A messe do Senhor
A MESSE DO SENHOR
Miguel Carqueija
“Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todo mal e toda enfermidade. Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estavam enfraquecidos e abatidos como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe.”
(Mateus 9, 35-38)
Messe é uma seara, lugar onde se cultiva, se planta — no caso trata-se metaforicamente da Humanidade, e da Palavra de Deus a ela levada.
Nos anos 70 descobri, por indicação de minha mãe, o programa radiofônico “Encontro marcado”, transmitido pela Rádio Jornal do Brasil e apresentado por Dom Marcos Barbosa O.S.B., monge beneditino do Rio de Janeiro e consagrado escritor e tradutor. Eram suaves e excelentes palestras sobre assuntos inerentes à religião católica. Eu escutaria esse programa pelas décadas seguintes; Dom Marcos o manteve até pouco antes de sua morte em 1997.
E uma vez ele recomendou a recitação constante de uma jaculatória — isto é, uma oração curtíssima:
“Senhor, manda operários para a vossa messe.”
Trata-se de pedir a Deus, o Senhor da Messe, que suscite sacerdotes para o seu povo. A Igreja sempre lutou com a escassez de padres e também a baixa qualidade de muitos. No entanto, sempre surgiram, em todos os tempos, pastores exemplares e santos, ou pelo menos esforçados e fiéis. Mas os leigos devem se interessar para que surjam novos padres e de boa formação. Atualmente, no Brasil, temos muitos clérigos e bispos notáveis, como Dom Benedito Beni, ou os padres Jonas Habib, Paulo Ricardo, José Augusto, Demétrio Gomes e por aí afora.
Mas sempre necessitamos de novos. Precisamos de mais padres santos e piedosos, que não se calem em relação ao depósito da Fé. Padres realmente exemplares estarão dispostos a dar a própria vida — como tantos o fizeram ao longo dos séculos e continuam fazendo (vejam-se os martírios de padres, freiras e leigos em regiões dominadas pelo fundamentalismo islâmico) — para não trair a Fé Cristã. Padres que não silenciem sobre pontos de moral só porque aquele apresentador de televisão não vai gostar. Padres que não deixem de ensinar em homilias, em livros, na mídia, como puderem, a sã doutrina, até porque o grande Bento XVI alertou contra a ignorância religiosa em que tantas pessoas, mesmo católicas, acham-se mergulhadas.
Em suma, eis algo que todos os católicos podem fazer várias vezes ao dia, bastando se lembrarem: pronunciar a jaculatória que o próprio Jesus ensinou como citado acima: — Senhor, manda operários para a vossa messe!
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2018.
(imagem Canção Nova - o grande sacerdote, educador e reformador social Dom Bosco (São João Bosco)
A MESSE DO SENHOR
Miguel Carqueija
“Jesus percorria todas as cidades e aldeias. Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todo mal e toda enfermidade. Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estavam enfraquecidos e abatidos como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe.”
(Mateus 9, 35-38)
Messe é uma seara, lugar onde se cultiva, se planta — no caso trata-se metaforicamente da Humanidade, e da Palavra de Deus a ela levada.
Nos anos 70 descobri, por indicação de minha mãe, o programa radiofônico “Encontro marcado”, transmitido pela Rádio Jornal do Brasil e apresentado por Dom Marcos Barbosa O.S.B., monge beneditino do Rio de Janeiro e consagrado escritor e tradutor. Eram suaves e excelentes palestras sobre assuntos inerentes à religião católica. Eu escutaria esse programa pelas décadas seguintes; Dom Marcos o manteve até pouco antes de sua morte em 1997.
E uma vez ele recomendou a recitação constante de uma jaculatória — isto é, uma oração curtíssima:
“Senhor, manda operários para a vossa messe.”
Trata-se de pedir a Deus, o Senhor da Messe, que suscite sacerdotes para o seu povo. A Igreja sempre lutou com a escassez de padres e também a baixa qualidade de muitos. No entanto, sempre surgiram, em todos os tempos, pastores exemplares e santos, ou pelo menos esforçados e fiéis. Mas os leigos devem se interessar para que surjam novos padres e de boa formação. Atualmente, no Brasil, temos muitos clérigos e bispos notáveis, como Dom Benedito Beni, ou os padres Jonas Habib, Paulo Ricardo, José Augusto, Demétrio Gomes e por aí afora.
Mas sempre necessitamos de novos. Precisamos de mais padres santos e piedosos, que não se calem em relação ao depósito da Fé. Padres realmente exemplares estarão dispostos a dar a própria vida — como tantos o fizeram ao longo dos séculos e continuam fazendo (vejam-se os martírios de padres, freiras e leigos em regiões dominadas pelo fundamentalismo islâmico) — para não trair a Fé Cristã. Padres que não silenciem sobre pontos de moral só porque aquele apresentador de televisão não vai gostar. Padres que não deixem de ensinar em homilias, em livros, na mídia, como puderem, a sã doutrina, até porque o grande Bento XVI alertou contra a ignorância religiosa em que tantas pessoas, mesmo católicas, acham-se mergulhadas.
Em suma, eis algo que todos os católicos podem fazer várias vezes ao dia, bastando se lembrarem: pronunciar a jaculatória que o próprio Jesus ensinou como citado acima: — Senhor, manda operários para a vossa messe!
Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2018.
(imagem Canção Nova - o grande sacerdote, educador e reformador social Dom Bosco (São João Bosco)