Entre o céu e o chão - Ilusão - LII
É deveras engraçado ( e libertador ) quando olhamos as cenas e a plateia com amor e compaixão tudo nos parece uma simples e coerente roda a executar sua função.
Gosto de me aquietar e não buscar respostas as minhas aflições, porque se as buscasse ouviria apenas minhas próprias mentiras e vaidades gritando algo. Aquieto-me e permito que as verdades se revelem na hora em que eu estiver preparada para compreendê-las.
Como humana aceito as dores e refreamentos da carne e como
alma procuro sabedoria no tempo para curar as minhas limitações e aflições.
A cada máxima sentida tenho a convicção que por amor o Universo sempre fez o melhor por mim e mediante a sensação
de ser amada preencho-me do sentimento recebido para me perdoar e perdoar os incógnitos momentos até então em lágrimas.
Confiar na existência requer fé e ela só nos faz presente quando
conseguimos afirmar com força:
- A tua vontade, Senhor, e não a minha!
Hoje minha alma sorri por compreender porque um determinado fruto não vingou e por perceber o porquê de alguns pássaros precisarem voar longe do nosso chão.
É deveras elevado assumir-se humano, mas é ainda mais magnânimo lembrarmos o que de fato somos infinitamente.