Fé sem obras?
FÉ SEM OBRAS?
Miguel Carqueija
Entre alguns cristãos, e falo de alguns dos nossos irmãos protestantes, corre a estranha ideia de que basta apenas a Fé, a Fé somente, sem obras, para se obter a salvação.
Talvez o problema para que algumas pessoas compreendam seja o uso da palavra “obras” que me parece um tanto inadequado. A gente fala em obras e isso passa uma ideia meio grandiosa, tipo construir prédios, templos suntuosos, lançar “best-sellers” contundentes, organizar entidades apostólicas que apareçam na mídia, quando nada disso é necessário para chegar ao Céu, ao Reino de Jesus Cristo.
Podemos a meu ver substituir o temo “obras” por “ações”. E aí veremos que sim, as ações são necessárias, as boas ações. Que adianta ter toda a fé do ponto de vista intelectual e praticar o mal? Pois obras ou ações todo mundo pratica, boas ou más.
Uma boa obra, por exemplo, é aquele gesto clássico dos escoteiros, de ajudar velhinhas a atravessarem ruas. Se um escoteiro, que é uma criança, pode fazer isso, por que não pode fazê-lo um adulto cristão?
Imagine o absurdo que seria se um cristão, diante de uma velhinha que lhe pedisse ajuda para atravessar a rua, lhe desse um pontapé e exclamasse: “Sai pra lá, traste velho! Eu tenho toda a Fé, portanto não preciso praticar boas ações!”
O próprio Cristo nos deu exemplo. Ao salvar a mulher adúltera de ser apedrejada ele praticou uma boa obra quando poderia apenas ter dito a ela para se arrepender dos pecados, deixando que os hipócritas a apedrejassem até a morte. Portanto, não se iludam: a Fé salva, mas as ações não podem ser deixadas de lado. Sem Caridade ninguém se salva.
Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2017.
FÉ SEM OBRAS?
Miguel Carqueija
Entre alguns cristãos, e falo de alguns dos nossos irmãos protestantes, corre a estranha ideia de que basta apenas a Fé, a Fé somente, sem obras, para se obter a salvação.
Talvez o problema para que algumas pessoas compreendam seja o uso da palavra “obras” que me parece um tanto inadequado. A gente fala em obras e isso passa uma ideia meio grandiosa, tipo construir prédios, templos suntuosos, lançar “best-sellers” contundentes, organizar entidades apostólicas que apareçam na mídia, quando nada disso é necessário para chegar ao Céu, ao Reino de Jesus Cristo.
Podemos a meu ver substituir o temo “obras” por “ações”. E aí veremos que sim, as ações são necessárias, as boas ações. Que adianta ter toda a fé do ponto de vista intelectual e praticar o mal? Pois obras ou ações todo mundo pratica, boas ou más.
Uma boa obra, por exemplo, é aquele gesto clássico dos escoteiros, de ajudar velhinhas a atravessarem ruas. Se um escoteiro, que é uma criança, pode fazer isso, por que não pode fazê-lo um adulto cristão?
Imagine o absurdo que seria se um cristão, diante de uma velhinha que lhe pedisse ajuda para atravessar a rua, lhe desse um pontapé e exclamasse: “Sai pra lá, traste velho! Eu tenho toda a Fé, portanto não preciso praticar boas ações!”
O próprio Cristo nos deu exemplo. Ao salvar a mulher adúltera de ser apedrejada ele praticou uma boa obra quando poderia apenas ter dito a ela para se arrepender dos pecados, deixando que os hipócritas a apedrejassem até a morte. Portanto, não se iludam: a Fé salva, mas as ações não podem ser deixadas de lado. Sem Caridade ninguém se salva.
Rio de Janeiro, 20 de agosto de 2017.