Teologia da libertação
Tendo suas vertentes na Europa e na América do Norte a chamada Teologia da Libertação foi um movimento nascido dentro da igreja católica da América Latina por volta do ano de 1965.
A proposta desse movimento era fazer pressão junto aos empresários e governos para que dessem mais atenção aos empregados e as suas famílias.
Melhorassem as condições de trabalho e de vida dos operários com salários justos e uma melhor distribuição da renda.
Por haver estado sempre alinhada com os ricos e governantes poderosos desde o seu surgimento durante o Império Romano a alta cúpula da Igreja Católica sempre temeu o social comunismo pregado por Karl Marx que além de ateu confesso, disse que a religião é o ópio do povo.
Mesmo com aversão centenária ao marxismo demonstrada pelos altos dignitários da igreja, muitos dos seus bispos e padres, o chamado baixo clero, procurou sempre estar ao lado dos pobres e desamparados.
E foi exatamente nessa camada mais baixa da igreja da América Latina que na década de sessenta começaram alguns movimentos sociais como o Evangelho Social e Teologia da Esperança que deixava um pouco de lado a religiosidade penitente e a salvação da alma para dar lugar a uma ação mais concreta em favor dos Pobres.
Estribados nesse novo pensamento o teólogo Harvey Cox, o sociólogo Rubem Alves e outros escreveram vários artigos e livros afirmando que no momento os pobres necessitavam mais de ação que de orações.
É evidente que essa posição desagradou a cúpula da Igreja, que sempre disse que o objetivo da religião era salvar as almas.
Apesar de muita resistência e até perseguições por parte da Igreja o movimento tomou corpo e se desenvolveu em todo o território da América Latina.
Entre seus membros mais atuantes podemos citar o padre peruano Gustavo Gutiérrez, o teólogo brasileiro Leonardo Boff, o sociólogo uruguaio Juan Luis e mais tarde o brasileiro Frei Beto, o padre Jonas Adib e outros.
O movimento que começou dentro das igrejas se alastrou pelos sindicatos, grupos dos sem teto, sem terra e outros que tinham a mesma finalidade de promover melhores condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias.
Embora esse movimento desse muita dor de cabeça para a Igreja Católica por adotar a ideologia marxista, que anteriormente, foi por ela mesma decretada herética, o próprio papa declarou em 1979 nos Conclaves de Puebla no México e em Medellín na Colômbia a opção da igreja pelos pobres.
Apesar de os propositores da Teologia da Libertação dizerem que essa doutrina não tinha partido, em todas as regiões por onde passou ela foi sustentada por partidos de esquerda, principalmente pelo Partido dos Trabalhadores no Brasil.
Para confirmar essa ligação com o socialismo, basta saber que seu líder maior no Brasil, o teólogo Leonardo Boff é amigo pessoal da família Castro de Cuba e hóspede regular de Nicolas Maduro da Venezuela.
Depois dos seus dias de gloria, pelo envelhecimento ou morte de seus lideres e pela falta de jovens nas suas fileiras a Teologia da Libertação está praticamente extinta.