Ateísmo é religião
ATEÍSMO É RELIGIÃO
Miguel Carqueija
A afirmação pode soar estranha a muita gente porém o ateísmo, considerado em seu formato digamos científico, ou seja com método e ordenação de ideias, funciona como uma religião. Ele tem, inclusive, seus dogmas de fé, sendo os principais provavelmente os que seguem:
— Deus não existe.
— Não existem anjos.
— Não existe alma; o homem é apenas corpo.
— Não há vida após a morte.
— Não há finalidade no universo, que se desenvolveu pelo acaso ou determinismo.
— Não houve uma Criação entendendo-se como o ato de um Ser Supremo ou qualquer inteligência. Consequentemente, o universo é estúpido (aqui é dedução minha, mas perfeitamente lógica diante do exposto).
— Não existe transcendência. Apenas existe um universo físico composto de matéria, energia, tempo e espaço, e tudo é imanente.
Como se vê existe uma doutrina materialista e o Ateísmo, enquanto teórico e não apenas prático, é uma religião, ainda que negativa: a Religião do Nada.
Quanto à diferença entre ateísmo prático e teórico. Ateus, digamos, inofensivos, são aquelas pessoas que apenas descrêem em Deus e na sobrevivência da alma porque, por algum bloqueio mental, não conseguem acreditar. E há também pessoas que até se dizem cristãs mas vivem como se Deus e os valores morais não existissem, o que na prática é viver como materialista.
Mas quando se sistematiza o ateísmo formando uma doutrina teórica passamos a ter o ateísmo militante, que muitas vezes se torna violento e arbitrário (como nos países dominados pelo comunismo), espalhando o ódio às religiões (notadamente o Cristianismo). O ateismo teórico e militante tende a negar aos crentes até mesmo a liberdade de conservarem sua fé, originando-se então toda a sorte de perseguições.
Com certeza, descrer de alguma coisa é um direito de cada um, mas desde que respeite a consciência alheia. Crentes e ateus podem conviver fraternalmente, desde que a intolerância seja descartada.
Quanto ao aspecto formal de religião do ateísmo teórico, parece-me bastante evidente.
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2017.
ATEÍSMO É RELIGIÃO
Miguel Carqueija
A afirmação pode soar estranha a muita gente porém o ateísmo, considerado em seu formato digamos científico, ou seja com método e ordenação de ideias, funciona como uma religião. Ele tem, inclusive, seus dogmas de fé, sendo os principais provavelmente os que seguem:
— Deus não existe.
— Não existem anjos.
— Não existe alma; o homem é apenas corpo.
— Não há vida após a morte.
— Não há finalidade no universo, que se desenvolveu pelo acaso ou determinismo.
— Não houve uma Criação entendendo-se como o ato de um Ser Supremo ou qualquer inteligência. Consequentemente, o universo é estúpido (aqui é dedução minha, mas perfeitamente lógica diante do exposto).
— Não existe transcendência. Apenas existe um universo físico composto de matéria, energia, tempo e espaço, e tudo é imanente.
Como se vê existe uma doutrina materialista e o Ateísmo, enquanto teórico e não apenas prático, é uma religião, ainda que negativa: a Religião do Nada.
Quanto à diferença entre ateísmo prático e teórico. Ateus, digamos, inofensivos, são aquelas pessoas que apenas descrêem em Deus e na sobrevivência da alma porque, por algum bloqueio mental, não conseguem acreditar. E há também pessoas que até se dizem cristãs mas vivem como se Deus e os valores morais não existissem, o que na prática é viver como materialista.
Mas quando se sistematiza o ateísmo formando uma doutrina teórica passamos a ter o ateísmo militante, que muitas vezes se torna violento e arbitrário (como nos países dominados pelo comunismo), espalhando o ódio às religiões (notadamente o Cristianismo). O ateismo teórico e militante tende a negar aos crentes até mesmo a liberdade de conservarem sua fé, originando-se então toda a sorte de perseguições.
Com certeza, descrer de alguma coisa é um direito de cada um, mas desde que respeite a consciência alheia. Crentes e ateus podem conviver fraternalmente, desde que a intolerância seja descartada.
Quanto ao aspecto formal de religião do ateísmo teórico, parece-me bastante evidente.
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2017.