DOIS TIPOS DE FÉ

Ontem, domingo 21/05/17, continuava a ensinar o livro de Romanos para a minha filha Elizabeth. Já chegamos depois de mais de um mês no cap. 4. Alguns assuntos foram mais vistos do que outros:

A ação meritória, quer dizer: tentar ganhar Deus e a salvação por obras, por mérito, como dar o dizimo, fazer campanhas, dizer que jejua mais que outros, que ora mais, não perde Ceia, etc.

A justiça de Deus e a injustiça dos homens.

E entre outros, talvez o assunto mais importante tenha sido os dois tipos de fé. A fé normal e a fé espiritual. E por incrível que pareça, a primeira mensagem do dia de hoje, segunda-feira é sobre a fé natural e a fé sobrenatural, que deixo o link abaixo.

A FÉ NATURAL – A PALAVRA NATURAL

A fé natural é a fé que temos de que hoje vamos almoçar e jantar, sem saber se vamos almoçar e jantar. A fé natural é a fé de uma pessoa que com 20 anos, ou com 60 anos, compra uma casa para pagar em trinta anos. Como saber se vamos estar vivos daqui a 30 anos, ou mesmo amanhã. Nós não sabemos, mas ainda assim fazemos nossos acordos baseados numa fé acostumada. O costume de todos os dias acordarmos e sabermos que vem o dia e o Sol e a claridade e o calor, nos faz crer que amanhã e sempre teremos o Sol, mas não sabemos se isso é verdade. Vivemos e compramos e fazemos negócios côo se fossemos viver milhares ou milhões de anos, sem saber se será assim.

É interessante que a Elizabeth não focou muito na fé sobrenatural, pois sempre tenho pregado isso e falado e vivido isso em casa. Mas ela perguntou de onde vem a fé natural? Essa é uma excelente pergunta. A fé natural vem de Deus, pois o homem é incapaz de viver sem fé. Ai ela me perguntou: Porque o homem não pode viver sem fé? É muito simples, por causa do desespero. Se o homem acordasse de manhã e não tivesse fé de que vai almoçar, ou jantar, ou continuar vivo até o final do dia, como seria? Desespero, não é mesmo. Se o homem não tivesse fé no minuto seguinte, a vida seria impossível. Essa fé, sensorial, emotiva, que precisa ver, tocar, para existir é a fé natural.

A FÉ SOBRENATURAL – A PALAVRA DESAFIADORA

A nossa fé sesta intimamente ligada na Palavra pregada para nós. A nossa fé segue natural, desde que não confrontada pela fé sobrenatural. Essa fé sobrenatural é crer contra todas as possibilidades possíveis. Mas não é crer de qualquer jeito em qualquer coisa, mas crer baseada na Palavra de Deus, na revelação do Espírito, naquilo que o Espírito Santo confirma para nós ao nosso espírito e que vem como impressões, ou revelações à nossa mente.

Na maioria do tempo a Palavra pregada em nossos púlpitos não nos desafia a andar com o Espírito Santo. Diria até que o Espírito Santo, para muitos cristãos é um ilustre desconhecido. Parece-me que o grande problema da Igreja seja a falta de revelações do Espírito Santo. É isso mesmo. A Igreja foi ensinada a andar numa fé comum e precisa, urgentemente desaprender isso e aprender corretamente a andar num outro nível de fé com Deus. Eu já ouvi a seguinte frase, muito interessante: A Igreja precisa crer mais. Exatamente. A Igreja precisa crer mais, mas como crer? Crer para o cristão está ligado à Palavra de púlpito, a Palavra que nos é pregada. Numa imensa maioria de tempo não temos uma Palavra que nos desafia a crer. Temos muita informação na Igreja e pouca vida em Jesus.

Eu vejo ocorrendo em nossas Igrejas (não sei se sempre foi assim) três tipos de mensagens. A primeira é baseada no testemunho da pessoa que fala. Isso é um erro gramatical e de entendimento grosseiro, já pra não dizer mais. Quando a Bíblia nos chamou para sermos testemunhas de Cristo, não nos chamou para darmos o nosso testemunho, não tem nada a ver um assunto com o outro. Ser testemunha é viver Cristo, mostrar Cristo, pregar sobre Cristo e sobre a sua obra. Jesus gastou o seu tempo na Terra para nos ensinar algumas coisas mais que outras. O Reino de Deus, A Cruz e a Ressurreição, a Libertação, através do Espírito Santo, do Pecado e do Reino das Trevas e principalmente, como sermos pessoas melhores. Está ai resumida toda a obra e ministério terreno de Cristo. Ser testemunha de Cristo é falar isso, viver isso, entender isso.

