DEUS CASTIGA OU NÃO CASTIGA?
Existem conceitos divergentes sobre os procedimentos de Deus em relação ao seu povo. Há quem pense que Deus é só bondade, a ponto de não querer que o seu povo sofra de modo nenhum. Já falamos algo nesse sentido em outro trabalho por nós codificado. E agora falaremos ainda mais especificamente sobre o assunto.
Qualquer conceito que tivermos deve estar alicerçado nas Sagradas Escrituras, regra de fé para o verdadeiro cristão. Assim, temos várias passagens bíblicas que falam sobre o tema, os quais vamos buscar citar neste artigo a fim de dirimir dúvidas que possam existir com relação a isso.
No livro de Deuteronômio encontramos uma afirmação peremptória de Deus: "Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faco viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão." Dt. 32:39.
Mas não seria isso apenas para o pecador que não conhece a Deus?
Nas bênçãos e maldições propostas por Deus, e anunciadas por Moisés ao povo de Israel, primeira nação constituída como nação de Deus, encontramos as condições para as bênçãos, bem como as maldições decorrentes da desobediência. E o princípio elementar são os mandamentos e preceitos estabelecidos por Deus e dados por Ele e por Moisés.
Assim, quando o povo de Deus estava sofrendo reves ao tempo de Daniel, este falou: "Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão; pois nos rebelamos contra ele, e não obedecemos à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu pela mão de seus servos, os profetas. Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso a maldição, o juramento que está escrito na lei de Moisés, servo de Deus, se derramou sobre nós; porque pecamos contra ele." Dn. 9:9-11.
Como vimos, o povo de Deus estava sob maldição, e isso devido ter transgredido as leis de Deus. E na lei de maldição dadas por Moisés constam as maldições que adviriam sobre o povo de Deus caso este não obedecesse aos mandamentos e preceitos determinados por Ele. E as maldições são tantas, que diz que os transgressores comeriam a carne de seus próprios filhos, e que negariam dela às suas mulheres e aos seus irmãos. E temos registro nas Escrituras quanto a canibalismo de filhos praticado pelo povo de Deus.
Mas alguém pode pensar que isso foi apenas com relação ao Israel saído do Egito, aquele da Palestina, não para hoje. E que naquele tempo o Deus Pai era quem mandava, e que ele era mais rigoroso. Mas que hoje, na dispensação da graça, é diferente.
Primeiramente queremos afirmar, como já temos feito em outros trabalhos, que quem estava diante do povo de Israel, quando ele demandava para a terra prometida, era o Deus Filho. Leia o trabalho codificado por nós e intitulado “A deidade de Jesus". Lá você encontrará provas suficientes do que afirmamos. Outrossim, diz a Escritura que em Deus não há mudança nem sombra de variação. Tg. 1:17. Ele não é melhor hoje por assim ter deliberado. A sua inspiração diz que onde abundou o pecado superabundou a graça.
Deus promete bênçãos maravilhosas para o seu povo, com a condição de que ele guarde os mandamentos do Senhor, incluindo o seu sábado. Veja:
"Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o Senhor vosso Deus. Guardareis os meus sábados, e reverenciareis o meu santuário; eu sou o Senhor. Se andardes nos meus estatutos e guardardes os meus mandamentos, e os fizerdes, então eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo; e a terra dará a sua novidade, e a árvore do campo dará o seu fruto; e a debulha se vos chegará á vindima, e a vindima se chegará à sementeira; e comereis o vosso pão a fartar, e habitareis seguros na vossa terra." Lv. 26:1-5.
E as promessas de bênçãos se prolongam até o versículo treze. Mas veja o que fala o Senhor caso o seu povo não cumpra os seus mandamentos:
"Mas, se não ouvirdes, e não fizerdes todos estes mandamentos, e se rejeitardes os meus estatutos, e a vossa alma se enfadar dos meus juízos, não cumprindo todos os meus mandamentos, para invalidar o meu concerto, então eu também vos farei isto: Porei sobre vós terror, a tísica e a febre ardente, que consumam os olhos e atormentem a alma: e semeareis debalde a vossa semente, e os vossos inimigos a comerão. E porei a minha face contra vós, e sereis feridos diante de vossos inimigos; e os que vos aborrecem de vós se assenhorearão, e fugireis, sem ninguém vos perseguir. E, se ainda com estas cousas não me ouvirdes, então eu prosseguirei em castigar-vos sete vezes mais por causa dos vossos pecados." Lv. 26:14-18.
E os versos seguintes vão enumerando os juízos que Deus trará sobre o seu povo pela desobediência aos seus mandamentos e preceitos. E diz adiante: "E se com isto me não ouvirdes, mais ainda andardes contrariamente comigo, também eu convosco andarei contrariamente em furor; e vos castigarei sete vezes mais por causa dos vossos pecados." Lv. 26:27 e 28.
Há quem ensine sobre as bênçãos prometidas por Deus, mas omita as condições impostas por Deus para a obtenção das mesmas ou não enfatize com minúcias as condições impostas por Deus para alcança-las. Há até quem afirme que foram abolidas, e afirme que eram leis de Moisés, por não discernirem entre uma e outra. Ora, as bênçãos são ou estão condicionadas a obediência aos mandamentos e estatutos de Deus. Mas a transgressão deles resulta em maldição e castigos determinados pelo próprio Deus. E ele afirma: "Eu sou Deus, ontem, hoje e eternamente."
E o Senhor tem um juízo para aquele que diz que ele não castiga, veja:
"E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que se espessam como a borra do vinho, que dizem no seu coração: O Senhor não faz nem bem nem mal." Sf.1.12.
Muitas passagens existem que comprovam o que aqui expomos. Mas cremos que estas são suficientes para provar o que as Escrituras afirmam: que Deus castiga.
(93)99190-6406
Oli Prestes
Missionário