ABORTO

O aborto é a interrupção de uma gestação. Tem vários tipos... embora o aborto, realizado adequadamente, não implique risco para a saúde até às 10 semanas, o perigo aumenta progressivamente para além desse tempo. Quanto mais cedo for realizado, menores são os riscos iminentes.

De acordo com a Bíblia Sagrada, Velho Testamento, em Êxodo 21: 22 - 25. As leis acerca dos servos e dos homicidas, em seu versículo 22: “Se alguns homens pelejarem, e ferirem uma mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém se não houver morte, certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e pagará diante dos juízes”. No seu versículo 23: “Mas, se houver morte, então darás vida por vida”. No versículo 24: “Olho por olho, dente por dente, mãos por mão, pé por pé”. Versículo 25: “Queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe”.

A proposta de Emenda à Constituição brasileira (PEC) 181, que pode criminalizar a interrupção da gravidez nos casos já previstos em lei: estupro, risco à vida da mãe e bebês com anencefalia. Inicialmente, criada para estender a licença-maternidade de mães com bebês prematuros, mas uma alteração no texto, feita por deputados da bancada religiosa, propõe incluir na Constituição a proteção da vida “desde a concepção”. Na prática, isso resultaria numa proibição total ao aborto.

O Papa Francisco chegou a ser alvo de conservadores por ter autorizado padres a perdoarem fiéis que tenham cometido o aborto. Antes, apenas os bispos tinham esse poder. Mesmo assim, quando anunciou a medida, o Pontífice ressaltou que o aborto é “um pecado grave, uma vez que põe fim à vida de um inocente”.

Sabemos que não estamos debaixo da lei do Antigo Testamento (Romanos 7:6; gálatas 3:23-25). Entendemos, porém, que as coisas escritas no passado ajudam para compreender a vontade de Deus (Romanos 15:4; 1 Coríntios 10:6-14). Portanto, consideramos o ensinamento do Velho Testamento em relação ao aborto, um assunto atualmente polêmico.

Primeiro, vamos examinar dois argumentos usados, às vezes, para defender o aborto.

1. A vida começa com a respiração. Algumas pessoas usam Gênesis 2:7 para "provar" que a vida começa quando a pessoa respira pela primeira vez, assim sugerindo que o embrião, feto ou nascituro não tem vida. Os problemas com tal argumento são dois: (a) Adão não nasceu e, por isso, o caso dele não é comparável ao parto, e (b). Outras passagens (que veremos logo) mostram a importância da vida desde a concepção.

2. Êxodo 21:22 trata o aborto natural como coisa de mínima importância, assim mostrando que não há proteção especial para a vida antes do nascimento. O problema com este argumento é questão de uma tradução inadequada em muitas bíblias, interpretando o texto para dizer que uma briga de dois homens causa a mulher grávida a perder seu filho por aborto acidental, e que tal perda não envolve morte. Mas, a palavra hebraica neste versículo tem o sentido da criança sair (entrando no mundo), e não diz que morreu ou nasceu morto. Estudiosos da língua hebraica, Keil e Delitzsch, explicam bem esta diferença no comentário deles sobre o texto. Êxodo 21:22 trata de nascimento prematuro como consequência de uma briga, e não justifica a decisão de abortar um filho. Se a criança morresse, daria vida por vida (21:23).

Agora, vamos abordar o assunto do lado positivo. O Velho Testamento valoriza a vida humana, desde a concepção. Considere alguns exemplos:

1. A vida humana é santificada porque o homem foi feito à imagem de Deus (Gênesis 1:27).

2. Os seres humanos foram especificamente postos acima de todas as plantas e todos os animais (Gênesis 1:28-29). Podemos matar e comer animais, mas é expressamente proibido cometer homicídio (Gênesis 9:3-6).

3. A vida está no sangue (Gênesis 9:4). O sangue do embrião, diferente do sangue da mãe, circula bem cedo, frequentemente antes da mãe confirmar a gravidez.

4. Os seres humanos têm lugar especial no plano de Deus desde a concepção. Cada pessoa tem sua própria identidade antes de nascer (veja Salmo 139:13-16; Isaías 49:1,5; Jeremias 1:5; gálatas 1:5). O Velho Testamento não defende o aborto (Por Dennis Allan).

Quase que unanimemente, as religiões condenam o aborto, entendendo que a vida humana é intocável desde o primeiro instante em que é concebida e qualquer alteração afeta a natureza criada pelo Senhor. Do ponto de vista teológico, baseamos nossa posição nos ensinamentos bíblicos, como encontramos no Livro de Êxodo, capítulo 20, versículo 13, que diz: “Não matarás”, um dos princípios dos dez mandamentos da lei de Deus.

O Apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios, Capítulo 3, versículo 16 e 17, escreveu: “Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus que sois vós é sagrado”. Assim, tanto no Antigo como no Novo Testamentos encontramos referências que desaprovam a prática do aborto e de outras atividades que interferem na verdadeira felicidade do ser humano”.

Fonte: http://biblia.com.br/perguntas-biblicas/aborto/o-que-diz-a-biblia-sobre-o-aborto/ Equipe Biblia.com.br.