EVANGELHO E ESPIRITISMO - Espiritismo e sincretismo religioso - Panorama histórico
I - APRESENTAÇÃO
Segundo o professor Herculano Pires, os espíritas têm uma dívida moral e espiritual para com as religiões negras e mestiças, pois suas práticas, arejando o asfixiante clima religioso de então, romperam as barreiras católicas e abriram a brecha necessária para a penetração do Espiritismo.
II - PONTOS PRELIMINARES
Questões de abertura
O que é o centro espírita
Espiritismo e magia
III - POVOS SUBMETIDOS E O PROCESSO DE SINCRETIZAÇÃO
O tratamento desumano aos povos escravizados
Reprodução: Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes
Reprodução: DEBRET, Jean Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Fonte: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br
CASTRO ALVES, Marchemos. In Parnaso de Além Túmulo - F. C. Xavier
PARA BOM ENTENDIMENTO DESSE PONTO, LER E MEDITAR SOBRE ESTE ESTUDO:
Mapa Mental - Visão esquemática do Sincretismo Religioso no Brasil
O mapa mental acima, que pode ser visto aqui, foi baseado em:
- DEOLINDO AMORIM/Africanismo e Espiritismo – 1949
- HERCULANO PIRES/Raízes africanas – In O CENTRO ESPÍRITA – 1980
- REGIS DE MORAIS/Evolução da cultura brasileira e o Espiritismo – In O SEGUNDO ENSINAMENTO – ESTUDOS ESPÍRITAS, 2014.
Abaixo, vão alguns recortes modificados do mapa mental referido.
Processos sincréticos já ocorriam no continente Africano
Pesquisas históricas (Thornton, 1988) demonstram a antiga penetração de práticas do cristianismo europeu no continente africano, a partir da presença de missionários portugueses desde meados do século XV, principalmente no Congo, em Angola, em Gâmbia, em Serra Leoa, na Guiné, na Nigéria (Warri), no Benin (Aliada), em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. Segundo Thornton, desde muito cedo, práticas cristãs foram misturadas com práticas das religiões africanas.
Em diversas regiões, entidades ou nomes de deuses africanos foram traduzidos como cristãos. Numerosos escravos provenientes do Congo e Angola chegavam batizados e cristianizados, devido à influência da presença portuguesa e de missionários católicos nestas regiões, junto com missionários espanhóis e italianos.
Os missionários eram auxiliados por catequistas nativos que conheciam diversas línguas faladas por diferentes etnias. Em 1624 já havia catecismos compostos nas línguas Kimbundo e Kikongo, de Angola, por missionários portugueses e publicados na Europa e nas Américas.
O que é
Para compreensão dos tópicos seguintes deste estudo, é importante saber que o que é:
- Crença: Conjunto de ideias religiosas compartilhadas por muitas pessoas; fé religiosa; convicção, credo.
- Credo: Profissão de fé; convicção, crença, fé.
- Culto: Forma pela qual se presta homenagem à divindade
- Magia: 1 Ciência, arte ou prática baseada na crença de que é possível, por intervenção de entes sobrenaturais e fantásticos, produzir efeitos inexplicáveis, especiais, irracionais e sobrenaturais, através de fórmulas mágicas e rituais ocultos.
CABULA: REL Seita afro-brasileira, surgida na Bahia no final do século XIX, resultado da fusão de elementos bantos, malês e espíritas, de que, possivelmente, se originou a umbanda.
FETICHE – Francês – Fétiche – 1. Objeto ao qual se atribui poder mágico ou sobrenatural e a que se presta culto.. 2. Qualquer objeto, geralmente peças do vestuário, ou parte do corpo que se acredita apresentar qualidades mágicas ou eróticas. (Dic. Eletrônico Michaelis)
Entende-se por fetichismo, segundo a etimologia, o culto dos fétiches, isto é, a crença no poder de objetos naturais ou artificiais. Mas a palavra feitiço é empregada, entre nós, na acepção vulgar de fazer mal a alguém por meio de objetos de uso, peças de vestuário, pratos de comida etc. A força do uso chegou a criar o verbo enfeitiçar, significando justamente transmitir influências maléficas, impregnar alguém de feitiço. (D. Amorim)
Na Bahia, dizia-se também URUCUBACA (estar com azar, ou sob influências ruins), como sinônimo de FEITIÇO.
No Rio, dizia-se ir à macumba para descarregar o peso, o que está implícito nesta expressão de gíria é o mesmo que tirar a urucubaca, conforme os costumes baianos. São ditos, como se vê, equivalentes. (D. Amorim)
Hoje se diz MACUMBA, FEITIÇARIA no sentido de malefício.
FEITIÇO - 1 OCULT Ação e resultado de enfeitiçar: É um namoro, uma paixão, como a senhora não imagina… A mãe diz que é feitiço [M. de Assis, M. P. Brás Cubras] . 2 OCULT Conjunto de conhecimentos e técnicas que se usam para enfeitiçar: Eu quero que você me dê um feitiço para prender meu homem! [A. Azevedo, O Cortiço]. 3 OCULT Objeto a que se atribuem qualidades sobrenaturais. 4 FIG Encanto irresistível; fascinação, fascínio, magnetismo: Ele tem um feitiço que mexe com as mulheres. (Dic. Eletrônico Michaelis)
- Questões de abertura
- Liberdade de pensar e escolher
- O conceito de espírita, segundo Allan Kardec
- O que de fato é ser espírita
- O que é o centro espírita
- Como repelir os maus espíritos
- Espiritismo e magia
- Liberdade de pensar e escolher
- O conceito de espírita, segundo Allan Kardec
- O que de fato é ser espírita
- O que é o centro espírita
- Como repelir os maus espíritos
- Espiritismo e magia
- O tratamento desumano aos povos escravizados
- Preconceitos
- Visão esquemática do Sincretismo Religioso no Brasil - Linha do tempo
- Preconceitos
- Visão esquemática do Sincretismo Religioso no Brasil - Linha do tempo
- Processos sincréticos já ocorriam no continente Africano
- Vista geral do sincretismo religioso na África e no Brasil
- Momentos de acomodação e assimilação do processo sincrético
- Fases do processo sincrético ocorridas no Brasil
- Cultura religiosa no Segundo Reinado
- Surgimento do Espiritismo no Brasil
- O sincretismo religioso preparou os caminhos do Espiritismo
- Vista geral do sincretismo religioso na África e no Brasil
- Momentos de acomodação e assimilação do processo sincrético
- Fases do processo sincrético ocorridas no Brasil
- Cultura religiosa no Segundo Reinado
- Surgimento do Espiritismo no Brasil
- O sincretismo religioso preparou os caminhos do Espiritismo
- O que é
- As religiões do sincretismo afro-brasileiro
- Três momentos marcantes do sincretismo no Brasil
- Autores
- O que é sincretismo
- O que é sincretismo afro-brasileiro
- Cerimônias de origens indígenas e africanas
- O que é Umbanda
- O que é Quimbanda
- O que é Candomblé
- Diferenças entre Espiritismo, Umbanda e Candomblé
- Três momentos marcantes do sincretismo no Brasil
- Autores
- O que é sincretismo
- O que é sincretismo afro-brasileiro
- Cerimônias de origens indígenas e africanas
- O que é Umbanda
- O que é Quimbanda
- O que é Candomblé
- Diferenças entre Espiritismo, Umbanda e Candomblé
- A Princesa Isabel e o Espiritismo
- Primeiro texto espírita no Brasil
- Primeiro centro espírita do Brasil
- Primeiras traduções das obras de Allan Kardec
- Fundação da Federação Espírita Brasileira (FEB)
- Primeiro texto espírita no Brasil
- Primeiro centro espírita do Brasil
- Primeiras traduções das obras de Allan Kardec
- Fundação da Federação Espírita Brasileira (FEB)
I - APRESENTAÇÃO
Segundo o professor Herculano Pires, os espíritas têm uma dívida moral e espiritual para com as religiões negras e mestiças, pois suas práticas, arejando o asfixiante clima religioso de então, romperam as barreiras católicas e abriram a brecha necessária para a penetração do Espiritismo.
