NAMORO NA COMUNIDADE FILHOS DO CEU
Um dos belos temas de estudos em grupos de jovens é o namoro. Lembro-me que fazíamos pesquisas sobre o assunto para serem debatidos no grupo que se reunia todos os sábados na igreja.
Deixo aqui marcas de minha pesquisa sobre o assunto que tanto nos fascinava na época e agora irá contribuir na educação de meus filhos. Leia e abra o coração para essas adoráveis coisas que acontecem em nossa vida que é o namoro.
“Sabemos que o homem e a mulher foram criados para se completarem. O Pai de amor fez assim na sua bondade e no seu infinito amor. E a necessidade do outro aparece mais clara e definitivamente na adolescência. É neste período da vida humana que a atração para "parceiro" é mais forte.
Entendemos que o namoro é o tempo de se preparar para o casamento; tempo de se sentir, de se conhecer, de se querer; tempo de testar os sentimentos e de decidir-se para o futuro; tempo de adaptação um ao outro; tempo de renuncia de si para ver e sentir o outro; tempo de entendimento mútuo.
Namoro não é pura atração sexual, faz parte como o sexo faz parte do corpo. Mas não é a única coisa. Também não é passatempo, flerte, troca de beijos e carícias. Não dá para trocar de par como se troca de roupa. Namoro é uma corrente de simpatia entre duas pessoas de sexos diferentes e a atração mútua, recíproca. Duas pessoas se encontram, se olham, ainda não se conhecem e já se sentem felizes por estarem juntas. Esta simpatia se aprofundará e amadurecerá no namoro.
Namoro é convivência; depois do primeiro encontro virão muitos outros, os dois não veem a hora de se encontrarem de estarem juntos e esta convivência frequente nem sempre será fácil, haverá encontros alegres e encontros tristes, encontros e desencontros.
Namoro é conhecimento mútuo, conhecimento das qualidades e defeitos. Eles descobrem os ideais comuns, colocam as bases de uma compreensão e de uma harmonia de sentimentos. O namoro ajuda os dois a se observarem e conhecerem melhor. Deverá desfazer as ilusões do "amor a primeira vista" e construir um amor sincero, sólido e dedicado.
O namoro atravessa, no decorrer dos anos, um caminho obscurecido pelo surgimento e fortalecimento de novos costumes.
Atualmente, aceita-se um relacionamento mais liberal, no qual o casal pode se aprofundar na intimidade física e experimentá-la ainda antes do casamento. No entanto, temos outra opção: a castidade. Essa é a luz que o Senhor nos deu para controlar nossa inclinação aos prazeres carnais. Tal virtude moral é capaz de proporcionar um relacionamento saudável, íntegro e, portanto, dentro daquilo que Deus deseja para nós. Logo, há diversas razões para cultivar a castidade.
A abstinência sexual permite que o casal se concentre no conhecimento mútuo, em compartilhar alegrias e tristezas, pontos de vista e experiências. Assim, são criados laços de amizade e, por consequência, o diálogo.
Não conhecer o outro profundamente pode levar ao desencantamento, ao desinteresse e até à procura de pessoas que possam trazer maior satisfação. Além disso, a busca pelo ato sexual, ou simplesmente por carícias, pode ofuscar gradativamente outras formas de comunicação entre os namorados, inviabilizando o desenvolvimento da relação.
Um aspecto afirmado por alguns jovens é o de que as relações sexuais podem prolongar um relacionamento que se tornou indesejável ao longo do tempo. A castidade facilita o rompimento de um vínculo afetivo, pois não houve demasiada intimidade física.
O fato de ser casto evita confusões, sentimentos de culpa e estresse, além do arrependimento por ter feito algo que não deveria.
Muitos são e/ou serão zombados por causa dessa escolha difícil. Poderão ser caracterizados como frouxos, frágeis; no entanto, como Felipe Aquino escreveu em seu livro ‘Namoro’, “a grandeza de um homem não se mede pelo poder que possui de dominar os outros, mas pela capacidade de dominar a si mesmo”.
Mahatma Ghandi, um célebre indiano, dizia: “A castidade não é uma cultura de estufa. Ela é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”.
“A abstinência sexual permite que o casal se concentre no conhecimento mútuo”. Um ponto crucial do namoro é aprender a amar. Mas como uma pessoa pode amar se não tem posse de si mesma? Por isso, o domínio de si é fundamental para alguém ser capaz de doar-se aos outros.
A castidade, portanto, não é uma privação, é uma doação, uma expressão nobre do amor. Para praticá-la, “vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41). Logicamente, é necessário evitar também situações oportunas, além de frequentar a comunhão e a confissão.
A Igreja Católica deixa clara a sua posição sobre o sexo antes do casamento: esse ato é o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação. Portanto, somos convidados a viver a castidade. Somos livres, porque podemos fazer a melhor escolha.
Reflita e opte por aquilo que você deseja para sua vida.