantinescu foi eleito presidente. Em 2000, Iliescu retornou ao poder, enquanto Traian Basescu foi eleito em 2004 e, por pouco, reeleito em 2009.

Após a Guerra Fria, o país desenvolveu laços mais estreitos com a Europa Ocidental e os Estados Unidos, sendo que se tornou um dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 2004, além de ter hospedado, em Bucareste, a cúpula de 2008 da aliança militar.

Em junho de 1993, o governo romeno entregou um pedido de adesão à União Europeia (UE). A Romênia tornou-se um Estado associado da UE em 1995, um país candidato à adesão em 2004 e um membro pleno em 1º de janeiro de 2007.

Após o "acordo de livre circulação" com a UE e a instabilidade econômica durante toda a década de 1990, um grande número de romenos emigraram para a América do Norte e a Europa Ocidental, com grandes comunidades principalmente na Itália e na Espanha.

Atualmente, a diáspora romena é estimada em mais de dois milhões de pessoas ao redor do mundo.

Durante a década de 2000, o país alcançou uma das mais altas taxas de crescimento econômico na Europa e tem sido referido às vezes como "o tigre da Europa Oriental".

Isto tem sido acompanhado por uma melhoria significativa do padrão de vida, assim como conseguiu reduzir a pobreza interna e estabeleceu um Estado democrático funcional.

No entanto, o desenvolvimento romeno sofreu um grande revés durante a Grande Recessão do final da década de 2000, o que teve como consequência uma grande contração do produto interno bruto e um déficit orçamental em 2009.

Isto levou o governo a pedir empréstimos ao FMI.

A piora das condições econômicas levou a distúrbios e desencadeou uma crise política em 2012.

A Romênia ainda enfrenta questões relacionadas à infraestrutura, serviços médicos, educação e corrupção.

No final de 2013, no entanto, a publicação britânica The Economist afirmou que o país tinha voltado a crescer, os salários aumentavam rapidamente e o desemprego era inferior ao registrado no Reino Unido.

A economia foi acelerada pelo governo por meio de um processo de liberalização, que está abrindo novos setores (nomeadamente, energia e de telecomunicações) para a concorrência e o investimento privado.

GEOGRAFIA.

“Foto: - Mapa topográfico do país.

“Foto: - Romênia pela classificação climática de Koppen”.

Ver artigo principal: - Geografia da Romênia.

Uma grande parte das fronteiras da Romênia com a Sérvia e a Bulgária seguem o curso do Danúbio. O Danúbio deságua no Mar Negro onde forma o Delta do Danúbio, juntamente com o rio Prut que serve de fronteira com a República da Moldávia.

Os montes Cárpatos dominam a parte ocidental da Romênia, com picos de até 2.700 metros. O mais elevado, o Moldoveanu, atinge os 2.744 metros.

As principais cidades são a capital, Bucareste, Brașov, Timișoara, Cluj-Napoca, Constança, Craiova, Iași, Braila e Galați.

CLIMA.

Devido à distância do mar aberto e por sua localização na porção sudeste do continente europeu, a Romênia tem um clima temperado e continental, com quatro estações definidas.

A temperatura média anual é de 11 °C no sul e 8 °C no norte. No verão, as temperaturas máximas médias em Bucareste sobem para 28 °C e temperaturas acima de 35 °C são bastante comuns nas zonas mais baixas do país.

No inverno, a temperatura máxima média é inferior a 2 °C. O nível de precipitação atinge 750 mm por ano apenas nas mais altas montanhas ocidentais, enquanto em Bucareste o índice cai para cerca de 600 mm.

BIODIVERSIDADE.

Grande parte do país (47% do território) está coberta por ecossistemas naturais e semi-naturais. A Romênia tem uma das maiores áreas de florestas intactas na Europa, que abrangem quase 27% do seu território.

A fauna é composta por 33.792 espécies de animais, 33.085 invertebrados e 707 vertebrados, com quase 400 espécies únicas de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, incluindo cerca de 50% da população de ursos marrons e 20% dos lobos do continente europeu (excluindo a Rússia).

Mais de 3.700 espécies de plantas foram identificadas no país, das quais 23 foram consideradas monumentos naturais, 74 foram extintas, 39 estão ameaçadas de extinção, 171 estão vulneráveis e 1.253 são raras.

Há quase 10 mil quilômetros quadrados (cerca de 5% da área total) de áreas protegidas que cobrem 13 parques nacionais e três reservas da biosfera.

O Delta do Danúbio, com 5,8 mil quilômetros quadrados de área, é a maior região pantanosa contínua da Europa e mantém sozinho 1.688 espécies de plantas diferentes.

“Foto: - Panorama das Montanhas Parâng, parte dos Cárpatos”.

DEMOGRAFIA.

Ver artigo principal: - Romenos.

“Foto: - Mapa étnico do território romeno”.

Segundo o censo de 2011, a população da Romênia é de 20.121.641 habitantes.

Assim como outros países da região, a população deverá diminuir gradualmente nos próximos anos, como resultado de baixas taxas de fertilidade e taxa de migração líquida negativa.

Em outubro de 2011, os romenos compunham 88,9% da população do país. As maiores minorias étnicas eram os húngaros (6,5% da população) e ciganos (3,3% da população).

Os húngaros constituem a maioria nos municípios de Harghita e Covasna. Outras minorias incluem ucranianos, alemães, turcos, russos lipovanos e tártaros.

Em 1930, havia 745.421 alemães na Romênia, mas apenas cerca de 36 mil permanecem até os dias atuais.

Em 2009, também havia cerca de 133 mil imigrantes vivendo na Romênia, provenientes principalmente da Moldávia e da China.

A taxa de fecundidade total em 2013 foi estimada em 1,31 filho por mulher, o que está abaixo da taxa de substituição de 2,1, sendo uma das mais baixas do mundo.

Em 2012, 31% dos partos foram de mulheres solteiras. A taxa de natalidade (9,49‰, 2012) é muito menor do que a taxa de mortalidade (11,84 ‰, 2012), o que resulta na diminuição (-0,26% ao ano, de 2012) e no envelhecimento da população (idade média de 39,1 de 2012), sendo que cerca de 14,9% do total da população com 65 anos ou mais.

A expectativa de vida em 2013 foi estimada em 74,45 anos (70,99 anos para homens e 78,13 anos para mulheres).

O número de romenos e pessoas com antepassados nascidos na Romênia vivendo no exterior é estimada em cerca de 12 milhões.

CIDADES mais POPULOSAS – Pedimos aos leitores que consultem a Wikipédia.

RELIGIÕES.

“Foto: - Catedral Metropolitana de Iași, o maior templo ortodoxo do país.

RELIGIÃO na ROMÊNIA.

A Romênia é um Estado laico, e não tem uma religião oficial. No entanto, uma esmagadora maioria dos cidadãos do país é CRISTÃ.

86,7% da população do país são identificadas como membros da Igreja Ortodoxa, segundo censo de 2002.

Outras denominações cristãs incluem o Catolicismo Romano (4,7%), o Calvinismo (3,7%), denominações pentecostais (1,5%) e a Igreja Greco-Católica (0,9%).

Historicamente, a Romênia também tem uma significativa minoria muçulmana, concentrada em Dobrogea, que são na sua maioria de etnia turca e cerca de 67.500 pessoas.

ORTODOXIA ORIENTAL.

A ortodoxia é a maior denominação religiosa na Romênia, 18.817.975, de acordo com o censo de 2002, ou 86,7% da população.

A taxa de frequência à igreja, no entanto, é significativamente mais baixa.

De acordo com uma pesquisa entre setembro e outubro de 2007, com relação a frequência à igreja, há quatro categorias na Romênia (percentagens em relação à população geral): - 38% vão à igreja várias vezes por mês ou mais (dos quais 7% vão semanalmente ou mais frequentemente), 20% vão à igreja na média mensal, 33% vão somente uma ou duas vezes por ano, e 7% não a freqüentam.

CATOLICISMO ROMANO.

Ver artigo principal: - Catolicismo Romano na Romênia.

Segundo o Censo 2002, existem 1.028.401 de católicos romanos na Romênia, perfazendo 4,7% da população. A maioria dos católicos é de etnia húngara, embora haja também mais de 300.000 católicos romenos étnicos, principalmente em Transilvânia.

CATOLICISMO GREGO.

Ver artigo principal: - Igreja Greco-Católica Romena unida com Roma.

Segundo o Censo 2002, existem 191.556 católicos gregos, na Romênia, perfazendo 0,88% da população. A maioria dos Greco-Católicos vivem na parte norte da Transilvânia.

