O Bocado Do Amor.❤💙
E, após o bocado, imediatamente, entrou nele Satanás. Então, disse Jesus: O que pretendes fazer, faze-o depressa. (João 13:27). Quando observamos esta passagem dentro do contexto histórico. Podemos visualizar mentalmente a cena, a mesa era um bloco sólido e baixo com acentos em volta, ela tinha forma de U e o lugar de honra, o lugar do anfitrião, estava no meio. Os comensais se apoiavam do lado esquerdo sobre o cotovelo e assim tinham a mão direita livre para tomar a refeição. E como vemos na narrativa o discípulo a quem Jesus amava estava sentado à sua direita porque ao apoiar-se sobre o cotovelo na mesa tinha a cabeça sobre o peito de Jesus. E logo podemos entender que Judas estava a esquerda de Jesus, pois está posição permitia que Jesus falasse com ele de maneira especial. E o que se faz interessante aqui, é que o lugar à esquerda do anfitrião era o lugar de maior honra, reservado para o amigo mais íntimo.
E no desenrolar da narrativa vemos Jesus oferecer o bocado molhado a Judas, e ao oferecer um bocado a um convidado o anfitrião o honrava com respeito especial. Sendo assim Jesus ao oferecer o bocado a Judas demonstrou um ato de especial afeto. E aqui vemos neste ato de Jesus o ultimo chamado ao amor feito a Judas Iscariotes.
Mas também mostra-nos uma dura realidade que ao receber o bocado que deveria ser uma honraria, Satanás entra nele e transforma a posição honrada e o bocado do amor, numa posição de aproveitamento próprio e no bocado da traição. É triste ver que o último chamado do amor se converteu no combustível móbil para um ato de ódio.
Isso é o que faz as forças do mal quando encontra em nós a sintonia com o querer egoísta. Ela transforma as coisas mais bonitas em um ato deplorável, e segue torcendo-as, deformando-as até que se convertam em agentes do mal. Deturpa o amor até transformá-lo em luxúria; tira a graça da santidade e a transforma em orgulho; pode tomar a disciplina e transformá-la em intolerância; pode tomar a fé e transformá-la em fanatismo e numa crueldade santa; pode tomar e zelo e transformá-lo no ciúme doentio.
Então devemos ficar atentos e em oração ao Espírito Santo para que nos oriente no sentido de não deixarmos, que o nosso interior entre em sintonia com mal, e este venha deturpar as coisas belas de nossas vidas e as use para seus próprios fins. E o aprendemos aqui sirva para que neste dia sejamos capazes de perdoar, de compreender o próximo e de levarmos em nossas mãos a graciosa taça da misericórdia e jamais o martelo do julgamento. Pois agindo assim escolhemos ser felizes, e a felicidade gera vida por onde passa. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).