A criatura imita o Criador, recriando a obra criada, do mesmo modo que a fantasia imita a realidade, mas sempre fantasia, nunca realidade. Na verdade, o homem nada cria, apenas recria, utilizando elementos preexistentes para transformar uma coisa em outra. Só Deus é criador. 
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"A clonagem do ser humano é uma tentativa do homem de querer ser Deus? " Comer do fruto da árvore da vida, não seria absorver pelo intelecto? Teria o Senhor colocado um guardião para que o código genético nunca seja plenamente desvendado? Desvendar o código genético não representaria perigo para a vida humana, se o homem não o alterasse, não modificasse o código para satisfazer seus interesses particulares. Como por exemplo, um ser para ser utilizado como objeto dos caprichos humanos, e não vocacionado a ser santo, que é vontade de Deus.
Toda obra das mãos humanas é imperfeita, diante da perfeição do Criador. Se o homem clonar seu semelhante, seria esse novo ser o protótipo de uma raça melhorada ou deformada? Transformaria o homem a espécie humana em uma máquina colocada a seu serviço? Uma máquina tipo operário-escravo? Uma máquina destinada a gerar vidas ou morte? Que ser vivo surgiria se o homem recortasse a estrutura do DNA e “colasse” o material genético em posição diferente da original? Como seria esse novo ser? Seria ele acolhido na comunidade dos humanos? Ou seria rejeitado, marginalizado, excluído e escravizado? Por acaso, Deus permitiria que o homem criado à sua imagem e semelhança fosse transformado em andróide?
“Agora, pois, cuidemos que o homem não estenda sua mão e tome também do fruto da árvore da vida, e o coma, e viva eternamente” (Gn 1,22).

• Na simbologia do barro, Deus quis ensinar-nos que ao adicionou água para modelar o homem usou também os sais minerais nela contidos. Não que Ele necessitasse de elementos preexistente para formar o homem. Um Deus onisciente e todo-poderoso pode criar tudo “do nada”. Ele nos criou do pó, para que não retornemos ao nada, mas ao pó; e deu-nos o sopro de seu Espírito para que não retornemos mais ao pó, mas à morada celeste daquele que é puro espírito. 
 
Adalberto Lima
Enviado por Adalberto Lima em 30/08/2017