Segundo as informações, válido para o final de 2003, dada em 2005, existem 737.900 seguidores da Igreja Greco-Católica, muitos bispos, aproximadamente 716 sacerdotes diocesanos e 347 seminaristas do seu próprio rito.

A disputa sobre o valor está incluída no relatório sobre a liberdade religiosa, na Romênia.

A Igreja Ortodoxa na Romênia continua a ceifar muitas das propriedades da Igreja Greco-Romana.

PROTESTANTISMO.

Segundo o censo de 2002, os protestantes representam 5,2% da população total.

ISLAMISMO.

“Foto: - Uma mesquita em Constanta construída pelo sultão Otomano, Abdülaziz”.

Ver artigo principal: - Islã na Romênia.

Embora o número de adeptos do Islão seja relativamente pequeno, o Islã tem uma tradição de 700 anos na Romênia, em especial a Dobruja do Norte, uma região da costa do Mar Negro que fez parte do Império Otomano durante quase cinco séculos (1420-1878).

Segundo o censo de 2002, 67.566 pessoas, aproximadamente 0,3% da população total, indicaram que a sua religião era o islamismo.

LÍNGUAS.

“Foto: - Distribuição do romeno na Europa”.

A língua oficial é romeno, uma língua românica oriental semelhante ao arromeno, megleno-romeno e istrorromeno, mas que também partilha muitas características com outras línguas românicas, como o italiano, francês, espanhol e português.

O romeno é a língua materna de 85% da população, enquanto o húngaro e romani são falados por 6,2% e 1,2% dos habitantes, respectivamente. Há 25 mil falantes nativos do alemão e 32 mil falantes de turco no país, assim como quase 50 mil falantes de ucraniano, concentrado em algumas regiões perto da fronteira, onde eles formam uma maioria.

De acordo com a constituição, conselhos locais podem garantir os direitos lingüísticos de todas as minorias, sendo que há localidades onde a linguagem minoritária pode ser usada na administração pública, no sistema judicial e educacional.

Os cidadãos estrangeiros e apátridas que vivem na Romênia têm acesso à justiça e à educação em sua própria língua.

O inglês e o francês são as principais línguas estrangeiras ensinadas nas escolas.

Em 2010, a Organização Internacional da Francofonia identificou 4.756.100 falantes de francês no país. De acordo com o Eurobarômetro de 2012, o inglês é falado por 31% dos romenos, o francês por 17% e o italiano por 7%.

GOVERNO e POLÍTICA.

“Foto: - Parlamento Romeno”.

A constituição da Romênia se baseia na constituição da Quinta República Francesa e foi aprovada em um referendo nacional em 08 de dezembro de 1991, sendo alterada em outubro de 2003 para estar em conformidade com a legislação da União Europeia.

O país é governado com base em um sistema político democrático, multipartidário e com separação de poderes.

É uma República Semipresidencialista, onde as funções executivas são realizadas tanto pelo governo quanto pelo presidente, que é eleito por voto popular para no máximo dois mandatos de cinco anos e nomeia o primeiro-ministro, que por sua vez nomeia o Conselho de Ministros.

O ramo legislativo do governo, conhecido coletivamente como Parlamento, é composto por duas câmaras (Senado e Câmara dos Deputados), cujos membros são eleitos a cada quatro anos.

O sistema jurídico é independente dos outros poderes do Estado e é composto por um sistema hierárquico de tribunais, cujo ponto máximo é a Alta Corte de Cassação e Justiça, que é o Tribunal Supremo da Romênia.

Há também tribunais de recurso, tribunais de comarca e tribunais locais.

O sistema judicial romeno é fortemente influenciado pelo modelo francês, considerando que ele é baseado no direito civil e é inquisitorial por natureza.

O Tribunal Constitucional (Curtea Constituționala) é responsável por avaliar a conformidade das leis e outras regulamentações estatais à Constituição, que é a lei fundamental do país e só pode ser alterada através de um referendo público.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS.

Desde dezembro de 1989, a Romênia tem seguido uma política de fortalecimento das relações com o Ocidente em geral, mais especificamente com os Estados Unidos e a União Europeia (UE).

O país ingressou na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 29 de março de 2004, na UE em 1º de janeiro de 2007 e no Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial em 1972, além de também ser um dos membros fundadores da Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Foto: - Missões diplomáticas da Romênia”.

O atual governo declarou seu objetivo de estreitar os laços e ajudar outros países (em especial, a Moldávia, a Ucrânia e a Geórgia) no processo de integração com o resto do Ocidente.

A Romênia também deixou claro desde o final da década de 1990 que apoia a adesão à OTAN e da UE de todas as ex-repúblicas soviéticas democráticas localizadas na Europa Oriental e no Cáucaso.

O país também declarou seu apoio público à adesão da Turquia e da Croácia à União Europeia.

Por ter uma grande minoria húngara, a Romênia também desenvolveu fortes relações com a Hungria.

O governo romeno optou, em 1º de janeiro de 2007, por aderir ao Espaço Schengen, sendo que sua candidatura foi aprovada pelo Parlamento Europeu em junho de 2011, mas foi rejeitada pelo Conselho da União Europeia em setembro do mesmo ano.

As relações com a Moldávia são um caso especial, considerando que os dois países compartilham a mesma língua e uma história comum.

Um movimento pela unificação dos dois países surgiu no início de 1990 depois de ambas as nações terem alcançado emancipação do jugo comunista, mas perdeu terreno em meados da década, quando um novo governo na Moldávia seguiu uma agenda para preservar a independência.

A Romênia continua interessada nos assuntos da Moldávia e rejeitou oficialmente o Pacto Molotov-Ribbentrop.

Depois dos Protestos em Chișinau em 2009 e a posterior remoção dos comunistas do poder, as relações entre os dois países melhoraram consideravelmente.

FORÇAS ARMADAS.

Ver artigo principal: - Forças Armadas Romenas.

“Foto: - Soldados romenos em missão de patrulha no Afeganistão”.

As forças armadas romenas consistem de um exército, uma marinha e uma força aérea, e são lideradas por seu comandante em chefe, o presidente, supervisionado pelo ministro da defesa.

Com um orçamento superior a 1,78 bilhão – de euros (2,5% do PIB), em 2015 contava com mais de 73.350 militares em suas fileiras.

Nos últimos anos, as forças armadas tem se modernizado, especialmente devido a sua missão de combate no Afeganistão.

A força aérea opera Mig-21s e Mig-29s soviéticos atualizados, com suas fileiras sendo engrossadas por novos F-16s, de fabricação americana, comprados de Portugal em outubro de 2013.

A marinha adquiriu novas fragatas Type 22 da marinha britânica.

Tropas romenas também participaram da fase de ocupação do Iraque. Eles retiraram suas tropas de lá em julho de 2009. A marinha do país ainda participou da intervenção militar na Líbia em 2011.

Em dezembro de 2011, o senado romeno aprovou um acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, como parte dos esforços para erguer um sistema de defesa antimíssil na Europa.

SUBDIVISÕES.

Ver artigos principais: - Subdivisões da Romênia, Distritos da Romênia, Comunas da Romênia e Município.

A Romênia é dividida em 41 distritos e o município de Bucareste.

Cada município é administrado por um conselho municipal, responsável pelos assuntos locais, bem como por um prefeito responsável pela administração de assuntos do distrito.

O prefeito é nomeado pelo governo central, mas não pode ser um membro de qualquer partido político.

Cada distrito é subdividido em cidades e comunas, que têm o seu próprio prefeito e conselho local.

Há um total de 319 cidades e 2.686 comunas na Romênia. Das cidades maiores, 103 têm estatuto de município, o que lhes dá maior poder administrativo sobre assuntos locais.

O município de Bucareste é um caso especial. Ele é dividido em seis setores e tem um prefeito, um prefeito geral e um conselho geral da cidade.

ECONOMIA.

Ver artigo principal: - Economia da Romênia.

“Foto: - Dacia Duster no Salão de Genebra de 2009”.

Em 2013, a Romênia teve um PIB (PPC) de cerca de 386 (1.000.000.000) - 386.000.000.000 de dólares e um PIB per capita (PPC) de 19.397 dólares.

De acordo com o The World Factbook da CIA, o país é uma economia de renda média-alta.

De acordo com o Eurostat, o PIB per capita romeno era equivalente a 55% da média da UE em 2013, um aumento de 42% em relação a 2007 (o ano da adesão da Romênia à UE).

Depois de 1989, o país viveu uma década de instabilidade econômica, causada em parte por uma base industrial obsoleta e pela falta de reformas estruturais.

A partir dos anos 2000, no entanto, a economia romena foi transformada com uma relativa estabilidade macroeconômica, caracterizada por um crescimento elevado, baixo desemprego e inflação em declínio.