O segundo tipo de mensagem que estou vendo é chamado de A Letra. A Letra é a palavra que por mais bonita e elaborada que possa ser, não nos coloca defronte ao Espírito Santo e não nos inspira a orar e nem a buscar a Deus. Pode ser muito bonita, muito elaborada, ou não, mas a grande característica dela é que não nos faz entrar na presença de Deus. É um Evangelho que não é Evangelho, sabe como é? É aquele tipo de palavra que não fala sobre milagres e nem crê neles, não fala sobre o dom de línguas e nem crê nele, não fala toca em assuntos chaves do Novo Testamento e nem crê neles. Esse tipo de Palavra é chamado por alguns de Sistema Religioso. Alguns até esmeram-se em pregara Bíblia, e a Bíblia sendo a Bíblia, a exposição dela um dia vai salvar, porém lentamente, muito lentamente.

O terceiro tipo de mensagem, que tem sim nas Igrejas, mas é dito tão pouco e em tão poucas vezes, que quando ouvimos parece que estamos ouvindo algo estranho aos nossos ouvidos, é a Palavra de Fé. A Palavra da Fé é desafiadora e extremamente criticada porque obriga aos religiosos a se mexerem e a saírem de suas zonas de conforto. A Palavra da Fé é aquela de onde a pessoa vai buscar a revelação no Espírito Santo, em oração na sua mente ou em línguas, até que tenha a revelação e a partir da revelação deve viver e falar e se pautar pela revelação, até que ela aconteça. Isso é o mesmo que ficar grávido da Palavra, revelada pelo Espírito Santo. Precisamos pela fé ficarmos grávidos do Espírito Santo, daquilo que Ele nos revela e agirmos pela fé naquilo que nos foi revelado.

Um enorme problema de todas as Igrejas, tanto as da Reforma, como as Pentecostais, é o desconhecimento generalizado do Espírito Santo. No máximo a Igreja entende o Espírito Santo, mais ou menos, até o Batismo da Igreja em Atos 2. A partir daí até parece que o Espírito Santo não está fazendo mais nada e sabemos que isso é impossível, biblicamente e na vida cotidiana.

O assunto Batismo da Igreja em Atos 2, pode ser comparado ao casamento. Algumas noivas quando casam até dizem: Pronto, casei. Como se casar, ou o dia do casamento, encerrasse o assunto e sabemos que o dia do casamento é o inicio do casamento e não o fim do casamento. O Batismo da Igreja é o inicio da Igreja e não o fim. A partir do Batismo o Espírito vai fazer algumas obras, com a ajuda de Jesus. Gálatas 5 nos mostra que o Espírito Santo vai criar em nós mecanismos espirituais, chamados de frutos do Espírito, que vão combater os frutos da Carne. Ou seja, temos agora mecanismos espirituais para combatermos a carne em nós. Os frutos do Espírito trabalham no nosso interior, onde está alojada a carne, ou a nossa velha natureza. E onde está a carne? Ela está na nossa mente, também chamado pela bíblia de nosso coração, ou o centro de nossas vidas.

O Espírito Santo também dá à Igreja dons espirituais para podermos operar em poder, para que as pessoas sejam ministradas, salvas, curadas e abençoadas. A Igreja atual está carente de poder e o poder vem através do contato intimo com o Espírito Santo. Precisamos orar até o Espírito falar conosco, até termos uma revelação do que fazer. Precisamos jejuar, mas precisamos entender que jejum é complemento da oração. Não existe jejum sem oração. O jejum é para ajudar em nossas orações, para que possamos orar melhor, e oramos até termos a revelação de Deus. Atpé quando então devo orar? Até ter a revelação de Deus. Até quando devo jejuar? Até ter a revelação de Deus, através da oração. Por isso que não creio em um jejum trabalhando. Não dá pra orar trabalhando, ou dá?

Além, disso à Igreja foi dado os dons ministeriais, ou seja, Jesus capacitou algumas pessoas para terem cargos na Igreja e isso vem de Deus. Quando, entretanto, deixamos de lado o que tem o dom de Deus e deixamos pregar o amigo que não tem dom, ou deixamos encostada a irmã que tem o dom de cantar e damos a oportunidade para quem não canta nada, porque é nossa amiga, nós estamos fazendo mais mal do que bem.