Trata este estudo das relações históricas e doutrinárias entre o Espiritismo — doutrina dos Espíritos Superiores, ditada a Allan Kardec, em meados do Século XIX, na França — e o Sincretismo religioso afro-brasileiro — processo histórico de amalgamação de elementos mitológicos, culturais e religiosos, de povos africanos, indígenas brasileiros e portugueses católicos, e, posteriormente, de práticas do Espiritismo e de elementos oriundos de doutrinas orientais.
Esse processo teve início na África, em tempos anteriores aos anos 1500. Transplantado para o Brasil em meados do Século XVI, até meados do Século XIX foi longamente fecundado pela mitologia e costumes indígenas, e bem assim pelo religiosismo católico dos portugueses. No final do Século XIX, recebeu contribuições do Espiritismo, depois, no final do Século XIX e início do Século XX, sofreu influências de doutrinas esotéricas, redundando nas chamadas religiões do sincretismo afro-brasileiro, como são denominadas em âmbito de estudos acadêmicos da antropologia.
A seguir, damos um panorama histórico desse processo e adicionamos informações básicas sobre o Espiritismo e as principais religiões afro-brasileiras.
Ao final, mencionamos alguns fatos ocorridos nos primórdios do surgimento do Espiritismo no Brasil, na Bahia e na Capital Federal (Rio de Janeiro).
Esse processo teve início na África, em tempos anteriores aos anos 1500. Transplantado para o Brasil em meados do Século XVI, até meados do Século XIX foi longamente fecundado pela mitologia e costumes indígenas, e bem assim pelo religiosismo católico dos portugueses. No final do Século XIX, recebeu contribuições do Espiritismo, depois, no final do Século XIX e início do Século XX, sofreu influências de doutrinas esotéricas, redundando nas chamadas religiões do sincretismo afro-brasileiro, como são denominadas em âmbito de estudos acadêmicos da antropologia.
A seguir, damos um panorama histórico desse processo e adicionamos informações básicas sobre o Espiritismo e as principais religiões afro-brasileiras.
Ao final, mencionamos alguns fatos ocorridos nos primórdios do surgimento do Espiritismo no Brasil, na Bahia e na Capital Federal (Rio de Janeiro).
II - PONTOS PRELIMINARES
De início, vão algumas informações e conceitos, que visam a precisar aspectos doutrinários do Espiritismo, à vista do tema que vamos estudar.
Questões de abertura
Abaixo vão algumas questões a serem propostas ao público, no início da palestra, para despertar o interesse pela exposição e preparar o ambiente de estudos:
O que de fato é ser espírita
O que é o centro espírita
1. Casa ou sociedade espírita.
2. Local de reunião dos espíritas, para orar e praticar a Doutrina dos Espíritos.
3. Sociedade civil legalmente constituída, com a finalidade de praticar o Espiritismo.
4. Denominação dada às instituições que se prestam ao estudo e à prática do espiritismo em sua forma clássica, ou seja, a linha de estudo baseada nos postulados Kardequianos.
A denominação centro espírita é também utilizada por algumas religiões ou seitas espiritualistas que praticam o mediunismo, mas não são espíritas. Autores há, no entanto, que sustentam que melhor lhes assentaria, em face de suas origens, expressões utilizadas pela maioria das instituições com raízes no sincretismo afro-brasileiro, quais sejam: templo, terreiro, tenda ou cabana.
Como repelir os maus espíritos2. Local de reunião dos espíritas, para orar e praticar a Doutrina dos Espíritos.
3. Sociedade civil legalmente constituída, com a finalidade de praticar o Espiritismo.
4. Denominação dada às instituições que se prestam ao estudo e à prática do espiritismo em sua forma clássica, ou seja, a linha de estudo baseada nos postulados Kardequianos.
A denominação centro espírita é também utilizada por algumas religiões ou seitas espiritualistas que praticam o mediunismo, mas não são espíritas. Autores há, no entanto, que sustentam que melhor lhes assentaria, em face de suas origens, expressões utilizadas pela maioria das instituições com raízes no sincretismo afro-brasileiro, quais sejam: templo, terreiro, tenda ou cabana.
Espiritismo e magia
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
CASTRO ALVES, Navio Negreiro
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
CASTRO ALVES, Navio Negreiro
O tratamento desumano aos povos escravizados
Reprodução: Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes
Reprodução: DEBRET, Jean Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Fonte: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br
Dos algozes, dos tiranos,
Anjos puríssimos faz,
Transmutando os Neros rudes
Em arautos de virtudes,
Em mensageiros paz.
Anjos puríssimos faz,
Transmutando os Neros rudes
Em arautos de virtudes,
Em mensageiros paz.
