Lembrem dos sofrimentos de Jesus
LEMBREM DOS SOFRIMENTOS DE JESUS
Miguel Carqueija
Há muitos anos atrás (no outro milênio, aliás) tive uma conversa com uma pessoa extraordinária, a Sra. Alice Gérin Isnard Távora, intelectual católica notável por sua fé produnda e entusiasmante e repleta de conhecimento de causa; e ela me contou sobre uma aparição da Virgem, já não lembro qual, onde Nossa Senhora recomendou, que nos lembrássemos dos sofrimentos de Jesus (trata-se de revelação particular, de fé humana e não de fé divina, porém a recomendação em si é indiscutível). Ora, nos tempos atuais, de lamentável descompromisso, é provável que muitos católicos (a maioria?) pouco reflitam sobre tais dores, as dores da Paixão de Cristo.
São bem conhecidas as Cinco Chagas, ou seja, das mãos, dos pés e do lado, aberto pela lança de Longinus (Jo 19,34). Mas existe também, e sobre ela a Igreja compôs uma importante oração, a chaga do ombro, causada pelo peso da cruz que o Redentor carregou colina acima. Consta de revelação particular a São Bernardo de Claraval.
A coroa de espinhos foi outra fonte de imensa dor e derramamento de sangue do Messias. Ela foi forjada mediante plantas espinhosas que existem na Palestina. No Sudário, suas marcas podem ser constatadas.
A flagelação de Jesus precedeu a crucifixão. Note-se, desde a prisão no Jardim das Oliveiras não consta nenhum tipo de repouso ou alívio para a selvajeria que se lançou contra Nosso Senhor. Apenas lhe ofereceram fel e vinagre, não consta que lhe tenham dado alimento ou sequer um gole d’água, de um dia para o outro. Só maltratos.
As chicotadas, desferidas pelos soldados romanos, foram efetuadas com um tipo de açoite dotado de pontas metálicas, que dilaceravam a carne. Em revelação a Santa Brígida, Jesus precisou em 5.480 o total de golpes recebidos, e só aí se pode aquilatar a quantidade de sangue derramado. Mais sangue foi derramado na cruz, com os cravos.
Honestamente você já pensou um pouco nisso? Jesus sofreu, por cada um de nós (por mim e por você também), pela humanidade inteira, até o limite que um ser humano pode suportar e até além desse limite, pois embora sendo homem, Jesus é também Deus. A manifestação encarnada de Deus.
Mas o fato é que Ele sofreu, e sofreu dores inimagináveis, além de outras torturas físicas (sabe-se que a posição forçada na cruz acarretava sufocação) e ainda as torturas morais sentindo na carne a maldade dos homens:
“Pilatos, porém, querendo soltar a Jesus, falou-lhes de novo, mas eles vociferavam: “Crucifica-o! Crucifica-o!” (Lc 23, 20-21).
E a tortura moral de ver sua sublime Mãe diante da Cruz, aniquilada pelo sofrimento de ver ali seu Divino Filho.
Que os católicos, que todos os cristãos procurem se lembrar de quão caro foi o nosso resgate pelo Sangue e pelas dores de um Deus Encarnado. Se valemos tanto para Deus, não desperdicemos o tesouro de graças que abundaram com o divino Sacrifício. Antes de gozar a vida de maneira insensata, hedonista e egoísta, pense nas dores de Jesus.
Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2017.
imagem da Pietá de Michelangelo
LEMBREM DOS SOFRIMENTOS DE JESUS
Miguel Carqueija
Há muitos anos atrás (no outro milênio, aliás) tive uma conversa com uma pessoa extraordinária, a Sra. Alice Gérin Isnard Távora, intelectual católica notável por sua fé produnda e entusiasmante e repleta de conhecimento de causa; e ela me contou sobre uma aparição da Virgem, já não lembro qual, onde Nossa Senhora recomendou, que nos lembrássemos dos sofrimentos de Jesus (trata-se de revelação particular, de fé humana e não de fé divina, porém a recomendação em si é indiscutível). Ora, nos tempos atuais, de lamentável descompromisso, é provável que muitos católicos (a maioria?) pouco reflitam sobre tais dores, as dores da Paixão de Cristo.
São bem conhecidas as Cinco Chagas, ou seja, das mãos, dos pés e do lado, aberto pela lança de Longinus (Jo 19,34). Mas existe também, e sobre ela a Igreja compôs uma importante oração, a chaga do ombro, causada pelo peso da cruz que o Redentor carregou colina acima. Consta de revelação particular a São Bernardo de Claraval.
A coroa de espinhos foi outra fonte de imensa dor e derramamento de sangue do Messias. Ela foi forjada mediante plantas espinhosas que existem na Palestina. No Sudário, suas marcas podem ser constatadas.
A flagelação de Jesus precedeu a crucifixão. Note-se, desde a prisão no Jardim das Oliveiras não consta nenhum tipo de repouso ou alívio para a selvajeria que se lançou contra Nosso Senhor. Apenas lhe ofereceram fel e vinagre, não consta que lhe tenham dado alimento ou sequer um gole d’água, de um dia para o outro. Só maltratos.
As chicotadas, desferidas pelos soldados romanos, foram efetuadas com um tipo de açoite dotado de pontas metálicas, que dilaceravam a carne. Em revelação a Santa Brígida, Jesus precisou em 5.480 o total de golpes recebidos, e só aí se pode aquilatar a quantidade de sangue derramado. Mais sangue foi derramado na cruz, com os cravos.
Honestamente você já pensou um pouco nisso? Jesus sofreu, por cada um de nós (por mim e por você também), pela humanidade inteira, até o limite que um ser humano pode suportar e até além desse limite, pois embora sendo homem, Jesus é também Deus. A manifestação encarnada de Deus.
Mas o fato é que Ele sofreu, e sofreu dores inimagináveis, além de outras torturas físicas (sabe-se que a posição forçada na cruz acarretava sufocação) e ainda as torturas morais sentindo na carne a maldade dos homens:
“Pilatos, porém, querendo soltar a Jesus, falou-lhes de novo, mas eles vociferavam: “Crucifica-o! Crucifica-o!” (Lc 23, 20-21).
E a tortura moral de ver sua sublime Mãe diante da Cruz, aniquilada pelo sofrimento de ver ali seu Divino Filho.
Que os católicos, que todos os cristãos procurem se lembrar de quão caro foi o nosso resgate pelo Sangue e pelas dores de um Deus Encarnado. Se valemos tanto para Deus, não desperdicemos o tesouro de graças que abundaram com o divino Sacrifício. Antes de gozar a vida de maneira insensata, hedonista e egoísta, pense nas dores de Jesus.
Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2017.
imagem da Pietá de Michelangelo