Ou seja: A Igreja tem que orar e jejuar e ler e estudar a Palavra até ter revelações. A Igreja precisa estar no Espírito Santo, em comunhão com Ele para receber e operar nos frutos do Espírito. O homem natural não consegue agir nos frutos. Sem o Espírito Santo, sem orar, sem comunhão, sem fé, não dá para andar nos frutos e quando não andamos nos frutos andamos na carne, não há meio termo. A terceira coisa é que o homem que ora, que tem comunhão com Deus, que anda pelos frutos do Espírito, se exercita nisso, vai logo descobrir Deus lhe dando dons de poder: Cura, Palavra Revelada, Dom de Línguas (1 Cor 12). E se Deus capacitou a Igreja com esses homens e mulheres que tem dons, devemos usá-los na Igreja.

Muitos homens e mulheres tem muita experiência com dinheiro, não é mesmo? Alguns tem mais e aprenderam a não ter medo de ganhar dinheiro. Mas uma Igreja amiga mandava uma menina de uns dez anos, recolher o nosso dizimo e a orar pelos dizimistas, quando oravam, pois muitas vezes só recolhiam mesmo. Não havia uma palavra incentivadora no dizimo, não havia palavra alguma. O dizimo é importantíssimo, tem que ter uma Palavra sobre ele e tem que haver uma pessoa prospera orando por nós.

Me lembro que no ano passado preguei num culto à tarde, sobre dízimos e ofertas, pois entendi que Deus queria levar o povo a um outro patamar espiritual. Falei sobre existir um quartinho na nossa área financeira, um opositor no lugar das nossas finanças, para não nos deixar prosperar, baseado na Palavra de Neemias e que também dizimo é um ato de fé e tem que ser feito na direção do Espírito. Um pastor que estava no culto imediatamente após eu ministrar se levantou e despregou o que eu disse. Sabe o que é isso? O povo está tão acostumado com o Sistema Religioso, que não estão seguindo mais a Bíblia. Se há uma discordância entre a Bíblia e o que ele aprendeu no Sistema Religioso, ele fica com o Sistema e não com a bíblia. Quando pregamos o que a Bíblia diz, muitas vezes somos criticados severamente, porque aprenderam errado.

Quer ver um ensino errôneo e que causam controvérsia onde não existe, é falar que o dom de línguas não é a evidência do Batismo da Igreja. E não é mesmo. Batismo é o quê? Não é o inicio de algo? Então o que começou em Atos 2. A Igreja, tá. Que mais? Irmão a evidência é o dom de línguas. Não é. A evidência é o poder do Espírito Santo. Não é. É o dom de cura, da Palavra, e Governo, de Pastorado, de Apóstolo? Não é nada disso. Pensa ai. Qual é a evidência incontestável de que a Igreja iniciou a operar agora? Jesus falou sobre isso em João 14. Pensou, não sabe? O ministério do Espírito Santo, queridos (2 Coríntios 3). A evidência não é o dom de língua, mas quem dá as línguas. A evidência não é o poder na Igreja, mas quem dá poder. A evidência não é quem dá a Palavra de Sabedoria ou da Revelação, mas quem dá a Palavra. A evidência não são os frutos, os dons, ou ministérios (apesar que ministérios é com Jesus, mas com o Espírito também), a evidência é o Ministério do Espírito Santo. No Antigo Testamento quem estava operando era Deus, nos Evangelhos era Jesus e Jesus soprou sobre os discípulos e lhes disse que eles receberiam o Espírito Santo neles. Atos 1.8 diz, para esperar em Jerusalém para serem revestidos de poder. Esse revestimento de poder é o Espírito Santo operando na Igreja agora.

E como é que dá para fazer Igreja sem o Espírito Santo, me explica ai? Como é que dá para pregar uma palavra racional, ou seja, pautada no nosso raciocínio, sendo que a Palavra diz que é ou de Ciência ou de Revelação e essa palavra só se adquire através do Espírito Santo, não importando se por oração, por línguas ou por estudo da Palavra? Uma palavra sem ser de sabedoria ou de revelação é na carne. Uma palavra sem ser revelada pelo Espírito Santo, sem ser revelada por Ele é na nossa carne e ai não tem efeito algum. A Igreja peca, por querer operar na carne e não no Espírito. Pouco acontece, quando é na nossa força.