CASTRO ALVES, Marchemos. In Parnaso de Além Túmulo - F. C. Xavier
PARA BOM ENTENDIMENTO DESSE PONTO, LER E MEDITAR SOBRE ESTE ESTUDO:
A Lei de Causa e Efeito na Codificação Espírita - aqui
Mapa Mental - Visão esquemática do Sincretismo Religioso no Brasil
O mapa mental acima, que pode ser visto aqui, foi baseado em:
- DEOLINDO AMORIM/Africanismo e Espiritismo – 1949
- HERCULANO PIRES/Raízes africanas – In O CENTRO ESPÍRITA – 1980
- REGIS DE MORAIS/Evolução da cultura brasileira e o Espiritismo – In O SEGUNDO ENSINAMENTO – ESTUDOS ESPÍRITAS, 2014.
Abaixo, vão alguns recortes modificados do mapa mental referido.
Processos sincréticos já ocorriam no continente Africano
Pesquisas históricas (Thornton, 1988) demonstram a antiga penetração de práticas do cristianismo europeu no continente africano, a partir da presença de missionários portugueses desde meados do século XV, principalmente no Congo, em Angola, em Gâmbia, em Serra Leoa, na Guiné, na Nigéria (Warri), no Benin (Aliada), em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. Segundo Thornton, desde muito cedo, práticas cristãs foram misturadas com práticas das religiões africanas.
Em diversas regiões, entidades ou nomes de deuses africanos foram traduzidos como cristãos. Numerosos escravos provenientes do Congo e Angola chegavam batizados e cristianizados, devido à influência da presença portuguesa e de missionários católicos nestas regiões, junto com missionários espanhóis e italianos.
Os missionários eram auxiliados por catequistas nativos que conheciam diversas línguas faladas por diferentes etnias. Em 1624 já havia catecismos compostos nas línguas Kimbundo e Kikongo, de Angola, por missionários portugueses e publicados na Europa e nas Américas.
THORNTON, J. K. On the trail of Voodoo: African Christianity in Africa and
the Americas. Américas, v. 44, n. 3, p. 261-278, 1988.
APUD SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO E RESISTÊNCIA CULTURAL - Sérgio Figueiredo Ferretti.
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the Americas. Américas, v. 44, n. 3, p. 261-278, 1988.
APUD SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO E RESISTÊNCIA CULTURAL - Sérgio Figueiredo Ferretti.
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O que é
Para compreensão dos tópicos seguintes deste estudo, é importante saber que o que é:
- Crença: Conjunto de ideias religiosas compartilhadas por muitas pessoas; fé religiosa; convicção, credo.
- Credo: Profissão de fé; convicção, crença, fé.
- Culto: Forma pela qual se presta homenagem à divindade
- Magia: 1 Ciência, arte ou prática baseada na crença de que é possível, por intervenção de entes sobrenaturais e fantásticos, produzir efeitos inexplicáveis, especiais, irracionais e sobrenaturais, através de fórmulas mágicas e rituais ocultos.
2 POR EXT Qualquer prática que emprega poderes mágicos, extraordinários e sobrenaturais.
- Religião: 1. Do latim religionis = religião, com sentido próprio, culto prestado aos deuses; prática religiosa
2. Crença na existência de forças ou entidades sobre-humanas responsáveis pela criação, ordenação e sustentação do universo.
- Seita: Grupo dentro de uma comunhão religiosa principal, cujos aderentes seguem certos ensinamentos ou práticas particulares.
- Doutrina: Conjunto de dogmas e princípios que fundamentam um sistema ideológico, filosófico, político, religioso etc.
- Cerimônia: Conjunto de atos formais e solenes, de caráter profano ou religioso
- Rito: regras e cerimônias que devem ser cumpridas em uma religião
- Ritual: Conjunto de ritos de uma religião ou de uma igreja.
- Liturgia: Conjunto de práticas e elementos religiosos instituídos por uma igreja para se prestar culto a Deus.
2. Crença na existência de forças ou entidades sobre-humanas responsáveis pela criação, ordenação e sustentação do universo.
- Seita: Grupo dentro de uma comunhão religiosa principal, cujos aderentes seguem certos ensinamentos ou práticas particulares.
- Doutrina: Conjunto de dogmas e princípios que fundamentam um sistema ideológico, filosófico, político, religioso etc.
- Cerimônia: Conjunto de atos formais e solenes, de caráter profano ou religioso
- Rito: regras e cerimônias que devem ser cumpridas em uma religião
- Ritual: Conjunto de ritos de uma religião ou de uma igreja.
- Liturgia: Conjunto de práticas e elementos religiosos instituídos por uma igreja para se prestar culto a Deus.
V - TÓPICOS DE SINCRETISMO RELIGIOSO NO BRASIL
As religiões do sincretismo afro-brasileiro
As religiões do sincretismo afro-brasileiro formaram-se em diferentes áreas do Brasil, com diferentes ritos e nomes locais derivados de tradições africanas diversas: candomblé na Bahia, xangô em Pernambuco e Alagoas, tambor de mina no Maranhão e Pará, batuque no Rio Grande do Sul, macumba no Rio de Janeiro.
Segundo Prandi, citado acima, podemos estudar o sincretismo religioso afro-brasileiro examinando-o em três momentos marcantes:
PRIMEIRO, o da sincretização com o catolicismo, durante a formação das modalidades tradicionais conhecidas como candomblé, xangô, tambor de mina e batuque
SEGUNDO, o do branqueamento, na formação da umbanda nos anos 20 e 30; e
REPENSANDO O SINCRETISMO – Sérgio Figueiredo Ferretti –
São Paulo : EDUSP – São Luís : FAPEMA, 1995
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O Dic. Eletrônico Michaelis informa ainda o seguinte:
As religiões do sincretismo afro-brasileiro formaram-se em diferentes áreas do Brasil, com diferentes ritos e nomes locais derivados de tradições africanas diversas: candomblé na Bahia, xangô em Pernambuco e Alagoas, tambor de mina no Maranhão e Pará, batuque no Rio Grande do Sul, macumba no Rio de Janeiro.
Reginaldo Prandi,
REFERÊNCIAS SOCIAIS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS:
SINCRETISMO, BRANQUEAMENTO, AFRICANIZAÇÃO
Cândido P. F. de Camargo [Org.] In Católicos, Protestantes, Espíritas, Editora Vozes, 1973
REFERÊNCIAS SOCIAIS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS:
SINCRETISMO, BRANQUEAMENTO, AFRICANIZAÇÃO
O Espiritismo Kardecista e a Umbanda são formas religiosas de conteúdo cultural e formação histórica totalmente diferentes.
O sincretismo umbandista reúne elementos das religiões africanas e traços religiosos indígenas, católicos e kardecistas.
O sincretismo umbandista reúne elementos das religiões africanas e traços religiosos indígenas, católicos e kardecistas.
