O Zoroastrismo
Os arianos, ancestrais dos persas e hindus, já cultuavam um deus que denominavam Ormuz Mazda Ahura ou simplesmente Mazda. Esse mito tem suas raízes no veda-hinduismo e fez parte das crenças babilônicas desde tempos imemoriais com o nome de mazdeísmo.
Oriundo desta crença por volta do ano de 1750 a.C, surge na Pérsia o profeta Zoroastro ou Zarathustra que organizou, codificou e sistematizou o mazdeismo no livro Zend Avesta e a partir daí essa religião passou a ser conhecida como zoroastrismo.
Considerada a primeira religião monoteísta o mazdeismo, agora conhecida como zoroastrismo, prega o livre arbítrio e a vinda de um messias. São vegetarianos, não tem ídolos, templos nem imagens e não oferecem sacrifícios.
Durante a sua longa permanência, como escravos na Babilônia, os judeus conheceram e assimilaram parte desse sistema religioso e, por isso, muitos historiadores dizem que o zoroastrismo influenciou tanto o judaísmo, quanto o cristianismo e o islamismo.
Se houve a influência ou não, o fato é que existe uma notória similaridade teológica entre elas. Para tanto, basta observar que todas se pautam pela crença na imortalidade da alma, ressurreição, paraíso, anjos, diabo, céu, inferno e o juízo final.
Por outro lado, assim como Mitra que é filho de Mazda deu origem a uma nova religião denominada mitraismo, Jesus que é filho de Javé deu origem a uma nova religião denominada cristianismo, e o Maomé que é filho de Alá deu origem ao islamismo.
Mitra cavalga um touro, tem em uma das mãos uma adaga, é considerado o deus sol e o seu dia é festejado no domingo dia sagrado também do cristianismo. Além disso, segundo a lenda, ele nasceu no dia 25 de dezembro data também comemorada como o dia do nascimento de Jesus e de onde a Igreja Católica teria copiado o dia de natal.
A partir do ano 64 d.C o mitraismo começa a se difundir pelo império romano como a seita do sol invictus e se torna a religião de governadores e dos membros da corte.
Originariamente o mitraismo só aceitava homens em suas fileiras, mas a partir de 270 o imperador Aureliano institui o mitraismo como religião oficial de Roma e as mulheres começam a participar das cerimônias.
Na iniciação do mitraismo hermético o neófito é amarrado, vendado e levado até o altar onde lhe é oferecida uma coroa que o candidato deve recusar sob a alegação de que sua coroa é Mitra.
Esse mesmo ritual, que também foi usado pelos essênios e templários, foi incorporado nos rituais iniciáticos maçônicos e é usado até hoje.