FREQUENCIA A EUCARISTIA NA COMUNIDADE FILHOS DO CEU
C) Frequência na Eucaristia:
A celebração eucarística é o momento mais profundo e intenso de encontro e celebração de Jesus ressuscitado. Toda vez que o consagrado participa da eucaristia, torna-se sempre mais apaixonado por Jesus.
A EUCARISTIA
Em minhas pesquisas, curioso como sou, senti a necessidade de ter algo que falasse da Eucaristia, também para que os Consagrados da
Comunidade de Oração e Vida Sagrada Família, pudessem cada vez mais amar Jesus Eucarístico.
Como sou cristão, católico e amo Jesus e sou apaixonado por Ele e ainda por ser Ministro da Eucaristia, me senti obrigado a pesquisar e escrever sobre aquele que adoro e amo.
“ Primeiramente analisando a palavra "Eucaristia" que provém de duas palavras gregas "eu-cháris": "ação de graça", e designa a presença real e substancial de Jesus Cristo sob as aparências de pão e vinho.
" Isto é o meu corpo ", disse Jesus na ultima ceia. Aprendemos que na Eucaristia não se contém apenas pão e vinho, pois o texto do Evangelho é claro demais.
Em São João, vemos que os termos de que Jesus Cristo se serviu, falando a primeira vez deste grande sacramento: " Eu sou o pão da vida; vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo, que desci do céu. Se alguém comer deste pão, viverá eternamente, e o pão que eu darei é a minha carne, para a vida do mundo " (Jo 6, 48-52).
Estas palavras são muito claras. Que quer dizer isso:
" Eu sou o pão vivo - o pão que eu darei é a minha carne ".
É ou não é a carne de Cristo?
É ou não é Cristo que será o pão que deve ser comido?
Será que Deus não saberia se expressar direito se desejasse fazer uma simples alegoria?
E não é só isso! Nosso Senhor continua, cada vez mais positivo e mais claro: " Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. O que comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna. Porque a minha carne é verdadeiramente comida, e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue, fica em mim e eu nele. O que me come... viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu... O que come este pão, viverá eternamente!" (Jo 6, 54 - 59).
Eis um trecho claríssimo, que não deixa margem a dúvidas. Nosso Senhor afirma categoricamente: " ... minha carne é verdadeiramente comida ". É impossível negar algo tão claro: a carne de Cristo, dada aos homens para remissão dos pecados, é para ser comida; e quem comer desta carne " viverá eternamente ".
Jesus afirma, repete, reafirma, e explica que o pão que ele vai dar é o " seu próprio corpo " - que seu corpo é uma " comida " - que seu sangue é uma " bebida " - que é um pão celeste que dá a vida eterna. E tudo isso é positivo, repetido mais de 50 vezes, sem deixar subsistir a mais leve hesitação. Jesus não diz que é um sinal ele fala claramente, ou você crê em Jesus ou não terá parte com Ele.
Ao negar a presença eucarística, o descrente nega as palavras de Cristo.
Jesus diz: " Este é o meu corpo ".
Jesus afirma: " Minha carne é verdadeiramente comida ".
Jesus completa: " O que me come... viverá por mim .".
Jesus repete a afirmação: " O que come a minha carne, fica em mim ". Leia João seis, um a sessenta e oito (Jo 6,1 - 68). É como se afirmasse: quem não desejar aceitar a verdade, que se retire com os outros! A verdade é essa e não muda. Se creres terás parte comigo. São Pedro responde com fé: " Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens as palavras de vida eterna. E nós cremos e conhecemos que tu és Cristo, o Filho de Deus " (Jo 6, 67-70).
É a cena da promessa da eucaristia, que ia sendo preparada por Nosso Senhor em seus Apóstolos, que acreditavam e amavam mesmo sem entender!
Examinemos a instituição da Eucaristia.
O dia escolhido é a véspera da morte do Messias. Em meio das ternuras lacerantes do adeus, neste momento onde, deixando aqueles que se amam, fala-se com mais coração e com mais firmeza, porque, estando para morrer, não se estará mais para explicar ou interpretar as próprias palavras. Neste momento, pois, num festim preparado com solenidade (Lc 22, 12), impacientemente desejado (Lc 22, 15), eis que se passa:
" Quando estavam ceando, Jesus tomou o pão, benzeu-o e partiu-o, e deu-o a seus discípulos, dizendo: Tomai e comei, isto é o meu corpo, que é dado por vós - Fazei isto em memória de mim " (Lc 22, 19).
" E tomando o cálice, deu graças, e o deu a eles, dizendo: Bebei deste todos, porque isto é o meu sangue do novo testamento, que será derramado por muitos, para a remissão do pecado " (Mt 26, 27-28)
O original grego é mais forte ainda: " Isto é o meu corpo, meu próprio corpo, o mesmo que é dado por vós - Isto é meu sangue, meu próprio sangue da nova aliança, o sangue derramado por vós em remissão dos pecados ".
E no texto siríaco, tão antigo como o grego, feito no tempo dos Apóstolos, diz-se: O que se nos dá " é o próprio corpo de Jesus, seu próprio sangue ".
Não há outro sentido possível nesses textos. É a presença real afirmada, pelo Messias, Redentor nosso, que derramou seu sangue na Cruz por nossos pecados.
Que precisão nas palavras e que autoridade! Quanto poder nestas palavras. " Isso é meu corpo! " E esse é o corpo do Cristo. O corpo que cura, que liberta, que sara.