Cândido P. F. de Camargo [Org.] In Católicos, Protestantes, Espíritas, Editora Vozes, 1973
Segundo Prandi, citado acima, podemos estudar o sincretismo religioso afro-brasileiro examinando-o em três momentos marcantes:
PRIMEIRO, o da sincretização com o catolicismo, durante a formação das modalidades tradicionais conhecidas como candomblé, xangô, tambor de mina e batuque
SEGUNDO, o do branqueamento, na formação da umbanda nos anos 20 e 30; e
TERCEIRO, da africanização, na transformação do candomblé em religião universal, isto é, aberta a todos, sem barreiras de cor ou origem racial, africanização que implica negação do sincretismo, a partir dos anos 60.
Autores
Para o professor e pesquisador Sérgio Ferretti, o campo de conhecimentos afro-brasileiros tem como fundador o médico e pesquisador baiano Nina Rodrigues, da escola evolucionista, cujas obras datam da década de 1930. Não obstante essa linha de estudos esteja hoje em parte superada, os estudos e as pesquisas realizadas por Nina Rodrigues são clássicos indispensáveis ao estudo do tema.
Em seguida, nos anos 1940, vem um discípulo de Rodrigues, Artur Ramos, também médico e nordestino como seu antecessor, que adotou o culturalismo. Nas décadas seguintes, surgem autores importantes como Gonçaves Fernandes e Wanderlei Valente.
Outros autores necessários ao estudo desse tema são: Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala), Mário de Andrade (Macunaíma e estudos sobre o folclore brasileiro) e o francês Roger Bastide, que foi professor da USP/SP, pesquisador e autor de inúmeras obras no campo dos estudos afro-brasileiros.
Acrescente-se, também, os estudos de Cândido Procópio Ferreira de Camargo e Reginaldo Prandi.
Para o professor e pesquisador Sérgio Ferretti, o campo de conhecimentos afro-brasileiros tem como fundador o médico e pesquisador baiano Nina Rodrigues, da escola evolucionista, cujas obras datam da década de 1930. Não obstante essa linha de estudos esteja hoje em parte superada, os estudos e as pesquisas realizadas por Nina Rodrigues são clássicos indispensáveis ao estudo do tema.
Em seguida, nos anos 1940, vem um discípulo de Rodrigues, Artur Ramos, também médico e nordestino como seu antecessor, que adotou o culturalismo. Nas décadas seguintes, surgem autores importantes como Gonçaves Fernandes e Wanderlei Valente.
Outros autores necessários ao estudo desse tema são: Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala), Mário de Andrade (Macunaíma e estudos sobre o folclore brasileiro) e o francês Roger Bastide, que foi professor da USP/SP, pesquisador e autor de inúmeras obras no campo dos estudos afro-brasileiros.
Acrescente-se, também, os estudos de Cândido Procópio Ferreira de Camargo e Reginaldo Prandi.
REPENSANDO O SINCRETISMO – Sérgio Figueiredo Ferretti –
São Paulo : EDUSP – São Luís : FAPEMA, 1995
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Cerimônias de origens indígenas e africanas
- CAXAMBU: 1 Dança afro-brasileira realizada ao som de instrumento do mesmo nome e de cuícas; cacumbu.
2 Atabaque grande usado na dança do mesmo nome, no jongo e no moçambique; bendenguê.
- BATUQUE: REG (MA, PA), REL, COLOQ 1 Designação dada a cultos afro-brasileiros, ou a cerimônias rituais desses cultos, acompanhadas de instrumentos de percussão. 2 Variante do babaçuê que funde características jejês-nagôs com divindades dos candomblés de caboclo, do catimbó, da pajelança e da umbanda.
- TAMBOR DE MINA: a) culto de origem africana, com forte sincretismo religioso, que se inicia com reza de ladainhas e segue com danças e canto, acompanhados por diferentes toques de tambor que, segundo seus seguidores, estabelecem comunicação com as entidades espirituais; b) local onde são realizados os cultos.
- XANGÔ: a) Culto afro-brasileiro, inspirado na liturgia nagô, praticado por diversos grupos étnicos do N.E., como Pernambuco e Alagoas. b)
- PAJELANÇA: REG (AM, PA)1 ETNOL Conjunto de rituais de cura e magia feito por pajé indígena.
2 Cerimônia ritual que envolve sincretismo de cultos e religiões, durante a qual há cantos e danças, com finalidade de cura, vaticinação de acontecimentos futuros e rezas aos seres espirituais, pedindo suas intervenções.
- PORACÊ: DANÇA Dança dos tupis, de caráter religioso, para celebrar os principais acontecimentos da tribo.
- CAXAMBU: 1 Dança afro-brasileira realizada ao som de instrumento do mesmo nome e de cuícas; cacumbu.
2 Atabaque grande usado na dança do mesmo nome, no jongo e no moçambique; bendenguê.
- BATUQUE: REG (MA, PA), REL, COLOQ 1 Designação dada a cultos afro-brasileiros, ou a cerimônias rituais desses cultos, acompanhadas de instrumentos de percussão. 2 Variante do babaçuê que funde características jejês-nagôs com divindades dos candomblés de caboclo, do catimbó, da pajelança e da umbanda.
- TAMBOR DE MINA: a) culto de origem africana, com forte sincretismo religioso, que se inicia com reza de ladainhas e segue com danças e canto, acompanhados por diferentes toques de tambor que, segundo seus seguidores, estabelecem comunicação com as entidades espirituais; b) local onde são realizados os cultos.
- XANGÔ: a) Culto afro-brasileiro, inspirado na liturgia nagô, praticado por diversos grupos étnicos do N.E., como Pernambuco e Alagoas. b)
- PAJELANÇA: REG (AM, PA)1 ETNOL Conjunto de rituais de cura e magia feito por pajé indígena.
2 Cerimônia ritual que envolve sincretismo de cultos e religiões, durante a qual há cantos e danças, com finalidade de cura, vaticinação de acontecimentos futuros e rezas aos seres espirituais, pedindo suas intervenções.
- PORACÊ: DANÇA Dança dos tupis, de caráter religioso, para celebrar os principais acontecimentos da tribo.
O que é Umbanda
Culto espiritualista sincretizado por elementos afro-brasileiros, cristãos e do mediunismo.
Difere do Espiritismo quanto à prática e doutrina.
Os cultos umbandistas são baseados no animismo e na mediunidade, e praticados com finalidade construtiva de cura, de equilíbrio espiritual, de caridade evangélica, de orientação moral, etc.
