O ESPIRITISMO NO TEMPO

O ESPIRITISMO NO TEMPO

Segundo muitos pontos do Evangelho, da Bíblia e dos autores sagrados em geral, não são inteligíveis, muito mesmo não parecem irracionais senão pela falta de uma chave para compreender lhes o verdadeiro sentido; essa chave está inteiramente no Espiritismo, como já se convenceram aqueles que o estudaram seriamente, e como ainda o reconhecerão melhor mais tarde.

O Espiritismo encontra-se por toda parte na Antiguidade e em todas as épocas da Humanidade; por toda parte, se encontram seus vestígios nos escritos, nas crenças e sobre os monumentos; é por isso que, se ele abre horizontes novos para o futuro, derrama luz não menos viva sobre os mistérios do passado. O Espiritismo é ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo.

Tendo Allan Kardec codificado a Doutrina Espírita em 18 de abril de 1857 em Lyon na França, de os primórdios dos tempos os fenômenos espíritas já existiam, mas pela ignorância ou falta de conhecimento esses fenômenos passavam despercebidos. O Espiritismo é a chave com o auxílio da qual tudo se explica de modo fácil. Ele é, pois, a obra do Cristo, que preside conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra.

É a alavanca de que Deus se utiliza para fazer que a Humanidade avance. Ora, como é o Espírito da Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque de fato, é ele o verdade consolador. O Espiritismo é, sem contradita, o mais poderoso elemento de moralização, porque mina pela base o egoísmo e o orgulho, facultando um ponto de apoio à moral. É o Evangelho revelado pelos Espíritos que recebem a palavra de Deus, e explicado conforme as necessidades morais dos tempos e das gerações.

É a verdade religiosa, é o renascimento do Evangelho, é a ressurreição do verdadeiro cristianismo, é, em suma, o amor à criatura e a adoração a Deus, princípio e fim da missão do homem na Terra. Tem por fim demonstrar e estudar a manifestação dos espíritos, suas faculdades, sua situação feliz ou infeliz, seu futuro; em suma, o conhecimento do Mundo Espiritual. É a Ciência, a Filosofia e a religião destinadas a unir todos os homens pelos laços do amor fraterno e a fazer germinar e florescer, nos corações humanos, o verdadeiro sentimento do bem e as virtudes, um cuja falta reside à causa de todos os sofrimentos da Humanidade.

Se a Doutrina espírita fosse uma concepção puramente humana, ele não teria por garantia senão as luzes daquele que a tivesse concebido, ora, ninguém neste mundo teria a pretensão fundada de possuir só para si a verdade absoluta. Se os espíritos que a revelaram tivessem se manifestado a um único homem, nada lhe garantiria a origem, porque seria preciso crer sobre a palavra em quem dissesse ter recebido seus conhecimentos. Deus quis que a nova revelação chegasse aos homens por uma via mais rápida e mais autêntica; por isso encarregou os espíritos de irem levá-la de um polo a outro, manifestando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir a sua palavra.

Sabe-se que os Espíritos, em consequência da diferença que existe em suas capacidades, estão longe de, individualmente, estarem na posse de toda a verdade, que não é dado a todos penetrar certos mistérios que seu saber é proporcional à sua depuração; que os espíritos vulgares não sabem mais que os homens, e menos que certos homens; que há entre eles, como entre estes últimos, presunçosos e pseudossábios que creem saber o que não sabem e sistemáticos que tomam suas ideias pela verdade.

Enfim, que os espíritos de ordem mais elevada, aqueles que estão completamente desmaterializados, são os únicos despojados das ideias e preconceitos terrestres; mas sabe-se também que os espíritos enganadores não têm escrúpulos em se abrigarem sob nomes que tomam emprestados, para fazerem aceitar suas utopias. A garantia única, séria do ensinamento dos espíritos está na concordância que existe entre as revelações feitas espontaneamente, por intermédio de um grande número de médiuns, estranhos uns aos outros, e em diversos lugares.

Os espíritos Superiores procedem, nas suas revelações, com uma extrema sabedoria; eles não abordam as grandes questões da Doutrina senão gradualmente, à medida que a inteligência está apta a compreender verdades de uma ordem mais elevada, e que as circunstâncias são propícias para a emissão de uma ideia nova. O Espiritismo é tudo isso e muito mais que possamos alcançar em plenitude.

A opinião universal, eis, o, pois, o juiz supremo, aquele que pronuncia em última instância; ela se forma de todas as opiniões individuais; se uma delas é verdadeira, não tem senão seu peso relativo na balança; se é falsa, não pode se impor sobre todas as outras. Nesse imenso concurso, as individualidades se apagam, e está aí um novo revés para o orgulho humano. Adentrando as notícias históricas vamos compreender certas passagens do Evangelho, é necessário conhecer o valor de várias palavras que nele são empregadas com frequência, e que caracterizam o estado dos costumes e da sociedade judaica dessa época.

Essas palavras, não tendo para nós o mesmo sentido, frequentemente foram mal interpretadas, e por isso mesmo deixaram uma espécie de incerteza. A compreensão do seu significado explica, por outro lado, o sentido verdadeiro de certas máximas que parecem estranhas à primeira vista. A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana; uma revela as leis do mundo material e a outra as leis do mundo moral, mas umas e outras , tendo o mesmo princípio que é Deus , não podem se contradizer, se elas são a negação uma da outra , uma necessariamente é errada e a outra certa, porque Deus não pode querer destruir sua própria obra. A incompatibilidade que se se acreditava ver entre essas duas ordens de ideias prende-se a um defeito de observação e a muito de exclusivismo de uma parte e da outra , daí um conflito de onde nasceram a incredulidade e a intolerância. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- JORNALISTA-MEMBRO DA ASSOCIAÇÃO CEARENSE DE IMPRENSA (ACI)-MEMBRO DA ASSOCIAÇÃO CEARENSE DOS ESCRITORES (ACE); MEMBRO DA UNIÃO BRASILEIRA DOS TROVADORES (UBT)- MEMBRO DA ACADEMIA DE LETRAS DA ASSOCIAÇÃO DOS OFICIAIS DA RESERVA E REFORMADOS DO CEARÁ (ALOMERCE) – MEMBRO DO RECANTO DAS LETRAS- DO PARA LER E PENSAR E DO PORTAL CEN (LUSO-BRASILEIRO).

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 01/11/2017
Reeditado em 01/11/2017
Código do texto: T6159520
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