SER COMUNIDADE FILHOS DO CÉU
A Comunidade Filhos do Céu, é um dom e graça do Espírito. Sabemos que Deus é amor e é Trindade, um só Deus, uma só natureza divina em três pessoas, uma comunhão de amor. Deus não pensou no homem como um ser solitário. O homem foi criado para uma comunhão de amor, para viver em comunidade.
A história do povo de Deus chamou homens para viverem em comunidade. Nosso mundo atual não nos estimula para viver em comunidade: individualismo, egoísmo, fechamento e muitas vezes falta de amor e caridade.. A individualidade deformada e absolutizada torna o homem egoísta. Temos medo de comunhão porque temos medo de nos perder. No fundo, não nos temos. Queremos saber do outro quando o outro ou algo nos interessa.
A obra de salvação chega à sua plenitude na comunhão cristã, crescendo em unidade com Deus, consigo próprio e com os irmãos. Ser comunidade é a forma de ser cristão. O cristianismo é essencialmente comunitário. Na comunidade somos chamados a viver em união, como família, de maneira radical.
Ser comunidade é um chamado para todo cristão. É Deus quem nos sustenta. É preciso ter maturidade humana e espiritual para receber o dom da vivência comunitária. Deus gera inquietação interior, que muitas vezes é um apelo divino, no coração do fundador ou dos fundadores.
É preciso deixar que o chamado amadureça, para que venha desabrochar no tempo certo. Não colher verde, nem deixar que o fruto caia de maduro, mas perceber o tempo certo. O tempo de Deus. Observar, Os sinais. Escutar Deus pela oração, “ruminar” os sinais, as inspirações, etc..
No percurso de toda a história, o Espírito Santo tem suscitado no interior da Igreja, da qual é a alma, uma infinidade de carismas, em resposta às urgências, necessidades e desafios da humanidade e as suas próprias, mantendo-a sempre jovem e atuante. Reconhecemos um carisma quando há um conteúdo experimentado e confirmado por frutos vivenciais concretos. Sua finalidade não é a comunidade em si mesma, mas a Igreja, por isso, a delineação do carisma, contorno e matizes, de sua missão na Igreja, é resultado da escuta de Deus pela oração, estudo, experiências vividas e compartilhadas com a comunidade. A delineação é obra do Espírito, e é confirmada, com o tempo, pela Igreja.
Queremos assim como o Papa João Paulo II, em sua Exortação Apostólica Pós-sinodal sobre a Vida Consagrada e a sua Missão na Igreja e no Mundo, nº 62, viver a originalidade das novas comunidades que consiste frequentemente no fato de se tratar de grupos compostos de homens e mulheres, de clérigos e leigos, de casados e solteiros, que seguem um estilo particular de vida, inspirado às vezes numa ou noutra forma tradicional ou adaptado às exigências da sociedade atual.
A Comunidade Filhos do Céu também acolhe em seu seio familiar, drogados, alcóolatras, menores abandonados, meninos de rua, prostituídos e excluídos da sociedade. Também o seu compromisso de vida evangélica se exprime de formas diversas, manifestando-se, como tendência geral, uma intensa aspiração à vida comunitária, à pobreza e à oração.
Os membros da Comunidade Filhos do Céu se sentem chamados a viver de uma maneira diferente o Batismo, respondendo ao apelo oportuno de vida, amor e perdão em comunidade, com o dom e a graça do Espírito Santo.
Deus nos chama e separa para dedicá-los a Si mesmo de modo particular para que vivam a entrega de si de modo profundo e livre vivendo como família de Deus e acolhendo os filhos que o próprio Pai nos presenteia a cada dia.
No início de uma comunidade não existe nada definido. Com o tempo e a resposta do fundador e de sua comunidade se vai descobrindo e conhecendo mais sobre o carisma e a estrutura que lhe deve dar suporte.