São Paulo, na sua epístola aos Coríntios (11, 23 - 30):
" Eu recebi do Senhor... que, na noite em que foi traído, tomou o pão. E tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Esta é a nova aliança no meu sangue, fazei isto, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. Portanto, qualquer que comer este pão ou beber o cálice indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo... Porque o que come e bebe indignamente, como e bebe para si mesmo sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem (o sono da morte) " (I Cor 11, 23 - 30).
São Paulo diz," Quem comer este pão ... indignamente, será culpado do corpo do Senhor " ( 1 Cor 11, 27 ) - e ainda no mesmo sentido: " O que come indignamente, come a sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor " (1 Cor 11, 29).
Ou seja, São Paulo afirma que, comungando indignamente, somos culpados do corpo de Jesus Cristo. Ora, como é que alguém pode ser culpado do corpo de Cristo se este corpo não estiver no pão que come?
Comer um pedaço de trigo, sem devoção e com a alma manchada, pode ser um crime, o qual a vítima " come sua própria condenação "? É ridículo!
O que São Paulo afirma acaba condenando aquele que não acredita: É culpado do corpo do Senhor e come sua própria condenação, quem não discerne o corpo de Cristo de um vulgar pedaço de pão, e come este pão indignamente.”
Esta é uma verdade irrefutável da Eucaristia.
O MILAGRE EUCARÍSTICO DE LANCIANO
Ouvia falar do milagre de Lanciano e desejei conhece-lo. Saí para pesquisar e veja que riqueza encontrei vasculhando textos e livros católicos que falam da nossa Igreja.
"Eu sou o pão da vida.( o pão da vida é a carne de Cristo). Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer. Eu sou o pão vivo que desci do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. e o pão, que Eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo" (Jo6,48-58).
O Senhor por meio de um tal milagre, vem, verdadeiramente, em socorro de nossa incredulidade. Por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano (antigamente Anciano), viviam no mosteiro de São Legoziano, os monges de São Basílio e entre eles havia um cuja fé parecia vacilante e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a Hóstia consagrada fosse o verdadeiro corpo de Cristo e o vinho, seu verdadeiro sangue.
Certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca, atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da consagração, ele viu a Hóstia converter-se em carne viva e o vinho em sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor diante de tão espantoso Milagre.
A Hóstia-carne apresentava, como ainda hoje se pode observar uma coloração ligeiramente escura, tornando-se rósea se iluminada pelo lado oposto e tinha uma aparência fibrosa; o sangue era de cor terrosa, coagulado em cinco fragmentos de forma e tamanhos diferentes.
O milagre aconteceu por volta do século VII e o protagonista do Milagre foi um monge basiliano que estava celebrando a Missa em rito Latino.
O Milagre Eucarístico permanece, durante os cinco séculos que esteve custodiado pelos monges basilianos e depois pelos beneditos estava exposto num precioso relicário de marfim sobre um altar lateral da Igreja.
A partir de 1713 até hoje, a carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o sangue, num cálice de cristal.
O reconhecimento eclesiástico do Milagre, deu-se a partir de 1574, veio juntar-se o pronunciamento da Ciência Moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.
Foi em novembro de 1970, que os frades menores conventuais, sob cuja guarda se mantém a igreja do Milagre (desde 1252 chamada de São Francisco) decidiram, devidamente autorizados, confiar a dois médicos de renome profissional e idoneidade moral, a análise científica das relíquias. Para tanto, convidaram o Doutor Odoardo Linoli, chefe de serviço dos hospitais reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia patológica e de Química e Microscopia Clínica, para, assessorado pelo professor Ruggero Bertelli, Professor emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder aos exames.
Após alguns meses de trabalho exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises:
A carne é verdadeira carne.
O sangue é verdadeiro sangue.
A carne do tecido muscular do coração ( miocárdio, endocárdio e nervo vago).
A carne e o sangue são do mesmo tipo sanguíneo (AB) ( o mesmo tipo de sangue analisado no Sudário) e pertencem à espécie humana.
Fato extraordinário: Trata-se de carne e sangue de uma Pessoa VIVA, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado naquele mesmo dia de um ser vivo.
A conservação da carne e do sangue deixados em estado natural durante 12 séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.
Vários estudos já haviam sido realizados ao longo dos tempos. Nos tempos mais modernos devem destacar-se o seguinte:
O milagre de Lanciano (e todos os outros numerosos milagres eucarísticos) confirma clarissimamente a Revelação sobre a Eucaristia como a entendem os Católicos. São rejeitadas, não combinam de maneira nenhuma com o Milagre de Lanciano, as diversas interpretações protestantes e cismáticas e enquanto divergentes da Igreja Católica:
Na Eucaristia, está realmente presente Jesus Cristo sob as aparências de pão e vinho (transubstanciação). Não se trata somente de "presença" pela graça significada pelo sacramento, nem se trata de um ato meramente de comemoração simbólica como afirmam os protestantes.
E Jesus Cristo permanece nas Hóstias consagradas conservadas nos sacrários.(não presença só durante o momento da comunhão como interpretam os protestantes
O milagre de Lanciano aconteceu precisamente no momento da Consagração. Assim consta de todos os documentos antigos. Esse é portanto, o momento da Transubstanciação
O Milagre Eucarístico de Lanciano é categórico e decisivo. A ciência, com técnicas e meios excepcionais e precisos, fornece a certeza do Milagre.
Em virtude disto a Igreja celebra o Corpus Cristi (O Corpo de Cristo).