Em 2006, de acordo com o Escritório de Estatísticas da Romênia, o PIB registrou um aumento de 7,7%, uma das taxas mais elevadas da Europa na época.

No entanto, um declínio econômico depois da Grande Recessão no final da década de 2000 forçou o governo a tomar dinheiro emprestado no exterior, incluindo um programa de resgate do FMI de 20 bilhões de euros.

O PIB vem crescendo a uma taxa de 2% ao ano desde então.

A Romênia ainda tem uma das mais baixas salário médio mensal líquido na UE (540 euros em 2012) e uma inflação de 3,7% em 2013. A taxa de desemprego registrada em 2012 foi de 7%.

“Foto: - Principais produtos exportados pela Romênia (em inglês)”.

As maiores empresas locais incluem as montadoras Automobile Dacia, Petrom, Rompetrol, Electrica, Romgaz, RCS & RDS e Banca Transilvania.

As principais exportações da Romênia são carros, softwares, vestuário e têxteis, máquinas industriais, equipamentos elétricos e eletrônicos, produtos metalúrgicos, matérias-primas, equipamento militar, farmacêuticos, químicos e produtos agrícolas (frutas, legumes e flores).

O comércio é principalmente centrado nos Estados-membros da União Europeia, sendo que a Alemanha e a Itália são os maiores parceiros comerciais do país.

Após uma série de privatizações e reformas no final dos anos 1990 e 2000, a intervenção do governo na economia romena é um pouco menor do que em outras economias europeias.

Em 2005, o governo substituiu o sistema tributário progressivo por um imposto fixo de 16% tanto a renda pessoal quanto para lucros das empresas, uma das taxas mais baixas na UE.

A economia é predominantemente baseada em serviços, que respondem por 51% do PIB, apesar da indústria e a agricultura também terem contribuições significativas, com 36% e 13% do PIB, respectivamente.

Além disso, 30% da população romena estavam empregadas na agricultura e na produção primária em 2006, uma das taxas mais elevadas na Europa.

Desde 2000, o país tem atraído uma quantidade crescente de investimentos estrangeiros, tornando-se o destino de maior destino de investimentos da Europa Central e dos Bálcãs.

De acordo com um relatório de 2011 do Banco Mundial, a Romênia ocupava a posição 72ª entre 175 economias avaliados na facilidade de fazer negócios, inferior a outros países da região, como a República Checa.

Além disso, um estudo em 2006 classificou o país como segundo mais rápido reformador econômico do mundo (depois da Geórgia).

Desde 1867 a moeda oficial foi o leu romeno, mas está previsto que o país adote o euro por volta de 2020.

TURISMO.

“Foto: - Castelo de Bran, construído em 1212, tornou-se conhecido por ter sido a residência de Vlad, o Empalador”.

O turismo na Romênia concentra-se em paisagens naturais e sua rica história, tendo também um contributo importante para a economia.

Em 2006, o turismo doméstico e internacional compôs 4,8% do PIB e cerca de meio milhão de postos de trabalho (5,8% do emprego total).

Depois do comércio, o turismo é o ramo mais importante da indústria de serviços, principalmente devido seu desenvolvimento rápido e dinâmico.

De acordo com estimativas do Conselho Mundial de Viagens e Turismo, a Romênia ocupa a quarta posição entre os países em desenvolvimento na categoria de crescimento rápido do turismo.

O número de turistas aumentou de 4,8 milhões em 2002 para 6,6 milhões em 2004, atraindo investimentos de ES$ 400 milhões neste período.

Mais de 60% dos turistas estrangeiros vêm de países da União Europeia. Cidades como Mangalia, Saturn, Venus, Neptun, Olimp e Mamaia estão entre as principais atrações no verão.

No inverno, estações de esqui no Vale Prahova e Poiana Brasov também são muito visitados.

Por sua atmosfera medieval e castelos nas proximidades, muitas cidades da Transilvânia, como Sibiu, Brașov, Sighisoara, Cluj-Napoca e Târgu Mureș tornaram-se importantes atrações para os turistas.

Recentemente desenvolveu-se um turismo rural que se centra na promoção do folclore e tradições do país.

Outros pontos de atração turística são as Igrejas do norte de Moldávia, o Castelo de Bran, as igrejas de madeira de Maramureş e o Cemitério Alegre de Sapânta.

Há, ainda, atrações turísticas naturais, tais como o Delta do Danúbio, os Portões de Ferro, Scarisoara e cavernas nas montanhas de Apuseni.

INFRAESTRUTURA – TRANSPORTES.

“Foto: - Trecho da autoestrada A3 próximo a Turda”.

De acordo com o The World Factbook, a rede rodoviária romena tinha uma extensão de 81.713 quilômetros em 2009 (excluindo as áreas urbanas), dos quais 66.632 km eram pavimentados.

Há planos para construir uma rede de 2.262 km de autoestradas, que consistiria de seis autoestradas principais e outras seis autoestradas de desvio.

No entanto, em julho de 2015, havia 707 km de autoestradas estabelecidas, com outros 230 km em construção ou em licitação.

O Banco Mundial estima que a rede ferroviária do país tenha 22.298 quilômetros, sendo a quarta maior rede ferroviária europeia. O transporte ferroviário sofreu uma queda dramática depois de 1989.

Em 2004, cerca de 99 milhões de viagens de passageiros foram realizadas.

Em 2013, o setor passou por renascimento devido a melhorias da infraestrutura e privatização parcial de linhas, que respondem por 45% de todos os movimentos de passageiros e de mercadorias no país.

O Metrô de Bucareste, o único sistema metropolitano do país, foi aberto em 1979 e se estende por 61,41 km, com uma média de passageiros, em 2007, de 600 mil por semana.

Há dezesseis aeroportos comerciais internacionais em serviço, sendo que cinco deles são capazes de receber aeronaves de fuselagem larga.

Em 2013, mais de 7,6 milhões de passageiros voaram através do Aeroporto Internacional Henri Coanda.

ENERGIA.

“Foto: - Central Nuclear de Cernavoda”.

A Romênia é um exportador líquido de energia elétrica e está na posição 46ª no mundo em termos de consumo de energia. Cerca de um terço da energia produzida provém de fontes renováveis, principalmente a energia hidroelétrica.

Em 2010, as principais fontes eram carvão (36%), hidroelétrica (33%), nuclear (19%) e hidrocarbonetos (11%).

O país tem uma das maiores capacidades de refinação na Europa Oriental, embora a produção de gás natural e petróleo tenha sido decrescente por mais de uma década.

Com uma das maiores reservas de petróleo bruto e de gás de xisto da Europa, a Romênia é um dos países mais independentes em termos energéticos na União Europeia e planeja expandir a sua usina nuclear em Cernavoda.

EDUCAÇÃO.

“Foto: - A Universidade de Bucareste foi criada em 1864”.

Desde a Revolução Romena de 1989, o sistema educacional tem estado em um processo contínuo de reforma, o que tem recebido críticas.

Em 2004, 4,4 milhões de romenos estavam matriculados na escola. Destes, 650 mil no jardim de infância (3-6 anos), 3,1 milhões nos níveis primário e secundário e outros 650 mil no nível superior (universidades).

No mesmo ano, a taxa de alfabetização de adultos era de 97,3% (45ª em todo o mundo), enquanto a taxa de escolarização bruta combinada dos ensinos primário, secundário e superior foi de 75% (52ª em todo o mundo).

O jardim de infância é opcional entre os 3 e os 6 anos. A escola inicia aos 7 anos (às vezes em 6) e é obrigatória até a oitava série.

A educação primária e secundária é dividida em 12 ou 13 graus. Existe também um sistema semi-legal e informal de aulas particulares, usadas principalmente durante a escola secundária, que prosperou durante o regime comunista.

O ensino superior está alinhado com o restante da Europa. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA - sigla em inglês) de 2012 classificou as escolas romenas na 45ª posições entre os 65 países participantes.

A Universidade de Iaşi, a Universidade Babeş-Bolyai, a Universidade de Bucareste e a Universidade do Oeste de Timișoara foram incluídas entre as 800 melhores do mundo no QS World University Rankings.

CIÊNCIA e TECNOLOGIA.

“Foto: - Stefan Hell, físico romeno-alemão ganhador do Nobel de Química de 2014”.

Historicamente, os pesquisadores e inventores romenos têm feito contribuições notáveis para vários campos da ciência.

Traian Vuia fez experimentos pioneiros e bem sucedidos na aviação e Aurel Vlaicu construiu e voou alguns dos primeiros aviões da história, enquanto Henri Coanda descobriu o efeito Coanda em fluidos.