Segundo o Dic. Eletrônico Michaelis, Umbanda é religião que surgiu no Rio de Janeiro entre o fim do século XIX e começo do século XX e congrega elementos bantos e espíritas. Atualmente apresenta várias vertentes caracterizadas por influências católicas, esotéricas, cabalísticas etc., e está inserida na religiosidade da cultura brasileira.
A Umbanda originou-se entre a população de etnia banto (região de Angola, Moçambique e parte sul da África) que trouxe para o Brasil uma religião voltada para o culto dos ancestrais africanos e familiares que durante a sua passagem pela vida se distinguiram pela sabedoria (MAGNANI, 1986; LUZ, 1993).
Os bantos (que na língua quibundo significa humanidade) foram fixados, no Brasil, principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, nas atividades agrícolas e auríferas.
Ao longo do tempo, a umbanda passou por transformações e foi se demarcando de outras religiões. Também criou ramificações, algumas delas são descritas como:
Culto espiritualista sincretizado por elementos afro-brasileiros, cristãos e do mediunismo.
Difere do Espiritismo quanto à prática e doutrina.
Os cultos umbandistas são baseados no animismo e na mediunidade, e praticados com finalidade construtiva de cura, de equilíbrio espiritual, de caridade evangélica, de orientação moral, etc.
Segundo o Dic. Eletrônico Michaelis, Umbanda é religião que surgiu no Rio de Janeiro entre o fim do século XIX e começo do século XX e congrega elementos bantos e espíritas. Atualmente apresenta várias vertentes caracterizadas por influências católicas, esotéricas, cabalísticas etc., e está inserida na religiosidade da cultura brasileira.
A Umbanda originou-se entre a população de etnia banto (região de Angola, Moçambique e parte sul da África) que trouxe para o Brasil uma religião voltada para o culto dos ancestrais africanos e familiares que durante a sua passagem pela vida se distinguiram pela sabedoria (MAGNANI, 1986; LUZ, 1993).
Os bantos (que na língua quibundo significa humanidade) foram fixados, no Brasil, principalmente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, nas atividades agrícolas e auríferas.
Ao longo do tempo, a umbanda passou por transformações e foi se demarcando de outras religiões. Também criou ramificações, algumas delas são descritas como:
Umbanda Tradicional: criada no Rio de Janeiro pelo jovem Zélio Fernandino de Moraes;
Umbandomblé ou Umbanda Traçada: onde um mesmo sacerdote pode realizar sessões distintas de umbanda ou de candomblé;
Umbanda Branca: utiliza elementos espíritas, kardecistas e os adeptos usam roupas brancas;
Umbanda de Caboclo: forte influência da cultura indígena brasileira.
Umbanda Esotérica – É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a “Aumbhandan: conjunto de leis divinas".
Umbanda Iniciática – É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Mestre Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária, sete ritos, e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito. (www.significados.com.br)
Umbandomblé ou Umbanda Traçada: onde um mesmo sacerdote pode realizar sessões distintas de umbanda ou de candomblé;
Umbanda Branca: utiliza elementos espíritas, kardecistas e os adeptos usam roupas brancas;
Umbanda de Caboclo: forte influência da cultura indígena brasileira.
Umbanda Esotérica – É diferenciada entre alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta (Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a “Aumbhandan: conjunto de leis divinas".
Umbanda Iniciática – É derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Mestre Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma convergência doutrinária, sete ritos, e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em termos de mantras indianos e utilização do sânscrito. (www.significados.com.br)
O Dic. Eletrônico Michaelis informa ainda o seguinte:
O que é Quimbanda
Segundo o Dic. Eletrônico Michaelis, quimbanda originalmente tem o significado de sacerdote do culto angola-congo, ao mesmo tempo com função de curandeiro.
Depois passou a significar um linha da umbanda, denominada popularmente umbanda de linha negra, por incluir em suas práticas o culto aos exus e supostos malefícios encomendados a pessoas, animais e objetos. Por extensão significa o conjunto das práticas e rituais desse culto.
Segundo o Dic. Eletrônico Michaelis, quimbanda originalmente tem o significado de sacerdote do culto angola-congo, ao mesmo tempo com função de curandeiro.
Depois passou a significar um linha da umbanda, denominada popularmente umbanda de linha negra, por incluir em suas práticas o culto aos exus e supostos malefícios encomendados a pessoas, animais e objetos. Por extensão significa o conjunto das práticas e rituais desse culto.
O que é Candomblé
Segundo o Dic. Eletrônico Michaelis, Candomblé é religião africana introduzida no Brasil nos primórdios do século XIX pelos nagôs, bantos etc., através do tráfico de escravos, e que em suas cerimônias públicas ou secretas demonstra uma forte ligação com os ancestrais e as forças da natureza.
A palavra candomblé origina-se de candombe (negro, em banto) e ilê (casa, mundo, em iorubá) e significa, portanto, casa de negro.
O candomblé chegou ao Brasil com os negros iorubás e jejes (fon ou mina) escravizados, que na África habitavam a região onde hoje é a Nigéria e o Benin, e com os negros bantos, da parte sul do continente.
Em razão dos diversos grupos étnicos negros, encontramos dentro do candomblé várias nações ou variantes, a saber: Angola (banto), Kêto-Nagô (iorubá), Jeje (fon), Jexá ou Ijexá (iorubá), Caboclo (afro-brasileiro), e Congo (banto).
Segundo o Dic. Eletrônico Michaelis, Candomblé é religião africana introduzida no Brasil nos primórdios do século XIX pelos nagôs, bantos etc., através do tráfico de escravos, e que em suas cerimônias públicas ou secretas demonstra uma forte ligação com os ancestrais e as forças da natureza.
A palavra candomblé origina-se de candombe (negro, em banto) e ilê (casa, mundo, em iorubá) e significa, portanto, casa de negro.
O candomblé chegou ao Brasil com os negros iorubás e jejes (fon ou mina) escravizados, que na África habitavam a região onde hoje é a Nigéria e o Benin, e com os negros bantos, da parte sul do continente.
Em razão dos diversos grupos étnicos negros, encontramos dentro do candomblé várias nações ou variantes, a saber: Angola (banto), Kêto-Nagô (iorubá), Jeje (fon), Jexá ou Ijexá (iorubá), Caboclo (afro-brasileiro), e Congo (banto).
VII - APRESENTAÇÃO PPT
A APRESENTAÇÃO PPT deste estudo encontra-se neste link:
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VIII - GLOSSÁRIO
- ANTROPOLOGIA: Ciência que tem por objeto o estudo e a classificação dos caracteres físicos do homem e dos agrupamentos humanos (origem, evolução, desenvolvimento físico e material), bem como seu comportamento, costumes, crenças sociais etc.
