DOIS TIPOS DE JEJUM

Acabei de ver o lindo filme: A HISTÓRIA DE ESTER de 2013, e uma coisa me chamou muita a atenção: o jejum de Ester. A Bíblia nos mostra alguns tipos de jejum e eu quero pensar em dois, no momento.

O JEJUM DE DANIEL DE 21 DIAS TRAZ REVELAÇÃO

O livro de Daniel nos mostra que Daniel teve uma revelação de Deus a respeito de que chegara o tempo da volta do cativeiro em Babilônia, enquanto fazia contas matemáticas. Daniel, inspirado pelo Espírito Santo, pôs-se a fazer contas e notou que era a época de Israel voltar do cativeiro em Babilônia. Daniel entrou em jejum e ficou assim durante 21 dias até que um anjo veio a ele e lhe trouxe revelações.

Esse ano eu fiz algumas coisas que nunca tinha feito antes e tive o privilégio de fazer 16 dias de jejum. Depois desse período eu tenho tido muitas revelações e o entendimento que tenho hoje de Bíblia é muito maior do que fora em qualquer tempo. Principalmente do Novo Testamento, que sempre pedi a Deus. No jejum de Daniel, notamos que um anjo lhe veio trazer revelações de Deus, mas esse era também um tempo de grande provação espiritual, onde demônios combatiam o que Daniel orava, acredito que também o próprio Daniel. Nesse jejum que fiz esse ano, muitos foram os problemas ocorridos durante e depois do jejum. Nesse tempo peguei uma inflamação nos dois ouvidos e estou até hoje convalescendo ainda. Minha audição está meio comprometida, momentaneamente. Senti muitas dores com essa inflamação, onde fiquei muitas noites sem dormir, com fortíssimas dores. Ao mesmo tempo problemas financeiros enormes caíram sobre nossa família. Entretanto, ao mesmo tempo em que os problemas se avolumaram, Deus abriu de tal forma o meu entendimento sobre a Bíblia, o que comprovadamente vocês podem ler, nos meus escritos aqui nesse Recanto das Letras.

A revelação de Deus tem um preço a ser pago. Paulo teve algo que chamou de espinho na carne, devido ao tamanho das revelações que tinha de Deus. Paulo orou três vezes a Deus e a resposta foi que a graça de Deus era suficiente para ele passar por aquela provação.

Quando pedimos revelação ela vem, mas há um preço a ser pago por elas. Não devemos temer as provações e privações que possamos passar, se aquilo que Deus vai nos revelar vier ajudar, nem que seja uma única pessoa no mundo. Eu acredito, entretanto, que Deus tem dado revelações tão importantes que muitas pessoas estão e continuarão sendo abençoadas, por aquilo que Deus tem me permitido escrever.

O JEJUM DE 3 DIAS DE ESTER TRAZ LIBERTAÇÃO, FAVOR DO REI, MUDANÇA DE SORTE

No livro bíblico de Ester, uma trama para destruir o povo judeu foi posta em prática. Usando de acusações sobre a adoração a Deus, todo o povo judeu estava destinado a morrer, numa certa data. Ester, sendo também judia, pediu ao seu povo que orasse com ela e jejuasse durante três dias, onde depois desse período ela iria até o rei e falaria com ele.

O jejum de Ester nos mostra algumas coisas. O povo estava ameaçado de morte, então o jejum era de libertação da morte, em prol da vida. O jejum era de libertação. Podemos pensar em vários tipos de libertação, que o povo de Deus precisa. Podemos e devemos jejuar, quantos dias forem, para termos a benção de Deus.

O jejum de Ester que foi de três dias ainda fala de favor do rei. Nem a rainha poderia se apresentar ao rei sem ser chamada. Ela quebrou um protocolo da Pérsia e entrou perante o rei. O rei poderia ser favorável a ela e ela viveria, como também o rei poderia ser desfavorável a ela e ela morreria. Graças a Deus o rei foi favorável e aceitou a sua intrusão. O jejum de Ester nos faz favoráveis a Deus, o nosso Rei. Quando nada mais estiver dando certo, restam algumas coisas. Quando ler a Bíblia e congregar for pouco, podemos orar e quando orar for pouco podemos acrescer na nossa oração o jejum, que é um complemento da oração, e quando orar e jejuar for pouco podemos louvar e quando nem o louvor estiver saindo mais a gente pode gemer. Diferente do que muitos imaginam, mas a Bíblia ensina, Jesus usava como ultimo recurso colocar a mão sobre o doente. No mais das vezes não precisava, mas quando nada mais funcionava, ele colocava a mão e repreendia o mal. Jesus curava as pessoas pela sua Palavra, pelo seu poder, pela presença do Espírito Santo, mas quando nada funcionava ele impunha as mãos sobre o doente. Doentes terminais, ou problemas terminais necessitavam de Jesus colocar a sua mão.