Victor Babeş descobriu mais de 50 tipos de bactérias. O biólogo Nicolae Paulescu descobriu a insulina, enquanto Emil Palade recebeu um Prêmio Nobel por suas contribuições à biologia celular.

Lazar Edeleanu foi o primeiro químico a sintetizar a anfetamina, enquanto Costin Nenițescu desenvolveu inúmeras novas classes de compostos em química orgânica.

Matemáticos notáveis incluem Spiru Haret, Grigore Moisil e Ștefan Odobleja. Físicos e inventores: - Șerban Țiteica, Alexandru Proca e Ștefan Procopiu.

Durante os anos 1990 e 2000, o desenvolvimento da pesquisa foi prejudicado por diversos fatores, incluindo a corrupção, o baixo financiamento e uma fuga de cérebros considerável.

No entanto, desde a adesão do país à União Europeia, isso começou a mudar.

Depois de ser cortado em 50% em 2009 devido à Grande Recessão, os gastos em pesquisa e desenvolvimento foram aumentados em 44% em 2010 e agora está em 500 milhões de dólares.

Em janeiro de 2011, o parlamento também aprovou uma lei que impõe "rigoroso controle de qualidade em universidades e introduz regras mais duras para o financiamento de avaliação e avaliação interpares".

O país aderiu ou está prestes a juntarem-se várias das principais organizações científicas internacionais, como o CERN e a Agência Espacial Europeia.

SAÚDE.

A Romênia tem um sistema de saúde universal e as despesas totais de saúde do governo são de aproximadamente 5% do PIB.

Ele abrange exames médicos, quaisquer intervenções cirúrgicas e qualquer assistência médica, além de fornecer medicamentos gratuitos ou subsidiados para várias doenças.

O Estado é obrigado a financiar hospitais e clínicas públicas. As causas mais comuns de morte são as doenças cardiovasculares e câncer.

Doenças transmissíveis, como a tuberculose, sífilis ou hepatite viral, são mais comuns do que na Europa Ocidental.

Em 2010, a Romênia tinha 428 hospitais públicos e 25 hospitais privados, com 6,2 leitos por 1.000 habitantes, e mais de 200 mil equipes médicas, incluindo mais de 52 mil médicos.

Em 2013, a taxa de emigração de médicos foi de 9%, superior à média europeia de 2,5%.

CULTURA.

“Foto: - Mihai Eminescu”.

Ver artigo principal: - Cultura da Romênia.

ARTES e MONUMENTOS.

Ver artigos principais: - Literatura da Romênia e Música da Romênia.

A origem dos romenos começou a ser discutida no final do século XVIII entre os estudiosos da Escola da Transilvânia.

Vários escritores ganharam destaque no século XIX, como George Cosbuc, Ioan Slavici, Mihail Kogalniceanu, Vasile Alecsandri, Nicolae Balcescu, Ion Luca Caragiale, Ion Creanga e Mihai Eminescu, sendo posteriormente considerado o maior e mais influente poeta romeno, em particular para o poema Luceafarul.

No século XX, entre os artistas romenos aclamados internacionalmente estavam Tristan Tzara, Marcel Janco, Mircea Eliade, Nicolae Grigorescu, Marin Preda, Liviu Rebreanu, Eugène Ionesco, Emil Cioran e Constantin Brâncuși.

O romeno sobrevivente do Holocausto Elie Wiesel recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1986, enquanto a escritora Herta Müller recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 2009.

“Foto: - Sibiu foi a Capital Europeia da Cultura em 2007”.

No cinema, vários filmes da "Nova Onda Romena" alcançaram fama internacional.

No Festival de Cannes, 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, de Cristian Mungiu, ganhou a Palma de Ouro em 2007.

No Festival de Berlim, Child's Pose, de Calin Peter Netzer, ganhou o Urso de Ouro em 2013.

O Festival George Enescu é realizado anualmente em Bucareste em homenagem ao compositor do século XX.

Músicos como Angela Gheorghiu, Gheorghe Zamfir, Inna, Alexandra Stan e muitos outros têm conseguido reconhecimento internacional.

Os cantores romenos conseguiram o terceiro lugar em 2005 e 2010 no Festival Eurovisão da Canção.

A lista do Patrimônio Mundial da UNESCO inclui seis locais culturais localizados no país, como as Igrejas da Moldávia, as Igrejas de Madeira de Maramureş, sete vilas com igrejas fortificadas na Transilvânia, o Monastério de Horezu e o Centro Histórico de Sighişoara.

A cidade de Sibiu foi selecionada como a Capital Europeia da Cultura em 2007.

Existem vários castelos no território romeno, incluindo atrações turísticas populares como o Castelo de Peleş, o Castelo de Hunyadi e o "Castelo do Drácula".

FERIADOS, TRADIÇÕES e GASTRONOMIA.

Ver artigo principal: - Feriados na Romênia.

Há 12 feriados nacionais, incluindo o Grande Dia da União, celebrado no dia 1º de dezembro em comemoração a união da Transilvânia com a Romênia em 1918.

As férias de inverno incluem as festividades do Natal e do Ano Novo, durante os quais ocorrem várias danças folclóricas e jogos tradicionais são comuns, como plugușorul, sorcova, ursul e capra.

Durante a Páscoa, ovos pintados são muito comuns, enquanto que em 1º de março, no feriado Marțișor, também há uma tradição de troca de presentes, provavelmente de origem trácia.

“Fotos; - Ovos de Páscoa pintados”.

A vestimenta tradicional romena, que ficou fora de uso ao longo do século XX, é uma roupa cerimonial popular usada em festividades, especialmente nas áreas rurais.

O costume de sacrificar suínos vivos durante o Natal e cordeiros durante a Páscoa exigiu uma derrogação especial do União Europeia depois de 2007.

A culinária romena tem algumas semelhanças com outras cozinhas dos Bálcãs, como a grega, búlgara e turca.

A carne de porco, frango e de vaca são as preferidas, mas cordeiro e peixes também são populares.

Certas receitas tradicionais são feitas em conexão direta com os feriados. Țuicã é um forte conhaque de ameixa que atinge um teor alcoólico de 70%, e é a bebida tradicional do país, tendo 75% da produção nacional (a Romênia é um dos os maiores produtores de ameixa no mundo).

Entre outras bebidas alcoólicas tradicionais também estão vinho, rachiu, palinca e vișinatã, mas o consumo de cerveja aumentou dramaticamente ao longo dos últimos anos.

ESPORTES.

Ver artigo principal: - Esporte na Romênia.

“Foto: - Nadia Comaneci em 1977”.

O futebol é o esporte mais popular no país, com mais de 234 mil jogadores registrados em 2010.

O corpo diretivo é a Federação Romena de Futebol, que pertence à UEFA.

A seleção nacional de futebol participou de sete Copas do Mundo FIFA e teve seu período de maior sucesso na década de 1990, quando alcançou as quartas de final da Copa do Mundo FIFA de 1994 e ficou em terceiro lugar pela FIFA em 1997.

O jogador núcleo desta "geração de ouro" era Gheorghe Hagi, que foi apelidado de "o Maradona dos Cárpatos".

O tênis é o segundo esporte mais popular, com mais de 15 mil jogadores registrados.

A Romênia chegou à final da Copa Davis três vezes (1969, 1971, 1972). O tenista Ilie Nãstase ganhou vários títulos de Grand Slam e foi o primeiro jogador a ser classificado como número 1 pela Associação de Tenistas Profissionais (ATP) entre 1973 e 1974.

Virginia Ruzici ganhou o Aberto da França em 1978 e foi vice-campeã em 1980. Simona Halep jogou a final em 2014 e está atualmente em segundo pela Associação de Tênis Feminino (WTA).

Outros esportes populares são o rugby e o handebol. A seleção nacional de rugby competiu em todas as Copas do Mundo de Rugby, enquanto as seleções nacionais de handebol masculinas e femininas são múltiplas campeãs mundiais.

Em 13 de janeiro de 2010, Cristina Neagu se tornou o primeiro romeno ao prêmio de melhor jogador de handebol do mundo pela IHF.

Entre os esportes individuais mais populares estão atletismo, XADREZ, judô, dança esportiva, tênis de mesa e esportes de combate.

Apesar de ter uma popularidade limitada atualmente, o oina é um jogo esportivo tradicional romeno semelhante ao beisebol que tem sido continuamente praticado desde, pelo menos, o século XIV.

A Romênia participou dos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1900 e participou em 18 dos 24 jogos de verão.

Tem sido um dos países mais bem-sucedidos nos Jogos Olímpicos de Verão, com um total de 301 medalhas conquistadas ao longo dos anos, das quais 88 são de ouro, e segundo (atrás da vizinha Hungria) entre as nações que nunca hospedaram os jogos.

