VOCÊ ACREDITA EM REENCARNAÇÃO?

VOCÊ ACREDITA EM REENCARNAÇÃO?

Em João, (17:11-12), vemos o seguinte: “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. “E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais para que nascesse cego?” (João, 91-2). “Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem. Então entenderam os discípulos que Jesus lhes falara de João Batista.” (Mateus, 17:11-12).

Em épocas imemoriais, os Vedas, no transcurso da iniciação, apregoavam as leis que presidem os chamados mistérios da imortalidade da alma, da pluralidade das existências e dos mundos, e das comunicações dos chamados mortos. A crença nas vidas sucessivas é compartilhada por mais da metade da população do mundo, embora para algumas igrejas ela continue autêntica heresia. As três passagens dos Evangelhos comprovam que o princípio da reencarnação era ponto pacífico entre os discípulos de Jesus, sendo também apregoado pelo próprio Mestre.

No colóquio com Nicodemos, ficou positivado: “Quem não renascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus”, quem não nascer de novo, não pode, não pode ver o reino de Deus. Na passagem do cego de nascença deduz-se com clareza que, se os apóstolos não partilhassem da crença da reencarnação, não fariam uma pergunta daquela forma: “Quem pecou para que o homem nascesse cego, ele ou seus pais?”. É óbvio que o pecado somente poderia ter sido cometido em vida anterior. Na passagem sobre João Batista, O Mestre deixou bem definido que “o Espírito de Elias estava reencarnado em João Batista”.

O Bramanismo também tinha e tem como base a crença nessa lei. Krishna renovou as doutrinas védicas, ensinando que “o corpo é o envoltório da alma que aí faz a sua morada, sendo uma coisa finita, porém a alma que o habita é invisível, imponderável e eterna”, quando o corpo entra em dissolução, se a pureza é que predomina, a alma voa para as regiões onde habitam esses seres puros, que têm o conhecimento do Altíssimo. Mas se é dominada pela paixão, a alma vem de novo habitar entre aqueles que estão presos às coisas da terra. João Evangelista acrescenta em seu Evangelho que: “Jesus estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Veio como uma luz brilhando nas trevas, mas as trevas não a compreenderam”.

Para o espírita, a reencarnação é a oportunidade dada por Deus para que as pessoas possam se redimir de seus erros, alcançando assim a iluminação. Os críticos do espiritismo dizem, entretanto, que isso é injusto, pois não é certo fazer alguém se redimir de um mal que não sabemos ter cometido. A verdade, entretanto, é que o fato de renascermos sem nos lembrar das vidas passadas é mais um sinal do amor de Deus.

Ajudar alguém que nos é querido é fácil e simples, ajudar aqueles que nos são desconhecidos é mais difícil e requeira amor ao próximo, um dos ensinamentos básicos deixados por Jesus. O mesmo vale para os nossos erros, ou erros dos outros. Fazer duas pessoas que se odiavam em outras vidas nascer na mesma família ou amigos é uma forma simples e humana de mostrar que temos todos algo em comum. O erro passa o amor sempre continua.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-JORNALISTA-MEMBRO DA ACI-DA ALOMERCE-DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE-ESPÍRITA PRATICANTE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 12/07/2017
Reeditado em 01/08/2017
Código do texto: T6052396
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