- ETNOGRAFIA: 1 Ramo da antropologia que trata da origem, das características antropológicas e sociais das diferentes etnias. 2 Estudo descritivo dos aspectos de um povo ou grupo social.
- ETNOLOGIA: O estudo comparativo e analítico das culturas a partir do levantamento de fatos e documentos de aspecto cultural e social feito pela etnografia.
- ACULTURAÇÃO: ANTROP 1 Adaptação de um indivíduo ou de um grupo a uma cultura diferente com a qual mantém contato direto e contínuo; aculturamento. 2 Conjunto de fenômenos resultantes do contato direto e contínuo entre pessoas de culturas diferentes. (Dic. Eletrônico Michaelis)
- CALDO DE CULTURA: Mistura de elementos culturais que compõem meio propício para a formação de fatos, tendências, visões de um indivíduo, grupo ou sociedade. (Aulete Eletrônico)
- PADROADO: Direito de conceder benefícios eclesiásticos. Conjunto de bulas por meio das quais a Santa Sé delegava aos monarcas católicos a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios conquistados e por conquistar. Em contrapartida, o rei padroeiro, que arrecadava os dízimos eclesiásticos, deveria construir e prover as igrejas, com todo o necessário para o culto, nomear os párocos por concursos e propor nomes de bispos, sendo estes depois formalmente confirmados pelo Papa. (Wikipedia)
- MACUMBA: 1 REL Denominação genérica dos cultos afro-brasileiros originários do nagô e que receberam influências de outras religiões africanas, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo e de crenças ameríndias.
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VIII - GLOSSÁRIO
- ANTROPOLOGIA: Ciência que tem por objeto o estudo e a classificação dos caracteres físicos do homem e dos agrupamentos humanos (origem, evolução, desenvolvimento físico e material), bem como seu comportamento, costumes, crenças sociais etc.
- ETNOGRAFIA: 1 Ramo da antropologia que trata da origem, das características antropológicas e sociais das diferentes etnias. 2 Estudo descritivo dos aspectos de um povo ou grupo social.
- ETNOLOGIA: O estudo comparativo e analítico das culturas a partir do levantamento de fatos e documentos de aspecto cultural e social feito pela etnografia.
- ACULTURAÇÃO: ANTROP 1 Adaptação de um indivíduo ou de um grupo a uma cultura diferente com a qual mantém contato direto e contínuo; aculturamento. 2 Conjunto de fenômenos resultantes do contato direto e contínuo entre pessoas de culturas diferentes. (Dic. Eletrônico Michaelis)
- CALDO DE CULTURA: Mistura de elementos culturais que compõem meio propício para a formação de fatos, tendências, visões de um indivíduo, grupo ou sociedade. (Aulete Eletrônico)
- PADROADO: Direito de conceder benefícios eclesiásticos. Conjunto de bulas por meio das quais a Santa Sé delegava aos monarcas católicos a administração e organização da Igreja Católica em seus domínios conquistados e por conquistar. Em contrapartida, o rei padroeiro, que arrecadava os dízimos eclesiásticos, deveria construir e prover as igrejas, com todo o necessário para o culto, nomear os párocos por concursos e propor nomes de bispos, sendo estes depois formalmente confirmados pelo Papa. (Wikipedia)
- MACUMBA: 1 REL Denominação genérica dos cultos afro-brasileiros originários do nagô e que receberam influências de outras religiões africanas, do catolicismo, do espiritismo, do ocultismo e de crenças ameríndias.
2 REL Ritual desses cultos que inclui cantos e danças ao som de instrumentos de percussão.
3 POR EXT Denominação leiga desses cultos quando se acredita que há a prática de magia negra.
4 REL Oferenda feita a Exu, geralmente nas encruzilhadas; despacho.
5 POR EXT No sentido amplo, magia negra ou feitiçaria.
6 MÚS Antigo instrumento de percussão de origem africana, semelhante ao ganzá, que produz um som rascante, utilizado em terreiros de cultos afro-brasileiros. (Dic. Michaelis)
Hoje se diz MACUMBEIRO para significar FEITICEIRO
CABULA: REL Seita afro-brasileira, surgida na Bahia no final do século XIX, resultado da fusão de elementos bantos, malês e espíritas, de que, possivelmente, se originou a umbanda.
FETICHE – Francês – Fétiche – 1. Objeto ao qual se atribui poder mágico ou sobrenatural e a que se presta culto.. 2. Qualquer objeto, geralmente peças do vestuário, ou parte do corpo que se acredita apresentar qualidades mágicas ou eróticas. (Dic. Eletrônico Michaelis)
Entende-se por fetichismo, segundo a etimologia, o culto dos fétiches, isto é, a crença no poder de objetos naturais ou artificiais. Mas a palavra feitiço é empregada, entre nós, na acepção vulgar de fazer mal a alguém por meio de objetos de uso, peças de vestuário, pratos de comida etc. A força do uso chegou a criar o verbo enfeitiçar, significando justamente transmitir influências maléficas, impregnar alguém de feitiço. (D. Amorim)
Na Bahia, dizia-se também URUCUBACA (estar com azar, ou sob influências ruins), como sinônimo de FEITIÇO.
No Rio, dizia-se ir à macumba para descarregar o peso, o que está implícito nesta expressão de gíria é o mesmo que tirar a urucubaca, conforme os costumes baianos. São ditos, como se vê, equivalentes. (D. Amorim)
Hoje se diz MACUMBA, FEITIÇARIA no sentido de malefício.
