OS CONSAGRADOS
Os consagrados são mensageiros do evangelho de Jesus. Este Jesus é o Cristo, é a face humana de Deus que veio morar conosco, que veio realizar nossas esperanças e transformar nossos sofrimentos para nossa completa alegria.
Ev-angelion é uma palavra que significa boa notícia, mensagem alegre, confortadora, que provoca grande júbilo nos que a ouvem. Eis a missão dos consagrados na Comunidade Filhos do Céu:
“ acolher em seu coração àqueles que Jesus nos entrega para amar vivendo e transmitindo a alegria do Reino de Deus.”
O Reino de Deus não é um acontecimento entre outros tantos deste mundo. O Reino de Deus é uma pertença a Deus. É ser inteiramente de Deus. É ter Deus dentro do seu coração.
Os Consagrados da Comunidade Filhos do Céu, além de manifestar civil e legalmente esta consagração, os membros da Comunidade, assinam um termo de adesão como sócio da Sociedade Educacional, Cultural e Assistencial de Oração e Vida Sagrada Família dos Filhos do Céu, conforme a Lei 9.608/98, sobre o serviço voluntário e segundo o Estatuto Social da Entidade.
Como consagrado, o membro passa a viver em uma de nossas casas da comunidade, tendo tudo em comum e comprometendo-se em obedecer ao Estatuto Social e o Regimento Interno.
OS MANDAMENTOS DO CONSAGRADO
I- O Consagrado tem uma só palavra, sua honra vale mais do que a própria vida.
II- O Consagrado é leal, honesto e dedicado.
III- O Consagrado está sempre pronto para acolher e ajudar o próximo.
IV- O consagrado é irmão de todos na Comunidade e no mundo.
V- O consagrado é delicado com as palavras, é cortês e de fino trato.
VI- O consagrado é bom para os animais e as plantas.
VII- O Consagrado é obediente e disciplinado.
VIII- O consagrado é alegre e sorri nas dificuldades.
IX- O consagrado é econômico e respeita o bem alheio.
X- O Consagrado é limpo, cheiroso de corpo e alma.
NOSSO VOTO
Os membros da Comunidade Filhos do Céu emitem votos de Pobreza, Castidade e Obediência.
Cada consagrado renova seus votos todos os anos na festa maior da comunidade em sua sede. 1)POBREZA
“Todas as coisas criadas são para o homem (Gn1,28-30; 1Cor 3, 28-31; sl 8; Gs 12,34,35)
O homem é chamado a dominar, isto é, a estabelecer uma relação de domínio sobre as coisas, sobre a natureza e servindo-se delas para a própria realização. Mas este poder sobre as forças físicas, biológicas e psíquicas lhe impõem o dever de coloca-las ao serviço do homem, de todos os homens: é assim que ele se torna senhor da criação. Neste senhorio o homem se revela imagem de Deus.
Em tal contexto a atividade humana, individual e coletiva, adquire seu sentido como esforço para melhorar as condições de vida de todos os homens. O trabalho e o progresso tornam-se serviço em favor da realização da pessoa e da comunidade.
O que ele tem só é válido na medida em que serve para ser.
Para viver da generosidade de Deus que em Jesus se fez pobre, e nos enriquece com sua pobreza (2Cor 8,9) e nos convida a partilha dos bens a serviço dos irmãos para vivermos exclusivamente da Providência Divina.
Nenhum consagrado é proprietário de nenhum móvel ou imóvel que esteja a seu serviço e sob sua responsabilidade.
2) CASTIDADE
“A união do homem e da mulher através do matrimônio constitui a primeira forma de comunhão das pessoas e nelas se exprime a vocação fundamental do homem a ser pessoa, isto é, a ser mais, com e para os outros, a ser família.
Vocação que se realiza mediante escolhas livres e conscientes.
A castidade nos leva a oferecer o melhor de nós mesmo aos outros e nos obriga a viver disponível em viver para servir.
Em 1Cor 6, 12-20 ``Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo que habita em nós, portanto, não é para a impureza, mas para o Senhor``, que vivemos a castidade segundo nosso estado de vida, “glorificando a Deus em nossos corpos”.
Sendo assim, os casados devem viver a plenitude do sacramento do matrimônio praticando a castidade de forma plena e absoluta, pois a castidade não se resume no celibato. Viver a castidade significa manifestar a consciência de uma total pertença a Deus.”
O casal continua a viver um para o outro cumprindo seus juramentos de amor matrimonial e conjugal onde um só tem olhar para o outro, mas absorvem a família comunitária em suas vidas.
Os solteiros, celibatários e religiosos vivem a castidade plena na vida comunitária.
3)OBEDIÊNCIA
“Na sua sabedoria, Deus cria o homem segundo um destino que é também sua vocação: tornar-se sempre mais ele mesmo no relacionamento com os outros, até constituir fraternidade.
Deus quis que todos os homens formassem uma única família e se tratassem entre si com espírito de irmãos.
A autoridade como serviço necessário para a consecução do bem comum implica, por sua vez, uma relação de obediência. ( Fil 2, 1-11 )
Todos os cristãos são chamados a viver a opção fundamental de submissão á vontade salvífica de Deus e, portanto, a fazer de Deus e da humanidade o horizonte e a norma ultima da própria existência. É o compromisso de buscar e escolher momento por momento, no concreto, o bem universal da comunidade: tornar-se família de Deus.
Ao fazer a vontade do Pai, Jesus deu exemplo de obediência e fidelidade. (Jô 4,34).”
Na certeza de ser guiado pelo Espírito Santo, nos esforçaremos para prestar obediência aos nossos superiores, no exercício do seu serviço de autoridade, colaborando com os membros da comunidade para a missão a qual foi designado.