O país participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 1984 em Los Angeles, em desafio a um boicote do Pacto de Varsóvia e terminou em segundo lugar, com 20 medalhas de ouro e em terceiro lugar na contagem de medalhas total (53).

Quase um quarto de todas as medalhas foram conquistadas na ginástica, sendo que Nadia Comaneci tornou-se a primeira ginasta a marcar um dez perfeito em um evento olímpico, durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1976.

“Foto: - Panorama da Arena Naționalã, em Bucareste”.

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Romênia.

Esta página foi editada pela última vez às 23h39min de 20 de abril de 2018.

NADIA COMÃNECI.

Origem: - Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nadia Elena Comãneci (Onești, 12 de novembro de 1961 – 56 anos) é uma ex-ginasta romena, que disputou a modalidade artística e é ainda hoje tida como um ídolo mundial esportivo. Esteve em atividade de 1971 a 1981 (durante dez anos).

Uma das primeiras alunas do treinador Béla Károlyi, enquanto atleta conquistou nove medalhas olímpicas, cinco delas de ouro, foi a primeira ginasta a receber uma nota dez - desempenho perfeito - em um evento olímpico de ginástica artística, arquiva quatro medalhas mundiais e doze medalhas europeias.

Ao lado da russa Svetlana Khorkina, Nadia é detentora do tricampeonato do individual geral continental, além de bicampeã olímpica na trave de equilíbrio.

Em campeonatos nacionais, é ainda pentacampeã do concurso geral.

Desde que deixou a vida de atleta profissional, Comãneci continuou envolvida com o desporto: - Hoje é membro de algumas associações e federações, bem como fundadora de uma instituição filantrópica e colaboradora em diversas outras tanto na Romênia quanto nos Estados Unidos, além de também colaborar para a revista International Gymnast - a publicação mais veiculada da ginástica - ao lado do marido, também ex-ginasta, Bart Conner.

Por suas notas e conquistas, é considerada uma das maiores ginastas da modalidade de todos os tempos.

Fugida do regime comunista da Romênia radicou-se nos Estados Unidos e tornou-se cidadã norte-americana.

Lá, teve seu primeiro e único filho, Dylan, e abriu um ginásio e uma empresa de equipamentos ginásticos, que produz uma linha de vestuários.

Como premiação recebeu a Ordem Olímpica por duas vezes, na primeira delas, como a atleta mais jovem a atingir tal distinção. Foi eleita uma das cem mulheres mais importantes do século XX.

Figura, desde 1993, no International Gymnastics Hall of Fame, no qual fora a segunda inserida desde a inauguração da honraria.

Foi eleita pelo líder comunista romeno, Nicolae Ceauşescu, uma heroína do trabalho socialista, feito este atingido como a mais jovem.

Também fora eleita, na Romênia, a atleta mais importante do país, em votação realizada no ano de 2006.

Em 2007, foi escolhida pelo público a celebridade mais confiável da nação.

Foi eleita a melhor atleta do século XX pelo jornal português Mundo Desportivo, e recebeu da Academia Mundial de Recordes, o título de recordista mundial em sua modalidade.

BIOGRAFIA.

Nascida em uma cidade fabril das montanhas da Romênia, Nadia é filha de Gheorghe Comãneci e Stefania Alexandrina e irmã mais velha de Adrian.

Seu prenome vem do diminutivo russo para Nadiejda e significa esperança.

Segundo sua mãe, durante a gravidez ela assistia a um filme, cuja protagonista atendia por este nome e decidiu que sua filha assim se chamaria também.

Com a família, a jovem viveu em um pequeno apartamento de Onești. Ativa durante a infância adorava tanto saltar, que quebrou as molas de quatro sofás em casa.

Certa vez, brincando de ginasta com uma amiga no pátio da escola, foi reparada por Béla Karolyi, que, aproximando-se para falar com as meninas, ouviu o sinal tocar e as pequenas sumiram para dentro do colégio.

Insatisfeito, entrou na escola e, classe por classe, foi atrás das duas garotas.

Na terceira investida, as encontrou e de imediato as convenceu a fazerem o teste para treinar.

Nadia andou sobre a trave, aparelho do qual as crianças tinham medo, saltou e cumpriu os requisitos da prova para iniciar seus treinamentos aos seis anos de idade.

Na ocasião, o treinador declarou ser a menina a pupila perfeita: - "Ela não conhece o medo".

Oito anos mais tarde, quando adolescente, cultivava em sua coleção cerca de duzentas bonecas, outra paixão além da ginástica.

Nessa época, vieram seus primeiros grandes êxitos.

Em 1976, Nadia, aos quinze anos, foi eleita a personalidade do ano dentre os componentes de sua categoria, além de escolhida a atleta feminina geral do ano e figurar nas capas das revistas Time e Sports Illustrated, devido a seus êxitos inéditos nos Jogos Olímpicos.

Em setembro do mesmo ano, um canal da TV norte-americana viajou até Onești para filmar um especial de uma hora sobre a ginasta, que foi ao ar pela CBS em novembro.

Dois anos após tornar-se destaque na modalidade artística, seus pais divorciaram-se, fato este que gerou boatos a respeito de seus ruins resultados, incluídos os atingidos no Mundial, terem ligação com sua vida pessoal à época e não apenas com os treinamentos.

Adiante, foi eleita pelo líder comunista romeno, Nicolae Ceauşescu, uma heroína do trabalho socialista, feito este atingido como a mais jovem.

Na festa de premiação, ao ser questionada sobre o próximo passo, a menina timidamente respondeu que só queria voltar para casa.

Em 1984, então aos 23 anos, após já encerrada sua carreira de ginasta, assistiu aos Jogos de Los Angeles como convidada vip do organizador geral Peter Uberoth.

No mesmo ano, recebeu a honraria mais importante cedida pelo Comitê Olímpico Internacional, a Ordem Olímpica, o que a tornou a atleta mais jovem a recebê-lo.

Em novembro de 1989, poucas semanas antes da Revolução que atingiu seu país e culminou na morte do líder comunista Nicolae, Nadia refugiou-se com um grupo de outros jovens, passando por Hungria, Áustria e, finalmente, Estados Unidos.

Inicialmente, sua chegada ao país norte-americano não fora bem vista em decorrência de sua proximidade com Constantin Panait, - um refugiado radicado nos Estados Unidos e desgostado pelo passado desordeiro -, que a explorou e extorquiu, segundo rumores ainda ditos, pois a ex-atleta pouco fala sobre o assunto.

Um ano mais tarde, com a ajuda dos amigos, ela própria distanciou-se de Constantin Panait e mudou-se para Montreal, onde morou na casa de Alexandru Stefu, treinador de rugby, e sua esposa.

No ano seguinte, Stefu faleceu em um acidente e, Bart Conner, que a conheceu em 1976 durante a Copa América, lhe convidou para viver e trabalhar com ele em Oklahoma, o que a fez retornar aos Estados Unidos.

Durante esse período, Nadia, em meados de 1993, fora inserida no International Gymnastics Hall of Fame, tornando-se então a segunda ginasta a receber a homenagem.

Anterior a ela, apenas a soviética Olga Korbut, em 1988.

Posterior a esta honraria, em 12 de novembro de 1994, Conner a pediu em casamento e os dois ex-ginastas apresentaram-se ao público como noivos.

Juntos há dois anos, Comãneci, ao lado do futuro esposo, voltou pela segunda vez à Romênia, desde a queda do comunismo de Ceauşescu.

Em evento realizado no Palácio Presidencial, casaram-se em 27 de abril, na cidade de Bucareste, em cerimônia religiosa televisionada no país. Um dia antes, haviam se casado no civil.

Fluente em romeno, inglês e francês, Nadia em 2001, tornou-se também uma cidadã norte-americana.

Três anos depois, recebeu a Ordem Olímpica mais uma vez, o que lhe rendeu uma nova marca: - Foi a primeira homenageada a receber a distinção por duas vezes.

Quatro anos mais tarde, a ex-atleta recebeu uma nova honraria: - Foi a quarta colocada no "Top 20" dos mais importantes atletas dos últimos 150 anos após um estudo publicado na Forbes.

Em sua vida pessoal, a 03 de junho de 2006, saudou seu primeiro e único filho, chamado Dylan Paul Conner, com o qual fala em romeno.

Em agosto do mesmo ano, foi eleita a personalidade esportiva mais importante da Romênia.

Um ano mais tarde, novamente eleita pelo público, dessa vez em pesquisa realizada pela revista Reader's Digest, tornou-se a personalidade mais confiável entre os romenos.

