Feliz Natal da Mentira, da Hipocrisia e do Consumismo!
Uma data para se comemorar nada, porque nenhum "nascimento de Cristo existiu" nessa data; uma data convencional, criada pelo cristianismo para reavivar a fé dos enganados, mantendo a mentira Jesus Cristo em suas mentes (mentiras precisam ser repetidas exaustivamente para se manterem vivas); uma data celebrada e apoiada pelo comércio, indústria, grandes corporações e bancos, porque melhora seus lucros; uma data para incentivar um tal de "espirito de Natal", que nada mais é do que pura hipocrisia.
Milhares de papais-noéis, de todas as raças e compleições físicas e não somente os gordinhos, brancos, de rosto corado, sorridentes, simpáticos e bonachões, invadem as ruas. Temos até (pasmem!) papais-noéis magrinhos, com altura de jogador de basquete. Isso, para não falar de outros tipos, mais estranhos ainda. Numa quadra de lojas comerciais encontram-se dezenas deles, alguns até, acompanhados de mamães-noéis ou, mais modernamente - no Brasil -, noeletes (que deturpação da lenda!).
Mas não se assustem! Para não dizer que tudo é falso no Natal, o personagem que inspirou a lenda do Papai Noel existiu mesmo. Era um bispo (São Nicolau ou Santa Claus) e distribuía presentes para os pobres. Só não tinha o traje ridículo com que é caracterizado, as renas, os elfos e tudo mais que compõe a lenda (mas isto é outra história e material para outro texto).
Existe ainda um componente sórdido e ardiloso que costuma ocorrer no Natal: a caça ao 13º salário dos trabalhadores assalariados (no Brasil). Esse salário-extra, recebido em dezembro, é ferrenhamente disputado por todos, capitaneados pela figura icônica do "Papai Noel". A caça começa no princípio de novembro, cimentando o que vai se solidificar em dezembro. As lojas se enchem de mercadorias e ofertas, anunciadas intensamente por propagandas enganosas. Enganosas porque, nessa época, todos os preços sobem e todos os supostos descontos oferecidos são falsos. Prova disso é que em janeiro e fevereiro os preços descem (ou melhor, voltam ao normal), para desovar as sobras de estoques. E o povo acredita. E como existe um dinheirinho sobrando, movidos pelo "espírito natalino", compram, e compram e compram. Nos lares, com sobras para o "Ano Novo", quando a coisa se repete (mas com outra motivação), gasta-se também em comilanças, com uma orgia gastronômica que a maioria só pode fazer na última semana do ano.
No Natal todos mentem e cometem hipocrisias: abraçam gente de quem não gostam, inclusive os inimigos, a quem supostamente perdoam; fazem falsos elogios; ganham presentes que odeiam, mas choram de emoção ao recebê-los; ficam todos "bonzinhos", tentando disfarçar suas verdadeiras personalidades, criam um circo, com uma falsa aura de fraternidade e felicidade, coisas que acabam tal qual termina um espetáculo circence ou uma peça de teatro: Enquanto dura, estão envolvidos e se emocionam. Acabou? Voltam a ser eles mesmos. Muitas vezes, no caminho de volta, os que vieram de longe já estão falando mal de alguns dos presentes às festividades natalinas de que acabaram de participar. E que dizer da tal "Missa do Galo", aquela que as pessoas assistem, pelo instinto de rebanho, com cara-de-paisagem, porque não sabem exatamente o que representa? Aliás, esse é um simbolismo tolo e sem sentido, que nem a Igreja sabe explicar direito, porque existem várias interpretações dele, dependendo do país onde as missas são celebradas.
Quando se começa a oferecer "cursos para exércitos de papais-noéis", a ensinar técnicas de postura natalina, marketing, iluminação e decorações natalinas; quando se fazem maratonas de papais-noéis e eventos de shopping; quando se aumenta drasticamente a fabricação de panettones e o volume de produtos importados, de castanhas, de frutas e bebidas natalinas; quando filmes de apelos natalinos são exibidos nos cinemas e na TV; quando igrejas começam a fazer campanhas de Natal; quando instituições de caridade aumentam o seu efetivo de arrecadadores e intensificam o seu marketing; quando os governos começam a anunciar perdões de juros para renegociação de dívidas tributárias; quando os órgãos de fiscalização, de forma generalizada, criam as suas "operações Natal", quando o comércio aumenta o seu efetivo de mão de obra, contratando trabalhadores temporários... o que tudo isso indica? Uma arapuca para o poço do consumismo? Uma guerra? Uma guerra para quê, contra quem e com que disfarce? Será que isso também faz parte do "espírito de Natal"?
