BALAÃO, FILHO DE BEOR
O Rei da terra de Moabe, Balaque, temeu e tremeu de medo do povo de Deus, os israelitas, que acamparam naquela região. Era muito em quantidade e temível em força, sustentados pelo poder de Deus!
A derrota dos amorreus, inimigos de Deus, tirava o sono do rei, temendo ser destruído com sua gente ímpia. Por isso, enviou Chefes dos Anciãos ao Profeta de Deus, Balaão, para que amaldiçoasse seus adversários, visando enfraquecê-los.
O rei sabia que aquele homem, famoso, tinha poder para abençoar e amaldiçoar a quem quisesse, então enviou, por aqueles homens, muitos presentes.
Sendo questionado por Deus, o Profeta explicou os motivos de Balaque, mas Deus o orientou a não seguir após aqueles homens; nem amaldiçoar o povo de Israel, que era santo. E ele obedeceu! Números 22:14.
Não aceitando a negativa, Balaque insistiu, enviando príncipes, homens mais honrados que os primeiros. Cumprindo fielmente sua missão, Balaão responde que, nem por uma casa cheia de ouro e prata, desobedeceria ao Senhor.
Ao invés de encerrar a conversa, e despedi-los, abre uma brecha ao mal, pedindo que permanecessem ali naquela noite, para saber o que Deus iria dizer, como se o Senhor pudesse negar Seus imutáveis princípios! Desejava servir a dois senhores e se dar bem!
Mesmo assim , Deus fala novamente com ele, dizendo que, se eles o chamassem, deveria ir e falar somente o que instruísse.
Satisfazendo seu próprio desejo, se precipitou, preparou a jumenta para seguir os príncipes, sem que o tivessem chamado!
Deus postou um anjo, empunhando uma espada, no meio do caminho, onde passaria com os seus dois moços, quando escolheu espancar a jumenta que se desviara do anjo.
Por mais duas vezes, feriu a jumenta, que, vendo o anjo, deitou-se, recusando seguir, até que o animal falou com o Profeta, em rebeldia contra Deus, sobre a injustiça contra ela.
Cego pela ambição, discutia com o animal, como se fosse normal o fato, até que seus olhos se abriram e enxergou o anjo do Senhor, prostrando-se, então. O anjo o aconselhou a ir a Balaque e falar o que fosse determinado por Deus. Assim, o que saiu de sua boca foram bênçãos para os israelitas, o que provocou a ira do Rei.
Balaque não desiste e chama Balaão para avistar parte do povo, de outro ângulo de visão, amaldiçoando-o dali. Ofereceu sete holocaustos. E foi ao pé do sacrifício, que reencontrou Balaque, a quem informou tudo o que Deus havia dito. E eram palavras abençoadoras! Novamente despreza as dádivas do Rei.
O Profeta relatou ao Rei tudo o que aconteceria com o seu povo, como seria derrotado, e cada um seguiu para seu lugar!
Mas o mal já havia se instalado ali. Seus exemplos de ganância, corrupção, desobediência ao Senhor levaram os israelitas a se prostituir com as mulheres moabitas e a se curvar diante de outros deuses.
Deixou sua condição de Profeta do Altíssimo, para ser um reles e mesquinho adivinhador, morto pelos próprios israelitas, a fio de espada, quando assumiram a terra de Midiã
Nos livros do Novo Testamento Balaão é citado, como um exemplo negativo que leva outros à corrupção espiritual e condenação, ou seja, 2 Pedro 2:16, Apocalipse 2:14 e Judas 1: 11:
"Ai deles! Porque prosseguiram no caminho de Caim, de ter executado avidamente no erro do prêmio de Balaão, e pereceram na revolta de Corá”.
Que jamais andemos no caminho de Balaão! Que o Senhor nos abençoe e nos guarde!
Dora Tavares Duarte