Em um total de 10,00, Nadia chegou a 8,98 entre cem personalidades nacionais do mundo artístico, científico e político.

Internacionalmente, durante a festa esportiva do jornal português "Mundo Desportivo", recebeu o prêmio de melhor atleta internacional do século XX.

No evento, declarou esperar que um grande campeão saia do ginásio que administra com seu marido.

Em meados no ano, Nadia recebeu mais uma honraria: - Foi eleita a mulher recordista mundial em sua modalidade, pela Academia Mundial de Recordes.

Em março de 2008, o técnico Nicolae Forminte associou o nome de Nadia com a crise da ginástica na Romênia.

Para ele, nem a ex-atleta inspirava mais as novas gerações, que contava com um número limitado de ginastas de alta capacitação, que treinavam com limitações médicas.

Para o treinador, as jovens não mais sonhavam em ser a próxima Nadia Comãneci, e esse sentimento era causado também pela migração da atleta, de fisioterapeutas e técnicos da modalidade para outras nações, como os Estados Unidos.

Em uma entrevista posterior, sem responder a esta específica crítica de Forminte, Nadia declarou que, ao contrário dos boatos e mal dizeres, não perdeu sua infância devido aos exigentes treinamentos de Béla Károlyi, pois sempre amou o que fazia e fazia com responsabilidade:

“Basicamente, eu tenho minha vida hoje como resultado do que fiz enquanto criança. O que eu perdi? Sim, perdi os passeios no shopping, acho, mas isso não é grande coisa porque você não ganha uma medalha por isso”.

Em sua época de atleta, Comãneci realizou feitos até então inéditos e tornou-se conhecida internacionalmente por difundir uma nova era na modalidade feminina mundial, lançada anteriormente pela norte-americana Cathy Rigby e pela soviética Olga Korbut, na qual ginastas adolescentes, mais baixas, esguias, destemidas e com sorriso de menina, apresentavam novos movimentos, mais técnicos e dinâmicos, embora ainda com a graça e a leveza vistas na época de ginastas como Larissa Latynina e Ágnes Keleti.

CARREIRA.

“Foto: - Nadia, em 1977, ano em que se tornou bicampeã europeia individual geral”.

Comãneci começou seus treinamentos na ginástica sob os cuidados do casal Béla e Marta Károlyi, aos seis anos.

Mais tarde, começaram seus treinamentos pela equipe romena nacional.

Em 1976, ano olímpico, a ginasta entrou para a elite sênior do país. Nadia era conhecida por sua técnica clara, inovadora e de dificuldade original, adquirida na escola Károlyi.

Em decorrência disso, alguns de seus movimentos foram incluídos na Tabela de Elementos do Código de Pontos.

Como exemplo tem-se o double back e o double twist, ambos executados nas assimétricas e nomeados com o sobrenome da atleta: - Comãneci.

ROM Júnior.

Comãneci começou na ginástica treinando na equipe Flame, do colégio. Aos seis anos, foi convidada a participar da escola experimental de Béla Károlyi, na qual passou no teste do treinador.

Aos sete, já treinava na equipe, sendo uma das primeiras estudantes do novo ginásio estabelecido em sua cidade natal.

Durante este período, passou a treinar seis dias por semana, quatro horas por dia. A menina era a primeira a chegar, aquecer, praticar e aprimorar intensamente os mesmos movimentos.

Já apta a competir, disputou sua primeira competição: - O Campeonato Nacional Romeno, no qual foi a mais jovem ginasta a atingir a 13.ª posição, a melhor posição até então.

No ano seguinte, começou a competir como membro da equipe júnior da cidade e tornou-se a ginasta mais jovem a conquistar uma medalha de ouro em um campeonato nacional romeno.

Em 1971 veio seu primeiro campeonato internacional, Romênia versus Iugoslávia. Nele, Nadia venceu seu primeiro individual geral e contribuiu com boas notas para a conquista da medalha de ouro por equipes.

Nos dois anos seguintes não houve grandes competições e a ginasta disputou campeonatos nacionais e encontros com Hungria, Itália e Polônia.

Ao fim de 1973, no Torneio da Amizade Júnior, a competição mais importante da época para os ginastas da categoria, Comãneci venceu no concurso geral, no salto sobe o cavalo e nas barras assimétricas.

Aos treze anos, Nadia disputou o Campeonato Europeu de 1975, realizado na cidade de Skien, na Noruega.

Nesta edição, conquistou o individual geral, após superar a multimedalhista Ludmilla Tourischeva, e as provas por aparelhos do salto, das barras assimétricas e da trave de equilíbrio. No solo, encerrou com a medalha de prata, superada pela soviética Nellie Kim.

Nesse mesmo ano, a ginasta ainda competiu no Champions All e conquistou uma medalha de ouro no concurso geral.

Já no Campeonato Nacional Romeno, conquistou as medalhas de ouro no individual geral individual, no salto, na trave e nas barras assimétricas. No solo, mais uma vez encerrou na segunda colocação.

1975 também foi ano de disputa no Pré-olímpico. Nele, Comãneci conquistou o individual geral e as barras assimétricas. No salto e no solo, ficou com a medalha de prata, e na trave foi a terceira colocada.

No Campeonato Romeno, conquistou a medalha de ouro no all around, por equipes, no salto, nas barras assimétricas e na trave. No solo, foi mais uma vez a vice-campeã.

Com cinco anos na categoria júnior, a atleta arquivou 55 medalhas, dentre as quais catorze vitórias no concurso geral, em vinte eventos nacionais e internacionais disputados.

ROM Sênior.

Sua entrada na categoria sênior do país deu-se a tempo de permiti-la participar dos Jogos Olímpicos de Montreal.

No princípio de 1976, a ginasta participou da primeira edição da Copa América, realizada no Madison Square Garden, local onde conheceu o atleta nacional Bart Conner, em Nova Iorque.

Na disputa, atingiu suas primeiras notas dez, alcançadas na prova do salto, tanto na classificatória quanto na final do aparelho.

Para encerrar, conquistou a vitória no evento geral individual e tornou-se a primeira ginasta a realizar um duplo mortal invertido como saída das paralelas assimétricas.

Ao longo deste ano, disputou cinco duelos entre Canadá, Alemanha Ocidental, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Países Baixos, dos quais saiu vitoriosa nas provas por equipes e do concurso geral.

No Nacional Romeno, conquistou seu bicampeonato ao atingir a primeira vitória da categoria sênior nesta competição.

Ao fim do ano, Comãneci ainda competiu na Copa Chunichi, no Japão, na qual conquistou as medalhas de ouro no salto sobre o cavalo e nas barras assimétricas, além de atingir a nota dez em dois aparelhos.

Em 1977, Nadia tornou-se octacampeã por equipes e no concurso geral após sair-se campeã em três outros duelos contra Espanha, França e mais uma vez, Estados Unidos.

Ainda internacionalmente, a ginasta manteve seu título no individual geral do Campeonato Europeu de Praga, no qual também conquistou o ouro nas barras assimétricas, empatada com a soviética Elena Mukhina, e a prata no salto.

Porém, uma ordem do governante romeno Ceauşescu, fez com que toda a equipe retornasse da competição, abandonando assim, os eventos finais da trave de equilíbrio e do solo.

De volta ao país, as ginastas descobriram que deveriam deixar seus técnicos para treinarem no complexo esportivo escolhido pelo comunista.

Tal acontecimento prejudicou o desempenho de Comãneci no Campeonato Mundial do ano seguinte e nas demais competições, embora tenha vencido um novo duelo, contra a Itália, tanto coletiva quanto individualmente.

Para encerrar 1977, as romenas partiram para uma turnê entre México e Estados Unidos, na qual a ginasta apresentou-se mais alta e mais encorpada, embora ainda atraindo bastante a atenção do público.

Afastada das competições durante o ano, ao fim do Mundial de 1978, Nadia pôde voltar a treinar com os Károlyi e, no ano seguinte, em 1979, venceu seu terceiro all around seguido no Campeonato Europeu em Copenhagen, ao superar a compatriota Emilia Eberle, campeã nacional no ano anterior, e tornar-se assim a primeira ginasta, entre homens e mulheres, tricampeã europeia.

As medalhas de ouro no salto sobre o cavalo e no solo, além da de bronze nas assimétricas, somaram-se as suas conquistas nesta edição continental. Adiante, no Champions All venceu a disputa geral.

Já na Final da Copa do Mundo de Tóquio, atingiu a vitória em três aparelhos, mas notas insuficientes para subir ao pódio no concurso geral.