Se alguma coisa boa há de se atribuir ao Natal - mesmo assim, com reservas - é a oportunidade que proporciona para reunir os membros da família e os amigos, e nessa confraternização, esquecer-se um pouco os problemas do cotidiano e os ressentimentos. Depois disso, mas apenas naquela curta semana que antecede o Natal, o tal "espírito de solidariedade" e a caridade que se pratica com os mais necessitados. Mas apenas por uma semana? Por que não o ano todo?
Felicidade que traz para as crianças? Que felicidade? A alegria de uma festinha com comilanças, presentes e brinquedos? Isso é falso e efêmero. Aliás, tudo no Natal é falso e efêmero. O que se pratica contra as crianças é incutir em suas mentes uma mentira, dourada por festas, presentes e ambiente de felicidade; mentira que se perpetuará em suas mentes, fixando-se em seu inconsciente profundo, facilmente acessível pelo subconsciente, quando provocados por recordações de "uma época feliz da infância". Até mesmo as mais necessitadas e abandonadas pela sorte poderão experimentar esse sentimento de felicidade, porque nessa época do ano recebem atenção e solidariedade humana. No futuro, e quando adultas, elas terão o mesmo comportamento social, porque o Natal já está no inconsciente coletivo da cristandade. Essas crianças, filhas de cristãos, como integrantes de uma pseudo corrente do bem, serão cúmplices da propagação da mentira – a comemoração do “nascimento” de Jesus, o maior garoto-propaganda que o mundo já conheceu. Tão eficiente, que além de manter viva a fé cristã, faz a sua autopropaganda, reavivada anualmente. Como não lembrar dele?
Passado o Natal, tudo volta ao que era antes. O grande baile da hipocrisia se acaba, os comerciantes, indústria, bancos, financeiras, governos, agradecem. Os que lucraram com o Natal vão curtir as suas férias, financiadas com o lucro natalino, e a população volta ao seu "status quo ante", um pouco mais pobre. Em janeiro cai a ficha, mas aí, já é tarde.
E mesmo assim, por muitos anos, as pessoas vão continuar caindo no mesmo engodo. Isto é o Natal. E que não me venham dizer que esta é uma visão niilista, pessimista. Não, esta é uma visão "realista", porque assim é e continuará sendo, enquanto a humanidade não acordar para a realidade, enquanto o cristianismo continuar vivo.
Feliz Natal aos hipócritas, aos enganados e aos consumistas!
Uma data para se comemorar nada, porque nenhum "nascimento de Cristo existiu" nessa data; uma data convencional, criada pelo cristianismo para reavivar a fé dos enganados, mantendo a mentira Jesus Cristo em suas mentes (mentiras precisam ser repetidas exaustivamente para se manterem vivas); uma data celebrada e apoiada pelo comércio, indústria, grandes corporações e bancos, porque melhora seus lucros; uma data para incentivar um tal de "espirito de Natal", que nada mais é do que pura hipocrisia.
Milhares de papais-noéis, de todas as raças e compleições físicas e não somente os gordinhos, brancos, de rosto corado, sorridentes, simpáticos e bonachões, invadem as ruas. Temos até (pasmem!) papais-noéis magrinhos, com altura de jogador de basquete. Isso, para não falar de outros tipos, mais estranhos ainda. Numa quadra de lojas comerciais encontram-se dezenas deles, alguns até, acompanhados de mamães-noéis ou, mais modernamente - no Brasil -, noeletes (que deturpação da lenda!).
Mas não se assustem! Para não dizer que tudo é falso no Natal, o personagem que inspirou a lenda do Papai Noel existiu mesmo. Era um bispo (São Nicolau ou Santa Claus) e distribuía presentes para os pobres. Só não tinha o traje ridículo com que é caracterizado, as renas, os elfos e tudo mais que compõe a lenda (mas isto é outra história e material para outro texto).
Existe ainda um componente sórdido e ardiloso que costuma ocorrer no Natal: a caça ao 13º salário dos trabalhadores assalariados (no Brasil). Esse salário-extra, recebido em dezembro, é ferrenhamente disputado por todos, capitaneados pela figura icônica do "Papai Noel". A caça começa no princípio de novembro, cimentando o que vai se solidificar em dezembro. As lojas se enchem de mercadorias e ofertas, anunciadas intensamente por propagandas enganosas. Enganosas porque, nessa época, todos os preços sobem e todos os supostos descontos oferecidos são falsos. Prova disso é que em janeiro e fevereiro os preços descem (ou melhor, voltam ao normal), para desovar as sobras de estoques. E o povo acredita. E como existe um dinheirinho sobrando, movidos pelo "espírito natalino", compram, e compram e compram. Nos lares, com sobras para o "Ano Novo", quando a coisa se repete (mas com outra motivação), gasta-se também em comilanças, com uma orgia gastronômica que a maioria só pode fazer na última semana do ano.