Alguns irmãos imaginam que eu me mato de estudar a Bíblia para pregar, não é verdade. Eu oro até que Deus me faça entender o que é para pregar e eu prego aquilo então. Algumas vezes é doa a quem doer, mas eu sei quem mandou pregar aquilo e quando e pra quem. Me lembro que uma vez fui trabalhar e quando cheguei no trabalho o Espírito me falou que eu ia pregar aquele dia na tarde da benção. Como assim, eu disse, porque estou trabalhando, o horário vai além do horário da Igreja e agora, não dá para sair mais cedo. Ai o Espírito me colocou essa impressão no espírito: Vai anotando ai o que eu quero que você fale. Tá, o quê? Fococa. Que mais? Fofoca. Que mais? Fofoca na Igreja. È isso que você vai pregar. A Igreja não avança porque há fofoca nessa Igreja que eu vou te mandar pregar. Isso eram nove horas da manhã, lá pelas uma da tarde eu perguntei, com muito medo, para a chefe, se podia ir embora mais cedo. Ela aceitou na hora. Tá, pode ir, tchau. Hein? Fui lá e pregeui o que Deus mandou. Nessa tarde nove crianças aceitaram a Jesus quando eu preguei. Glórias a Deus.

E não dói nem uma nem duas vezes que me vi pregando em sonhos e no outro dia eu preguei do jeito que me vi fazer no sonho e deu certo. Já me veio em sonhos, por exemplo, um versículo e uma voz. Eu vi bem grande no meu sonho um versículo, por exemplo, Mateus 12.3 e uma voz que dizia. É isso ai que você vai pregar. No Espírito você não se mata pra adivinhar a Palavra, você prega o que o Espírito te manda pregar e vai dar certo, a Palavra vai falar com o povo.

Como é que vamos orar pelos enfermos se não entramos no lugar secreto de Deus e lá ficamos até que tenhamos em nosso espírito a confirmação de que estamos aptos agora para orarmos pelos enfermos? Quando oramos por alguém sem convicção, esperamos que nada aconteça, não é mesmo? Mas quando estamos orando e orando e lendo a Palvra, ou ovindo hinos ou mensagens e vai surgindo em nós uma fé que não é nossa, mas é o Espírito em nós, se vier qualquer doente, ou endemoniado, ou qualquer situação, vamos enfrentá-la na força de Deus e não na nossa e vai dar certo. O problema é que paramos de orar antes que venha a revelação. Paramos de jejuar antes que Deus fale. Paramos de ler a palavra antes que o nosso espírito seja inundado pelo Espírito de Deus. Vamos à Igreja mais preocupados com outras coisas do que com o que Deus pode me revelar naquele culto e Deus que é uma benção, tem uma mania de usar para falar no nosso problema justo aquele irmão, ou irmã que a gente não admira muito, ou não gosta da voz dele, ou do seu jeito. É impressionante, achamos, que a resposta que precisamos esteja muitas vezes justo com aquele.

UMA PALAVRA DE FÉ AGORA

Você pode ter uma revelação de Deus agora. É só orar na mente, no dom de línguas, ou ler a Bíblia, ou cantar hinos, ou escutar pregações, até encher-se do Espírito e quando cheio o Espírito vai te revelar alguma coisa que você precisa.

Esses dias tive uma visão bastante interessante, mas até agora não sei a sua interpretação, ainda. Eu estava indo trabalhar e andando, com os olhos abertos, vi um poço de água onde descia um balde de madeira e ele foi até lá embaixo e veio trazendo água, que peguei o balde e fui derramando na minha boca e depois derramei na minha cabeça e a água me molhou inteiro, até os sapatos , que vi molhados. Eu entendi, mais ou menos duas coisas, mas estou orando pra mais, uma delas é que a água significa a palavra de Deus que eu bebi bastante e o outro entendimento é que a água sendo derramada sobre mim, me molhando inteiro é o Espírito Santo sendo derramado em mim, me inundando do Espírito. Amém.

Tendo a revelação, o que faço? Eu oro em cima da revelação. Eu venho então há dias pedindo para que Deus me de a sua Palavra, revelada (ciência) e de sabedoria, que é o que está escrito em 1 Corintios 12, quando fala sobre os dons. Você acha que eu levei quanto tempo pra escrever esse texto? Eu só sentei e a inspiração veio. E oro também para que Deus me derrame do seu Espírito sobre mim. E assim vai acontecer.

Ore até ter revelações de Deus e quando tiver ore para que elas aconteçam. E ore até acontecer.

Amém.

Paulo Sergio Larios

pslarios
Enviado por pslarios em 22/05/2017
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