CONTEXTO HISTÓRICO DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS.

Autor: Joás Araújo Silva.

Teologia/Religião.

CONTEXTO HISTÓRICO DO LIVRO DO PROFETA ISAÍAS.

De inicio apresento o nome do profeta Isaías e seu significado, Isaías (Whyesy), em Hebraico, seu significado é “Yahweh é salvação”, ou pode ser “Yahweh deu salvação”, logo é entendido como “salvação de Yahweh”. Este nome na cultura hebraica é de significado importante por levar a interpretação dos fatos e da situação atual, pode se ter o

entendimento de que abre espaço no conhecimento para se compreender o estado ou a situação presente. Faço uma ponte que da real sentido ao nome do profeta Isaías segundo Ridderbos (1986, p. 9)

“Talvez os pais de Isaías lhe deram este nome para expressar sua gratidão pela benção experimentada por ocasião do nascimento do seu filho”. Este comentário não tem evidencia interna e tradicional, nem mesmo por este motivo o nome deste insigne profeta deixa de perder seu papel importante na historia, pois o foco do livro é mostrar o

salvador promovendo o objetivo único de salvação para seu povo.

O prólogo do livro (cf. Is. 1.1) apresenta a filiação deste personagem logo como se ver “Isaías, filho de amoz” (não o amoz, o profeta vaqueiro), Não há nada mais que estas informações, não se fala mais nada sobre seu pai, seus primeiros anos de vida e etc. na afirmação de Champlin (2001, p. 2779) fala-se que o profeta era descendente de

família sacerdotal, conforme se ver no capitulo seis, versos de um a oito do livro.

A tradição rabínica logo o identifica como integrante ou membro da realeza de Judá. O argumento de Ridderbos (1986, p. 9) afirma que “a tradição rabínica de que Amoz, pai de Isaías, era irmão do rei Amassias, não tem confirmação adequada, era de nobre descendência e tinha influencia na corte real”. Sabe-se que viveu na corte dos reis de Judá. Há indicações de que talvez fosse primo de Uzias. Escriba e relator dos anais históricos da casa davídica, tinha preeminência e liberdade suficiente para transitar próximo ao poder político e tomar conhecimento, em primeira mão, das políticas e estratégias do Estado monarca judeu. Letrado, culto e politicamente privilegiado, pode ter feito parte da casta sacerdotal de Jerusalém. Profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Ezequias, e provavelmente durante seus últimos oito anos de vida, sob a opressão maligna do reinado de Manassés, responsável por seu martírio, segundo a tradição rabínica, quando com 92 anos de idade.

O profeta Isaías, teria vivido entre 740 a.C. e 681 a.C., durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, sendo contemporâneo à destruição de Samaria pela Assíria e à resistência de Jerusalém ao cerco das tropas de Senaqueribe que sitiou a cidade com um exército de 185 mil assírios em 701 a.C.

exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-

Jasube e Maer-Salal-HásBaz. O capítulo 6 do livro informa sobre o chamado de Isaías para tornar-e profeta através de uma visão do trono de Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo sua mensagem.

Focando em Jerusalém, a profecia de Isaías, em sua primeira metade, transmite mensagens de punição e juízo para os pecados de Israel, Judá e das nações vizinhas, tratando de alguns eventos ocorridos durante o reinado de Ezequias, o que se verifica até o final do capítulo 39. A outra metade do livro (do capítulo 40 ao final) contém palavras de perdão, conforto e esperança. Pode-se afirmar que Isaías é o profeta quem mais fala sobre a vinda do Messias, descrevendo-o ao mesmo tempo como um servo sofredor que morreria pelos pecados da

humanidade e como um príncipe soberano que governará com justiça. Por isso, um dos capítulos mais marcantes do livro seria o de número 53 que menciona o martírio que aguardava o Messias: "Mas ele foi ferido pelas nossas, transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras,

fomos sarados". (Is 53:5) Isaías descreve a terra como circular (Is 40:22), o que gerou interpretações modernas sobre o significado. Porém, um círculo não é uma esfera. Os católicos acreditavam que a terra era achatada, de formato redondo. De acordo com a tradição o judaica, Isaías teria sido morto serrado ao meio na época do rei Manassés.

REFERÊNCIA:

BÍBLIA DO MINISTRO, Nova Versão Internacional; tradução: Comissão de Tradução da Sociedade Bíblica Internacional. São Paulo: Editora: Vida, 2002.

BÍBLIA DE ESTUDO THOMPSON; tradução: João Ferreira de Almeida. São Paulo: Editora: Vida, 1999.

BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL, tradução: Donald C. Stamps. São Paulo: Editora: CPAD, 1995.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado, versículo por versículo, Enciclopédia de teologia e filosofia – 3º volume pg. 4471-4477.

RIDDERBOS, J. Isaías - introdução e comentário, 2o ed. Série Cultura Bíblica. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e Associação Religiosa Mundo Cristão, 1990.

DIREITOS AUTORAIS: Joás Araújo 62 9331-8013.

Joás Araújo Silva Escritor Profissional
Enviado por Joás Araújo Silva Escritor Profissional em 22/04/2017
Reeditado em 22/04/2017
Código do texto: T5978244
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