O MILAGRE DA REVELAÇÃO

Lendo hoje João 2, o Espírito Santo me fez observar várias coisas que eu não tinha notado, a respeito do primeiro milagre de Jesus.

A primeira coisa é que quando Jesus chegou na festa de casamento, com seus primeiros discípulos (Eram cinco?) sua mãe, Maria, já lá estava. Isso fala pra mim no meu coração a respeito de sabermos qual é a vontade de Deus para nossas vidas e estar no lugar da benção, mesmo que ainda não esteja ocorrendo a benção. Maria já estava na festa quando Jesus chegou e passado algum tempo foi Maria quem notou que acabou o vinho. NO lugar da benção, quando temos a certeza que é o que Deus tem de melhor para nós em cada situação, ainda assim poderemos ter problemas, ou situações contrárias acontecendo. Se substituirmos a palavra vinho, por alguns problemas conhecidos, vamos fazer a possível leitura: O vinho acabou, a alegria acabou, o emprego acabou, o casamento acabou, o amor acabou, a escola acabou, o dinheiro acabou, a felicidade acabou, ou a fé acabou, por exemplo. Porém, mesmo que as situações contrárias possam chegar, é importantíssimo estar no lugar da benção. Maria já estava na festa quando Jesus chegou. Devemos estar no exato lugar, na exata Igreja, no exato emprego, no exato casamento, mesmo que as situações contrárias possam se abater sobre nós.

A segunda coisa é a real presença do Espírito Santo ali, naquela festa de casamento. Maria viu algo que nem todo mundo sabia, ela conseguiu entender que algo precisava ser feito, pois poderia estragar a festa. Maria teve uma percepção no seu espírito, Maria teve uma revelação. A partir dessa primeira revelação nós vamos observando uma sucessão continua e operante de revelações.

A terceira coisa é que Maria teve uma clara revelação do que fazer, falar para Jesus que o vinho tinha acabado. Ela não sabia o que Jesus iria fazer, mas ela entendeu que deveria falar com ele. Nós precisamos ter essa percepção, que é vinda do próprio Espírito Santo. Precisamos ser incomodados com o Espírito a ponto de irmos procurar a Jesus e nele confiar.

A quarta coisas é que Jesus vira-se para Maria e fala uma palavra aparentemente incompreensível para nós: Mulher, que tenho eu contigo, ainda não é chegada a minha hora. Temos duas observações aqui, a primeira é que o termo correto no original é: Senhora o que tenho eu contigo. O entendimento aqui é que Jesus tenha com essa única palavra declarado a sua independência como filho, de sua mãe. Jesus, com essa única palavra libertou-se da autoridade de sua mãe. Agora ele estava apto para seguir outros caminhos, além do da sua família. Nós precisamos nos libertar de muitas situações e de muitas pessoas. O empregado precisa se libertar do patrão, o patrão precisa se libertar do governo, o marido precisa se libertar da esposa, a esposa precisa se libertar do marido, os filhos precisam se libertar dos pais, os pais precisam se libertar dos filhos, os amigos precisam se libertar dos outros amigos e por ai vai. Jesus com uma palavra declarou independência em sua vida, precisamos fazer o mesmo.

A quinta coisa é que Maria, mesmo ouvindo uma palavra que em si só era uma negativa da parte de Jesus, vira-se para os serventes e lhes manda fazer tudo o que Jesus lhes ordenasse. Aqui aprendo que Maria foi usada - pelo menos nessa primeira parte do milagre, por incrível que pareça, em algo que pode chocar muita gente com minha declaração – mais usada que o próprio Jesus. O Espírito Santo estava forte em Maria e lhe revelara até então que o vinho acabara (lembre-se que tinha o vinho fermentado, que embebeda e o não fermentado, que era um suco de uva, apenas), O Espírito também revelou para Maria falar com Jesus a respeito do problema, chamando a atenção dele, por fim o Espírito Santo revelou que ela deveria falar com os garçons da festa, para obedecer a Jesus. Há um grande ensinamento aqui, Jesus estava na terra como homem e como homem ele precisava receber as orientações de Deus exatamente da mesma maneira que nós recebemos, pelo Espírito Santo. Marai até aqui esta tendo revelações e orientações no seu espírito, sobre o que falar ou fazer. Nós precisamos muito desse Espírito que revela. A Igreja falha demais quando não reconhece que precisamos mais desse Espírito Santo que revela do que podemos imaginar. O ministério de Jesus inteirinho era pautado pelas revelações que lhe sobrevinham quando ele orava, ou lia a Palavra. Quando estamos abertos a Deus, o Espírito Santo vem até nós e nos orienta o que fazer e como fazer. Muitos de nós ficamos decepcionados por Deus parece não escutar direito as nossas orações, mas na verdade quem não está ouvindo somos nós e não Ele. Não ficamos tempo suficiente lendo a Palavra, expostos à ela, ou orando, até que nosso espírito esteja pronto, suscetível para ouvir a Deus. Deus sai do nível 10, do top, para falar conosco no nível 2, mas nós não saímos do nível 1, quando não estamos nós no nível zero. Zero de oração. Poderíamos pensar que quem é família tem um nível de oração, quem é pastor deve ter um nível só pra si, quem ora em línguas já está num nível mais top, se é que ora duas, ou três horas por dia em línguas e não apenas segundos, ou minutos.