No Natal todos mentem e cometem hipocrisias: abraçam gente de quem não gostam, inclusive os inimigos, a quem supostamente perdoam; fazem falsos elogios; ganham presentes que odeiam, mas choram de emoção ao recebê-los; ficam todos "bonzinhos", tentando disfarçar suas verdadeiras personalidades, criam um circo, com uma falsa aura de fraternidade e felicidade, coisas que acabam tal qual termina um espetáculo circence ou uma peça de teatro: Enquanto dura, estão envolvidos e se emocionam. Acabou? Voltam a ser eles mesmos. Muitas vezes, no caminho de volta, os que vieram de longe já estão falando mal de alguns dos presentes às festividades natalinas de que acabaram de participar. E que dizer da tal "Missa do Galo", aquela que as pessoas assistem, pelo instinto de rebanho, com cara-de-paisagem, porque não sabem exatamente o que representa? Aliás, esse é um simbolismo tolo e sem sentido, que nem a Igreja sabe explicar direito, porque existem várias interpretações dele, dependendo do país onde as missas são celebradas.
Quando se começa a oferecer "cursos para exércitos de papais-noéis", a ensinar técnicas de postura natalina, marketing, iluminação e decorações natalinas; quando se fazem maratonas de papais-noéis e eventos de shopping; quando se aumenta drasticamente a fabricação de panettones e o volume de produtos importados, de castanhas, de frutas e bebidas natalinas; quando filmes de apelos natalinos são exibidos nos cinemas e na TV; quando igrejas começam a fazer campanhas de Natal; quando instituições de caridade aumentam o seu efetivo de arrecadadores e intensificam o seu marketing; quando os governos começam a anunciar perdões de juros para renegociação de dívidas tributárias; quando os órgãos de fiscalização, de forma generalizada, criam as suas "operações Natal", quando o comércio aumenta o seu efetivo de mão de obra, contratando trabalhadores temporários... o que tudo isso indica? Uma arapuca para o poço do consumismo? Uma guerra? Uma guerra para quê, contra quem e com que disfarce? Será que isso também faz parte do "espírito de Natal"?
Se alguma coisa boa há de se atribuir ao Natal - mesmo assim, com reservas - é a oportunidade que proporciona para reunir os membros da família e os amigos, e nessa confraternização, esquecer-se um pouco os problemas do cotidiano e os ressentimentos. Depois disso, mas apenas naquela curta semana que antecede o Natal, o tal "espírito de solidariedade" e a caridade que se pratica com os mais necessitados. Mas apenas por uma semana? Por que não o ano todo?
Felicidade que traz para as crianças? Que felicidade? A alegria de uma festinha com comilanças, presentes e brinquedos? Isso é falso e efêmero. Aliás, tudo no Natal é falso e efêmero. O que se pratica contra as crianças é incutir em suas mentes uma mentira, dourada por festas, presentes e ambiente de felicidade; mentira que se perpetuará em suas mentes, fixando-se em seu inconsciente profundo, facilmente acessível pelo subconsciente, quando provocados por recordações de "uma época feliz da infância". Até mesmo as mais necessitadas e abandonadas pela sorte poderão experimentar esse sentimento de felicidade, porque nessa época do ano recebem atenção e solidariedade humana. No futuro, e quando adultas, elas terão o mesmo comportamento social, porque o Natal já está no inconsciente coletivo da cristandade. Essas crianças, filhas de cristãos, como integrantes de uma pseudo corrente do bem, serão cúmplices da propagação da mentira – a comemoração do “nascimento” de Jesus, o maior garoto-propaganda que o mundo já conheceu. Tão eficiente, que além de manter viva a fé cristã, faz a sua autopropaganda, reavivada anualmente. Como não lembrar dele?
Passado o Natal, tudo volta ao que era antes. O grande baile da hipocrisia se acaba, os comerciantes, indústria, bancos, financeiras, governos, agradecem. Os que lucraram com o Natal vão curtir as suas férias, financiadas com o lucro natalino, e a população volta ao seu "status quo ante", um pouco mais pobre. Em janeiro cai a ficha, mas aí, já é tarde.
E mesmo assim, por muitos anos, as pessoas vão continuar caindo no mesmo engodo. Isto é o Natal. E que não me venham dizer que esta é uma visão niilista, pessimista. Não, esta é uma visão "realista", porque assim é e continuará sendo, enquanto a humanidade não acordar para a realidade, enquanto o cristianismo continuar vivo.
Feliz Natal aos hipócritas, aos enganados e aos consumistas!