No ano seguinte, ainda participou das Olimpíadas de Moscou e do duelo Romênia versus Itália, do qual, novamente saiu-se vitoriosa nas provas do individual geral e por equipes.

Em 1981, participou de uma turnê de exibição gímnica nos Estados Unidos e da Universidade de Bucareste, na qual foi a vitoriosa em cinco das seis provas disputadas. A única exceção foi na trave.

Após, Comãneci retirou-se das competições aos vinte anos de idade. Contudo, sua cerimônia oficial de afastamento, ocorreu apenas em 1984, em Bucareste, a pedido do Comitê Olímpico Internacional.

CAMPEONATO MUNDIAL de GINÁSTICA ARTÍSTICA.

Foram duas as participações de Comãneci em Mundiais. Entre os anos de 1978 e 1979, a ginasta obteve quatro medalhas.

ESTRASBURGO – 1978.

Ver artigo principal: - Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 1978.

O mundial da França ocorreu no mês de novembro. Em sua estreia em competições deste nível, aos dezessete anos, Nadia esteve presente em quatro finais.

A primeira delas veio através da disputa coletiva: - Ao lado de Emilia Eberle, Marilena Neacsu, Teodora Ungureanu, Anca Grigoraş e Marilena Vladarau, a ginasta terminou com a medalha de prata por equipes, atrás somente das atletas da União Soviética.

Considerada a principal potência do esporte e lideradas por Nellie Kim e Maria Filatova, as ginastas do bloco saíram campeã na prova ao distanciarem-se das romenas por 16,895 pontos.

A Alemanha Oriental completou o pódio desta edição. Classificada para o individual geral, durante as rotações, classificou-se em segundo lugar após apresentação nas paralelas assimétricas.

Visivelmente mais alta e mais pesada, parte devido à puberdade, seu ponto de equilíbrio modificou-se e Nadia caiu durante os exercícios de solo e não atingiu nota para subir ao pódio, em prova dominada pelas soviéticas Elena Mukhina, Nellie Kim e Natalia Shaposhnikova.

Nas finais por aparelhos, a atleta esteve presente em duas: - Na do salto sobre o cavalo, por 0,025 não superou a soviética Nellie Kim e terminou a disputa com a medalha de prata, ao receber a nota 19,600 contra 19,625.

Já na trave de equilíbrio, ao totalizar 19,625, terminou com a primeira posição, à frente da soviética Elena Mukhina, também por 0,025, e da compatriota Emilia Eberle, medalhista de bronze.

Ft. Worth – 1979.

Ver artigo principal: - Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 1979.

Em sua segunda e última participação em Mundiais, esta realizada em dezembro, Nadia, já de volta a treinar com Béla e Marta Károlyi em Deva, permaneceu motivada para a competição.

Contudo, uma contaminação sangüínea, causada pela exposição a metais nas mãos, e um inchaço no pulso prejudicaram sua permanência no evento.

Contrariando ordens médicas, a ginasta competiu com a equipe, formada ainda por Rodica Dunca, Emilia Eberle, Melita Ruhn, Dumitriţa Turner e Marilena Vladarau, para conquistar sua segunda medalha de ouro em Mundiais, a primeira da história da Romênia em eventos coletivos nesta competição.

Ao final das rotações, somaram 389,550 pontos e mantiveram-se a frente das atuais campeãs mundiais por 0,825, depois de dado o resultado final das adversárias, que atingiram 388,725 pontos, 0,650 a frente das terceiras no ranking, - A Alemanha Oriental -, que repetiu a colocação do Mundial anterior e novamente completou o pódio desta edição.

Deste modo, encerrou sua participação em Campeonatos Mundiais com a conquista de quatro medalhas - duas de ouro e duas de prata.

Após a disputa, Nadia permaneceu internada por alguns dias no All Saints Hospital, localizado no Condado de Oldham, também no estado do Texas, para se recuperar do esforço exigido na competição e da pequena cirurgia realizada para amenizar os efeitos da contaminação.

JOGOS OLÍMPICOS.

Foram duas as participações de Nadia Comãneci em Jogos Olímpicos: - Montreal 1976 e Moscou 1980.

MONTREAL – 1976.

Ver artigo principal: - Ginástica nos Jogos Olímpicos de Verão de 1976.

“Foto: - Nadia Comãneci em 1976”.

“Foto: - Comãneci em 1976”.

Sua estreia em Jogos Olímpicos foi aos catorze anos, na edição de 1976 realizada no mês de julho, no Canadá.

Na ocasião, a ginasta esteve presente em seis das seis finais possíveis.

Na competição qualificatória, realizada no dia 18 de julho, a romena executou nas paralelas assimétricas uma rotina arrojada, que agradou ao público.

No final da apresentação, após análise dos árbitros, o placar mostrou a nota 1.00.

Em um primeiro momento, o ginásio ficara em silêncio, sem entender como aquela técnica poderia receber um score tão baixo.

Contudo, não se passou muito e logo se percebeu a fragilidade dos placares: - Como um dez perfeito nunca havia sido atingido antes, não foram programados para registrar tal marca.

Assim, pela primeira vez na história olímpica, uma ginasta recebia o chamado dez perfeito.

No dia seguinte, durante a final por equipes, Nadia atingiu suas segunda e terceira notas dez ao executar o seu exercício na trave de equilíbrio e, novamente, nas barras assimétricas.

Ao final, apesar das notas alcançadas, a Romênia encerrou na segunda colocação.

Ao lado das companheiras de equipes, Teodora Ungureanu, Mariana Constantin, Anca Grigoraş, Gabriela Trusca e Georgeta Gabor, Comãneci conquistou a medalha de prata, ao ser superada pela União Soviética de Ludmilla Tourischeva.

Em 21 de julho, na final do concurso geral, tirou sua terceira nota dez nas assimétricas, e sua segunda na trave, para conquistar a medalha de ouro na competição, após somar 79,275, 0,600 a frente da segunda colocada, Nellie Kim, em prova que reuniu um total de 36 ginastas, dentre as quais três eram da Romênia, nas primeiras quinze posições.

Nas finais por aparelhos, sucedidas em 23 de julho de 1976, a atleta atingiu suas sexta e sétima notas dez, mais uma vez nas paralelas e na trave.

Como resultado, conquistou mais duas medalhas de ouro. Na trave, encerrou a frente da também soviética Olga Korbut, enquanto nas assimétricas superou a compatriota Ungureanu.

No solo, encerrou na terceira colocação, atrás das soviéticas que havia superado dois dias antes, no individual geral. Por fim, no salto, sem subir ao pódio, foi a quarta classificada em disputa vencida por Kim.

Assim, a ginasta encerrou sua primeira participação olímpica como a primeira romena a conquistar um all around em Olimpíadas e como a atleta mais jovem a vencer tal evento.

Hoje, este feito, mediante as novas regras estabelecidas pela Federação Internacional de Ginástica, tornou-se inviável de ser alcançado, pois a idade mínima - antes sendo de catorze anos - subiu para dezesseis e o dez perfeito foi dividido em notas A (de partida, chamada nota D de dificuldade) e B (de execução, chamada nota E).

MOSCOU – 1980.

Ver artigo principal: - Ginástica nos Jogos Olímpicos de Verão de 1980.

Em 1980, Nadia Comãneci despediu-se dos Jogos Olímpicos com a participação na edição de Moscou, Rússia.

Nestes Jogos, a ginasta conquistou o direito de disputar cinco das seis finais possíveis durante a fase qualificatória.

Agora, aos dezoito anos, conquistou sua segunda medalha de prata na disputa coletiva, ao ser novamente superada pelas soviéticas.

Somando 196,80, a equipe romena, formada por Nadia, Emilia Eberle, Rodica Dunca, Melita Rühn, Dumitriţa Turner e Cristina Grigoraş, encerrou na segunda colocação por 0,350 ponto de diferença para as vencedoras.

No individual geral, 36 atletas disputaram as rotações que compunham o evento.

Após o encerramento delas, a atleta totalizou 79,075, suficiente para empatar na segunda posição com a alemã oriental Maxi Gnauck. No entanto, foram 0,075 ponto atrás da medalhista de ouro, Yelena Davydova.

Com melhor desempenho, as três romenas presentes nesta prova realizada no dia 24 de julho, terminaram entre as dez primeiras posições.

Nas finais por aparelhos, a ginasta disputou três dos quatro. Apenas nas barras assimétricas, aparato que lhe rendeu a primeira nota dez olímpica, não disputou medalha, tendo encerrado na vigésima posição.

No salto sobre o cavalo, em disputa vencida por Natalia Shaposhnikova, Comãneci encerrou na quinta colocação, com o total de 19,350.