FEITIÇO - 1 OCULT Ação e resultado de enfeitiçar: É um namoro, uma paixão, como a senhora não imagina… A mãe diz que é feitiço [M. de Assis, M. P. Brás Cubras] . 2 OCULT Conjunto de conhecimentos e técnicas que se usam para enfeitiçar: Eu quero que você me dê um feitiço para prender meu homem! [A. Azevedo, O Cortiço]. 3 OCULT Objeto a que se atribuem qualidades sobrenaturais. 4 FIG Encanto irresistível; fascinação, fascínio, magnetismo: Ele tem um feitiço que mexe com as mulheres. (Dic. Eletrônico Michaelis)
- Versão digital disponível em: Autores Espíritas Clássicos - aqui
- O ESPIRITISMO E AS DOUTRINAS ESPIRITUALISTAS – Deolindo Amorim – Rio de Janeiro, CELD, 5ª. edição, 1992
- RAÍZES AFRICANAS – In O centro espírita. J. Herculano Pires – São Paulo, Paideia, 1980
- NEGROS E ÍNDIOS TERAPEUTAS; MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS DE CRIANÇAS; PERIGOS DAS RELIGIÕES PRIMITIVAS – In Ciência Espírita. J. Herculano Pires, São Paulo, Paideia, 1979
- EVOLUÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA E O ESPIRITISMO – In O segundo ensinamento – Estudos Espíritas – Regis de Morais, Campinas, SP, Editora Allan Kardec, 2014
- ESCLARECENDO DÚVIDAS; ESPIRITISMO E UMBANDA. In Espiritismo Básico – Pedro Franco Barbosa – Rio de Janeiro, CBHEOS, 1976
- O ESPIRITISMO NUM BALAIO-DE-GATOS – Paulo da Silva Neto – Disponível em: http://www.geec.org.br/portal/index.php/articulistas/paulo-neto-estudos-espiritas-e-biblicos/676-o-espiritismo-num-balaio-de-gatos
- BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO – Humberto de Campos/F. C. Xavier – Brasília, FEB, 2013
- BRASIL, MAIS ALÉM – Duílio Lena Bérni – Brasília, FEB, 1976
- CHICO XAVIER, D. PEDRO II E O BRASIL – Walter José Faé – São Paulo, Nova Época Editorial, 1975
- LUIZ OLYMPIO TELLES DE MENEZES – Biografia, Edições do jornal ECHO D’ALÊM TUMULO – Disponível em Autores Espíritas Clássicos – aqui
- OS AFRICANOS NO BRASIL – Raimundo Nina Ribeiro - Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010 – Disponível em: http://static.scielo.org/scielobooks/mmtct/pdf/rodrigues-9788579820106.pdf
- OS INTELECTUAIS E O ESPIRITISMO – Ubiratan Machado – Rio de Janeiro, Antes – Brasília, INL, 1983
- DO OUTRO LADO – A história do sobrenatural e do espiritismo – Mary del Priore – São Paulo, Planeta, 2014
- RELIGIOSIDADES NA COLÔNIA; ENGENHOS ESCRAVOS E GUERRAS; QUILOMBOS E QUILOMBAS; EMANPACIONISTAS, ABOLICIONISTAS E ESCRAVISTAS – In Uma breve história do Brasil – Mary Del Priore e Renato Venancio – São Paulo, Planeta, 2010
- O BRASIL DOS ESCRAVOS; O BRASIL DA FAMÍLIA REAL; A ABOLIÇÃO – In Brasil – Uma história – cinco séculos de um país em construção – Eduardo Bueno – Rio de Janeiro, Leya, 2012
- OS ABOLICIONISTA; A REDENTORA – In 1889 – Laurentino Gomes – São Paulo, Globo, 2013
- A ESCRAVIDÃO – O HOLOCAUSTO BRASILEIRO DE TRÊS SÉCULOS E MEIO – In Princesa Isabel – uma viagem no tempo – Paulo Roberto Viola – Rio de Janeiro, Ed. Lorenz, 2011
- CATÓLICOS, PROTESTANTES, ESPÍRITAS - C. P. F. de Camargo [Org.]- Petrópolis, Vozes, 1973
- REFERÊNCIAS SOCIAIS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS: SINCRETISMO, BRANQUEAMENTO, AFRICANIZAÇÃO – Reginaldo Prandi – Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ha/v4n8/0104-7183-ha-4-8-0151.pdf
- AS RELIGIÕES NO RIO – João do Rio - Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000185.pdf
- SINCRETISMOS RELIGIOSOS BRASILEIROS – Renato Henrique Guimarães Dias - Disponível em: https://pt.scribd.com/document/271208487/Sincretismos-Religiosos-Brasileiros-Renato-Henrique-Guimaraes-Dias-pdf
- DICIONÁRIO MICHALIS ELETRÔNICO - http://michaelis.uol.com.br
- DICIONÁRIO AULETE ELETRÔNICO - http://www.aulete.com.br
PARA SABER MAIS SOBRE SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO
- UMBANDA - Wikipedia - aqui
- CANDOMBLÉ - Wikipedia - aqui
- AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS : SUBSÍDIOS PAR A O ESTUDO DA ANGÚSTIA ESPIRITUAL - Isabel Cristina Fonseca da Cruz – Revista Escola de Enfermagem da USP – v. 8, n. 2, págs. 125-36 – ago/1994 - Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v28n2/0080-6234-reeusp-28-2-125.pdf
- AS RAÍZES DO SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO - Dante Ribeiro da Fonseca – Revista Eletrônica Língua Viva - Guajará-Mirim/RO, Vol. 2, N. 1, p. 96-136, jul./dez. 2012
- REPENSANDO O SINCRETISMO – Sérgio Figueiredo Ferretti – São Paulo : EDUSP – São Luís : FAPEMA, 1995 – Visualização em: https://goo.gl/FG7kTA
- SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO E RESISTÊNCIA CULTURAL - Sérgio Figueiredo Ferretti - [Artigo] – Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ha/v4n8/0104-7183-ha-4-8-0182.pdf
- SINCRETISMOS RELIGIOSOS BRASILEIROS – Renato Henrique Guimarães Dias - Disponível em: https://pt.scribd.com/document/271208487/Sincretismos-Religiosos-Brasileiros-Renato-Henrique-Guimaraes-Dias-pdf
- SINCRETISMO RELIGIOSO NO BRASIL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DAS TRANSFORMAÇÕES NO CATOLICISMO, EVANGELISMO, CANDOMBLÉ E ESPIRITISMO – Josenilda Oliveira Ribeiro – Disponível em: http://estrategistas.com/wp-content/uploads/2013/06/Sincretismo-religioso-no-Brasil-Josenilda-Ribeiro.pdf
- O ESPIRITISMO E ALGUMAS RELIGIÕES MEDIÚNICAS: CANDOMBLÉ E UMBANDA - Adolfo de Mendonça Junior – Disponível em: http://www.encontro2010.historiaoral.org.br/resources/anais/2/1270781165_ARQUIVO_Semelhancasediferencasentrealgumasreligioesmediunicas.pdf
