Retrato de Jesus Cristo feito por Marcos. 2:13-28
1. Jesus era apaixonado por ensinar - 2:13
Toda vez que multidões se aproximavam dEle, aproveitava para ENSINAR. Os pastores, religiosos e modernos apóstolos, reúnem multidões para curandeirismo, espiritualismos e arrecadação de dinheiro para a poupança de suas empresas religiosas e familiares. Promovem circo para os crentes enquanto enchem os bolsos com o dinheiro daqueles que padecem os rigores da fome e das dificuldades da vida.
Os crentes desconhecem ensinamentos básicos da fé cristã. Não se estimulam nem são estimulados para estudarem as Escrituras Sagradas, vivendo do amontoado de bobagens vomitadas nos púlpitos, travestidas de mensagens inspiradas, repletas de tolices ditas repentinamente nos púlpitos, o quem lhes vem à cabeça, sem a menor responsabilidade de para onde aquilo tudo leva os cristãos.
Jesus tinha o que ensinar, suas palavras tinham conteúdo, criterioso em procurar boas ilustrações para transmitir seus ensinos, conhecia a fundo a religião dos seus contemporâneos, possuía capacidade intelectual e a demonstrava, para discutir quaisquer ensinamentos dos adversários. Jesus conhecia profundamente as Escrituras do Antigo Testamento, tendo condições de responder, comentar e aplicar qualquer ensinamento delas para os seus dias.
Precisamos retomar o exemplo de Jesus em ensinar nossos irmãos com
responsabilidade, fugindo da tentação do oportunismo financeiro, do curandeirismo, espontaneísmo e da superficialidade no conhecimento e prática da Palavra de Deus.
2. Jesus era criterioso em selecionar nos líderes - 2:14
É certo que Jesus começou seu Ministério selecionando homens simples para a evangelização. Mas eles passaram pela melhor escola teológica, o mais alto instituto de filosofia daquele tempo, a Universidade de Jesus. Sairam dela não como homens analfabetos que mal soubessem ler. Se formaram bons intérpretes das Escrituras judaicas e preparados para os novos ensinos que lhe seriam trazidos pelo Espírito Santo.
Jesus selecionava também homens social, profissional e intelectualmente apropriados para determinadas tarefas. Foi seguido por mestres famosos da religião judaica como Nicodemus, mulheres ricas, oficiais do Império Romano. Levi era um cobrador de impostos, um cargo importante mas odiado pelo povo.
Os cobradores de impostos:
a) ocupavam cargos públicos para o Império Romano que dominava a Palestina;
b) eram na maioria das vezes corruptos e corruptores;
c) Jesus percebeu o grau de capacidade, não era qualquer um que poderia exercer esse cargo, e chamou Levi. Em nossas igrejas, costumamos selecionar apenas aqueles cuja história de vida consideramos abonadas. Queremos os homens e mulheres perfeitos desde o ventre materno. O que difere a prática de Jesus e a nossa hipocrisia?
3. Jesus era um mestre inclusivo - 2:15
Quantas de nossas denominações, de nós mesmos, nos orgulhamos de não nos sentarmos na roda dos escarnecedores, de sermos grupos fechados, separatistas de tudo aquilo que chamamos de mundanismo? O nosso trajeto é sempre o da casa para o trabalho, da casa para a Igreja. Somos, aos nossos olhos os mais santos homens e mulheres da face da Terra.
Quem estava na casa de Levi?
a) Jesus - um homem verdadeiramente santo;
b) Discípulos de Jesus - estavam aprendendo a se interessar pelo bem dos outros;
c) Levi - um representante do governo secular, do Império Romano, um político, que na vida social não era um bom exemplo;
d) Publicanos
e) Pecadores - interessante que nesta passagem não há entendimento de que estas pessoas mesmo andando com Jesus tivessem deixado seu estilo de vida. O texto sugere que Jesus mantinha boa amizade com todas estas pessoas e que seu discurso e sua pregação não os afastava dEle.
Isso assinala os riscos modernos em que correm nossas igrejas:
a) santanismo, idéia falsa de que somos as únicas expressões do Reino de Deus na Terra, família exclusiva de Deus;
b) Separatismo eclesiástico.
c) Legalismo.
4. Jesus sabia situar os costumes - 2:18-22
Jesus contextualiza a prática do jejum. Quantos costumes e aspectos morais em nossas denominações deveriam ser contextualizados, com franqueza aos nossos membros?
Jesus enfrenta amorosamente o dogmatismo. O jejum foi importante. Neste momento não é, poderá ser no futuro. Quando os discípulos sofrerem perseguições, nem sempre terão condições e tempo para se alimentarem fisicamente. Esse é o jejum que se faz na Obra de Deus.
Conclusão: Para se aproximar de Jesus você precisa conhecer quem é de fato. Ser humilde. Saber que precisa de Jesus. 2:17