Na trave de equilíbrio, em prova sucedida no dia 25 de julho, somou 19,800 pontos, 0,050 a frente da campeã do concurso geral, e conquistou seu bicampeonato no aparelho.

Nos exercícios de solo, disputados no mesmo dia, conquistou sua segunda medalha de ouro desta edição, a quinta da carreira, após somar 19,875 e empatar com Nellie Kim.

Assim, Comãneci encerrou suas participações olímpicas com um total de cinco medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze.

PRINCIPAIS RESULTADOS – Solicitamos a gentileza dos leitores de consultarem a Wikipédia.

VIDA APÓS a GINÁSTICA.

“Foto: - Ao fundo, o Palácio do Parlamento Romeno, local onde se casaram Nadia e Bart Conner, em 27 de abril de 1996”.

No ano de 1984, após encerrar oficialmente a carreira, teve um filme lançado em sua homenagem, intitulado Nadia, no qual a ginasta estadunidense e campeã mundial das barras assimétricas, Marcia Frederick, a interpreta.

No mesmo período, graduou-se pelo Instituto de educação Física e Desportos em Bucareste.

Na época de sua formatura, foi convidada a integrar o grupo da Federação Romena de Ginástica como treinadora da equipe júnior do país.

Essa função exerceu até o ano de 1989, interrompida pela chegada da Revolução, que pretendia derrubar o líder comunista.

Em dezembro, seu pedido de asilo nos Estados Unidos fora atendido e para lá se mudou.

Devido a problemas causados por Panait, mudou-se para o Canadá no ano seguinte, onde viveu até 1991 promovendo equipamentos de ginástica e se apresentando em algumas exibições da modalidade.

Após a acidental morte de Stefu, que a acolheu, Bart Conner a convidou para trabalhar em seu ginásio, localizado na cidade de Norman.

Em dezembro do ano 2000, deu início ao Dia Internacional do Voluntário e tornou-se a primeira atleta a falar como porta-voz da União Nacional.

Em 2003, teve publicada sua autobiografia intitulada Cartas a uma jovem ginasta, na língua original em inglês, Letters to a Young Gymnast.

No livro, de 192 páginas, Nadia conta sua trajetória de vida e traços da personalidade da jovem que quebrou recordes, conquistou milhões ao redor do mundo, desencadeou uma nova etapa para o esporte feminino na qual as adolescentes e pré-adolescentes começavam a entrar e ainda é reconhecida após mais de trinta anos de seus feitos inéditos.

Na publicação, a ex-atleta mostra também o que é necessário para atingir a perfeição atlética e tornar-se a melhor.

Descreve histórias de inspiração e drama de sua própria experiência, como aquela menina achada por Béla Károlyi, que se tornou uma das atletas mais conhecidas no mundo e de como passou a viver após ter realizado o sonho de competir nos Jogos Olímpicos.

Para os ginastas mais jovens, partes do livro são consideradas um aconselhamento e um estímulo, não só das práticas esportivas, como de vida.

Nos Estados Unidos, Bart e Nadia trabalham juntos no ginásio da família Bart Conner Gymnastics Academy e na Perfect 10. Inc., uma produtora de televisão.

Nadia é ainda colaboradora da revista gímnica International Gymnast, a mais veiculada do esporte, e parceira nas empresas de material e vestuário para a ginástica GymDivas e GripsETC, bem como fundadora da Escola de Ginástica Nadia Comãneci, em Onești.

Além disso, é a cônsul-honorária geral entre Romênia e Estados Unidos nas relações entre os dois países.

No meio gímnico, é a presidente honorária da Federação de Ginástica Romena e do Comitê Olímpico Romeno, é a embaixatriz dos Esportes da Romênia e membro da Fundação Internacional de Ginástica.

Comãneci foi também comentarista no Mundial de Ginástica Artística de Melbourne em 2005 e dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

Outro trabalho realizado pela ex-ginasta e seu marido, é o de palestrante motivador para os ginastas.

Tal função rendeu como fruto um capítulo no livro Awaken the Olympian de John Naber, no qual os dois contam suas trajetórias e ensinam aos jovens a localizar seu foco na vida.

No ano de 2005, lançou uma canção componente do CD infanto-juvenil Music Box nr.6, na cidade de Bucareste.

Rodeada por crianças e adolescentes, a festa de lançamento foi realizada no Dia das Crianças e contou com a presença da ex-atleta e de outras celebridades nacionais, como a também ginasta Andreea Raducan.

Em 2007, durante um evento internacional, declarou que não possui mais tempo para treinar, devido a seu trabalho como uma espécie de embaixadora do esporte, promovendo diversas empresas e instituições do meio.

Entre os dias 20 e 22 de fevereiro de 2009, em Oklahoma, fora realizado o primeiro Torneio Internacional Nadia Comãneci, outra homenagem dada à ex-atleta: - O evento, que não conta com a ginástica artística masculina, foi coletivamente conquistado pela equipe romena e teve como campeã do concurso geral a também romena Sandra Izbasa.

Ainda no mesmo ano, ao lado de outros treze campeões olímpicos, entre os quais esteve o velocista Michael Johnson, e dois paraolímpicos, Nadia integrou a comitiva da candidatura de Chicago aos Jogos Olímpicos de 2016 em Copenhagen, na Dinamarca, durante a cerimônia de escolha, que contou com as presenças em favor dos Estados Unidos, de Barack Obama e Oprah Winfrey.

Além dos trabalhos e das campanhas realizadas em eventos, sejam eles desportivos ou não, como sua presença em campeonatos internacionais e Olimpíadas, Comãneci figurou publicamente em diversas aparições na televisão, dentre as quais estiveram suas participações nos reality shows The Apprentice de 2008, em dois episódios antes de ser demitida por Donald Trump, e Dancing with the Stars, de 2009, em um episódio, do qual não participou como competidora.

Em meados do ano, fundou, em Bucareste, a Clínica Infantil Nadia Comãneci, que auxilia médica e socialmente as crianças romenas órfãs.

O projeto pôde ser realizado devido ao investimento de uma parte da receita de seus contratos publicitários.

No fim de 2009, em 06 de dezembro, agora para ajudar as ginastas, lançou uma boneca chamada Nadia, para reverter os ganhos da venda à instituição que administra.

Na festa de lançamento, realizada em Bucareste, declarou ser uma honra lançar sua boneca para aqueles que amam a ginástica romena.

CATEGORIAS:

Nascidos em 1961.

Ginastas artísticos da Romênia.

Campeões olímpicos da Romênia.

Naturais de Onești (Romênia).

Medalhistas nos Jogos Olímpicos de Verão de 1980.

Esta página foi editada pela última vez às 19h10min de 9 de março de 2018.

Observações do escriba:

1ª - Na Wikipédia estão disponíveis 47 referências sobre Nadia Comãneci.

2ª – Animado com a história da ginasta romena NADIA COMÃNECI muito bem disponível na Wikipédia, pedi aos meus OITO BEIJA-FLORES que pesquisassem na mesma Wikipédia o nome do advogado romeno GRIGORE AVRAM VALERIU. Eles nada encontraram...

3ª – Fiquei conversando com os BOTÕES do meu jaleco branco. Só pode ser perseguição política! Disseram alguns. Ou perseguição religiosa!... Disseram outros. Meu jaleco tem SETE BOTÕES. Ordenei que os SETE BOTÕES conversassem com os OITO BEIJA-FLORES e que chegassem a uma conclusão.

4ª – A romena Nadia Comãneci nasceu em 12 de novembro de 1961. Tem 56 anos. O romeno GRIGORE AVRAM VALERIU nasceu em 21 de julho de 1945. Tem 72 anos. Conclusão dos OITO BEIJA-FLORES e de QUATRO BOTÕES: - Só pode ser preconceito ETÁRIO. VÉIO não tem vez... Unanimidade dos BEIJA-FLORES e maioria dos BOTÕES. Tive de concordar...

5ª – O advogado romeno “véio” vai retornar e botar a boca no trombone. Vale a pena escrever de novo!

A luta contra a debilitante POLIOMIELITE (paralisia infantil) continua, e a luta a favor da inofensiva AUTO-HEMOTERAPIA, também continua.

Se DEUS nos permitir voltaremos outro dia ou a qualquer momento. Boa leitura, boa saúde, pensamentos positivos e BOM DIA.

ARACAJU, capital do Estado de SERGIPE, localizado no BRASIL, Ex-PAÍS dos fumantes de CIGARROS e futuro “PAÍS dos MACONHEIROS”. Sexta-feira, 27 de abril de 2018.

Jorge Martins Cardoso – Médico – CREMESE – 573.

Fontes: (1) – INTERNET. (2) – Wikipédia. (3) – OUTRAS FONTES.