- KARDECISMO E UMBANDA – José Henrique Motta de Oliveira (Arashakamá) - Disponível em: http://cabanadepaipescadordasalmas.xpg.uol.com.br/nova_pagina_10.htm
- PRINCÍPIOS BÁSICOS DA UMBANDA – Disponível em: https://estudodaumbanda.wordpress.com/2009/02/27/6-principios-basicos-da-umbanda/
- RAÍZES AFRICANAS – In O centro espírita. J. Herculano Pires – São Paulo, Paideia, 1980
- NEGROS E ÍNDIOS TERAPEUTAS; MANIFESTAÇÕES ESPIRITUAIS DE CRIANÇAS; PERIGOS DAS RELIGIÕES PRIMITIVAS – In Ciência Espírita. J. Herculano Pires, São Paulo, Paideia, 1979
- EVOLUÇÃO DA CULTURA BRASILEIRA E O ESPIRITISMO – In O segundo ensinamento – Estudos Espíritas – Regis de Morais, Campinas, SP, Editora Allan Kardec, 2014
- ESCLARECENDO DÚVIDAS; ESPIRITISMO E UMBANDA. In Espiritismo Básico – Pedro Franco Barbosa – Rio de Janeiro, CBHEOS, 1976
- O ESPIRITISMO NUM BALAIO-DE-GATOS – Paulo da Silva Neto – Disponível em: http://www.geec.org.br/portal/index.php/articulistas/paulo-neto-estudos-espiritas-e-biblicos/676-o-espiritismo-num-balaio-de-gatos
- BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO – Humberto de Campos/F. C. Xavier – Brasília, FEB, 2013
- BRASIL, MAIS ALÉM – Duílio Lena Bérni – Brasília, FEB, 1976
- CHICO XAVIER, D. PEDRO II E O BRASIL – Walter José Faé – São Paulo, Nova Época Editorial, 1975
- LUIZ OLYMPIO TELLES DE MENEZES – Biografia, Edições do jornal ECHO D’ALÊM TUMULO – Disponível em Autores Espíritas Clássicos – aqui
- OS AFRICANOS NO BRASIL – Raimundo Nina Ribeiro - Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2010 – Disponível em: http://static.scielo.org/scielobooks/mmtct/pdf/rodrigues-9788579820106.pdf
- OS INTELECTUAIS E O ESPIRITISMO – Ubiratan Machado – Rio de Janeiro, Antes – Brasília, INL, 1983
- DO OUTRO LADO – A história do sobrenatural e do espiritismo – Mary del Priore – São Paulo, Planeta, 2014
- RELIGIOSIDADES NA COLÔNIA; ENGENHOS ESCRAVOS E GUERRAS; QUILOMBOS E QUILOMBAS; EMANPACIONISTAS, ABOLICIONISTAS E ESCRAVISTAS – In Uma breve história do Brasil – Mary Del Priore e Renato Venancio – São Paulo, Planeta, 2010
- O BRASIL DOS ESCRAVOS; O BRASIL DA FAMÍLIA REAL; A ABOLIÇÃO – In Brasil – Uma história – cinco séculos de um país em construção – Eduardo Bueno – Rio de Janeiro, Leya, 2012
- OS ABOLICIONISTA; A REDENTORA – In 1889 – Laurentino Gomes – São Paulo, Globo, 2013
- A ESCRAVIDÃO – O HOLOCAUSTO BRASILEIRO DE TRÊS SÉCULOS E MEIO – In Princesa Isabel – uma viagem no tempo – Paulo Roberto Viola – Rio de Janeiro, Ed. Lorenz, 2011
- CATÓLICOS, PROTESTANTES, ESPÍRITAS - C. P. F. de Camargo [Org.]- Petrópolis, Vozes, 1973
- REFERÊNCIAS SOCIAIS DAS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS: SINCRETISMO, BRANQUEAMENTO, AFRICANIZAÇÃO – Reginaldo Prandi – Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ha/v4n8/0104-7183-ha-4-8-0151.pdf
- AS RELIGIÕES NO RIO – João do Rio - Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bi000185.pdf
- SINCRETISMOS RELIGIOSOS BRASILEIROS – Renato Henrique Guimarães Dias - Disponível em: https://pt.scribd.com/document/271208487/Sincretismos-Religiosos-Brasileiros-Renato-Henrique-Guimaraes-Dias-pdf
- DICIONÁRIO MICHALIS ELETRÔNICO - http://michaelis.uol.com.br
- DICIONÁRIO AULETE ELETRÔNICO - http://www.aulete.com.br
PARA SABER MAIS SOBRE SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO
- UMBANDA - Wikipedia - aqui
- CANDOMBLÉ - Wikipedia - aqui
- AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS : SUBSÍDIOS PAR A O ESTUDO DA ANGÚSTIA ESPIRITUAL - Isabel Cristina Fonseca da Cruz – Revista Escola de Enfermagem da USP – v. 8, n. 2, págs. 125-36 – ago/1994 - Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v28n2/0080-6234-reeusp-28-2-125.pdf
- AS RAÍZES DO SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO - Dante Ribeiro da Fonseca – Revista Eletrônica Língua Viva - Guajará-Mirim/RO, Vol. 2, N. 1, p. 96-136, jul./dez. 2012
- REPENSANDO O SINCRETISMO – Sérgio Figueiredo Ferretti – São Paulo : EDUSP – São Luís : FAPEMA, 1995 – Visualização em: https://goo.gl/FG7kTA
- SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO E RESISTÊNCIA CULTURAL - Sérgio Figueiredo Ferretti - [Artigo] – Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ha/v4n8/0104-7183-ha-4-8-0182.pdf
- SINCRETISMOS RELIGIOSOS BRASILEIROS – Renato Henrique Guimarães Dias - Disponível em: https://pt.scribd.com/document/271208487/Sincretismos-Religiosos-Brasileiros-Renato-Henrique-Guimaraes-Dias-pdf
- SINCRETISMO RELIGIOSO NO BRASIL: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DAS TRANSFORMAÇÕES NO CATOLICISMO, EVANGELISMO, CANDOMBLÉ E ESPIRITISMO – Josenilda Oliveira Ribeiro – Disponível em: http://estrategistas.com/wp-content/uploads/2013/06/Sincretismo-religioso-no-Brasil-Josenilda-Ribeiro.pdf
- O ESPIRITISMO E ALGUMAS RELIGIÕES MEDIÚNICAS: CANDOMBLÉ E UMBANDA - Adolfo de Mendonça Junior – Disponível em: http://www.encontro2010.historiaoral.org.br/resources/anais/2/1270781165_ARQUIVO_Semelhancasediferencasentrealgumasreligioesmediunicas.pdf
- KARDECISMO E UMBANDA – José Henrique Motta de Oliveira (Arashakamá) - Disponível em: http://cabanadepaipescadordasalmas.xpg.uol.com.br/nova_pagina_10.htm
- PRINCÍPIOS BÁSICOS DA UMBANDA – Disponível em: https://estudodaumbanda.wordpress.com/2009/02/27/6-principios-basicos-da-umbanda/