REFLETINDO DEUS

O homem como se sabe, não surgiu pronto, da noite para o dia, termo corriqueiro que se usa para definir algum fato ou mudança comportamental de alguém repentinamente. Fulano da noite para o dia ficou rico, mudou-se sem despedir-se e por aí vai. O homem foi evoluindo a partir dos primatas até chegar ao que nós somos hoje. Seres inteligentes com capacidade de discernimento, de amar, ser amado, procriar, etc...

Mas de que forma tudo isto aconteceu? Os livros sagrados judaico cristãos dizem o contrário. Falam que Deus num simples piscar de olhos de sete dias criou o homem a sua imagem e semelhança. Fomentou o homem de inteligência para distinguir-se dos outros animais, porém este tinha um grande compromisso para com Deus, semear a terra, procriar, seguir seus passos, do contrário o mesmo seria condenado para o resto de suas vidas, afinal seu criador seria o Senhor do mundo, o governador geral que ditaria as regras aos seus subordinados.

Voltamos à questão de como o homem chegou até aqui, quais foram seus passos, suas crenças, seus deuses. O homem no seu caminhar da evolução iniciou uma parceria muito rica com a natureza. Descobriu o fogo, passou a sentir algo além de sua simples necessidade de sobrevivência. Ele passou a perceber que ao tocar uma pedra, uma árvore, um animal, ao banhar-se no rio, na cachoeira, no mar algo tocava seu interior. Podemos dizer que era o início de uma relação energética entre o homem e a natureza, porém ele ainda não tinha total conhecimento de como acontecia tal fato, mas a sua inteligência e seu raciocínio já caminhava para um amadurecimento energético-emocional. Com isto ele passa a ver numa pedra, numa árvore, no rio, na cachoeira o prenuncio de uma relação sagrada com o cosmos. Esta atitude produz cada vez melhores sensações.

Com o passar do tempo sente a necessidade de dividir com seus pares esta descoberta, trocar ideias a respeito de como pratica-la. Estes elementos da natureza passam a serem sagrados, e se assim o são necessitam de um ritual que de sustentação as suas práticas. O homem passa a depender emocionalmente destes artifícios a ponto de endeusamento. À medida que o homem encaminhava sua evolução, suas necessidades por sua vez se tornavam latentes e diante destes fatos surgem as primeiras “assembleias” nas aldeias para discutirem e trocarem experiências acerca do seu dia a dia tanto laboral como energéticos. Nascem ali os primeiros resquícios de uma religião “organizada”, onde seus membros, através de um líder, guru, xamã passa a orientar a comunidade seja na sua lida diária como também em assuntos relacionados à sua experiência extra física. Este líder passa a ser a referência para toda a comunidade.

Mais adiante o homem cada vez mais interagindo com a natureza, necessita que esta relação extrassensorial seja mais explícita bem como materializada e nomeada, para que ele próprio seja mais eficaz em suas crenças, surge então à figura de Deus. Ser este que comanda todo o universo, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, meio humano meio espírito que para algumas correntes está sentado em seu trono celestial que de lá comanda e manipula todas as ações do ser humano. Algumas pessoas ao lerem este artigo irão pensar: este autor defende a hipótese de que Deus é uma criação do homem? Diria que não está de todo errado quem assim pensar se pensarmos neste Deus judaico-cristão personificado nos livros sagrados. Porém, se analisarmos esse Deus como sendo um Ser cósmico que emana energias a todos, onde seu DNA se faz presente em cada elemento da natureza por ele criado, este Ser imaterial sim, com certeza não é criação do homem. A natureza nos chama a uma reflexão: somos criaturas tementes à Deus, ou somos criaturas parceiras de seu Criador? Com certeza cada qual no seu entendimento terá sua resposta dentro de si. Namastê

Valmir Vilmar de Sousa (Veve) 250118

valmir de sousa
Enviado por valmir de sousa em 25/01/2018
Código do texto: T6235878
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