A Oração da Ave Maria 2
A Oração da Ave Maria (2)
(Teto Machado)
Novamente refletimos sobre a necessidade da consciência na oração recitada. Colocar a mente, o foco, a atenção nas palavras e carregá-las de sentido, é o que importa.
Aí, nossos irmãos separados desferem suas críticas ao que chamam de orações decoradas. Que bom seria se fossem, de fato decoradas, uma vez que o termo, a rigor, significa , de dentro do coração. Preferem defender o que considero improviso intimista no colóquio com o Senhor, que mesmo sendo legítimo, privatiza a oração, deslocando-a do seu contexto comunitário, fraterno, coletivo, eclesial.
Se fosse inútil recitar preces já concebidas e memorizados, deveríamos desconsiderar toda a riqueza dos Salmos que, afinal, são escritos pré concebidos, feitos para recitação.
A oração da Ave Maria, quando recitada, tendo em vista uma reflexão sobre uma realidade humana, uma problemática ou em uma rememoração dos mistérios do Rosário ou do Terço, tal ação assemelha-se à repetição de um som que nos conecta, com a realidade pensada, evocada pela memória, se encontramos na vibração da nossa voz, as ondas e frequências corretas para tal comunicação efetivar-se. Abraçando esse sentido, recitar a Ave Maria contemplando outros mistérios e escapando um pouco, à consciência das palavras, mas não dos sons que emitimos, corresponde a recitar um Mantra, como no Hinduísmo e no Budismo.
Importante para nós, cristãos católicos é não descuidarmos da nossa dimensão mística, enquanto colocamos em.atividade nossa dimensão missionária, libertadora, transformadora de realidades.
A Maria, Mãe de Jesus e nossa mãe, nossa amizade, veneração e respeitosa gratidão, por mostrar-nos e conduzir-nos a Ele, na graça do Espirito Santo.
Paz e Bem!