IMPOSIÇÃO DE MÃOS

Vamos pensar algumas coisas sobre o ultimo recurso. Antes o primeiro recurso: a oração “E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5.15) Tiago é muito claro ao nos ensinar que a oração da fé faz algumas coisas: ela salva, cura o doente, levanta o caído e perdoa o pecador. Veja, essa é uma oração sem tocar na pessoa. Você ora pelo doente.

A imposição de mãos tem muito a nos ensinar. “E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo. “ (Atos 9:17) No encontro dom Jesus Paulo ficou cego. Pela revelação o Espírito mandou que um cristão fosse até onde Paulo estava colocasse as mãos sobre ele, pois ele voltaria a enxergar. Aqui nessa passagem havia a necessidade de colocar a mão sobre Paulo, o seu caso era grave, terminal. Há situações que a gente deve só orar e não impor as mãos, mas há outras que Deus nos leva a impor as mãos sobres os doentes. Mas devemos entender e deve ficar claro que impor as mãos é o ultimo recurso, que podemos fazer pela pessoa.

Atos 14:3 nos mostra uma outra situação: “Detiveram-se, pois, muito tempo, falando ousadamente acerca do Senhor, o qual dava testemunho à palavra da sua graça, permitindo que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios. “ Aqui nessa passagem vemos que os discípulos estavam orando por muitas pessoas e muitos milagres estavam ocorrendo por eles estarem impondo as mãos nas pessoas. Impor as mãos é uma maneira de orar potencializado. Vamos dizer assim: Que se orarmos e impormos as mãos sobre o doente estaremos orando em 220 volts.

Mas a imposição de mãos tem um senão: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro. “ (1 Timóteo 5:22) Parece-nos que com o tempo houve uma certa adoração, ou apropriação indébita da Glória de Deus, por homens e mulheres que impunham as mãos sobre outros e estavam recebendo a Glória que era de Deus. Muitas Igrejas pregam que impor as mãos pode nos deixar participantes dos pecados alheios. Isso funciona assim: Supondo que todos tenhamos um lado bom e um lado mal. Quem é o lobo que você alimenta mais o lobo bom ou o lobo mau? O lobo mais forte será o que mais alimentarmos. E se quando formos orar por alguém estivermos orando pouco, com nosso nível de fé baixo, meio caindo da fé e o pecado do outro que vamos tentar ajudar está mais forte do que a nossa santificação, o mal espiritual que está nele vai querer pegar na gente. Então não se precipite a impor as mãos sobre os outros se você estiver com pouca unção, pois se você estiver no óleo de Deus, meu filho, no momento de fé eu coloco a mão até no capeta e ele vai ter que cair. Mas num momento de fraqueza, você vai orar para Deus repreender uma simples dor de cabeça e quem você orou vai liberto pra casa, mas você pega a dor de cabeça do cara. Se você estiver cheio, ore sem medo por qualquer um, a tua unção vai curar o mal do outro. Mas se a tua unção for pouca, cambaleante, não ore com imposição de mãos.

A terceira coisa que o jejum de Ester faz é trazer mudança de sorte, mudança de história de vida. O povo judeu estava destinado a morrer e o jejum levantado os tirou da morte e os favoreceu perante o rei, que passou a tratá-los melhor agora do que antes. Sempre é bom observarmos que se existe jejum na história é porque existe uma batalha espiritual correndo a passos largos também. Quando Deus nos manda jejuar é porque tem demônios lutando contra a gente. Entender como funciona e pra que serve cada jejum pode ser uma grande benção também.

Resumindo o jejum prolongado de Daniel traz revelação. O jejum de três dias de Ester trouxe libertação, favor do rei e mudança de história de vida.

Quando ler a Bíblia, ir a Igreja, louvar e orar for pouco, jejue. E quando ainda assim tudo isso for pouco, você pode gemer.

Uma ultima coisa: Na verdade não importa muito o que você ora, pois o Espírito nos diz que não sabemos orar como convém, ou seja, a gente não sabe orar mesmo. O que importa na oração não é exatamente orar, mas o lugar que nos colocamos em oração,: perante Deus. Na oração o que importa é o lugar espiritual onde estamos e não exatamente o que oramos. Uma vez preguei na Igreja que um pai conhece o que o filho bebezinho está pedindo, mesmo antes dele aprender a falar. Se o bebe diz bubu, a mãe já sabe, ele está com fome, ou se o bebe diz bubu, a mãe sabe que ele esta com sono, ou ele pode até dizer bubu com outra entonação e o pai e a mãe sabe que ele está apenas chatinho. O nosso Pai celestial é nosso Pai e Ele sabe o reconhecer a nossa fala, mesmo quando não sabemos exatamente nos expressar. Lembra ai, não importa muito o que você vai orar, importa mesmo é o lugar onde você vai estar em oração: na presença do seu Pai.

Amém.

Paulo Sergio Larios.

pslarios
Enviado por pslarios em 07/06/2017
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