Até esse instante, o Espírito Santo usou mais Maria do que Jesus nesse milagre. Quem teve a revelação até aqui foi Maria. A partir daqui Jesus entra em cena no milagre e o Espírito Santo começa a revelar para ele o que deveria fazer.

A primeira coisa que o Espírito faz é Jesus entender é que era Ele, o Espírito que estava orientando Maria a respeito do que faltava naquela festa. Vê-se que um Jesus que não queria fazer nada de repente vai sem cogitar mais nada. Aprendo aqui nesse primeiro ato de Jesus que devemos responder sempre afirmativamente ao Espírito Santo. Nós a Igreja queremos o milagre, e até posso dizer que queremos muito, mas o problema é que o queremos na nossa hora e não na hora de Deus. Na nossa hora não dá certo, pois não é a hora correta, mas na hora de Deus o milagre acontece. E o milagre sempre acontece através da orientação e pelo poder do Espírito Santo. Não é possível entender muitos cristão que mesmo tendo sua Bíblia e a lendo, querem nos tentar afirmar que os milagres não são para hoje, ou que os dons não são para hoje. Isso é tão fácil de se observar, é só olhar para a Igreja do vizinho, ou para o vizinho crente e observar que Deus está sim, realizando milagres. A mesma coisa a respeito dos dons, Deus ainda dá dons aos homens, Deus ainda capacita os homens para a sua obra. Paulo orientou para buscarmos os melhores dons, dando a entender que os melhores de todos eles são o amor e a profecia.

Posso me arriscar a dizer que Jesus foi sem saber muito o que iria fazer, mas no caminho o Espírito o orientou para os serventes encherem de água os talmudes, que eram grandes vasos para a água, cabendo de 80 a 120 litros cada. Assim é conosco muitas vezes, Deus nos coloca no coração que devemos ir até a casa de um determinado irmão da Igreja e chegando lá não sabemos bem o que o Espírito Santo vai fazer através de nós, nem o que será dito, mas no caminho o Espírito vai falando conosco e nos orientando de como falar, o que falar e o que fazer.

Depois de tantas revelações e orientações do Espírito Santo a gente vê que o milagre aconteceu. Mas o que aconteceu e como foi? Jesus mandou os homens encherem totalmente os grandes vasos de água. Esse gesto significa a limitação humana. Nós temos um limite para tudo, mas Deus não. O homem tem um papel importante no milagre, ele pode encher até em cima os vasos de água, mas ele tem um limite e mais do que isso ele não pode fazer. Jesus, orientado pelo Espírito Santo, portanto teve mais uma revelação, manda que eles tirem um pouco daquela água e levem até o mestre-sala. Milagrosamente entre o tirar a água e o levar a água até o mestre-sala, ocorreu o milagre da transformação da água em vinho. Vê-se ai que o que o homem poderia fazer, num papel tão minúsculo nesse milagre, era crer e obedecer. Qual dos serventes tinha ideia que água iria virar vinho? Nenhum, não é mesmo?

Eu tenho batido nessa tecla da revelação faz muitos anos. Ao lermos a Bíblia entendemos o papel preponderante na nossa fé do Espírito Santo. Acredito que nem dá para ser cristão sem o Espírito Santo. Sem Ele nós seríamos um bando de religiosos. Hoje explicava para a minha filha um versículo de Apocalipse que diz que o cordeiro tem sete olhos. O numero sete na Bíblia significa o numero de Deus, a perfeição. Olhos servem pra que, para olhar algo não é mesmo? O Espírito anto é aquele que olha dentro de nós, através de nós, o externo a nós, a nossa situação, a situação humana, a situação mundial, ao mesmo tempo que olha para o passado, para o presente e para o nosso futuro. Ele sabe tudo, vê tudo, enxerga tudo.

Uma peculiaridade importante da revelação é que o Espírito Santo só nos revela conforme caminhamos na fé. Isso não significa ser velho de Igreja, mas agir por fé. Conforme agimos com um pouco de fé no que Ele nos revela, ai Ele nos orienta fazer ou ir a outro lugar (veja como era em Atos). Só vamos recebendo as revelações do Espírito conforme vamos agindo por fé e obedecendo.

Amém.

pslarios
Enviado por pslarios em 08/05/2017
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